Os guardiões - Os defensores da terra escrita por Bruno Moncayo
Notas iniciais do capítulo
Não esqueçam de deixar seu comentário, seja criticando ou apoiando.
– Por favor, salve-o. Ele é nosso lord, príncipe do Reino de Ferro. Disse a mulher assustada com suas vestes manchadas com o sangue do seu senhor. - Por que você acredita que posso salvá-lo? O tempo dele neste mundo já basta. Responde um homem com o semblante sério.
– Quem é o senhor para dizer quanto tempo resta os seres deste mundo ? Tire a minha vida, mas devolva a dele. Lhe imploro. O homem se mantém em silêncio enquanto carrega o corpo quase morto que estava em sua porta. Ao mesmo tempo observa que a moça não para de chorar, suas mãos tremem do susto que enfrentaram até chegar em sua casa.
– Como descobriu minha casa? Disse o homem colocando o corpo em cima de uma mesa de madeira já muito gasta pelo tempo de uso.
– Um soldado da tropa me contou. Ele me ordenou que viesse para cá, disse que seria um lugar seguro e que logo viria para ao nosso encontro. Enquanto a moça falava segurando as mãos, mesmo de cabeça baixa observava o local. Chão com tijolos avermelhados coberto em sua maioria por uma pele de animal. Nas paredes marrom havia inúmeras prateleiras, todas com incontáveis frascos de diversas cores. A moça sentou perto da lareira para se esquentar ainda se sentindo uma invasora com o olhar que recebia do homem.
– Bem, você sabe o que eu faço. Não preciso lhe explicar, até bem por que você não para de reparar na minha casa, em minha mobília, minha vestimenta. Disse o homem aumentando a chama da lareira com apenas um gesto assustando a moça fazendo a levantar e se aproximar dele e continuando a falar:
– Fique do lado da mesa e faça tudo que eu lhe dizer. Faça apenas o que eu mandar. Balance a cabeça se me entendeu. Terminou o homem segurando o queixo da moça. Que concordou balançando a cabeça.
O homem ficou em pé em uma das cabeceiras da mesa falando um dialeto que a moça não entendia, mexendo as mãos e tudo ao seu redor ganhava vida. A fogueira tomava forma de tentáculos que pegavam objetos de metal para si, fundindo todo o material, frascos saiam das prateleiras para a mesa com apenas um balançar de dedos do homem. A moça estava aflita e assustada com tudo que presenciava, porém não temia tal feito.
– Posso cura-lo, contudo apenas você pode dar-lhe a vida. Meus feitos apenas o deixaria vivo, mas não como antes. Fala o homem olhando profundamente para a moça.
– Farei o que for necessário. Apenas diga e eu farei. Fala a moça com a cabeça abaixada, deixando seu cabelo ruivo encobrir as lágrimas que percorriam seu rosto e caiam na mesa.
– Me de a pedra que tanto segura enquanto fala e sua alma. Assim a vida dele estará assegurada. Fala o homem com um olhar mais sereno, quase com ternura. Ele não gostaria que a moça fizesse isso, mesmo sendo a única maneira de garantir a vida do homem ferido.
– Eu o amo, farei o que for necessário. Já havia dito isso. Apenas faça. Exclama a moça com semblante de raiva.
– Que assim seja. Fala o homem fechando os olhos e voltando a mexer os dedos, um dos vidros da mesa foi levado até a boca do homem já morto, outro frasco derramou um líquido onde havia um grande ferimento devido as três espadas fincadas no peito do morto.
– Tome este líquido roxo que esta ao seu lado. Fala o homem ainda de olhos fechados se virando para a lareira E sussurra: Me perdoe.
A moça toma e desmaia antes de cair ela é pega por uma armadura vermelha com detalhes em dourado, com panos da mesma cor nas juntas, porém sem elmo, vazia. A armadura sendo controlada como uma marionete pelo homem coloca a moça morta na mesa, ao lado corpo sem vida da do rapaz. O homem faz seu último e mais poderoso encantamento retirando as três espadas do peito do rapaz, em seguida, colocando nele um colete em forma de X onde o centro ficava acima do ferimento e tinha o local vazio, era o espaço exato para a pedra que a moça usava como pingente se encaixar.
Gastando muita energia o homem consegue transferir a alma da moça para a pedra que de branca, passou a brilhar muito intensamente com um azul claro. Após ter feito isso, o homem já exausto coloca a pedra no colete do homem morto e o coloca na armadura e deita o corpo que volta a respirar, mesmo que num sono profundo.
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