Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 15
Interlúdio: Enquanto Isso, na TARDIS... - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Pessoas maravilhosas! Eu fiz um interlúdio usando o mini-episódio Meanwhile in the TARDIS, mas foi só a parte 1. Aqui vai a minha versão da parte 2 em forma de interlúdio também. Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624775/chapter/15

O Doutor acordou repentinamente de um sono perturbado, prendendo sua respiração para não fazer barulho e não acordar sua esposa adormecida. Ele olhou para baixo onde ela mantinha sua cabeça descansando no lado esquerdo de seu peito e, uma vez que ela não tinha se mexido, ele soltou sua respiração devagar. O Doutor levantou sua mão direita para tirar uma mecha de cabelo loiro da frente do rosto dela e colocá-lo atrás da orelha. Ele faz isso às vezes.

Observando o rosto pacífico de sua amada, ele se permitiu fechar os olhos novamente e pensar no que aconteceu horas atrás.

—-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

“Quero ir pra casa.” Amy disse.

“Oh.” Rose suspirou. O Doutor disse nada.

“Não para ficar. Eu só preciso mostrar uma coisa pra vocês.”

“Tudo bem, Amy.” Disse o Doutor.

Os três foram para a TARDIS. Um minuto depois, a TARDIS já está estacionada no quarto de Amy.

“Bem, estamos na mesma hora do mesmo dia de quando saímos, apenas cinco minutos depois.” Disse o Doutor.

“O que tem para nos mostrar?” Perguntou Rose.

“Está lá no meu quarto.” Amy respondeu, mas Rose percebeu um certo nervosismo em sua voz.

O Doutor saiu primeiro e, em seguida, Rose. Ambos estavam parados em choque quando Amy saiu por último e ela sabia o porquê. Afinal, tinha um belíssimo vestido branco de noiva pendurado na porta do guarda-roupa aberto.

“Pois é...” Amy quebrou o silêncio.

“Você vai se casar?” Perguntou o Doutor. Rose olhou para ele com uma expressão de ‘isto-não-é-óbvio?’.

Amy foi até à cômoda ao lado de sua cama e pegou uma caixinha de veludo vermelha. Ela abriu a caixinha revelando um anel de noivado e a estendeu para Rose. “O que você acha? Vou me casar de manhã.”

Rose pegou a caixinha. “Por que você retirou o anel e o deixou aqui?”

“Por que deixei o anel aqui enquanto fujo com dois estranhos na véspera do meu casamento?” Amy reformulou a pergunta.

“Amy, você está fugindo!” Percebeu Rose.

“Não estou!”

“Está sim! Por isso perguntou se poderíamos te trazer de volta na manhã seguinte!”

“Ok, você está certa! Eu ainda estou fugindo!”

“Por que faria isso?” Rose perguntou e olhou para o Doutor, que ainda estava admirando a pedra do anel. “Você vai dizer nada, Doutor?”

“Oh, sim, quem é o sortudo? O cara bonitão chamado Jeff, que tem uma avó adorável, ou o outro?” O Doutor fez mímica de um nariz grande.

Amy não entendeu.

“Esse gesto significa o Rory.” Rose esclareceu.

“O outro. Vou me casar com Rory.”

“Ah, sim. Ele também é legal. Mas eu estava pensando... Que tudo isso é por sua causa, Amy.”

Amy piscou os olhos repetidas vezes.

“Quer dizer, quando eu estava na floresta, eu usei o computador da River e ele me revelou a data da rachadura. E tudo começou na sua época, na sua parede. É você!”

“O que vamos fazer a respeito?” Perguntou Amy.

“Vamos buscar Rory.” Respondeu o Doutor.

“Espere aí, Doutor! Eu sei que essa é uma questão do Universo, mas Amy e eu precisamos descansar! Não somos Senhores do Tempo.” Rose demandou.

“Mas, Rose, não temos tempo! Já é quase a data da rachadura!”

“Máquina do tempo!” Ela apontou para a TARDIS.

O Doutor suspirou derrotado. Ela estava certa e eles não tinham descansado o suficiente desde Churchill. Então, eles entraram na TARDIS para ter uma longa noite de descanso antes de encontrarem Rory.

—-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Percebendo que não iria mais dormir (ele é Senhor do Tempo, dããã), o Doutor se esquivou silenciosamente de Rose sem querer acordá-la, parando o movimento quando ela fez um som suave (foi apenas um suspiro) e se levantando quando ela pareceu continuar adormecida.

Ele vestiu seu roupão e decidiu ir à biblioteca pesquisar sobre o assunto e clarear sua cabeça. Ele abriu a porta do quarto, mas parou surpreso quando viu Amy em frente à porta com a mão levantada pronta pra bater.

“O que está fazendo?” Perguntou o Doutor.

Ela também pareceu surpresa quando o viu. “Você está de roupão! Cadê o terno?”

“Eu não durmo de terno, Amy!”

“Bem, como vou saber?” Ela perguntou.

O Doutor olhou para dentro do quarto, mais especificamente para onde Rose estava dormindo, e retornou seu olhar para a ruiva. “Há algo que você precisa?” Ele deu um passo para adentrar no corredor fechando a porta por trás.

“Eu não consigo mais dormir. A imagem da rachadura aparece na minha mente e não quer sair. E fiquei pensando o que Rory tem a ver com isso.” Respondeu Amy.

“Bem, você vai se casar com ele justamente no dia em que algo supostamente deve acontecer.” Eles estavam caminhando pelo corredor até chegarem à biblioteca.

Chegando na biblioteca, o Doutor pesquisou algum livro sobre dimensões de espaço-tempo que Amy não estava interessada em saber. Ela estava interessada em perguntar algo.

“Já viajou com outras garotas?” Amy perguntou enquanto se sentava em uma poltrona.

“O quê?” O Doutor obviamente não entendeu a pergunta da ruiva (ou será que entendeu?).

“Eu já conversei com a Rose e ela me explicou que no início era apenas sua companheira de viagem antes de se apaixonarem, se separarem e se encontrarem de novo e blá blá blá... O que quero saber é se você, antes da Rose é claro, já viajou com outras garotas.”

O Doutor olhou por cima do livro que encontrou. “Eu suponho que tenha tido outras, sim.” Ele se sentou confortável no chão.

“Elas eram bonitas?”

“Eu não sei.” Ele respondeu tentando se concentrar no livro.

“Ah, vamos! Rose não está aqui! Você pode dizer!” Insistiu Amy.

“Por quê? Por que você quer saber?”

“Por que não quer dizer?”

“Porque eu não sei! Eu não fico prestando atenção nisso!”

“Mas prestou atenção na Rose...”

“Olha, algumas coisas simplesmente acontecem! O fato de você, Amy Pond, se casar justamente amanhã é algo que merece minha atenção.” O Doutor explicou.

“Deus, como Rose te aguenta?!? Para você é tudo científico? Pode me dizer se eram jovens, pelo menos?”

“Todos são jovens se comparados a mim.” Ele respondeu.

O silêncio se seguiu. Amy pareceu se acomodar melhor na poltrona.

“Vai mesmo trazer o Rory para cá?” Amy perguntou.

“Por mais que eu odeie a ideia de transformar a TARDIS em um ambiente doméstico, sim, vou trazer seu namorado para cá.” O Doutor respondeu.

“Você e Rose já não é doméstico o suficiente?”

O Doutor pensou um pouco. “Eu suponho que sim, mas não quero que fique ainda mais, sabendo que Rose já faz coisas domésticas por aqui...”

Amy ficou observando o Doutor se concentrar novamente no livro, tentando esquecer a conversa sobre coisas domésticas e ex-companheiras. Ela se deixou relaxar na poltrona e, milagrosamente, encontrou uma posição confortável o suficiente para dormir.

O Doutor se levantou e buscou um cobertor por perto para cobrir Amy e deixá-la descansar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Encontrem-me no twitter: @who_is_vanda
Se quiser eu sigo de volta! ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.