Hell on us escrita por Sami


Capítulo 41
Assuntos para se resolver


Notas iniciais do capítulo

Bom dia boa tarde boa noite galera que acompanha hell on us! Fiquei surpresa ao ver que consegui terminar esse capítulo tão rápido e já adiantando que esse meio que encerra a season 5 de twd, ou seja, o próximo capítulo já dá início pra season 6 e já vou avisando que vem coisa por aí.
Vai rolar muita coisa e pra vocês terem uma noção do que eu tô falando já preparei O ÚLTIMO CAPÍTULO DE HELL ON US tan tan tan!

Pois é gente eu sou meio afobada pra essas coisas e já escrevi e deixei ele todo pronto para postar. Também quero avisar que fiquei muito feliz em receber leitores novos e também vi que os números de hell on us têm crescido mais. Obrigada gente, vocês são fantásticos e eu queria abraçar todo mundo que lê e comenta aqui!

Agora sem mais delongas boa leitura!



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No dia seguinte

...O dono da casa sentiu sinceramente que tivessem de partir tão cedo e procurou repetidamente persuadir Miss Bennett de que a sua partida não era prudente, que ela não estava ainda restabelecida. Mas Jane era firme quando sabia qual era o seu dever. Mr. Darcy ficou satisfeito. Elizabeth já se drmorara bastante em Netherfield. Ela o atraía mais do que desejava. E Miss Bingley mostrava-se pouco gentil para com ela, mais provocante para com ele do que de costume.

Resolveu ajuizadamente mostrar-se mais cuidadoso e esconder seus sentimentos. Não queria dar nenhuma esperança a Elizabeth e sabia que a sua atitude durante o último dia teria uma importância decisiva neste sentindo. Firme neste propósito, quase não lhe dirigiu a palavra durante todo o sábado. E, embora ficassem sozinhos durante meia hora, não despregou os olhos do livro e me uma vez olhou para Elizabeth...

Fechei o livro ao ouvir uma leve batida na porta do quarto, aos poucos ela começou a ser aberta e então David logo apareceu dentro do quarto me olhando surpreso ao ver que eu estava com o livro em mãos. Mesmo não sendo uma pessoa que costumava ler tanto quando o mundo ainda era normal, era uma verdade universalmente conhecida de que Orgulho e Preconceito era um dos melhores livros que já foi feito nesse mundo; mesmo que estivéssemos vivendo em pleno apocalipse zumbi.

—Eu sabia que você não iria resistir. —Ele sorriu largamente. —Nossa querida Jane Austen tem mesmo esse dom de atrair leitores novos.

Balancei a cabeça concordando, realmente a escrita da autora era realmente muito surpreendente e maravilhosa.

—A loirinha te liberou. —Ele falou ainda me olhando. —Vai finamente sair desse quarto.

Eu suspirei aliviada.

—Ela me liberou mesmo? —Perguntei ainda surpresa por ela ter mantido a promessa que fez ontem. —Já era hora, não aguentava mais ficar aqui dentro!

Me levantei da cama quase que num pulo e imediatamente me arrependi grandemente de ter feito isso, senti todo o meu ombro onde eu havia sido baleada doer por causa do esforço inesperado que fiz e mordi o lábio para não falar besteira naquele momento. Sentei na beirada da cama para calças minha bota e assim que me inclinei David fez o mesmo movimento pegando o par de botas para mim.

—Eu posso fazer isso sozinha David. —Falei com meio sorriso quando ele começou a colocar um par no meu pé. Ele ergueu o rosto me olhando por alguns segundos e riu baixo.—Não pode forçar muito o ombro ou os pontos abrem. —Respondeu voltando sua atenção para a bota.

—E sobre ontem? —Perguntei curiosa; eu não havia me esquecido da briga que vi entre Rick e Pete. —O que aconteceu que você saiu desesperado daqui?

Ele parou. Pareceu pensar um pouco e calçou o outro pé logo se levantando e sentando ao meu lado.

—Rick e Pete, o marido de Jessie tiveram um... pequeno desentendimento ontem. —Ele fez uma breve pausa olhando para a janela e voltando seu olhar novamente para mim. —Como Deanna havia resolvido ela pediu que todo mundo se reunisse para falarmos sobre a questão dos Salvadores e bem, Pete pareceu discordar da ideia de Rick querer que as pessoas daqui aprendam a atirar e a se defender. De um modo geral ele meio que chamou o povo daqui de molenga, mas de um jeito educado.

Cocei a cabeça.

—Espera, só por isso? —Perguntei um pouco espantada. —Eles dois brigaram por causa da segurança desse lugar?

David balançou a cabeça.

—Parece loucura isso mas sim, foi exatamente por esse motivo que essa briga começou, durante a reunião organizada por Deanna Pete parecia não concordar com nada—Ele fez mais uma pausa. — Disse que antes do grupo do Rick chegar esse lugar estava seguro e quando a esposa dele tentou acalmá-lo ele quase bateu nela. O cara estava fora de si ontem.

—Como assim? —Perguntei outra vez. —O que quer dizer com isso?

—Ele estava esquisito, até a tal Jessie também.—Explicou. —Quando ele quase bateu nela...tinha que ter visto como ela pareceu assustada. Pete estava quase descontrolado ali dentro, é isso o que eu quero dizer.

Ele não precisou explicar com detalhes o que ele queria dizer com aquilo, eu entendi no mesmo segundo o que ele insinuou com aquilo.

—Acha que ele... —Eu não terminei a frase, David me lançou um olhar como se quisesse dizer alguma coisa e então assentiu.

—Eu tenho quase certeza que a resposta é sim. —Ele levou uma mão até a cabeça a coçando. —Aquele molequinho do cabelo tigelinha parece sempre estar assustado com alguma coisa e não sai da cola daquela mulher do cabelo curto que veio com vocês.

— Não acha que alguém deveria fazer alguma coisa sobre isso? — Perguntei com clara preocupação em minha voz. —Se for mesmo verdade, não acha que isso deveria sei lá ser impedido?

David balançou a cabeça concordando e me olhou, eu não gostava de contar isso pra todo mundo mas, antes do mundo virar essa loucura toda de gente morta começar a andar pela terra digamos que meu pai nem sempre foi uma pessoa da qual eu gostava de conviver. Era pior quando ele chegava chapado em casa e bem, não era preciso ser muito espero para saber o que sempre acontecia quando ele chagava desse jeito em casa. David sabia disso, era o único que conhecia essa parte da minha vida e entendia o porquê de eu estar tão preocupada assim.

—Deanna achou melhor deixar Pete numa casa separada de Jessie e dos filhos. — Ele sorriu por questão de pouquíssimos segundos. —O mesmo valeu pro Rick, ela quer reunir o pessoal de novo para decidir o que vai fazer com ele.

—Por que? — Perguntei curiosa.

—Digamos que não foi só o Pete que deu uma surtada ontem, — Ele suspirou. —Rick também deu uma pirada durante a briga e isso não terminou muito bem.

—Nossa... —Suspirei já cansada de ouvir aquela história toda. —Isso tudo parece ficar cada vez pior.

David balançou a cabeça outra vez concordando.

—Bem, vamos mudar de assunto então. —Ele se levantou rapidamente num único pulo. —Vamos deixar isso ser resolvido de noite e ver o que acontece.

—É verdade. —Concordei. —Me tira logo daqui antes que eu enlouqueça!

—Então vamos logo pirralha. —Ele sorriu enquanto eu me levantava novamente da cama, vesti uma blusa de lá e antes de sair do quarto peguei o livro; até parece que eu não iria terminar de ler aquela maravilha mesmo depois de ter recebido alta de Denise. Eu queria saber como terminaria Orgulho e Preconceito e mesmo que eu já tenha assistido milhares de vezes o filme, o livro estava contando mais detalhes que não foram mostrado no filme e bem, é como sempre dizem: os livros são melhores que os filmes. E isso valia também para Orgulho e Preconceito.

...

...Domingo depois do serviço da manhã, houve a separação tão agradável para quase todos a amabilidade de Miss Bingley para com Elizabeth cresceu de súbito rapidamente, bem como como a sua afeição por Jane. E na hora da despedida, depois de assegurar a esta última do prazer que sempre teria em tornar a vê-la em Longbourn ou em Netherfield, beijando-a em seguida afetuosamente, ela se dignou até a apertar a mão de Elizabeth. Esta se despediu alegremente de todos...

—Bem que ele disse que você estaria aqui!

Assim que ouvi a voz de Carl coloquei a palma da minha mão sobre o livro marcando a página onde eu havia parado, virei meu rosto vendo-o parado na porta do meu quarto e sem pedir permissão ele entrou logo se sentando na beirada da cama. Exatamente como ele havia feito no dia anterior um pouco antes de nos beijarmos e sermos pegos em flagrante por Michonne.

—Eu espero que você tenha um bom motivo para ter interrompido a minha leitura. —Eu o olhei sorrindo de canto. —E caso queira me beijar espero que você tenha certeza de que estamos sozinhos aqui, não quero ser flagrada uma segunda vez.

Carl riu.

—Michonne está conversando com meu pai sobre on... —Ele parou de falar. —Estamos sozinhos aqui.

—Tem certeza disso? —Arqueei uma sobrancelha o olhando. —Espero não estar dizendo isso só para me fazer te beijar.

Ele levantou uma sobrancelha logo revirando seus olhos, seu olhar então caiu sobre o livro em minhas mãos e ao perceber que ele fez menção de tirá-lo de mim o segurei com firmeza o encarando fingindo estar brava.

—Ei ei ei ei, é melhor ir com muita calma aí xerifinho. —Apertei o livro contra meu corpo o olhando. —O que acha que está fazendo?

Ele deu de ombros.

—Só quero saber o que está lendo. —Ele simplesmente respondeu. —Nada mais que isso.

Virei a capa do livro deixando-a de frente para que Carl pudesse ver o que dizia, o livro não estava num estado tão bom assim mas ainda sim era possível ver as letras pintadas num dourado brilhoso na capa verde escura Orgulho e Preconceito -Jane Austen. Carl torceu a boca mostrando que claramente nunca havia ouvido falar daquele livro; o que era uma pena porque todo ser humano deveria ler essa obra prima da literatura.

—Parece legal. —Ele voltou a me olhar.

—Legal? É bem mais que legal, esse livro está mudando a minha vida e... —Suspirei levando o livro contra meu peito. — O Sr. Darcy é tudo de bom e

Carl revirou novamente seus olhos fazendo cara de enjoado.

—Calma xerifinho, o Sr. Darcy é só um personagem literário. —Falei me aproximando dele. —Não precisa ficar com ciumes dele, é só você quem eu beijo. —Sussurrei o fazendo rir.

Carl torceu os lábios fazendo uma careta que durou apenas segundos.

—E você como sempre continua muito convencida. —Ele balançou a cabeça. —Não tenho ciumes.

—Se você diz. —Dei de ombros inclinando meu rosto um pouco mais para frente deixando-o próximo do de Carl. —Acho que Sr. Darcy não aguentaria tanto tempo assim num apocalipse zumbi.

Comentei tentando realmente imaginar como seria se Darcy existisse e se ele estivesse vivendo no meio de um apocalipse assim como eu e Carl estávamos vivendo. Não conseguia imaginar um homem como ele usando armas e facas matando os errantes para continuar vivo.

—Vai na reunião que a Deanna quer fazer hoje à noite? —Carl perguntou me encarando.

—Você vai? —Respondi com outra pergunta também o olhando e ele assentiu em concordância. —Acho um pouco desnecessário fazer isso, nenhum dos dois estão certo por brigar, mas Pete parece ser o mais errado nessa história toda.

Carl pareceu pensar sobre o que eu havia dito.

—Ficou sabendo também? —Eu balancei a cabeça em afirmação.

—Na verdade eu vi um pouco da briga até que a Denise chegou e me colocou na cama de novo. —Dei de ombros. —Tinha bastante gente assistindo.

—Quase todo mundo daqui de Alexandria estava lá assistindo. —Ele me corrigiu. — Eles teriam brigado mais se David e Michonne não tivessem chegado bem na hora, ela deu um soco no meu pai fazendo ele desmaiar.

Eu segurei o riso.

—Sério isso? —Perguntei tentando imaginar aquela cena. —Seria engraçado se não tivesse acontecido num momento como esse.

Carl se arrumou saindo um pouco da beirada da cama e ficando com quase todo o seu corpo sobre ela, coloquei o livro ao meu lado e mexi no curativo feito no meu ombro sentindo-o coçar um pouco, com dois dedos dei leves tapinhas sobre o local para tentar aliviar um pouco aquela coceira; era provavelmente a quarta ou quinta vez que eu sentia meu ombro coçar e era bem onde o tiro havia me acertado. Falaria com Denise sobre isso mais tarde.

—E o ombro? —Ele perguntou olhando por alguns segundos para meu ombro e voltando seu olhar diretamente para mim. —Ainda dói?

—Não. —Neguei. —Na hora do tiro doeu um pouco, mas agora só incomoda mesmo.

Dei de ombros não dando muita importância.

—Você ficou berrando feito uma louca quando levou o tiro, gritou várias vezes que estava doendo e... —Notei que ele parecia segurar o riso e quando viu que eu o encarava quase rindo também, ele logo começou a rir baixo. —Doeu um pouco. —Ele tentou imitar minha voz. —Pode falar a verdade Ayla, não vou contar pra ninguém sobre isso.

Dei um peteleco nele.

—Tá bom, —Falei levantando uma mão. —é doeu sim.

Carl sorriu.

—Viu? Não foi difícil dizer isso em voz alta. —Ele falou se aproximando novamente. —Não precisa bancar a durona sempre.

Revirei os olhos.

—Eu já sou durona. —Respondi olhando para a porta me assegurando de que ninguém iria aparecer ali; eu já sabia o que Carl queria fazer e confesso que eu também queria beijá-lo novamente. —Acho que não tem ninguém aqui além de nós dois.

Carl deu um meio sorriso e então segurou meu rosto me beijando pela terceira vez, seus dedos estavam gelados e quando entrou em contato com a minha pele logo senti um arrepio na espinha, mas aquilo não me incomodou nem um pouco naquele momento. Afastei meu rosto alguns centímetros logo recebendo um olhar confuso dele, ergui o olhar para o chapéu de xerife em sua cabeça e como se ele tivesse me entendido logo o tirou colocando-o ao nosso lado na cama. Xerifinho esperto. Pensei dando um meio sorriso voltando a beijá-lo.

O beijo não durou mais do que mais alguns segundos, dessa vez foi Carl quem se afastou e com a voz baixa e até mesmo um pouco rouca ele sussurrou um "Vamos dar um passeio antes que anoiteça, pirralha."

Eu fingi não me importar por ele ter usado o apelido que David usava comigo, até evitei fazer algum comentário sobre isso e apenas concordei me afastando novamente dele e levantando da cama.

...

Quando anoiteceu havia um número realmente grande de pessoas reunidas no local que Deanna escolhera para fazer aquela reunião, uma fogueira grande o suficiente para deixar todos ali aquecidos se encontrava bem no centro do lugar. Aquela noite estava um pouco mais fria e apesar da fogueira e da blusa de lá que eu usava, ainda sentia um pouco de frio. David e Carl estavam ao meu lado e assim como eu, eles também usavam blusas para se proteger do vento gelado daquela noite.

Enquanto Deanna falava alguma coisa sobre o ocorrido de ontem e também para falar novamente sobre os Salvadores, alguns dos outros moradores de Alexandria que estavam ali conversavam entre si; claramente continuavam falando sobre a briga entre Rick e Pete que aconteceu.

Corri meus olhos por cada rosto ali presente procurando pelos dois homens que eram o principal assunto ali e não os encontrei, era estranho porque nenhum dos dois estavam lá e se aquilo se tratava de uma reunião para saber o que seria feito com eles, tanto Rick quanto Pete deveria estar ali, certo?

Assim que vi Abraham se levantar no meio de todo aquele povo, parei para prestar atenção no que acontecia ali, algumas pessoas o olharam assim que perceberam que ele já estava de pé e finalmente calaram suas bocas.

—...Existe um vasto oceano de merda do qual nenhum de vocês sabem droga alguma, Rick conhece muito bem cada pequeno grão e até mais do que imaginamos.

Dito isso ele olhou mais uma vez para os moradores mais antigos de Alexandria e então sentou-se novamente no seu lugar deixando que o silêncio prevalecesse por um tempo. Maggie também disse algumas palavras e assim como o grandão ela também defendeu o pai de Carl mencionando Hershel algumas vezes.

Antes que o silêncio de antes voltasse, Deanna disse mais algumas coisas mencionando algo que Padre Gabriel havia lhe dito dias atrás, não prestei muita atenção no que ela porém assim que ela terminou de falar eu me vi também de pé recendo olhares curiosos de algumas pessoas ali. Até mesmo de Deanna que, se mostrou surpresa ao me ver ali no meio também.

—Quando eu conheci o Rick eu estava bem fudida nessa merda de mundo, tinha me perdido de David fazia uns meses e passei a sobreviver por conta própria. —Fiz uma pausa recendo um olhar repreensivo de Deanna pelo palavrão. —Ok, desculpe. —Pedi. —Mas é assim, eu estava encrencada e por causa de Rick e Daryl não acabei sendo morta naquele dia.

Fiz uma pausa para respirar fundo outra vez.

—E depois de ter me ajudado ele me levou para o grupo dele e me ofereceu abrigo e um lugar seguro, estou com ele desde esse dia e seja lá qual foi a merda que aconteceu ontem, apesar disso ele é sim uma boa pessoa e se não fosse por ele eu não estaria viva. —Olhei diretamente para Deanna. —Rick se preocupa com esse lugar e ele só quer ajudar vocês a se defender melhor da ameaça que existe ali fora, em vez de ficar aqui numa roda falando merda sobre ele deveriam agradecer a ele por estar disposto a fazer isso!

Olhei por alguns segundos para minhas mãos sentindo-as geladas por causa da baixa temperatura.

—Acontece que, vocês não sabem nem da metade da merda que é estar lá fora, Rick sabe como é e ele quer ajudar vocês. Só isso.

Assim que parei de falar recebi outro olhar de Deanna e foi um pouco diferente do anterior e sorrindo de canto voltei a me sentar. A líder de Alexandria abriu a boca para dizer alguma coisa e logo foi interrompida por Rick que chegara de supetão surpreendendo a todos ali.

Rick estava segurando um errante no ombro e logo o jogou no chão deixando alguns dos moradores assustados com a visão horrenda do zumbi já sem visa. O pai de Carl começou a falar sobre como aquele errante deve ter conseguido entrar e mencionou também que outros grupos poderiam acabar invadindo Alexandria; assim como o errante.

Eles sempre vão entrar. —Falou olhando para todo mundo ali. —E se não estivermos prontos para eles, vamos todos morrer.

Ele continuou fazendo seu discurso até que foi interrompido por Pete que também apareceu na reunião surpreendendo não só os moradores que estavam ali como também a Rick. O pai de Carl se afastou um pouco do campo de visão do marido de Jessie deixando que este tomasse mais espaço ali, ele então começou a gritar várias vezes que Rick não era um deles e que nem mesmo nós erramos.

Imediatamente várias pessoas se levantaram de seus lugares se afastando do descontrolado marido de Jessie assim que perceberam que ele estava com a katana de Michonne.

—Pete pare agora antes que alguém se machuque! —Quando Reg tentou se aproximar de Pete ele o empurrou para o lado e deu mais alguns passos procurando pelo pai de Carl.

O marido de Deanna tentou segurá-lo pedindo novamente para que ele parasse logo com aquilo antes que alguém acabasse se ferindo por causa dele, Pete se mostrou ainda mais descontrolado que antes e começou a avançar na direção de Rick tentando chegar nele a todo custo, Reg porém tentou novamente impedi-lo e então tudo aconteceu com muita rapidez.

—VOCÊ NÃO É UM DE NÓS! —Ele continuou gritando de forma descontrolada e até mesmo assustadora.

Pete na tentativa de tirar Reg de seu caminho acabou usando a katana de Michonne contra o homem mais velho que teve sua garganta cortada pela arma, meus olhos se arregalaram imediatamente com aquela cena e quando me dei conta Abraham já estava em cima dele tentando impedi-lo de fazer mais alguma coisa.

Deanna e Jessie gritaram praticamente ao mesmo tempo, a líder de Alexandria correu até o marido tentando ajudá-lo enquanto Jessie olhava para toda cena sem saber o que fazer ali.

—É culpa dele! É tudo culpa dele! —Ele começou então a gritar parecendo mais descontrolado que antes. —É culpa dele! —Conforme Pete continuava gritando que tudo aquilo era culpa de Rick e cada vez mais alto era possível ver o quanto ele parecia louco; o que me lembrou e muito quando meu pai chagava em casa completamente bêbado.

Respirei fundo afastando aquele pensamento da minha cabeça e foi quando vi Rick apontar sua arma na cabeça de Pete e então atirar sem nem pensar duas vezes. Várias pessoas gritaram ao mesmo tempo espantadas pelo disparo feito por Rick, tanto Deanna como Jessie já se encontravam chorando pela morte de seus maridos.

Puta que pariu. Foi tudo o que eu consegui pensar naquele momento, na verdade eu nem sabia como reagir diante de tudo o que havia acontecido em tão pouco tempo.

—Rick?

Uma voz desconhecida, mansa, porém surpresa e ao mesmo tempo assustada chamou a atenção de todo mundo que estava ali, olhando para a direção em que aquela voz havia vindo vi Daryl, Aaron e um homem negro um pouco mais velho que Daryl parados olhando diretamente para Rick como se já o conhecesse. Rick também virou o rosto o olhando de volta e assim como o desconhecido, o pai de Carl também parecia surpreso ao vê-lo ali parado.


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