Eles estavam de volta à delegacia, Espo jurava que já sabia quem tinha sido o assassino, coisa que Kate duvidava muito.

–Com certeza foi o namorado. Um dos cortes é em forma de coração. –Ele se jogou na cadeira.

–Muito romântico, mas, não foi ele. Ryan acabou de dizer que confirmaram o álibi do namorado, então, você me deve uma bebida. –Kate sorriu.

–Acho que podemos resolver isso qualquer noite dessas.

–Gente, acabei de receber a noticia de que tinha mais alguém com ela naquele beco ontem a noite. Os vizinhos disseram que escutaram uma briga e depois gritos, e disseram que parecia alguém sendo agredido. –Ryan jogou alguns papeis em cima da mesa de Kate.

–Bom, vamos descobrir quem era esse alguém. Pode ser o nosso assassino. –A mulher se dirigiu até o quadro. –É tão, triste ver uma moça tão jovem acabar assim.

–Sabe que esse tipo de sentimento não deveria passar nem perto de você não é? Precisa ser forte Kate, sabe que esse trabalho é um desafio ao nosso emocional todos os dias, e faz isso a muito tempo, já viu coisas piores. –Espo parou ao lado dela.

–E tem mais, se chegar aos ouvidos de quem não deve que você está tendo esse tipo de problema, eles vão te afastar, e alegar que você não está apta a desenvolver o seu trabalho. –Ryan parou do outro lado da mulher.

–Hoje todo mundo resolveu me dar uma bronca.

–Não é bronca, nós te amamos, e queremos o seu bem.

–Eu sei, e eu agradeço pelo apoio de vocês, vamos logo terminar esse caso. –Sorriu e saiu dali.

–Acha que fizemos certo? –Espo fitou Ryan.

–Ela tem que acordar, cedo ou tarde. E eu realmente espero que seja cedo, porque se demorar pode ser tarde até demais, e bom, nós sabemos que ela quer que a gente faça isso, somos seus amigos.

–Gente, acabamos de receber um chamado, parece que temos mais um corpo, e parece que conseguiram pegar o assassino. –Kate pegou sua arma e as algemas em cima da mesa e se juntou a Espo e Ryan, e os três saíram da delegacia.

Assim que chegaram no local, estranharam, tudo muito silencioso, um pouco de sangue na porta e marcas de arranhões, Kate suspirou e deu o sinal para que Espo derrubasse a porta, e assim que ele o fez, foram surpreendidos por dois caras.

–Ora, viu como é fácil enganar a polícia? Eles vieram rapidinho. Vai ser ótimo matar um por um de vocês. –Um deles riu e puxou a Kate pelo cabelo para dentro do apartamento. Espo e Ryan foram empurrados pelo outro cara e amarrados ao lado de Kate no sofá.

–O que vocês querem? –Ela os fitou com raiva.

–Matar vocês, bem simples né? Um por um, e vou fazer questão de fazer na frente dos outros, para que vocês assistam.

–E o que você ganha com isso? Matar policiais é ainda pior, porque você simplesmente não se entrega, isso pode diminuir bastante seus anos na cadeia? –Espo fitou o homem que andava de um lado para o outro.

–E perder o prazer de torturar um por um de vocês até a morte? Não mesmo. –Riu alto e deu um soco no rosto de Ryan.

–Chega, quando eu sair daqui, você vai pedir para não ter nascido. –Kate disse, seus olhos transbordavam de raiva.

–É, então eu quero ver você sair daí detetive. –Disse e desferiu um tapa no rosto dela.

–Hey, bater em mulher cara? Isso é apelativo demais até para você. –Ryan fitou Kate.

–Calado engomadinho. Nossa brincadeirinha aqui só começou.

~~//~~

Castle estacionou na frente do prédio, Lanie tinha ligado e pedido que ele fosse agora para o local, ele estranhou não ter recebido a ligação de Beckett, mas não tardou a chegar no local.

–Lanie? –Parou ao lado da mulher e a fitou.

–Castle. Preciso que mantenha a calma.

–O que aconteceu? Cadê a Beckett?

–Ela junto com o Javi e o Ryan estão sendo feitos de reféns pelo assassino da moça. O local já está cercado, e os policiais estão tentando negociar.

–O que? Como isso aconteceu? Lanie...

–Castle, a última coisa que precisamos é de alguém em desespero, então, por favor. Eu te chamei porque se eles pedirem dinheiro, você vai ser o único em quem eles vão acreditar.

Ele suspirou, e assentiu.

–Você conseguiu a licença dela? –A mulher o fitou.

–É, consegui. Eles deram duas semanas, mas querem que ela vá a pelo menos duas consultas em um psicólogo, eles querem o laudo de que ela está apta a continuar.

–Duas semanas? E você já planejou o lugar para onde vocês vão?

–Uhum, e se ela não for por bem, eu tiro ela daqui a força. –Disse e recebeu um olhar divertido da médica.

–Bom, boa sorte.

–Eu não me importo de ela é a Detetive Beckett, essas duas semanas ela vai ser a minha Kate Beckett. –Suspirou fitando o prédio a sua frente. –Eles não deram uma posição?

–Nada, soubemos que eles foram pegos porque recebemos uma ligação dos vizinhos.

–Eu, eu estou menos desesperado por saber que o Espo está lá com eles. –Castle fitou Lanie. –Ele vai ficar bem, assim como Kate e Ryan também.

–Eu espero Castle, espero de verdade. E eu juro, que se dessa vez o Javier sair vivo dessa, eu peço ele em namoro. –Esfregou as mãos e suspirou.

–Bom, pois pode ensaiar o pedido. –Ele apertou o ombro da médica de leve. –Vai ficar tudo bem.

~~//~~

–O que essa mulher tem? –Um dos caras perguntou fitando Beckett.

–Chefe, ela não parece bem. –O cúmplice se aproximou de Kate e tocou o rosto da mulher. –Está gelada.

–O prédio ta cercado de polícia. Se a gente quer sair dessa bem, precisamos pedir o resgate deles e dar um jeito de fugir.

–Não ia nos matar? –Espo cuspiu as palavras.

–Eu ia adorar, torturar um por um de vocês, até que me implorassem pela morte. Mas não vai poder ser dessa vez, eu tenho algo muito maior para cuidar.

–Não vai se sair bem disso. Não mesmo.

–Eu ouvi dizer... –Riu. –Que Richard Castle está ai em baixo. –O homem fitou Kate e apontou para a televisão que fazia a cobertura da situação.

–Não... Deixem ele em paz. –A mulher gritou.

–Cala a boca. –Outro tapa, mais forte foi desferido na face de Kate, ela já havia perdido as contas de quantos tapas havia levado, Ryan estava desacordado ao seu lado, depois de tentar enfrentar um dos caras e ser atingido na cabeça, Esposito havia levado alguns socos, um pouco de sangue escorria pelo seu lábio e seu olho já não abria mais.

–Nós, nós vamos nos calar. –Espo disse e fitou Kate. –Não precisam mais bater nela.

–Já sei o que a gente faz chefe. Um ótimo jeito de pedir o nosso resgate. –O cúmplice se aproximou com uma faca. –Vamos mandar uma lembrancinha para o escritor, ele vai pagar bem caro por ela, quando ver o dedo dela dentro de uma caixinha, ainda mais enfeitado com esse anel lindo. - Riu.