O homem fitou seu companheiro por uns segundos e riu.

–Ótimo, faça. E a faça gritar bastante e bem alto, quero que ele escute. –Disse e abriu a janela do apartamento.

–Olha Lanie... –Castle se aproximou.

–Acha que eles vão querer negocia agora? –A mulher fitou a janela.

–Traz ela, vamos fazer ao vivo. –Riu e assistiu seu companheiro desamarrar Kate e puxá-la pelo cabelo para que ficasse de pé.

–Seu escritorzinho vai adorar isso. –Riu e empurrou a mulher até a janela, pegou a faca e riu.

–Quero que você olhe bem, muito bem. Vamos deixar uma lembrancinha da sua querida com você.

–Eu pago a quantia que vocês quiserem. –Castle se desesperou.

–Nós queremos um milhão e um helicóptero. E se a polícia tentar intervir, a gente mata ela. –Disse e apontou a faca para o pescoço de Kate

–Tudo o que vocês quiserem, mas deixem ela. –Ele implorou e pegou seu telefone. –Eu vou fazer os contatos, e logo as suas exigências vão ser atendidas.

–Rápido. –O homem gritou e fitou a detetive. -Seu escritor faz tudo por você não é?

–Parem de envolver ele nisso... –Disse entre dentes, a raiva escorria pelos olhos de Kate.

–Só ele pode nos dar o dinheiro que queremos.

–Vocês não vão se sair bem dessa, e eu vou fazer questão, todos os dias de ir visitar vocês na cadeia.

–Eu já liguei, o banco vai trazer o dinheiro, e o helicóptero chega em breve. Vocês precisam sair daí, porque o heliporto é lá em cima. –Castle fitou os dois.

–Só vamos sair quando tivermos tudo aqui.

–Soltem ela, já fizemos o acordo, é só deixarem ela em paz até o dinheiro e o helicóptero chegarem. –Castle suspirou.

–Calado escritor, quem controla alguma coisa aqui somos nós. E não você. –Disse e deu um tapa no rosto de Kate.

Castle quase gritou, ele não saberia dizer que tipo de dor era aquela que subiu dentro dele, ele só queria ter sua Kate ali, nos seus braços, ele queria protegê-la, e não deixar ninguém se aproximar.

–Como você se sente? Sabendo que ela está aqui comigo, e que eu posso fazer o que eu quiser com ela. –Riu fitando o escritor.

Castle ia gritar, ia se desesperar, mas não deu tempo, quando percebeu o apartamento tinha sido invadido por policias por todos os lados, ele ouviu gritos e logo soube que algo estava muito ruim.

–Lanie, eu vou subir.

–Tá louco? Se alguma coisa acontece com você lá dentro a Kate morre Castle, ela não pode com mais um susto. Os policiais já estão lá dentro.

–E isso é o que me preocupa, e se eles resolverem atirar, eu não posso ficar sem ela Lanie... –Se sentou no meio fio e escondeu seu rosto entre suas mãos.

–E você não vai, vai dar tudo certo.

Os minutos se arrastaram, ninguém saiu de dentro do prédio, Castle ouviu tiros e logo após cacos de vidro de estilhaçando, mas ninguém saiu.

–Olha Castle, alguém está saindo. –Lanie se levantou rápido e fitou os paramédicos trazendo alguém na maca.

–Acho que é o Ryan, meu Deus. –Ele correu até a ambulância e fitou o amigo.

–O que houve? –Lanie chegou logo em seguida.

–Ele levou uma pancada forte na cabeça, e está desacordado a mais ou menos uma hora, vamos levá-lo para uma tomografia, e ver se nenhuma área foi afetada. –O paramédico disse ajudando a colocar Ryan na ambulância.

–E os outros dois, a detetive Beckett e o detetive Esposito.

–Detetive Esposito está bem, foi o menos prejudicado, está com um belo olho roxo. Mas, nada que o impeça de ajudar os policiais lá em cima. E a detetive Beckett está com um caco de vidro alojado no pé, um dos homens tentou atirar e acabou acertando o espelho. E o outro fincou o vidro no pé dela.

–O que? Como isso? Kate usa botas, sempre usa botas. –Castle se assustou.

–Pois é, pode imaginar o tamanho da força que ele aplicou. Mas de qualquer forma, o vidro já foi removido, eles estão tratando da ferida. Mas acho que se vocês quiserem subir... –O enfermeiro nem terminou de falar, Lanie e Castle entraram correndo.

–Bom, eu acho que podemos levar eles para a delegacia, lá eles terminam de se explicar. –Espo disse jogando as armas usadas pelos homens dentro da bolsa de evidências.

–Javi. –Lanie entrou correndo e se jogou nos braços do homem. –Eu fiquei tão preocupada,eu achei que eles tivessem feito alguma coisa com você.

–Hey, eu estou bem. –Ele sorriu e a abraçou apertado. –Não tão atraente com esse visual, mas bem.

–Eu vou cuidar de você. –Acariciou o rosto dele.

–E eu vou adorar. –Sorriu e beijou a testa dela.

Castle sorriu ao ver os dois abraçados e começou a procurar por Kate, a encontrou sentada na cama, seu olhar parecia perdido

–Amor... –Se sentou ao lado dela.

–Ele furou a minha bota. –Disse e o fitou.

Castle se deixou rir por uns segundos e fitou o curativo no pé de Kate, completamente vermelho pelo sangue que não estancava de jeito nenhum.

–Eu te dou quantas outras você quiser, iguais, diferentes. –Disse e a puxou para seu colo. –Eu tive tanto medo Kate, tanto medo.

–Mas agora já está tudo bem, eu estou aqui com você.

–Eu sei, mas só de pensar que por um pouco eu perdi você. Eu... eu sinto muito Kate.

–Hey, amor, não é culpa sua. Esse é o meu trabalho. –Segurou o rosto do homem entre suas mãos.

–Eu não digo por isso, Kate eu não suportei te ver aqui, sem ter controle do que estava acontecendo, eu surtei, eu quis entrar, eu queria te tirar daqui. E você meu amor, ficou dois meses nessa agonia, eu... eu sinto muito. –Suspirou.

–Shhh... amor. Acabou, eu estou aqui, você está aqui. –Sorriu e deu um selinho nele.

–Eu consegui uma licença, para você. Duas semanas. –A fitou cuidadoso, sabia o quanto Kate odiava quando se metiam com o seu trabalho.

–Huum... era tudo o que eu precisava. Podíamos ir a um lugar com sol? –Deitou sua cabeça no ombro dele.

Castle sorriu e encostou seu nariz nos cabelos de Kate respirando o mais fundo que pôde.

–Não dessa vez, nós vamos para os Hamptons, eu vou cuidar de você e do seu pézinho machucado.

–Pézinho? Jura? Eu tenho mais de cinco anos sabia? –Cruzou os braços emburrada.

–Essa expressão de emburradinha no seu rosto diz o contrário. –Disse e se levantou com a mulher no colo.

–Eu só quero ficar com você.

–E nós vamos ficar, duas semanas inteirinhas sem nos desgrudar. Vai até se cansar de mim quando voltarmos.

–Não vou não. Eu nunca vou me cansar de você. Nunca. –Sorriu e fechou os olhos.

–Nós vamos passar em casa bem rápido, pegar algumas roupas, e deixar essa arma e essas algemas.

–Tudo bem, eu preciso de uma bota. –Acariciou o rosto de Castle.

–Com esse pé assim? Nem chinelo você vai poder usar por um bom tempo Kate, vai ter que ser muito boazinha e aceitar o meu colo.

–Eu posso lidar com isso. Por duas semanas, eu vou ficar entregue a você, vou deixar que cuide de mim do jeito que achar que deve.

Castle sorriu e apertou a mulher em seus braços.

–Eu vou cuidar muito, muito de você. Vou cuidar da minha vida. –Sorriu e saiu daquele apartamento.