Sorri em resposta me levantando caminhando até á porta. Ao abrir me deparo com uns olhos verdes brilhantes.

– Oi filho – sorriu meu pai de modo meigo – Podemos falar?

O homem se mantinha estático enquanto aguardava a decisão do Filho. Percy meditava… não queria discussões e não queria que Annabeth se enervasse.

– Não acho que seja boa ideia – resmungou ele. Poseidon assentiu desanimado mas voltou a encarar Percy.

– Por favor meu filho – suplicou ele num murmúrio – So te peço 5 minutos do vosso tempo.

– Tudo bem – suspirou o Jackson mais novo.

Poseidon deu um sorriso de canto entrando desajeitadamente pela porta. Usava o mesmo terno preto do trabalho. Os olhos verdes estavam tristes e apagados. Annabeth se levantou receosa.

– Eu… eu vou para dentro para estarem mais á vontade. – se apressou a Chase.

– Não… moça espere… eu quero falar é com você… - disse Poseidon num tom mórbido.

Annabeth arqueou as sobrancelhas, estava com medo… ele não parecia querer discutir mas com certeza era bom ter prudência.

– Tudo bem – assentiu ela. Poseidon fez o mesmo… caminhou afroito até um sofá indivul repousando no estofo macio.

– Vai começar? –questionou Percy seco.

– Percy – repreendeu a loira – Deixe seu pai.

– Eu vim aqui… pedir desculpa – murmurou. Percy arregalou os olhos desde que se conhecia por gente nunca… NUNCA… vira seu pai pedir perdão, mesmo estando errado Sr. Poseidon era dono da verdade… se para ele uma cadeira fosse uma pedra… era uma pedra e pronto.

– Não faça essa cara Percy – resmungou o pai – Isto é tanto novo para você como para mim.

– Imagino – disse Percy.

– Eu queria pedir desculpas - repetiu o Jackson mais velho – Principalmente á moça…eu julguei mal você… e é um erro grave fazer falsos julgamentos.

– Já passou. – sorriu Annabeth.

– Não passou não – contrapôs Poseidon – você podia ter se machucado… você é minha sobrinha, sangue do meu sangue não conseguiria viver se algo de mal acontecesse á filha de minha irmã… ainda mais tendo um neto meu crescendo dentro de você. – explicou ele graduadamente. Se aproximou mais da loira, ela recuou um pouco apreensiva. A mão forte do homem pousou na de porcelana – Você é especial Annabeth, você luta por aquilo que acredita… é orgulhosa… tal e qual minha irmã… lhe devo um pedido de desculpas… é capaz de me perdoar? A um velho ressingão bipolar?

Annabeth não conseguiu conter uma risada… o que fez com que um sorriso divertido nascesse nos lábios de Poseidon .

– Eu perdoei você faz muito tempo – disse Annabeth –acidentes acontecem.

– Sim mas… - antes que Poseidon pudesse sequer protestar a loira agarrou o pescoço do homem dando um abraço meigo aos seus ombros. O rosto de Poseidon ficou corado… as suas orelhas ganharam um tom rosado se definido até á raíz do cabelo negro.

– Esqueça isso - murmurou a loira.

. Você é igual a ela – sorriu Poseidon.

– Talvez.

– Você é uma grande mulher… não duvido que terá um grande futuro…

– Obrigada – sorriu a Chase.

– Não agradeça moça – sorriu Poseidon – Me deixe ser eu a agradecer… ama o meu filho… e luta por ele todos os dias…. Mesmo sabendo os riscos que corre… cuida de um bebé que não é seu… algo louvável… nem toda a mulher é capaz… e mais importante.. é honesta, honesta e trabalhadora… algo que aprecio numa pessoa.

– Obrigada – repetiu Annabeth.

– Obrigado – disse Poseidon. – Obrigado por devolver a felicidade ao meu filho. – a loira sorriu… o homem de cabelo e barba aparada olhou para o par de olhos verdes-gémeos. – E ai? Me perdoa meu filho.

Percy não respondeu… apenas se levantou e abraçou o pai, era bom saber que o apoiava, era bom sentir o pai ao seu lado... mesmo sendo a primeira vez… era bom..

– E saibam que apoiarei você Percy- sorriu Poseidon – te apoiarei sempre meu filho.

– Obrigado… pai – sorriu Percy.

– Não a deixe meu filho… ela é um achado precioso. – murmurou o Jackson ao ouvido do filho.

– Fique descansando.

– Tenho de ir – disse Poseidon, de repente o seu rosto ficou sério e sombrio…

– Que se passa? – indagou o moreno.

– Tenho de ir falar com o Dr. Dare…

– Oh…

– Ele não está nada contente Percy… - murmurou o pai apreensivo – Nem com você, nem connosco.

– Mas ele sabe o que Rachel fez?

– Sabe – afirmou ele – Mas naquela familia nenhum gosta de ser acusado… tendo ou não cometido algo…

– Mas você sabe – acrescentou Percy – Você sabe que ela é perigosa

–E eu sei disso… o Dr. Dare me mandou encontrar com ele hoje espera que eu te ajude a voltar para casa… tolices.

– Eu não vou.

– Claro que não… depois do que se passou nem eu admito tal coisa… depois do que se passou não vou colocar nenhum dos meus netos em perigo… e você sabe que adoro o Brian… e… o próximo quem vem aí – sorriu ele para Annabeth.

– Ainda falta. – contrapôs Annabeth sorrindo.

– eu sei… mas se lembre Annabeth sendo minha sobrinha, e mãe do… quer disser dos meus netos… não hesite em pedir ajuda.

– Não se preocupe.

– Fico aliviado.

– Mas o que o Dr. Dare quer?

– Títulos – respondeu Poseidon com desdém – acha que se souberem que a filha dele se vai divorciar ainda mais por culpa dela… ele perderá o respeito e o bom nome.

– E então? Que você vai fazer?

– Vou tentar convencer ele do contrario – respondeu Poseidon – Ele não quer que você se divorcie ainda mais que fique com um herdeiro dos Dare…

– Pensei que ele odiasse o neto.

– Ele não gosta de crianças… acha que elas devem crescer em berço de ouro e terem uma educação rígida… acha que afecto é dispensável… só carreira e dinheiro contam.

– Então mas para que ele o quer? – indagou Annabeth – Se não gosta de crianças então…

– Ele quer um herdeiro… só que não pretendem amá-lo e o acarinhar o seu objectivo é que ele cresça forte e oportunista…

– E agora?

– Agora que eu vou ver o que posso fazer… mas quero que saibam que se eu não conseguir… a única solução é o tribunal.

– Não tenho medo… - respondeu Percy – Brian é meu filho se for preciso irmos a julgamento vamos…

– Fico orgulhoso que assim pense. – sorriu Poseidon – Nunca deixe de lutar por aquilo que acredita.

Percy assentiu… finalmente… tinha um pai.