Escuridão na Solidão escrita por Rosa


Capítulo 15
Dois Pequenos Grandes Heróis: Parte 2




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Os dois Chaos desceram o penhasco, olhando cuidadosamente ao redor. O único animal que lhe proporcionava perigo eram as raposas, porém, como eram chaos, os deixaram em paz. Thunder olhou o rastreador que apontava para uma caverna escura.

“Thunder, não vou entrar nessa caverna de jeito nenhum! Olha como é escura!”. Choramingou Speed.

“Deixa de medo Speed! Pensei que você fosse o chao do Sonic!”. Gritou Thunder. Thunder então fez o pequeno raio da sua cabeça brilhar, iluminando a caverna.

“Como você fez isso?”. Perguntou Speed enquanto a dupla entrava na caverna.

“Sabe... Guarde segredo de todos os chaos do universo, mas quando eu nasci a Lightning estava atrás das Esmeraldas da Felicidade.”. Admitiu Thunder.

“Como é?”. Surpreendeu-se Speed.

“Quando eu nasci, a Lightning percebeu que era um milagre, pois o ovo do qual eu nasci tinha rachado. Fiquei com um defeito no pulmão, que não permitia que eu respirasse normalmente. Ela construiu várias maquinas para tentar me fazer respirar direito. Quando ela conseguiu, a maquina iria durar pouco, pois gastava muita energia rapidamente. Então, tomando conhecimento das Esmeraldas da Felicidade, ela saiu em busca delas. Infelizmente, ela só conseguiu a Esmeralda da Gratidão. Um dia, tinha chegado a minha hora de partir. Foi o que pensamos. Não conseguia respirar, era uma questão de tempo para partir. Lightning chorou. Chorou como se eu fosse da família dela. Então Lightning tirou do bolso a Esmeralda da Gratidão. Não me lembro perfeitamente do que ela disse, não conseguia ouvir direito. Mas acho que ela disse: “Eu sou grata por não me deixar só. Espero que me perdoe”. Então ela usou o poder da Esmeralda para curar meus pulmões. Porém, teve um preço: Fiquei com o poder dos raios no meu corpo.”.

“Legal!”. Animou-se Speed.

“Não! Não é legal! Sabe a Vampira dos X-man? Pronto, eu estou como ela! Não posso ter contato físico com quem não aguentaria meus choques. A Lightning é a única que aguenta. Se eu tocar em alguém que não seja acostumado com minha energia, ela vai tomar um choque, e como eu estarei tocando nela, também levarei um choque como qualquer ser comum. Esse é o preço pela minha vida”.

“Poxa... Sinto muito...”. Desculpou-se Speed.

“Tudo bem...”. Thunder sorriu e Speed sorriu de volta. De repente, a dupla avistou uma das Esmeraldas da Felicidade.

“Ótimo! Agora só falta uma!”. Exclamou Thunder.

De repente, ouviram um pequeno rosnado. “O que foz isso?”. Preocupou-se Speed.

Eles olharam e viram uma pequena raposa indo em direção a eles. Ela estava com a outra Esmeralda na boca. Thunder se aproximou lentamente da raposa.

“Calminha... Eu só quero a esmeralda raposinha...”. Falou Thunder, e começou a tirar a Esmeralda da boca da raposa. Então a raposa soltou a Esmeralda e mordeu o braço de Thunder, fazendo com que a raposa levasse um choque, ferindo também Thunder. O filhote de raposa soltou Thunder e começou a chorar. Thunder recuou e olhou o braço. Saiam algumas faíscas de eletricidade e a mordida da raposa tinha cortado seu braço, o fazendo sangrar um pouco.

“Thunder, você está bem?”. Perguntou Speed, percebendo o sangramento no braço do seu colega.

“Eu disse... Como um interruptor, se mexerem em mim de modo errado vai dar choques e levo um curto-circuito.”. Falou Thunder, tentando parar o sangramento com uma folha que estava por perto.

“Temos que voltar... Você está ferido e já temos as Esmeraldas.”. Speed se virou para ficar de frente para a caverna, e viu o que ele mais temia: perigo. As raposas que estavam do lado de fora tinham entrado na caverna e caminharam em direção aos dois com uma expressão nada amigável.

“Essa raposa que me mordeu deve ser um filhote. Quando ela chorou, eles devem ter vindo acudi-la.”. Falou Thunder, que tremia de medo.

Speed o encarou assustado. “E acudi-la para eles significa...”.

“Matar os agressores...”. Exclamou Thunder.

Assim que Thunder gritou, as raposas atacaram os chaos. A única opção era voar para dentro da caverna, que era bastante profunda. Logo, os chaos estavam perdidos na escuridão, com Thunder ainda sangrando.

“Thunder, porque você não começa a brilhar?”. Implorou Speed.

“Se eu brilhar será mais fácil eles nos encontrarem e também como eu estou sangrando, posso levar um choque.”. Explicou Thunder calmamente.

“Sua vida é bem complicada hein! Sem ofensa.”.

“Tudo bem... Afinal, ninguém vive sem aflições...”. Respondeu Thunder.

“Mas as suas são terríveis! Você nunca sentiu um pouco de raiva da Lightning?”.

“Por que sentiria raiva dela?”. Estranhou Thunder.

“Bem... Se não fosse por ela, você não estaria sofrendo agora.”.

“Se não fosse por ela, meu ovo teria sido quebrado ou devorado por animais! Ela cuidou de mim para que eu nascesse!”. Respondeu Thunder, que estava com raiva da pergunta de Speed.

“Alto ai! Não precisa ser ignorante! Só estou dizendo que ela não precisava nos mandar para essa droga de caverna! Como o Dark Super Sonic iria saber que eles estavam feridos tão rápido? Admite Thunder, ela estava com MEDO!”.

Thunder olhou para Speed com fúria, e Speed, não gostando do olhar do chao, completou: “Seria melhor que a Lightning nunca tivesse te encontrado...”.

Naquele momento, as raposas os encontraram, e começou a perseguição. Eles viram a luz e correram em direção a ela, encontrando a entrada da caverna. Correram em direção a ela, quando de repente, ouve-se uma explosão. A caverna começou a desabar de dentro para fora, e as raposas angustiadas, correram mais rápido que os chaos e saíram da caverna. Thunder e Speed já iam sair da caverna quando o primeiro viu o filhote de raposa com a cauda presa dentro da gruta. Thunder, sem pensar duas vezes, largou o rastreador das Esmeraldas e a própria Esmeralda que segurava no chão e correu em direção a raposa para salva-la.

Speed não acreditava no que via. “Thunder!”. Speed, então largou tudo que segurava e foi ajudar Thunder para tirar a pedra que prendia a jovem raposa.

A dupla conseguiu salvar a raposa que correu rapidamente para fora da caverna. Porém, quando eles estavam prestes a sair, rochas enormes quase caíram na cabeça de ambos. Thunder tinha salvado a ele e Speed usando um campo magnético com a eletricidade dos raios, formando um escudo.

“Speed... Não vou conseguir segurar o escudo por muito tempo... Tá bastante pesado... Você tem que sair daqui!”.

“Não vou te deixar para trás Thunder! Me desculpe pelo o que disse antes, eu não queria...”.

“Sei que não vai me deixar... Não precisa escolher viver ou morrer...”. Thunder desativou seus poderes e empurrou Speed para fora da caverna.

Speed quase desmaiou, só acordando com as lambidas no seu rosto dadas pela jovem raposa que ele e Thunder haviam salvado. Lembrando-se de Thunder, Speed olhou para trás. A caverna foi completamente demolida. Speed não acreditava. “Thundeeeeeeeeeer!”. Gritou o jovem chao, desesperado com a morte de seu amigo, culpado por ter dito que preferia antes que ele tivesse morrido, envergonhado pelo fato do que apesar de tudo, ele se sacrificou por todos, até mesmo a raposa que o feriu, até mesmo ele, que falou aquelas coisas com o pobre chao que teve uma vida infinitamente mais angustiante que a dele. Sentiu nojo de si mesmo. Desejou que Sonic nunca tivesse salvo sua vida. Desejou fugir... Mas seria isso que Thunder desejaria? Não... Ele pensou. Thunder diria que a vida sempre tem aflições. Speed então se despediu das raposas e pegou tudo que ele e Thunder deixaram no chão e voou em direção a Lightning e os outros. Quando subiu, Lightning logo perguntou sobre a triste noticia.

“Speed, o que foi aquela explosão? E onde está Thunder?”. Disse Lightning, com uma expressão preocupada no rosto.

Thunder só colocou os itens que Lightning deu para a dupla anteriormente. Lightning viu uma gota de sangue no rastreador que foi dado a Thunder.

“Speed... O Thunder está vindo atrás de você não é?”. Perguntou Lightning, que já começará a chorar. “Speed, ME DIGA QUE O THUNDER ESTÁ BEM!”. Speed começou a chorar. Lightning percebeu que... Thunder já era apenas uma lembrança.

“Não... Não, não, NÃO! EU ME RECUSO A ACEITAR! THUNDER É FORTE, INTELIGENTE E CORASOJO! ELE NÃO ESTÁ MORTO!”. Desesperou-se Lightning, e Speed começou a chorar alto. Lightning caiu no chão de joelhos e olhou para seus amigos. Amy e Espio já choravam, Omega, apesar de ser um robô, parecia se sentir triste, Rouge tentava o tempo todo não parecer que estava chorando, mas era inútil, e Shadow, mesmo sendo o Shadow, chorava. Aquela morte a lembrou de Maria, mesmo que ele não quisesse. Lightning então chorou alto.

“Thunder... THUNDER! PORQUE VOCÊ TEVE QUE PARTIR? É MINHA CULPA...”. Gritava Lightning, desesperada com o que aconteceu. “Eu preferiria morrer a ter que sentir a dor de você partir...”.

Espio ao ouvir aquilo, se ajoelhou perto da amiga sofredora. “Lightning... Não foi culpa sua... Thunder não iria querer isso...”.

Lightning então abraçou Espio, que corou e retornou o abraço. “Espio... Por que tudo que eu amo tem que partir... POR QUÊ?”. Lightning continuava a chorar.

Thunder então deu as Esmeraldas que ele e Thunder recolheram. Lightning olhou para o brilho delas e se lembrou de quando ela o encontrou. Perdido e sozinho como ela... Sem a família ou amigos... Mas também se lembrou de que ele a fez não se sentir sozinha. Lembrou-se dos bons momentos, dos momentos de aventura, dos momentos de perigo. Principalmente de que depois dos momentos difíceis, sempre consolavam um ao outro. Ela se levantou e colheu algumas flores que estavam ao redor. Depois de alguns segundos, seus amigos entenderam o que ela estava fazendo. Todos a seguiram, e cada um reuniu um buquê se flores. Todos então ficaram em frente ao penhasco onde estava a caverna onde Thunder foi esmagado.

“Descanse em paz Thunder...”. Disse Amy e jogou o ramalhete no penhasco.

“Adeus amigo...”. Falou Rouge e jogou as flores.

“Sentirei sua falta...”. Afirmou Omega e lançou as flores.

“... Adeus...”. Sussurrou Shadow e soltou suavemente o buquê, derramando uma pequena lagrima em seguida. Aquilo tudo a lembrava de Maria.

“Obrigado pela sua coragem...”. Disse Espio e soltou as flores.

“... Eu... Agradeço-lhe... Por não me deixar sozinha...”. Disse Lightning derramando varias lagrimas e soltou suas flores.

“Eu... Acho que... é melhor nos separarmos...”. Falou Lightning, soltando milhares de lagrimas.

“Como é?”. Exclamou Espio.

“Sempre que eu... Acho que estou bem... ACONTECE UMA DESGRAÇA! EU ATRAIO ACIDENTES! EU ATRAIO A MORTE! AONDE VOU SEMPRE ACONTECE ALGO RUIM! Não quero que vocês morram... Deveriam me odiar...”. Chorou Lightning.

Espio se aproximou lentamente de Lightning e lhe deu uma tapa no rosto!

“O que é-”. Lightning não conseguiu terminar a frase. Espio estava a beijando! O camaleão se afastou dela e olhou nos seus olhos assustados.

“Não posso te deixar agora. Não quando a garota que eu amo está sofrendo.”.

Lightning apenas sorriu. “Você sabe consolar uma garota Espio.”.

Ela se soltou dos braços de Espio e deu um grande sorriso. Pegou o rastreador e olhou um pouco. Depois correu em direção a uma floresta e se virou.

“Vão ficar parados ai? A vida tem que ser vivida! Vamos nessa!”.

Todos sorriram e foram atrás da Lightning o único que não sorriu foi o Espio.

Ela nem me respondeu que me amava... Agora sei como a Amy se sente... Pensou Espio.

Speed ficou mais alguns segundos parado. Sua morte unificou relações. Obrigado Thunder. Por tudo. Pensou o pequeno Chao. Ele pegou uma flor e a jogou no penhasco. “Descanse em paz.”.

Speed logo seguiu o grupo que não se distanciou muito. Longe dali, alguém observava o grupo com um casulo rosa na mão.

“O que preciso fazer para derruba-la?”. Logo, aquela pessoa sumiu no ar...

Adeus Thunder... O que acontecerá no próximo capítulo? Continua...


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