Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 17
Guerra Contra Vampiros


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo u.u
Desfecho desse episódio ótimo com Rory. Aproveitem! ;)



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O Doutor abriu o alçapão que Rose e Amy deixaram aberto. O plano estava indo bem, pois ele conseguiu entrar na tão sonhada Escola da Signora Calvierri, mas as garotas não estavam lá. O Doutor vasculhou o local com os olhos enquanto ajudava Rory a subir o alçapão. Onde elas poderiam estar?

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As duas recém-descobertas-no-ato foram levadas à força até um quarto. Nossa, a Isabella não estava brincando quando disse que tinha uma luz verde e cadeiras com amarras.

“Papel psíquico! Aquele rapaz tolo tinha um papel psíquico. Acharam mesmo que funcionaria em mim?” E aqui estava Signora Calvierri. “De onde vocês são?”

“Mãe, isto é inútil. Vamos começar logo o processo.” O rapaz que Amy já havia encontrado fora da Escola falou. Mas de que processo ele está falando?

“Fique quieto, Francesco! Preciso saber o que elas fazem aqui com um papel psíquico! Com quem vocês estão? Não creio que aquele irmão idiota de vocês as tenha enviado aqui.” Signora Calvierri disse enquanto quatro das garotas vampiras preparavam duas cadeiras com amarras.

Percebendo que as duas ruivas estrangeiras não iriam falar, Signora Calvierri ordenou que fossem presas às cadeiras. Rose esperneou um pouco a fim de escapar, mas uma vampira puxou seu cabelo para mantê-la quieta. Para surpresa da vampira, o cabelo ruivo se soltou revelando ser apenas uma peruca.

“Ora, ora! Até disfarce você usou!” Disse Signora Calvierri. “Mas espere! Você é muito parecida com a imagem da deusa Fortuna.”

“Não importa, mãe! Temos que começar logo!” Exclamou Francesco.

“Vou começar com a ruiva.”

As duas estavam tão presas que mal podiam se mexer. Rose assistiu com horror Signora Calvierri mordendo o pescoço de sua amiga e sugando seu sangue. Neste momento, Rose rezava para o Doutor encontrá-las depressa.

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O Doutor ainda vasculhava o túnel com sua lâmpada ultravioleta. Em um dos cantos tinha um caixão que ele abriu e dentro tinha um corpo seco e deteriorado.

“É o que vampiros fazem, certo? Sugam seu sangue e substituem pelo deles.” Disse Rory vendo o corpo.

“Sim, mas esta pessoa não só perdeu sangue, mas toda água em seu corpo.” Explicou o Doutor.

“Por que ela morreu? Não deveria ficar como as garotas da Escola?”

“Talvez nem todas sobrevivam ao processo.” Respondeu o Doutor com preocupação na voz.

Rory se afastou fazendo gestos de frustração. “Sabe o que é perigoso sobre você? Não é porque faz com que as pessoas se arrisquem. É que você faz com que elas queiram impressioná-lo e não decepcioná-lo.”

“Eu entendo sua frustração, Rory, mas precisamos nos concentrar no plano.”

“Como você pode entender se você é do jeito que é?!?”

“Porque não é só você que tem alguém que ama lá dentro! Minha esposa está lá também!” O Doutor gritou.

“Quem é você!” Aquela mesma voz ouvida no covil horas atrás ecoou no túnel. De repente, várias garotas surgiram das entradas do túnel. Seis no total.

O Doutor usou a lâmpada ultravioleta para proteger-se, o que fez ele e Rory ganharem distância e correrem.

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Rose continuou horrorizada com o que aconteceu, segundos atrás. Com a falta de sangue, Amy ficou tonta e balançava o corpo devagar de um lado para o outro. Seus sentidos já não estavam funcionando direito.

“Isto é o que nós fazemos. Tiramos o seu sangue e a preenchemos com o nosso.” Disse Signora Calvierri. “Invade o corpo como um fogo e muda a pessoa até ela ser como nós.”

“Ou ela pode morrer. Acontece às vezes.” Completou Francesco.

Rose analisou a situação pela milésima vez. Não há como se soltar das amarras sozinha e Amy precisa de ajuda. Foi observando tudo que ela notou que os ‘vampiros’ têm um dispositivo em suas cinturas. Não existe tal tecnologia em Veneza nessa época, então só pode ser algo de valor que eles trouxeram sabe-lá-de-onde.

Signora Calvierri estava pronta para morder o pescoço de Rose, mas Rose estava pronta para atacar Signora Calvierri. Com um chute, ela acertou em cheio no dispositivo, revelando a verdadeira aparência da Signora. Ela não uma vampira, é um alienígena e estava agora olhando para Rose com raiva por ter danificado seu disfarce.

Não muito longe dali, vozes foram ouvidas e eram vozes bem conhecidas pela Rose. O Doutor as encontrou. Os vampiros foram pelo corredor atrás das vozes.

Aproveitando o momento, Rose tentou puxar as mãos mais uma vez para se soltar, mas foi surpreendida quando uma das moças veio para cima dela. Por sorte, era Isabella e ela as soltou das cadeiras.

“Vamos, Amy! Você pode andar?” Perguntou Rose e Amy acenou que sim, encontrando forças para escapar. Correndo, elas encontraram o caminho do Doutor. Não era bem um resgate, já que estavam todos cercados.

Correr foi a melhor ideia!

O Doutor, Rose, Amy, Rory e Isabella correram pelas escadarias até à saída em que o Doutor e Rose escaparam da primeira vez.

“Eles não são vampiros!” Gritou Rose.

“O quê?” Perguntou o Doutor querendo saber mais.

“Eles são aliens com um dispositivo de disfarce. Eu vi!” Ela respondeu.

“Ótimo! Isso é uma boa notícia!”

“O que há de errado com vocês?” Gritou Rory.

Os cincos seguiram o caminho guiado por Rose. O Doutor ficou por último adiando os vampiros/aliens com sua lâmpada ultravioleta. Quando encontraram a porta, todos saíram menos Isabella. Já era manhã e o Sol a queimou.

Os aliens recuperaram Isabella. O Doutor tentou impedi-los de levá-la, mas a porta liberou uma descarga eléctrica tão forte que o Doutor teve um pequeno desmaio.

Após alguns minutos, ele acordou com Rose ao seu lado.

“Oh, graças a Deus! Você está bem?” Perguntou Rose.

“Sinto-me melhor! Foi um belo choque.” Ele respondeu. “Acho que tenho que voltar para a Escola.”

“O quê?!? Depois que tentaram nos matar?”

“Você disse que são aliens disfarçados?”

“Sim, mas...”

“Então só podem ser de Saturnyne. Eles usam filtro de percepção. Preciso falar com Rosanna Cavierri e descobrir seus planos.”

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Rose, Rory, Amy e Guido estavam sentados ao redor da mesa retangular na casa de Guido esperando pelo Doutor.

Quando ele chegou, ele parecia aborrecido e consertou o pescoço de Amy calado. Ele só falou quando contou os planos de Signora Cavierri, que eram bem ruins.

O Doutor soltou um rugido antes de falar. “Preciso pensar. Vamos, cérebro! Pense, pense, pense!” Ele se sentou com Amy no seu lado direito e Guido ao lado de Amy, e Rose no seu lado esquerdo e Rory ao lado de Rose.

“Se são uma raça de peixe, isso explica o ódio ao Sol.” Disse Amy.

“Pare de falar, estou pensando profundamente.” O Doutor disse levando sua mão direita até a boca de Amy, calando-a.

“Mas eles recrutam garotas e depois...” Rose ia dizendo quando o Doutor tapou sua boca, assim como ele fez com Amy.

“Pare de falar, estou pensando.”

“Só não entendo o lance da Escola...” Rory ia dizendo quando o Doutor acenou para Rose tapar a boca dele. Para Guido não ficar de fora, Amy fez o mesmo.

“O planeta deles morreu, então eles fogem através de uma rachadura no espaço-tempo caindo aqui e mais uma vez ouvi alguém falar sobre o Silêncio. Eles vão bloquear a cidade e transformar as pessoas em criaturas como eles, continuando nova raça, de acordo com Rosanna Calvierri.” O Doutor estava bem concentrado. “Mas ela precisa tornar este planeta habitável.”

Segundos de silêncio se passaram até o Doutor arregalar os olhos e liberar destampar as bocas das duas garotas.

“O que foi?” Rose perguntou logo.

“Ela vai afundar Veneza!” Ele respondeu.

Barulhos foram ouvidos no andar de cima. Em seguida, a porta foi forçadamente aberta e janelas foram quebradas.

“A casa está sendo invada por peixes do espaço.” Disse o Doutor.

“Elas obedecem à Rosanna Calvierri. Devem estar totalmente convertidas.” Comentou Rose.

O Doutor usou a chave de fenda sônica que revelou a verdadeira forma das garotas. “Você tem razão. Vamos fugir daqui!” Ele sugeriu.

Todos saíram da casa, exceto Guido. Guido trancou a porta por dentro e o Doutor teve um palpite do que ele irá fazer (talvez Guido não saiba, mas o Doutor notou que a casa dele estava cheia de pólvora).

“Abra a porta, Doutor!” Pediu Amy.

“Não dá! É madeira!”

“Eles transformaram minha filha em um monstro! Não vou deixar essas criaturas viverem!” Gritou Guido por trás da porta.

O Doutor ouviu os passos de Guido voltando ao recinto onde estavam antes – e onde estava a pólvora.

“Vamos nos afastar!” O Doutor gritou.

“Não vamos deixá-lo!” Pediu Rose.

O Doutor conseguiu puxar Rose para longe segundos antes de explodir. A explosão foi forte o suficiente para derrubá-los. Não houve sobreviventes dentro da casa.

“Doutor, Rose! Vocês estão bem?” Amy veio socorrê-los.

“Hãã, gente... Tem uma tempestade se formando.” Rory avisou e apontou para o céu.

“É da Casa dos Calvierri! A fase final.” Já em pé, o Doutor disse.

“Ainda podemos impedi-la! Vamos lá!” Disse Amy com determinação.

“Não, você não vai! Volte para a TARDIS!” Disse o Doutor rispidamente.

“Mas eu quero ajudá-los a...”

“Eu disse VOLTE PARA A TARDIS e você obedece!”

Com raiva, Amy deu meia-volta e fez seu caminho para a TARDIS.

“Obrigado.” Disse Rory com gratidão.

“De nada!” O Doutor respondeu e Rory seguiu Amy.

“Não vai me mandar voltar?” Perguntou Rose ao Doutor.

“Quantas vezes fiz você voltar e tivemos um final feliz?”

Rose apenas sorriu e se aproximou dele para beijá-lo.

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A missão era desligar o dispositivo que formava a tempestade e estava claro que Rosanna Calvierri não iria ajudá-los, ainda mais depois de saber que as garotas estavam mortas.

O Doutor e Rose já estavam na torre da Casa dos Calvierri. Observaram a tempestade ficar mais forte e ouviram os gritos dos moradores venezianos.

“O controle deve estar no trono da Signora Calvierri.” Disse o Doutor.

Quando o casal chegou ao salão principal, eles encontraram o outro casal, Amy e Rory. Eles deveriam estar na TARDIS!

Não houve tempo para discussão porque um terremoto derrubou todos no chão.

“Terremoto. Acontece quando se tenta controlar os elementos, mas não se preocupem com eles. Se preocupem com as ondas causadas pelo terremoto.” Exclamou o Doutor.

Eles olharam uns para os outros. Rose quebrou o silêncio. “Já que Amy e Rory estão aqui, eles podem nos ajudar a desativar o controle central.”

“Isso! Vocês podem cortar cada fio e circuito dele, bater nele com qualquer coisa. Sejam loucos!” O Doutor disse para o casal e saiu correndo para a torre mais alta. Era na torre do sino que ele iria encontrar o gerador.

Rose ajudou a desligar o controle central do trono de Signora Calvierri. Após puxarem todos os fios possíveis, eles saíram da enorme Escola. Do lado de fora, os três viram o Doutor escalando a torre do sino até o topo.

Preocupação tomou conta deles por inteiro. Principalmente Rose. Ela não aguentava vê-lo se arriscar daquele jeito. Isso a faz lembrar-se de quando estavam naquele planeta impossível, quando ela pensou que nunca mais o veria novamente, que o havia perdido no abismo para sempre.

Quando Rose se deu conta, a tempestade havia acabado e Amy e Rory estavam comemorando. “Ele conseguiu.” Ela disse para si mesma.

Mas ainda tinham o problema da Rosanna.

Assim que o Doutor desceu da torre, ele e Rose foram procurar Rosanna Calvierri para terminarem os assuntos. Eles a encontraram próximo ao rio, que eles assumiram que era onde viviam os milhares de filhos dela. Rosanna já estava sem o seu belíssimo vestido azul. Ela vestia apenas a camisola branca simples que as mulheres utilizavam por baixo do vestido. O Doutor logo soube o que ela estava prestes a fazer.

“ROSANNA!” Gritou o Doutor para chamar atenção dela.

“Uma cidade para salvar toda uma espécie.” Disse Rosanna sem se virar enquanto andava até a beira do rio. “Era querer muito?”

“Eu avisei que não podia voltar atrás e mudar o tempo. Você se lamenta, mas sobrevive.” Disse o Doutor. As palavras dele são muito familiares para ele mesmo.

“Diga-me, Doutor...” Rosanna virou pra olhar para ele. “A sua consciência pode suportar o peso da morte de mais uma raça? Lembre-se de nós.”

Então ela deu um passo para frente e caiu no rio. O Doutor correu para evitar sua queda, mas foi tarde demais. Assim que Rosanna caiu, ela foi puxada para baixo e atacada por seus próprios filhos.

Rose foi reconfortar o Doutor. Eles se abraçaram.

“Acho que o defeito no filtro de percepção dela a impediu de voltar à sua forma original.” O Doutor percebeu os efeitos de suas palavras em Rose, já que foi ela quem causou o defeito no dispositivo. “Mas não se culpe. Você nunca deve se culpar pelo que houve. Foi culpa da própria Rosanna por ter tido o plano errado de tentar te machucar.”

Eles permaneceram abraçados por mais um minuto.

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“E agora? O que querem fazer?” Perguntou o Doutor ao Rory e Amy quando chegaram ao mercado de Veneza, onde ele deixou a TARDIS estacionada.

“Que tal realizarem o casamento? Devem estar ansiosos para estarem casados.” Sugeriu Rose.

“Talvez eu possa ser o padrinho!” Disse o Doutor animado.

“Tudo bem. Só me deixe onde me encontrou. Vou dizer que você...” Disse Rory à Amy.

“Fique. Só mais um pouco! Vamos viajar por mais um tempo?” Perguntou Amy.

“Mesmo? Sim! Eu adoraria isso!”

“Muito bem. Vou colocar a chaleira no fogo.” Amy entrou na TARDIS animada com a ideia do Rory viajar com eles. Assim, o amor de sua vida estaria por perto. Rory entrou logo atrás.

“Ela está fazendo isso de novo.” Rose comentou com o Doutor.

“Fazendo o quê?”

“Fugindo.” Rose notou que o Doutor estava com o olhar distante e um pouco concentrado. “O que houve?”

“Consegue ouvir isso?”

Rose olhou ao redor e também se concentrou para entender o que ele quis dizer. “Não. É apenas... silêncio.” Rose entrou na TARDIS.

“Silêncio.” O Doutor repetiu antes de entrar e desmaterializar sua preciosa nave.


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