Além da Usurpadora -Dias amargos com Carlos Daniel escrita por Isabele Fernanda


Capítulo 5
Capítulo 5 - O início de uma aventura


Notas iniciais do capítulo

Parece que o bonitão começou a ser atraído pela Larissa...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624753/chapter/5

Depois da noite de amor na Fábrica Bracho, Carlos Daniel seguiu com Larissa para a casa de Sthephane.

— Eu nem estou acreditando que fiz isso! E com uma menina de 20 anos! Meu Deus! Traí Paulina! - disse o bonitão indignado.

— Mas eu acredito muito bem! Foi real demais! E o melhor de tudo, você gostou. Além do mais, não sou uma menina e sim uma mulher, como você acabou de constatar Carlos Daniel Bracho.

— Me desculpa Larissa, eu sei que isso não vai se repetir. E eu acho melhor você não contar a ninguém, senão eu desminto você ouviu bem, eu desminto!

— Ah, para com isso Carlos Daniel! Pra quê eu quero contar a alguém! O escondido que é interessante...faz a aventura ser prazerosa.

— Pronto, chegamos - disse o Bonitão - pode descer.

— Até amanhã querido e vê se não foge de mim, tá?

Carlos Daniel sai cantando o pneu de sua Land Rover enquanto Larissa entra em casa tranquilamente. Ao abrir a porta de casa, Juan, que estava esperando por ela no hall de entrada, fala:

— O que é isso Lari, já passam das 23h, onde você estava?

— Depois da fábrica eu saí por aí, olhei umas vitrines, passeei um pouco e agora estou aqui!

— Mas não comprou nada? – respondeu Juan – que estranho...

— Eu não estava a fim! E vê se cresce Juan, eu já tenho vinte anos e faço o que quero da minha vida! – bradou Larissa.

— Não vou discutir com você! Só quero que avise, a cidade está perigosa...ficamos preocupados.

— O celular descarregou mas pode deixar, aviso sim. Você pode pedir pra algum empregado levar meu jantar no quarto? Estou com uma fome...

— Peço sim.

— Cadê a Téphi?

— Estava cansada, colocou os meninos para dormir e acabou dormindo com eles.

— Ah tah, boa noite irmão, espero o jantar, tá?

— Boa noite geniazinha de Harvard!

Os dois se abraçam e ela segue para o quarto. Vai direto ao banheiro, enche a banheira e lá fica durante um tempo parada, só pensando na noite maravilhosa que tivera.

Enquanto isso, na mansão Bracho...

— Carlos Daniel, isso são horas de chegar? Liguei pro seu celular e ninguém atendeu! – disse Paulina aflita - Estava preocupada meu amor ( e vai abraçá-lo).

— O contrato era maior do que eu imaginava. Muitas contas para rever também. Mas por fim, terminei.

Sentindo um cheiro estranho no esposo, Paulina replica:

— Por onde você andou? Está com um cheiro estranho...perfume feminino... - falou desconfiada.

— Deve ter sido alguma das mulheres que estavam na fábrica hoje. Abracei Sthephane, Verônica, Larissa...

— Larissa ainda está indo à fábrica?

— Sim, com Sthephane. Quer ter experiência em sua área.

— Hum, ela parece ser uma garota legal. Já jantou?

— Não, meu amor. Você pode pedir a Cacilda que coloque algo pra mim?

— Uma hora dessas ela já dormiu, já passa das 23h. Mas eu vejo o que faço pra você. Vá tomar seu banho.

— Obrigada meu amor! - Carlos Daniel dá um beijo apaixonado em Paulina e sobe as escadas para tomar banho.

Paulina segue para a cozinha sentindo o cheiro de perfume novamente e fica se perguntando que perfume forte é esse que desde a tarde resiste na camisa deste homem.

— Mas eu não quero criar coisas na minha cabeça. Deixa eu preparar o jantar. - Paulina fala para si mesma.

Carlos Daniel toma banho com a mente carregada de culpa e se pergunta o que fazer. Contar ou não para Paulina. Não gosta de esconder nada dela, nunca pensou em traí-la na vida. Um impulso de macho o conduziu a tal loucura. É então que tem uma ideia. Resolve falar com seu melhor amigo, seu irmão Rodrigo. Ele lhe dirá o que fazer. Minutos depois ele desce as escadas e encontra um delicioso jantar a mesa. Salmão grelhado ao molho de maracujá, arroz, salada.

— O que seria de mim sem minha esposinha adorada? - diz o Bonitão.

— O que seria de mim sem você, meu amor? – replica Paulina.

Ela faz companhia ao esposo e depois os dois sobem juntos. Ao entrarem em seus aposentos, Carlos Daniel não resiste aos encantos de sua esposa e os dois tem uma linda noite de amor. Mesmo movido pela culpa de tê-la traído, reconhece que a ela não consegue dizer não. Ela é tudo para ele.

No dia seguinte, a rotina segue a mesma. Carlos Daniel vai a fábrica, louco para falar com Rodrigo. Chegando lá o irmão lhe liga falando que Rodriguinho está com febre e que ele e Patricia vão levá-lo ao médico, tirando assim o dia de folga. Carlos Daniel fica desconsolado. Vai ter de aguardar mais um dia para falar com Rodrigo. E o pior, ficar trabalhando na sala onde todo o episódio aconteceu e ficar relembrando o evento que lhe causa tanta dor e remorso. Alguns instantes passados, entra Paulina:

— Olá meu amor, vim trabalhar na fábrica hoje, já que os meninos estão na escola. Às duas vou buscá-los. - beija-lhe os lábios.

— Olá minha vida, como está? Que surpresa!

— Melhor agora! Cadê o contrato e as contas da fábrica que você revisou ontem?

— No meu computador. Eu vou mandar pro seu e-mail.

— Não amor, eu mesma vejo em seu computador. Pode ser?

— É claro! - Carlos Daniel abre o documento no computador e em seguida diz que vai dar uma volta pela fábrica.

Paulina permanece na fábrica durante toda a manhã. Ficando a base de lanche, decide não almoçar para adiantar uns serviços que estavam em seu poder. Carlos Daniel retorna da vistoria na fábrica e fica com ela na sala. Paulina o sente diferente, distante, meio triste. Indaga-o, sem sucesso. Ele afirma ser dor de cabeça e até toma um comprimido para que ela ache que realmente é o que ele sente. Quando o relógio acusa 14h, Paulina levanta-se, dá um beijo em seu esposo e vai buscar os meninos. Na entrada da fábrica ela encontra Larissa. Ao abraçá-la, lembra do perfume na camisa do Carlos Daniel.

— Ainda está vindo a fábrica Larissa? Que esforçada!

— Sim Paulina. Eu estou amando o estágio aqui. O pessoal do jurídico me ajuda muito. E o Rodrigo corrige uns contratos que eu redijo, pra ver se está correto. Eu até trouxe um hoje...ele está?

— Não, o filhinho dele está doente. Só quem está é Carlos Daniel. A Verônica está na sala dela.

— Ah, então vou pedir ao Sr. Bracho para me ajudar. Você se importa?

— Claro que não, fique a vontade!

— Obrigada! – disse Larissa entusiasmada.

As duas se despedem e Paulina vai pegar os meninos. Larissa vai a sala de Carlos Daniel com a desculpa do contrato, mas de lá não sai toda a tarde, lembrando-o do que aconteceu na noite anterior. Quando Carlos Daniel diz que vai embora, no fim do expediente, ela imediatamente o segue e tendo ido a fabrica de táxi novamente pede que a leve em casa na frente de Verônica, pois Sthephane supostamente ligara pra ela informando que não poderia ir a fábrica porque tinha de levar Amora ao pediatra. Sem ter como dizer não, ele aceita o pedido. Acontece que no caminho pra casa Larissa finge estar passando mal quando os dois estavam próximos a casa de Sthephane, que é numa estrada deserta e pede para ele parar o carro. Ao estacionar o veículo no acostamento, Larissa sai correndo afirmando que está com vontade de vomitar e se enfia no matagal. Como demora de voltar Carlos Daniel vai atrás, com medo de ter acontecido alguma coisa. Ao adentrar mais e mais a mata, encontra-a em baixo de uma árvore. De lingerie.

— Pensei que ia demorar de vir me procurar. – disse ela se insinuando.

— Para com isso menina!

— Eu sei que você gostou de ontem e vai gostar hoje muito mais! Vem cá.

— Eu vou lhe tirar daí e lhe levar carregada para o carro.

— Assim, do jeito que eu estou? E se passar alguém o que vão dizer? Que você estava abusando de uma pobre universitária. Eu acho melhor levar a culpa fazendo do que sem fazer porque eu não vou desmentir. – provoca Larissa.

E começando a fazer carícias no Bonitão, ele não resiste e se entrega aos braços dela.

Mais uma vez Larissa chega em casa deslumbrante, consegue ter um sono tranqüilo. Carlos Daniel não tem a mesma sorte. Ao chegar em casa, se sente indigno de sua esposa e não consegue olhá-la no rosto. Assim que entra, fala com as crianças e diz que está com dor de cabeça, dizendo que não vai descer para jantar. Após a janta e colocar as crianças para dormir, Paulina vai procurar Carlos Daniel, que está deitado em sua cama, sem dormir, perturbado pelos seus pensamentos.

— Amor, você quer conversar? Está bem? – indaga Paulina

— Não, meu amor. Só preciso descansar pra ver se a dor de cabeça passa.

— Vou pedir algo para você comer.

— Não precisa Paulina, estou sem fome.

— Certo, eu vou ver a Vovó.

— Boa noite meu amor – diz o Bonitão – apague a luz quando sair, por favor.

— Certo meu amor.

Paulina vai ao quarto da Vovó Piedade e pede para conversar com ela.

— O que lhe aflige minha filha? – diz a Vovó.

— Carlos Daniel está tão estranho Vovó. Ontem chegou muito tarde da fábrica, como nunca chegou nesses cinco anos que estamos casados. Hoje mal me dirigiu a palavra quando fui a fábrica e agora a noite foi direto pra cama, disse estar com dor de cabeça. Mas ele nem olha direito pra mim, parece que quer esconder algo.

— O que ele poderia esconder de você minha filha, ele lhe conta tudo! – afirma a Vovó.

— Eu sei Vovó, mas está estranho. E ainda ontem eu senti um cheiro de perfume de mulher na camisa dele e quando fui a fábrica hoje vi que a Larissa tinha o mesmo cheiro que tinha na camisa. Mas como ele havia me dito que tinha abraçado-a na fábrica, eu descansei.

— Larissa, a cunhada de Sthephane? Ainda não foi embora?

— Não Vovó, resolveu ficar mais três semanas. Vai ficar mais de um mês. Disse estar com saudade do irmão e de Amora, que na Universidade sem parentes ela se sente só. Vai a fábrica ficar no setor jurídico.

— Não entendo porque ela não vai a empresa dela e do irmão. Eles são mais ricos do que a gente. – diz a Vovó, num tom de preocupação.

— Também não entendo, mas nem quero entender Vovó.

— Quando Sthephane vier aqui eu pergunto, mas fique tranquila filha, seu marido jamais lhe trairia. Carlos Daniel é louco por você.

— Eu sei disso Vovó, eu sei.

A noite passa e no dia seguinte Carlos Daniel vai a fábrica. Nem toma café com a família, quer encontrar Rodrigo o mais rápido que possa. Havia pedido a ele para terem uma conversa em particular antes do expediente. Quando Rodrigo chega, Carlos Daniel tranca a porta e desesperado, começa a contar o que sucedera nos dois dias entre ele e Larissa, ao que Rodrigo replica:

— Seu covarde, como você teve a ousadia de trair a Paulina, uma mulher admirável que lhe ama tanto?! Faça o favor de contar a ela e terminar com essa menina, senão conseqüências sérias virão sobre você, e se você continuar com esse relacionamento, pode parar me chamar de irmão porque eu não vou compactuar com isso Carlos Daniel, eu não vou!

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E agora, a situação ficou pior pro Bonitão... o que você acha?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Além da Usurpadora -Dias amargos com Carlos Daniel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.