P.O.V. Elijah.

Ela estava tão bonita naquele vestido, além disso estava radiante de tanta felicidade.

–Você está linda, majestade.

–Você também está lindo, meu Rei.

A festa foi muito divertida. Ela riu, sorriu e cantou parecia estar plenamente e completamente feliz.

–Sabe, quando eu olho pra você... Erin eu só vejo um anjo.

–Roubou essa fala do Silas. Mas, obrigado.

–O que?

–Silas disse isso pra Amara no dia em que se tornaram imortais. No bosque.

–Como pode saber?

–Eu assisti. No episódio Original Sin.

–É, esqueci que no seu mundo não existimos.

Infelizmente quando os fogos começaram ela fechou os olhos e tampou os ouvidos correndo pra dentro.

–O que foi? Não gostou?

–Não. Não há nada que eu odeie mais do que fogos de artifício, eles machucam os meus olhos e os meus ouvidos.

–Ah! Me desculpe Erin, eu esqueci.

–Tudo bem, não é culpa sua.

–O que você esqueceu?

–Da doença dela.

–Doença?

–Síndrome de Irlen. Ela tem uma hipersensibilidade ao som e a luz.

–Que coisa.

Erin se sentou no trono e ficou lá, de olhos fechados e ouvidos tampados até os fogos acabarem.

No fim da festa ela pediu um analgésico já que estava chorando de dor de cabeça.

Depois minha irmã a ajudou a se trocar e ela foi direto pra cama.

–Que porcaria! Como eu pude me esquecer disso?!

–Coitada.

–Eu queria que tudo fosse perfeito, como ela sonhou. Mas, acabei arruinando a noite especial dela.

–Não tem problema irmã, daremos um jeito de compensá-la.

–Tem razão.

Fui até o quarto dela saber como estava. E a encontrei no escuro total, mas estava acordada.

–Não acha melhor acender a luz?

–Não. Isso ajuda a passar a dor.

Ela se levantou e acendeu a luz do banheiro ficando na penumbra.

–Esse é o meu mundo feliz. Nada de paredes brancas, pouca luz e nada de barulho.

–Porque paredes brancas a incomodam?

–Porque elas refletem a luz e deixam o ambiente ainda mais claro.

–Entendo.

–Agora acho que vou dormir.

–Bons sonhos, majestade.

–Não precisa me chamar assim mais. A festa acabou, eu sou eu de novo.

–Mas, você é a minha rainha. Eu não sei o que faria sem você.

–Own! Você é o homem perfeito.

Ela me abraçou e me beijou.

–E você a mulher perfeita.

Na manhã seguinte acordei com ela esbravejando.

–Que porcaria! Vou ter que lavar tudo isso agora e eu nem tenho absorvente!

–O que houve?

–Estou nos meus dias.

–Seus dias?

–Por Deus Elijah! Estou menstruada!

–Oh! Isso.

–É isso.

Rebekah saiu comprar absorventes com abas pra ela. Quando minha irmã chegou ela agradeceu e foi tomar banho. E colocou outro pijama.

–Outro pijama?

–Ah, hoje é sábado. Não implica!

–Sim senhora.

Isso explica o porque dela estar mais raivosa.

Erin passou o dia lavando os lençóis e as roupas. Até o colchão ela limpou.

–Pronto. Agora é só esperar secar.

–Isso não vai acontecer hoje.

–Porque não?

–O sol não dá conta de secar isso.

–Claro que dá. Em casa eu....

–O que foi?

–Eu morava em um país tropical e até agora não me acostumei com esse maldito frio que faz aqui.

–A temperatura está amena hoje. Dá até pra nadar se quiser.

–Nadar? Se tá louco! Com esse puta frio se quer nadar?

Ela tinha razão em dizer que o Brasil era bem mais quente do que aqui e eu a entendo. Afinal, passou a vida toda lá onde é calor o ano todo e de repente veio parar aqui onde é frio o ano todo.

–Gostaria de conhecer o seu país.

–Algum dia quem sabe. Infelizmente eu ainda vou ter que servir muitas mesas pra voltar pra casa.

Sabia que ela queria muito voltar pra casa e rever sua mãe de quem ela falava constantemente.

E como presente de aniversário vou realizar esse desejo. Fui até o aeroporto e perguntei pra moça se havia algum voo disponível e ela disse que o único voo seria daqui a um mês com destino ao Nordeste do Brasil em Salvador na Bahia.

Quero muito saber como ela vai reagir.