A ruiva estava horrorizada com a forma que a amiga tratara Jackson. E este, desde que eles deixaram o estacionamento do colégio, não parava de reclamar:
– Quem ela pensa que é? Você ouviu o que ela falou?
E a ruiva só assentia ou falava:
– Aham
– Você ao menos está me ouvindo, Lydia? - bateu com a mão no painel do carro e depois passou a mão pelos cabelos castanhos formados num topete - Que droga
– Estou - respondeu, impassível
– E você não vai fazer nada? - ele estacionou o carro em frente à casa dela. Lydia estava farta, durante o caminho todo suspirou e contou até 10 silenciosamente.
– Sabe, Jackson, ao invés de você reclamar que nem um bebê chorão...
– Cala a boca - sibilou
– O quê? - Lydia piscou os olhos, confusa. Jackson suspirou diversas vezes e Lydia esperou pacientemente, apesar de estar com medo já que Jackson nunca fora tão grosso assim.
– Eu disse... - ele se inclinou sobre Lydia - para calar a boca - dito isso avançou, espremendo seus lábios contra os de Lydia e deitando o banco do carro.

Stiles dirigia lentamente até a casa do amigo, pois não queria perder um detalhe sequer da narração de Allison; e tinha medo que ela parasse de contar quando chegassem.
– Eu juro que foi exatamente isso que aconteceu! - exclamou rindo
– Queria ser uma mosca pra ver a cara de tacho dele - comentou, afinal estivera calado há um bom tempo
– E para ver o que eles falariam depois, claro - complementou Scott
– Afinal, - Allison olhou para o amigo - por que você gosta da Lydia? - essa pergunta o pegou de surpresa; fazendo com que ele ficasse quieto por um bom tempo.
A verdade é que nunca realmente parara para pensar em como se apaixonara por Lydia. Foi algo do...momento.
Ele não sabia se fora o rosto angelical, com algumas sardas perto do nariz, um tanto pequeno e empinado; ou se foram os cabelos flamejantes que deixavam um rastro de seu típico perfume de morango quando passava.
Talvez fosse Lydia em si, que o encantara. O conjunto todo, os olhos verdes que ele tanto queria que encontrassem os seus ao menos uma vez; os lábios carnudos e vermelhos, que ele desejava que estivessem colados aos seus.
Ele se lembra de quando vira Lydia pela primeira vez: o rosto angelical transparecendo inocência, o vestido infantil azul com algumas flores rosas e as sapatilhas da mesma cor; o riso, uma melodia agradável que Stiles adorava ouvir, mesmo que fosse de longe. Os cabelos flamejantes balançando com o vento e jogando o doce perfume de morango que só o fazia fechar os olhos, aproveitando a sensação rápida, antes que o cheiro sumisse.
Talvez a admiração em si tivesse se tornado amor, paixão. Lydia sempre fora a primeira aluna da turma, e Stiles sempre quisera impressionar o pai, então talvez admirasse Lydia por ser tão...Lydia.
– Não sei - admitiu - é complicado
– Desculpe, Stiles, não precisava responder se não quisesse...
– Não, tudo bem - sorriu amarelo - talvez eu precisasse refletir e descobrir como é que comecei a gostar dela. Chegamos - declarou assim que parou o Jeep em frente à casa do amigo
– Você vai na festa? - perguntou Allison
– Não sei
– Se não for pela Lydia, vá por nós
– Tudo bem, vou tentar - esperou os amigos entrarem e deu a partida enquanto acenavam antes de fecharem a porta.

Lydia mal conseguia acreditar que negara algo a Jackson.
Jackson Whittemore, o sonho de toda a população feminina e homossexual de Beacon Hills, quase transara com Lydia Martin. A bomba do ano: ela negara!
Não que ela não quisesse, mas fazer isso no banco de trás de seu Porsche, onde ele provavelmente já fizera o mesmo com milhões de garotas, não era algo que a agradava.
Lydia queria ser diferente. Não sabia se fora um erro ser clichê pelo menos dessa vez, mas seu maior medo era dar o que Jackson - e provavelmente muitos meninos nessa idade - queria e ele simplesmente a despachar depois por "cansar" dela. Mas também vinha outro problema: se ela não desse, ele cansaria de esperar e a despacharia da mesma forma.
Qual a mais cruel? Definitivamente, a primeira.
Suspirou e se jogou na cama, sua festa era na Sexta-feira, eles tinham a intenção de comemorar a - já programada, sim eles tinham certeza que iriam ganhar - vitória do time. E nada melhor do que aproveitar os hormônios à flor da pele, a alegria e excitação transbordando, para convidá-lo para dormir na sua casa. E o resto? Bom, vocês já devem imaginar...
Sim, pasmem, mas Lydia Martin era uma virgem medrosa. Por fora sempre se mostrava forte e imbatível; mas por dentro? Era completamente diferente, também tinha medos, sentimentos e sonhos; apenas os mostrava para quem achava apto e principalmente, para quem confiava.
E quem era escolhido, mesmo sem saber, talvez, podia se considerar a pessoa mais sortuda do mundo!
Precisava pensar em outra coisa que não fosse Jackson, se não ficaria louca. Resolveu fazer seus afazeres, e surpreendeu-se ao ver que na lista do dia de hoje, um deles era ligar para aquele menino que prometera ajudar a estudar.
Enquanto mexia o brigadeiro na panela, esperava Sti...como era mesmo o nome? Checou na agenda: Stiles.
– Alô? Stiles, não é? - o menino prendera a respiração no exato momento em que ouvira a voz.
Não podia ser, ah meu Deus! Lydia Martin estava realmente ligando para ele? Se beliscou pois custava a acreditar
– Ahm - pigarreou - sou eu - disse com a voz pastosa
– Temos que marcar de estudar, afinal a prova será... - folheou rapidamente - quarta que vem. - um silêncio se instalou, Lydia só ouvia a respiração do menino - Você está aí? - perguntou, ela não ouvia mais nada.
– Estou - soltou uma lufada de ar, nem percebera que estava prendendo a respiração. - Desculpe...hum, quando é melhor para você?
– Qualquer dia!
– Ótimo, para mim também! - ele falou com a voz esganiçada. Lydia se perguntou se atrapalhara algo, afinal não queria ser uma empata-foda só porque não transara com Jackson quando teve a oportunidade.
– Está tudo bem?
– Está
– Certo, amanhã às 14h está bom para você?
– Sim
– Ok, eu te passo o endereço depois, tchau
– Tchau - desligou e pegou seu brigadeiro, ligando a TV e sorrindo ao ver que passava America's Next Top Model.

Stiles mal podia esperar para contar para seu pai que Lydia Martin ligara para ele. Ao ouvir a porta da frente bater, correu escada abaixo numa desembalada incrível.
– Pai - começou animado - O senhor não vai acreditar no que acabou de acon... - não pudera terminar a frase, pois o que viu fez a voz morrer em sua garganta.
O xerife caíra, derrubando todas as coisas que antes carregava na mão(sua maleta, pasta com várias folhas, provavelmente de casos para analisar que não deixaria Stiles sequer chegar perto), menos a maldita garrafa.
– Salvei - riu sem humor levantando a garrafa no ar. Stiles suspirou e ajudou o pai a andar, cambaleando, até a cadeira mais próxima. Isso sempre acontecia, era uma espécie de rotina. Depois do trabalho passava em um bar para repor seu estoque, ou bebia em casa mesmo. Ele escondia em todos os lugares possíveis pois Stiles sempre tentava devolver a garrafa ao bar, ou jogar fora.
Era difícil pedir ao dono do bar que não vendesse, afinal, por que alguém, em sua perfeita consciência, desobedeceria o xerife da cidade?
Stiles. Se você pensou nisso, acertou. Mas na realidade, quando Stiles desobedecia, não era o xerife, e sim o seu pai, o que era mil vezes pior; porque se você desobedece o xerife apenas paga pelo que fez, mas quando é seu pai, com quem você mora junto e ama, aí o buraco é mais embaixo.
– Pai, por que você faz isso? - murmurou enquanto tentava tirar a garrafa da mão de um xerife sorridente. Após inúmeras tentativas, conseguiu fazer o pai se levantar e tomar um banho.
– Onde está Claudia? - perguntou enquanto Stiles pegava uma toalha para o pai se secar - Consigo sentir o cheiro da comida, está ótima - sorriu, mas na verdade mal sabia que Stiles se virara nos 30 para fazer um jantar apresentável - Claudia? - gritou
– Papai, - se ajoelhou na frente do pai e soltou um longo suspiro - a mamãe está... - balançou a cabeça, afinal sempre doía falar isso quase todas as noites que o pai, lúcido, chamava pela amada. - A mamãe está num lugar melhor agora.
– O que você... - ele entendera - Ah...

Depois disso eles não falaram mais; Stiles deixara o pai deitado na cama, pensando "na morte da bezerra". Só o chamara para jantar.
– Está quieto
– Hu-hum
– Eu me lembro de... - o pai bebera um pouco do refrigerante - você ter algo para me contar
– Não me lembro
– Stiles...
– Pai! - bateu as mãos na mesa, assustando o pai - eu estou cansado disso! O senhor tem que parar...
– Mas eu...
– Só tente parar, tudo bem? - tirou os pratos da mesa e colocou na pia, começando a lavar.

Na manhã seguinte, diferente do costumeiro, Stiles acordara cedo. No café da manhã, ele abraçara o pai e sussurrara um "desculpe" antes de sair.
– Tudo bem - o pai dera tapinhas encorajadores nas costas do menino, que antes de fechar a porta suspirou e disse num só fôlego:
– VounacasadeLydiaMartin
O pai parou com a xícara ainda no caminho da boca e perguntou:
– O quê?
– Vou estudar na casa dela, ela ligou...Era isso o que eu queria falar ontem
– Estou tão orgulhoso
– Pai...
– Tudo bem! - levantou as mãos como se tivesse se rendido - Vai lá, antes que se atrase.

Lydia chegou no colégio e acostumada com os olhares sedentos dos adolescentes transbordando testosterona, fez algo diferente do habitual: ela não fora até Jackson com seu grupo mesquinho, procurara por Stiles.
– Hey Lydia... - Jackson ficou no vácuo pois Lydia apenas o ignorou com um leve abano de mão, causando uma onda de risos na rodinha dele.
Stiles nem percebera a aproximação da ruiva, que colocou o indicador sobre os lábios pedindo silêncio ao ver a cara de espanto dos amigos.
– O quê? - Stiles tentou se virar ao ver a cara de espanto de Allison e Scott mas eles logo o seguraram, entretendo-o novamente a tempo de Lydia chegar.
A ruiva arrumou o cabelo e sussurrou o nome do garoto para não errar na hora da pronúncia e passar vergonha, passara um bom tempo fazendo isso em casa mas ainda tinha medo.
– Stiles? - no momento que a voz ecoou pelos ouvidos do moreno, este paralisou. Não seria possível, a não ser que...Não! Só nos seus mais profundos sonhos a ruiva o chamaria...É! Era isso! Ele estava sonhando, nem vira o tempo passar e já estava na aula de História, dormindo.
– Stiles? - sentiu mãos em seus ombros, o balançando. Tremendo, se virou e um espanto incomunal transpassou seu semblante, imaginou, pois a ruiva levantou as sobrancelhas.
– Hey...Lyds - balançou a cabeça. Idiota! A chamara pelo apelido? Nem tinham tamanha intimidade assim. - Lydia - corrigiu-se rapidamente
– Lyds está bom - riu deixando-o vermelho - então...Aqui está meu número, e...endereço - falou baixo a última parte, como se fosse uma espécie de segredo ultra-secreto.
Caramba! Ele nunca pensara que essa frase sairia da boca de Lydia Martin, ainda mais direcionada à ele. Na realidade, ele nunca imaginou que ele e Lydia conversassem mais de 1 minuto; ou que ela realmente conversasse com ele ou o notasse.
– Ok, obrigado...hã, eu te ligo então para combinarmos o horário e...
– 14h?
– Marcado! - eles sorriram e começaram a andar na mesma direção.
– Qual sua primeira aula?
– História e a sua?
– Também.
Aquele dia definitivamente não poderia ficar melhor.

Stiles ligara rapidamente para o pai no caminho para o refeitório, mas já que não obteve resposta apenas mandou mensagem.
Jackson o fuzilou e de início ele não entendeu, afinal Jackson nunca olhava para ele fora do campo ou dos vestiários. Mas ao chegar em sua habitual mesa com Scott e ver Lydia Martin, tudo fez sentido.
– Oi - puxou uma cadeira e sentou-se em frente à Lydia já que era o único lugar vago; quando Scott e Allison deram risadinhas ele entendeu que foi proposital.
– Oi - cumprimentaram em uníssono
– Jackson está com a cara mais feia que de costume - zombou Scott, fazendo todos rirem; o que surpreendeu Stiles foi Lydia rir e balançar a cabeça em concordância.
– Por que será, hein Lydia? - Allison deu cotoveladas leves na amiga em sinal de provocação
– Ah...- riu, parecendo se lembrar de algo que deixou Stiles curioso
– O que aconteceu? - Scott se debruçou sobre a mesa, deixando Stiles repentinamente mais interessado.
O que quer que Jackson tivesse feito, dava vantagem à ele.
Sim, ele acreditava ter chances com Lydia. Patético, não?
– Resolvi deixar ele com saudades - a ruiva se recompôs rapidamente, mentindo na cara dura. Ela estava com medo! Se sentia tão envergonhada por ser covarde assim; mas tinha que fugir à todo custo de Jackson até que processasse tudo que aconteceu.
Infelizmente ela tinha um prazo, era uma Terça-feira, o jogo seria na Sexta e após o time ganhar - como eles esperavam - eles comemorariam junto do colégio todo na casa dela.

– Prada! - Lydia berrou e apenas quando Stiles sentiu um incômodo na perna percebeu que se tratava do cachorro de Lydia. - Ai meu Deus, me desculpe!
– Tudo bem - aproximou a mão para tentar puxar o cachorro mas Lydia o assustou
– Não! - guinchou - ele pode acabar mordendo você, deixa que eu... - se abaixou na altura do cachorro
– Quer que eu sacoalhe?
– Não precisa, obrigada - sorriu e pegou Prada no colo. Tiveram uma momentânea troca de olhares típica de rivais. - Vamos?
Stiles concordou mas andou com uma certa distância por medo de esbarrar em Lydia sem querer e também porque o cachorro o fuzilava.
– Então podemos começar com... - Lydia parou e o encarou - O que foi?
– Nada - sentiu as olheiras queimarem, provavelmente ficara encarando Lydia com uma cara de bobo - tem um macete muito bom... - pegou o caderno, empurrando pela mesa para perto da ruiva.

Stiles era definitivamente inteligente.
É claro que ela não falaria isso para o professor, afinal, ela precisava da carta de recomendação, afinal, sempre é bom ter indicações.
E era divertido! Puxa, o senso de humor dele era fantástico. Os macetes que passara eram ótimos, ela não se lembrava de todos, talvez por na maior parte do tempo sua mente vagar para Jackson. Ele só precisava prestar mais atenção e...
– O quê? - perguntou, afinal Stiles estivera parado há um bom tempo a encarando. - Stiles?
– Hã?
– Conseguiu fazer? - ele empurrou o caderno para ela, que observou e fez algumas correções, explicando o porquê.

O alarme tocou exatamente às 06h15 em ponto, acordando a ruiva, fizesse com que ela tomasse um banho e começasse a se arrumar.
Após tomar um café da manhã "natural" e acariciar Prada antes de fechar a porta, dirigiu até a casa da amiga. Aquele era o único dia no qual Scott, o namorado de Allison, não buscava a amiga com Stiles. Ah! Ela quase esquecera, tinha que contar à Allison como fora para ver se a amiga finalmente a perdoaria por ser esnobe.
– Bom dia - Allison abriu a porta sorridente
– Bom dia
– Adivinha só o que acont... - as duas falaram ao mesmo tempo, se encararam e riram - Não! Você primeiro!
– Pode contar, não é tão importante - Lydia deu de ombros
– Qual é, Lyds? Só vou saber se é importante se você contar - Allison replicou
– E se o que você tem de contar for mais importante? Deve ser! - insistiu a ruiva
– Tudo bem - Allison rolou os olhos e depois olhou para baixo, vermelha, como se os sapatos de Lydia de repente se tornassem muito interessantes - Eu e Scott...
– Não acredito! - cobriu as mãos espantada. Não podia acreditar nisso! Allison, sua melhor amiga que aparentemente era muito santa, tinha perdido a virgindade. E pior(ou melhor) antes dela!
Seria uma vergonha total se contasse...Não, ela não podia saber! Mesmo sendo uma de suas melhores amigas, temia que fosse ridicularizada. Estava resolvido! Contaria quando tivesse perdido e se a amiga perguntasse diria que já tinha feito antes. Mas aí estava uma dúvida: se ela contasse toda ansiosa, pareceria que nunca teria feito.
Droga.
Maldita lógica.
– Lyds? - a amiga a sacudiu - você está aí?
– Hm? - piscou os olhos - Estou, vamos?
– O que você tinha que me contar?
– Ah, Stiles foi à minha casa ontem, estudamos e...
– Espera! - Allison atropelou - Stiles? Stiles Stilinski?
– É, Stiles Stilin...Que seja! Esse mesmo.
– Fazer o que? - Allison sorriu lascivamente
– Pode parar! - Lydia interrompeu ao ver a amiga olhar para ela sugestivamente - Só porque você teve uma noite maravilhosa ontem não quer dizer que todo mundo saía por aí transando que nem coelhos...
– Você que está dizendo! - Allison levantou as mãos em sinal de rendição
– Droga, Allison - Lydia bufou enquanto a amiga ria - nós só estudamos, e ele é bem legal e...
– Eu nunca pensei que fosse viver pra ver isso - Allison riu pelo nariz
– Isso o que?
– Lydia Martin falando de qualidades em uma pessoa que nunca falou na vida
– Ele nunca fez parte da minha turma
– Talvez porque você não deixasse
– Hoje é o dia de implicar comigo? - Lydia apertou um botão para descer o vidro do carro - QUAL É, UNIVERSO? - bradou, assustando uns transeuntes. A morena riu e balançou a cabeça, aumentando o volume do rádio que tocava Rude.

Enquanto Lydia retocava seu batom, Allison batia os dedos incessamente no painel.
– Vai demorar muito?
– Só um minuto... - bufou irritada
– O que foi?
– Hoje é dia de gloss e eu não encontro
– Como assim "dia de gloss" ?
– Eu dificilmente vejo o Jackson
– E...?
– Na hora do beijo fica grudento - justificou abrindo a porta e pendurando a bolsa no ombro.
"Que patético!", pensou Allison caminhando ao lado da amiga. Nunca se preocupara com esse tipo de coisa em relação à Scott. Por que agora haveria de se preocupar?
– Que horas os meninos chegam?
– Meia hora antes de começar, por quê?
– Por nada - Lydia esticou o pescoço para enxergar, mas pareceu não obter sucesso. Afinal, quem conseguiria? Carros congestionados e adolescentes quase sendo atropelados, correndo ou em cima do capo do carro.
– Aí estão eles - Allison sorriu e acenou para Scott que descia do Jeep do amigo.

Stiles quase surtara quando vira quem estava vindo em sua direção junto de Allison.
– Parece que o estudo de ontem rendeu, hein? - Scott caçoou enquanto abraçava Allison.
– Cala a boca - murmurou e sorriu rapidamente para Lydia que sorriu para ele enquanto abraçava Allison, mostrando covinhas perfeitas.