Voltei para Lima, não tive muita opção neste caso afinal daria muito na cara, mas mantinha contato com Santana 24 horas por dia.

Ao chegar em casa estranhei.

– Quinn?

– Oi Finn, esta é Alicia, nossa filha adotiva.

– O que? - Respirei fundo - Podemos conversar no meu escritório?

– Claro querido.

Fomos até meu escritório.

– Quinn, você enlouqueceu ? Eu disse que não poderíamos adotar uma criança.

– A Finn uma filha sempre foi seu sonho, então decidi fazer essa surpresa, e não tem como devolver.

– Você diz como se ela fosse um brinquedo de uma loja.

– Me diz você, dá pra devolver uma criança pro orfanato?

– Claro que não.

– Então se contente, o que está havendo com você ?

– Nada!

Sai do escritório bravo, desci as escadas e encontrei a pequena criança sentada no sofá assustada, cheguei perto dela e sorri.

– Olá, Alicia?

– Isso.

– Meu nome é Finn, vou ser se pai.

A menina estava se encolhendo.

– Não precisa ter medo de mim, eu não vou te fazer mal, eu vou cuidar de você junto com a Quinn.

Percebi que ela se arrepiou a ouvir o nome Quinn, seu olhos se lagrimejaram.

– Fique calma, vou te mostrar seu quarto, é comum mas amanhã podemos ir comprar algumas coisa pra você.

E então ela soltou um risinho. Minha cabeça estava confusa, todo o caso da Rachel que eu ainda tinha para resolver e agora um filha adotiva de paraquedas, tinha como ficar pior ?

As semanas se passaram, ninguém absolutamente ninguém sabia da existência de Alicia pois Quinn deixou explícito que não queria más influência para a menina, aquela situação era estranha, a única que sabia de Alicia era Santana, mas nunca à viu pessoalmente, e eu continuava vivendo entre Lima e Nova York.

Um dia fui levar Alicia a escola como fazia de constume e ela sem querer deixou escapar que vivia com uma mulher que a maltratava e desfazia dela, no mesmo estante se arrependeu e começou a chorar, eu a acalmei e disse que não contaria a ninguém, Quinn havia me dito que achou Alicia em um orfanato no centro de Lima, aquilo me deixou atento em uma questão, Quinn me escondia algo, e eu iria descobrir. Nestas poucas semanas que convivemos pude perceber que Alicia sentia medo de Quinn, como se Quinn a ameaçasse a garotinha.

– kit, eu tô muito cansada pra ir.

– Mas Quinn, não é sempre que temos um cruzeiro pra irmos.

– Isso é verdade. Mas eu prefiro ficar de olho no Finn, ele está me escondendo algo, e eu vou descobrir.

– Tipo o que ?

– Sei lá, mas te garanto que aí tem.

– Tá bom, e a menina ?

– Tá lá fora, ela ama o Finn, mas não me suporta.

– Também né, como ela gostaria de você se você só ameaça à probrezinha.

Nesse momento menina entra em casa toda cheia de barro sujando por onde passava, Quinn ao ver que a pequena fazia se enfureceu e partiu pra cima da menina.

– Se você encostar um dedo nela você vai se ver comigo.