Noiva de aluguel escrita por babylockser


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Só quero agradecer à todos que comentaram, que favoritaram, que estão acompanhando, sério, se pudesse, abraçaria cada um de vocês *-*



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Hermione piscou uma, duas, três vezes, não conseguindo acreditar no que tinha escutado. Chegou a achar que a mulher a sua frente estivesse louca para lhe falar aquilo.

– Desculpa, Narcissa, mas é que a sua proposta me surpreendeu um pouco. – tentou se recompor diante a mais velha.

– Tudo bem, querida. – Cissa ofereceu um sorriso amável e bebericou um pouco mais de sua água. – O que me diz?

– Eu... não tenho certeza se isso é uma boa ideia. – a castanha começou um pouco receosa. – Digo, eu e Draco nos odiamos desde pequenos... talvez, seja melhor procurar outra pessoa para esse... trabalho.

Um silêncio sepulcral se fez presente na mesa, enquanto Hermione observava atentamente Narcissa refletindo sobre a proposta, sua barriga começava a dar reviravoltas e suas mãos tremiam levemente de nervosismo.

– Talvez você tenha razão. – Narcissa concluiu, por fim, deixando a castanha um pouco aliviada. – Mas, seria uma pena, pois ainda acho que você é a melhor escolha.

A Granger fez menção de rebater a afirmação da Malfoy, mas foi interrompida antes que pudesse dizer o primeiro “a”.

– Além disso, o dinheiro que eu estou disposta a oferecer é realmente tentador.

A jovem mordeu o lábio inferior com uma leve força, curiosa para perguntar o valor. Sua mente entrava em conflito. Não queria parecer desesperada por dinheiro quando realmente estava. As contas que ela precisava pagar apenas surgiam e se empilhavam em cima da mesa de sua sala.

– E... quantos você estaria disposta a pagar...? – sua voz saiu um pouco baixa, mas alta o suficiente para Narcissa escutar.

– 20 mil galeões. – Cissa conteve um sorriso vitorioso ao ver a boca da garota se abrir em um “o”.

– É mais do que eu poderia ganhar trabalhando em um ano. – Hermione sussurrou para si mesma, completamente atônica.

– O que disse? – a Malfoy indagou, fingindo não ter escutado.

– Hã? – a Granger voltou à terra, quando foi tirada de seus devaneios e sorriu amarelo. – Eu... aceito.

– Ah, sabia que iria aceitar! – a mulher sorriu-lhe, totalmente feliz com a resposta da mais nova e começou a remexer em sua bolsa a procura de algo. – Vou pegar o contrato para que você possa assinar.

– Eu só tenho uma condição. – Hermione estava séria, enquanto observava Narcissa pegar alguns papéis e lhe dar atenção. – Não quero ter nenhum tipo de contato adicional com Draco, ou seja, sem abraços e beijos.

– Oh, tudo bem. – Cissa sorriu, encolhendo os ombros. – Você não fará nada que não queira.

A castanha achou meio estranho o fato da mulher não rebater sua condição, mas resolveu simplesmente deixar para lá.

Pegou a caneta oferecida pela mulher e passou a ler as clausulas do contrato, quando seu celular começou a tocar e ela o pegou para atender.

– Alô?

– HERMIONE GRANGER! CADÊ VOCÊ, SUA FILHA DE UM HIPOGRIFO? – teve que afastar o aparelho de seu ouvido para não ficar surda com os gritos da amiga histérica.

– Já estou indo, Gin. – tentou soar o mais calma possível. Ginny era realmente escandalosa.

– Ok, vem logo. OU EU JURO QUE TE MATO! – e desligou. A castanha rolou os olhos e voltou sua atenção à Narcissa.

– Me desculpe por isso. Ginny pode ser bem temperamental quando quer. – suspirou pesadamente e, sem ter tempo de ler mais nada, somente foi até onde devia assinar e o fez. – Me ligue depois para combinarmos tudo, ok?

– Tudo bem, querida. Nos vemos em breve. – Narcissa sorriu, recolhendo o contrato e vendo a castanha sair em disparada do local. – Bom, a parte 1 já foi concluída, vamos para a parte 2 agora!

–-x—

Draco estava nervoso, ansioso, preocupado, quase arrancando seus cabelos quando sua mãe surgiu na sala, assustando-o.

– Ah, que susto, mãe! – o loiro exclamou com os olhos levemente arregalados. – E então, como foi?

– Deu tudo certo, querido. – Narcissa sorriu e foi em direção à cozinha.

– E o que mais? Quem é a garota? – o jovem estava curioso. Queria saber logo quem era sua noiva de mentira.

– Ah, você não conhece. – abanou a mão, despreocupadamente. – Mas ela é linda, posso afirmar.

– Bom, se você diz... – Draco encolheu os ombros, sorrindo e sentindo-se aliviado. – Vou sair com Blaise, ok?

– Tudo bem. Teu pai está em casa? – indagou, recebendo uma confirmação do filho e o vendo sair pela lareira. Sorriu, indo em direção à sala do marido.

– Já chegou? – Lucius deixou a papelada da empresa de lado ao ver sua esposa adentrar o local. – Tudo ocorreu como esperava?

– Ocorreu melhor, querido! – Cissa sentou-se de frente ao marido. – Está tudo certo, né? Vai acontecer tudo como previsto?

– Sim, não se preocupe, Cissa. – o homem riu levemente. – Como foi a reação dela?

– No começo, ela não queria aceitar. – passou a brincar com uma das canetas de ouro pousadas em cima da mesa. – Mas, após eu ter dito o valor que estou disposta a pagar, ela acabou mudando de opinião.

– Ela deve estar passando por dificuldades. Ouvi falar que seus pais também estão desempregados. – levantou de seu lugar e foi até a mulher, sentando-se ao seu lado. – Como acha que Draco irá reagir quando souber que é Hermione a noiva de aluguel dele?

– Eu acho que ele vai ficar louco. – Narcissa riu. – Mas depois irá nos agradecer.

– Irá agradecer à todos que aceitaram participar desse seu plano maluco. – Lucius também riu. – Eu só quero que Draco seja feliz.

– Eu também, querido. Eu também. – Cissa concordou, aconchegando sua cabeça no ombro do marido e sorrindo, sentindo que estava cumprindo sua missão como mãe.

–-x—

O sábado finalmente chegara e o apartamento de Hermione estava uma confusão. Roupas, sapatos, acessórios espalhados por todos os lados e uma castanha atrasada e com os cabelos desarrumados e rebeldes.

– Ah, meu Deus! Eles vão me matar! – exclamou, enfiando tudo o que via pela frente na mala e quase morrendo para fechá-la. Pegou sua varinha e, após desligar todas as luzes e verificar se tudo estava fechado, foi para a mansão Malfoy.

–-x—

– Ela está atrasada. – Draco reclamou, pela terceira vez em menos de cinco minutos. – Eu espero que valha a pena toda essa espera.

– Pare de reclamar tanto, Draco. Até parece um velho desse jeito. – Narcissa zombou, recebendo um olhar feio do filho.

O loiro fez menção de responder, porém foi interrompido pelo surgimento de mais alguém na sala, surpreendendo-o e assustando-o ao mesmo tempo.

– Desculpem-me a demora. – Hermione pediu desculpas assim que se viu na frente dos três integrantes da família.

– Tudo bem, querida. – Cissa sorriu-lhe amavelmente.

– GRANGER? O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? – Draco apontou acusatoriamente para Hermione que piscou algumas vezes sem entender a surpresa do garoto.

– Ela é a sua noiva, filho. – Lucius respondeu pela jovem, tentando não rir da expressão que o mais novo fez.

– O QUE? Isso só pode ser uma brincadeira! – o Malfoy mais novo olhou para a mãe, esperando que ela risse e falasse que não era sério e que aquilo não passava de uma brincadeira deles.

– Não, é sério. – Hermione disse, rolando os olhos. – Acredite, eu só estou aqui pelo dinheiro.

– Está tão necessitada assim, Granger? – Draco até esqueceu-se do que falava para zombar da garota. – O que foi? O Weasel parou de te bancar?

– Pois é, parece que ele arranjou uma namorada e agora ele precisa pagar as coisas pra ela. – Hermione franziu as sobrancelhas, provocando e tocando na ferida do loiro.

– É uma pena, né? Você sempre achou que ele fosse ficar com você. – Draco não estava disposto a perder para a garota.

– E você nunca achou que fosse perder uma garota para o Ron, certo? – sorriu de forma sarcástica.

Draco abriu a boca para rebater, mas Narcissa achou melhor acabar com aquela briga infantil antes que eles ficassem até o dia seguinte naquilo.

– Muito bem! Agora que todos estão aqui, já podemos ir até a chácara. – pegou sua mala e passou a puxar Hermione pela mão até a lareira, sendo seguida por Lucius e Draco carregando o resto das bagagens.

–-x—

A chácara ficava um tanto longe, mas não saía dos limites da Londres bruxa. Entraram no trem e passaram a procurar alguma cabine vaga. Nacissa e Lucius iam mais para frente conversando animadamente, enquanto que Draco e Hermione mal se encaravam.

Estavam passando por uma cabine aparentemente ocupada, mas que estava com a porta aberta quando algo passou correndo ao lado de Draco, empurrando-o contra Hermione, fazendo a garota se desequilibrar e entrar dentro da cabine, levando o loiro junto ao puxar a barra da camiseta deste.

– Seu idiota! Sai de cima de mim! – Hermione empurrou o loiro e se levantou, arrumando suas vestes que ficaram um pouco amarrotadas.

– Foi você que me puxou, sua louca! – Draco rolou os olhos, irritado. Dirigiu-se até a porta no intuito de abri-la, mas não conseguiu. Franziu as sobrancelhas, tentando de novo. Sem sucesso.

– O que você está fazendo? Abra logo essa porta! – a castanha terminou de arrumar seus fios rebeldes e empurrou o garoto, ficando de frente para a porta, forçando a maçaneta.

– Granger, não faça isso! Ela vai acabar que-

Crec

Silêncio. Mais silêncio. Mais silêncio e uma Hermione encarando a maçaneta quebrada em sua mão. Mais silêncio, uma Hermione encarando a maçaneta quebrada em sua mão e um Draco prestes a ter um ataque histérico.

– Eu acho que quebrou. – Hermione sorriu amarelo, tentando não parecer nervosa com o olhar intenso do loiro.

– Ah, você acha? – Draco emanava sarcasmo. – E o que faremos agora, senhorita sabe-tudo?

– Eu... não sei... e se usarmos nossas varinhas? – sugeriu, começando a procurar o objeto em suas vestes e não o encontrando. – Meu Deus, eu não posso ter perdido!

– A minha também não está comigo! – Draco exclamou, quase tirando suas roupas para procurar a varinha.

Olharam para o lado de fora da cabine e viram duas varinhas solitárias caídas na porta, perto de suas bagagens. Praguejaram mentalmente e sentaram-se desolados.

– O que faremos agora? – a castanha choramingou, começando a sentir frio quando o ar-condicionado da cabine ligou.

– Você é a sabe-tudo daqui. – o loiro revirou os olhos, sentindo sua dor de cabeça voltar e deitou-se no banco, suspirando pesadamente e amaldiçoando o ser que o empurrara.

– Vai cagar, Malfoy. – Hermione também deitou-se e ficou encarando o teto.

– Não estou com vontade agora, Granger. – sorriu de canto, escutando um suspiro irritado da garota.


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Notas finais do capítulo

HEUEHEUEHUE Esses dois parecem duas crianças quando brigam, né? q E agora, o que eles farão enquanto estão trancados na cabine? e.e



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