Hell on us escrita por Sami


Capítulo 29
Uma nova proposta


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem chegou de viagem!!!! Olá meus lindos e lindas que saudades eu estava de todos vocês, espero que todos tenham tido um ótimo início de ano e para aqueles que viram as notas do enem venha chorar junto comigo pois a nota que eu tirei não é o suficiente para entrar no curso que eu quero. Pois é minha gente, a vida tá complicando cada vez mais.

Mas não vamos deixar isso nos abalar, tem muito ano ainda e que seja o que deus quiser.

Bom, esse capítulo foi um pouco rápido pois eu já tinha ele pronto antes de ir viajar então eu não mudei nada nele, mas eu prometo que o restante dos capítulos serão cheios de ação e muita coisa louca. Já comecei a planejar os próximos capítulos e vou deixando claro que não vou seguir o restante dos acontecimentos da quinta temporada da série então estejam preparados para essa mudança.
Por enquanto é só isso, aproveitem a leitura e como sempre não esqueçam de comentar dizendo o que acharam do capitulo.

Boa leitura a todos.



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POV Carl

[...]

Todos estavam olhando diretamente para o estranho na nossa frente como se o mesmo representasse algum perigo para nós, claro que em dias como aqueles que estávamos vivendo precisávamos desconfiar de qualquer um que se aproximava demais, ainda mais quando um estranho simplesmente apareceu do nada dizendo que queria conversar com meu pai. Só isso foi um grande motivo para fazer com que todos ali dentro logo se mostrassem também desconfiados do estranho que se apresentou como Aaron. Olhei ao meu redor olhando para todos do grupo, a o lado do meu pai estavam Michonne, Abraham e Daryl; ambos numa posição firme como se quisesse manter todo o restante do grupo protegido de uma possível ameaça que Aaron poderia representar para todos nós.

Ao lado de Tara vi Ayla com seu olhar fixo na direção em que o estranho estava parado, notei que ela continuava com aquela mesma aparência cansada de antes, seus olhos pareciam inchados por causa das poucas horas de sono que tivemos, porém mesmo com suas roupas sujas e amassadas e seu cabelo parecendo um grande ninho preto para pássaros de certa forma Ayla parecia... Bonita.

Arregalei meus olhos mentalmente quando me dei conta do pensamento que tive naquele momento inoportuno, tentei de qualquer jeito tentar pensar em outra coisa que não possuísse nenhuma relação com Ayla e por mais incrível que isso possa parecer ouvir a voz do estranho naquele momento pareceu conseguir fazer com que eu voltasse para aquela realidade.

—É um grande prazer conhecê-lo. –Aaron se aproximou de meu pai estendendo sua mão na sua direção, porém esse ato pareceu ser totalmente ignorado por ele e por mais que ele fosse um completo estranho para todos nós ali dentro do celeiro, achei a atitude do meu pai algo um pouco desnecessário. Não o conhecíamos e não sabíamos que tipo de pessoa ele era, mas mesmo assim precisávamos manter um pouco do nos restou de humanidade em nós.

Até porque, não sabíamos se Aaron estava sozinho ou não ali e a qualquer momento poderíamos ser atacados sem ao menos nos dar conta do que havia acontecido ali.

—Você disse que ele tinha uma arma? –Meu pai perguntou num tom sério olhando agora para Maggie.

Ela assentiu e entregou a ele uma pistola que aparentemente estava sendo carregada pelo estanho, nessa hora todos pareceram adquirir uma posição semelhante a de ataque; o que não pareceu ser tão necessário assim naquele momento. Como se meu pai tivesse notado no quanto todos ali pareceram ficar um pouco mais tensos com tudo aquilo, ele se aproximou um pouco de Aaron o olhando com frieza.

—O que você quer aqui? –Perguntou sem tirar os olhos do estranho na nossa frente.

—Ele disse que tem um acampamento e quer que todos nós façamos audições para conseguir fazer parte do grupo dele. –Sasha olhava agora diretamente para meu pai.

—Acho melhor arrumar outra palavra para isso, –Aaron começou. –Audições nos fazem parecer que somos um tipo de grupo de dança, bom isso é apenas nas sextas à noite.

Olhei para o lado vendo Ayla abaixar a cabeça e soltar uma risada silenciosa de onde ela estava, ela virou seu rosto lentamente na minha direção fazendo um aceno com sua cabeça indicando o lugar onde Aaron e meu pai estavam, ela voltou a olhar pro chão como se estivesse se recompondo da piada um pouco mal feita por Aaron e então logo ergueu a cabeça novamente voltando a olhar fixamente na direção dele como se nada tivesse acontecido.

—Não é bem um acampamento. –Ele tornou a dizer num tom um pouco mais sério que antes. –Na verdade é uma comunidade, todos vocês serviriam de grande ajuda para nós, mas essa decisão não depende apenas de mim, teriam que falar com nossa líder antes. –Aaron continuou nos encarando alternando seu olhar em cada um de nós como se quisesse ter certeza de que todos ali estavam prestando atenção nele.

Ouvir a palavra comunidade logo me fez lembrar-se de quando encontramos o primeiro aviso sobre terminus, vários dias já haviam se passado desde que conseguimos – com a ajuda de Carol é claro – escapar daquele lugar, mas eu ainda me lembrava claramente das palavras que estavam pintadas na placa “Santuário para todos, comunidade para todos. Aqueles que chegam, sobrevivem.” Da última vez que fomos para um lugar onde estava aceitando novas pessoas, fomos trancados dentro de um vagão como animais e por muito pouco não acabamos mortos, se deveríamos mesmo confiar no que Aaron estava dizendo eu não sabia se isso era uma boa ideia.

Pelo menos não depois de tudo o que passamos até agora.

—Eu sei que vocês estão desconfiados, eu estaria também se estivesse no lugar de vocês. –A voz de Aaron me tirou de meus pensamentos novamente fazendo com que eu voltasse a olhá-lo novamente. –Maggie pode entregar a mochila para Rick, por favor?

Maggie se agachou para pegar a mochila que estava ao lado de Aaron e então caminhou até meu pai e fez como Aaron havia lhe pedido e lhe entregou a mochila do estranho para meu pai.

—Tem um envelope no bolso da frente. –Falou voltando a olhar novamente para meu pai. –Eu sei que não tem como convencê-los de que esse lugar realmente existe apenas com palavras e foi por isso mesmo que eu as trouxe junto comigo.

Meu pai abriu o envelope e então tirou de dentro dele um punhado de fotos, vi ele passar uma a uma olhando com atenção as mesmas, Aaron voltou a falar, dessa vez contando em como todo o lugar era grande e seguro dando um pouco mais de detalhes sobre os muros que cercavam todo o lugar. Ao ver que meu pai não parecia nem um pouco convencido com nada daquilo; nem mesmo depois de ver as fotos do lugar e quando viu que as fotos não pareciam ter funcionado começou a fazer um outro discurso, dessa vez dizendo no quanto poderíamos ser importantes para essa tal comunidade que ele vivia.

Não prestei muita atenção nele, continuei olhando para o pequeno bolo de fotografias que meu pai tinha em mãos e mesmo me esforçando ao máximo para tentar enxergar alguma coisa nelas não consegui ver mais do que alguns pequenos pedaços das fotos, o que não adiantou muito. Voltei minha atenção para Aaron e notei que ele ainda estava falando, meu pai então começou a caminhar dando passos largos até ele e então sem avisar deu um soco no seu rosto fazendo com que Aaron desmaiasse no mesmo segundo.

Todo o grupo estava conversando sobre o que deveria ser feito a respeito da proposta que Aaron havia nos feito antes sobre ir com ele até a tal comunidade que ele tanto falou sobre, meu pai continuava com aquela mesma expressão duvidosa no rosto e pelo modo como olhava para fotos parecia ainda não conseguir acreditar em nenhuma palavra dita pelo homem.

—Isso parece ótimo, mas ao mesmo tempo parece bom demais para ser realmente verdade. –Rosita deu de ombros olhando rapidamente para as fotos que ainda eram seguradas pelo meu pai.

—Olha, ele poderia ter feito qualquer coisa com a gente e não fez nada. –Agora era Maggie quem falava. –Nós não o vimos chegar e se ele fosse mesmo perigoso já teria feito alguma coisa antes de trazê-lo até aqui!

Enquanto eles continuavam discutindo sobre Aaron e sua visita inesperada e depois de Michonne tirar tudo o que havia dentro da mochila que o estranho carregava consigo mostrando que havia um sinalizador junto com todo o restante de coisas a conversa pareceu tomar um rumo um pouco mais diferente que antes; meu pai pediu para que Abraham e Daryl verificassem se estávamos sendo vigiados por mais alguém e então quando Aaron finalmente acordou meu pai não perdeu tempo em perguntar sobre isso.

Aaron mudou sua postura, ele pareceu ficar um pouco mais tenso do que se mostrou antes de ser acertado e agora parecia pensar um pouco mais nas palavras que iria nos dizer.

—Quantos mais estão lá fora? –Meu pai tornou a perguntar a mesma coisa dessa vez com mais firmeza em sua voz.

—Mesmo se eu contar, nenhum de vocês iriam acreditar em mim. –Respondeu olhando para meu pai e depois para Daryl que já estava ao seu lado.

—Quando uma pessoa sorri logo depois de levar um soco no rosto isso fica um pouco mais difícil, não acha? –O tom de voz do meu pai agora era de pura ironia.

—Mesmo depois de essa pessoa deixar aquelas garrafas na estrada para vocês? –Aaron usou o rosto para apontar para as garrafas que deixamos em um canto especifico.

—Quantos? –Perguntou novamente com o mesmo tom firme de antes.

—Apenas um.

Assim que ele disse isso todos que estavam de pé pareceram se aproximar um pouco mais de Aaron como se o mesmo fosse perigoso ou algo assim, não vou negar que até mesmo eu fiquei desacreditado quando ouvi que ele trouxera apenas uma única pessoa consigo. Se é que isso era mesmo verdade.

Aaron continuou falando diversos jeitos de provar que ele não estava mentindo sobre nada daquilo e conforme ele falava, mais olhares desconfiados meu pai recebia dos outros membros do grupo. Tudo aquilo que ouvíamos parecia apenas deixar a todos ainda mais desconfiados que antes e tínhamos motivo para isso; passamos por diversas merdas (como Ayla costuma dizer sempre) e um homem vir nos oferecer um lugar aparentemente seguro para vivermos era algo muito estranho; quem em sã consciência aceita pessoas estranhas para seu grupo?

Depois de um longo tempo discutindo sobre qual atitude deveria ser tomada ficou decidido que apenas meu pai e Judith ficariam fazendo companhia para Aaron enquanto o restante de nós iria até o suposto carro que Aaron havia estacionado há poucos metros de onde estávamos. Claro que, meu pai não parecia nem um pouco feliz com aquilo, porém, Michonne estava certa; precisávamos pelo menos dar uma olhada e garantir se tudo aquilo era mesmo mentira ou não.

POV Ayla

....

Eu tinha certeza de uma coisa: Aaron não havia contado nenhuma mentira. Bom, pelo menos até aquele momento.

Depois de um longo tempo de caminhada e um pequeno imprevisto que envolveu alguns muitos errantes, as coisas para nós pareciam estar finalmente voltando a darem certo. Como Aaron havia nos falado encontramos sua única companhia, ele se chamava Eric e por azar do destino havia torcido o tornozelo tentando nos ajudar a dar conta dos errantes que encontramos em certo momento do caminho que estávamos seguindo.

Já era noite quando Rick e os outros finalmente chegaram e assim poderíamos finalmente decidir se iríamos ou não junto com eles para a comunidade que Aaron e Eric tanto disseram, mesmo parecendo ainda desconfiado com tudo aquilo e até mesmo com os dois estranhos que estavam conosco Rick finalmente cedeu e então concordou dizendo que iríamos sim. Pelo menos para dar uma olhada no lugar e assim poderíamos então ter nossa decisão final sobre ficar ou não.

Fiquei feliz com a decisão que o pai de Carl havia tomado, seria bom para todos nós ir até o lugar e ver se ele realmente existia e se era realmente um lugar seguro para nós, acho que estávamos mesmo precisando de um pouco de esperança no meio de tanta merda que passamos até agora e não custava nada verificar se esse lugar era realmente de verdade.

Arrumamos nossas coisas para finalmente ir dormir, havíamos nos escondido dentro de uma pequena loja que encontramos e como o lugar estava completamente abandonado, foi difícil conseguiu iluminar todo o seu interior, mas mesmo assim conseguimos encontrar um jeito de fazer isso. Como iríamos dormir todos no chão, escolhi um lugar perto da parede para apoiar minhas costas, fique sentada sobre a cama improvisada que fiz esperando todos os outros se arrumarem para finalmente irmos dormir e assim dar continuidade a nossa viagem até a comunidade de Aaron e Eric.

Tirei a faca que mantinha presa no meu cinto e a deixei no chão ao lado da minha casa, encostei todo o meu corpo na parede assistindo Carl preparar sua cama quase ao lado da de Michonne e então olhei novamente para a faca que havia deixado no chão.

—Ei! –O chamei fazendo-o se virar na minha direção. –Precisamos começar a procurar logo uma barra de chocolate para a aposta não acha?

Carl sorriu rapidamente logo se sentando no chão e voltou a me olhar novamente.

—Aquela aposta ainda está de pé? –Perguntou parecendo surpreso com aquilo. –Eu pensei que você já tinha tirado isso da sua cabeça!

Eu ri.

—Você ainda não entendeu não é mesmo? –Perguntei me inclinando um pouco para frente e semicerrei meus olhos o olhando com atenção. –Eu vou cortar o seu cabelo, Carl e quando eu fizer isso você irá ter que encontrar algum jeito de me dar a barra de chocolate!

O projeto de xerife me olhou como se estivesse duvidando de mim (de novo) e então revirou os olhos com desdém.

—Não, você não vai cortar. –Falou num tom desafiador. –Até agora não encontrou nada para cortar a minha ju... O meu cabelo. Esquece isso porque você vai perder essa aposta!

Levantei as duas sobrancelhas o olhando.

—Estamos indo para um lugar novo Carl, se eu fosse você não contaria vitória antes da hora. –Falei começando a provocá-lo. –Lá podem ter centenas de tesouras e eu vou usar quantas forem necessárias para tirar esse matagal que se formou sua cabeça. Guarde bem as minhas palavras, Carl, eu vou cortar o seu cabelo.

—Você é muito convencida às vezes sabia disso? –Carl me encarou sério.

—Não seja bobo. –Brinquei. –É só uma aposta, podemos fazer outra depois dessa.

Arqueei uma sobrancelha o provocando e aquilo realmente pareceu funcionar, o filho de Rick fechou completamente a cara me olhando como se estivesse bravo ou coisa parecida. Revirei meus olhos quando notei isso, Carl em certos momentos agia como criança e isso conseguia me deixar irritada.

—Ei xerifinho. –Tornei a chamá-lo mais uma vez. –Se quiser, eu deixo você ganhar nossa próxima aposta.

Antes de ver como ele reagiu com aquilo fui rápida em logo me deixar e virar todo o meu corpo para a parede ficando de costas para Carl, ouvi ele resmungar alguma com Michonne e comecei a rir baixo para que ele não escutasse. Se tinha uma coisa que era muito fácil de conseguir era provocar ele, Carl deixava claro que não gostava nem um pouco disso e eu iria tirar proveito disso ao máximo que eu conseguiria.


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Notas finais do capítulo

Capítulo bem chatinho esse, mas fica melhor depois.



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