Amores de Ensino Médio escrita por Pedro Campos


Capítulo 11
Chamas


Notas iniciais do capítulo

Curiosos para saber o que está pegando fogo?
Confiram nesse capítulo.



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Assim que vi a biblioteca em chamas não pensei duas vezes e corri para ela. É claro que não pensei na possibilidade de que Hope não estaria lá dentro, isso só me ocorreu depois que tudo... Ei não vou dar spoiler do que aconteceu.

Ignorei as chamas na entra (que arderam em mim mais tarde) tirei a camisa e a coloquei no rosto para me proteger da fumaça, esperei que ao menos isso funcionasse. Por sorte, ou não, a biblioteca não era tão grande, então não tive que procurar muito para encontrar Hope. Ela estava debaixo de uma estante, não estava acordada e tinha sangue em sua testa, logo deduzi que isso não era nada bom. Com uma força que só a adrenalina e os poderes de Deus poderiam me dar, tirei a estante de cima dela e puxei Hope com cuidado.

– Hope, acorda. – A balancei, mas sem resultados. Ela ainda respirava, muito fraco, mas respirava. – Vamos meu amor.

Desisti de tentar acorda-la, tirei minha camisa do rosto e coloquei no dela, coloquei Hope nas costas e sai correndo para fora da biblioteca, uma lasca de madeira fez um corte fundo em minha perna, mas isso não me fez parar. Finalmente sai da biblioteca, pude ver sirenes ao longe, mas minha visão estava ficando embaçada, Hope começou a acordar, de inicio sua expressão foi confusa, mas depois que viu o fogo arregalou os olhos e tentou me segurar, mas eu já estava caindo.

A última coisa que vi foram seus olhos, dessa vez eles brilhavam por causa do fogo.

...

Reparei logo que estava sonhando.

Sabe como é, você sabe que está sonhando quando vê outro de você te encarando.

– Olá? – Tentei.

– E aí. – Falou o outro eu.

– Você é bonitão.

– Você também. – O outro eu sorriu.

– Por que eu estou me vendo?

– É um sonho, eu sou você antes do coma, e você sou eu depois do coma.

– Que confuso.

– Realmente.

– Mas por que está aqui?

– Eu sou sua mente te dizendo que você melhorou.

– Melhorei?

– Sim. – O outro eu sorriu de novo. – Eu... Você... Nós... Sofremos um grande trauma, aquele tiro mexeu com a gente e me transformou em você, mas tudo o que você precisava para voltar a ser eu era fazer o que eu fazia de melhor, se apaixonar. Porém algo estava impedindo você de se apaixonar, por isso você voltou sem sentir nada pela Yas ou pela Nathy.

– Cara você é melhor que meu terapeuta.

– Eu sei. Mas voltando, isso mudou com a Hope, aos poucos essa barreira foi se quebrando, e depois do incêndio, quando ela olhou em seus olhos você finalmente se apaixonou de verdade.

– E agora vou voltar a ser você?

– Não, o coma me mudou e o amor mudou você, agora você não estará mais preso às lembranças ruins, mas também não será mais ao ingênuo quanto eu. Em resumo, nós iremos crescer. Entende?

– É como atualizar para o Pedro 3.0.

– Exatamente.

– Que maneiro. – Sorri.

Eu estava ficando doido mesmo.

...

Sério, eu já estava cansado de acordar em hospitais.

No exato momento em que acordei já saquei logo que estava em um quarto de hospital novamente. Revirei os olhos e suspirei me levantando e sentando na cama, olhei a redor e me deparei com uma cena um pouco fofa até.

Hope estava dormindo em uma poltrona com a cabeça deitada em minha cama. Ao menos tive o alívio de saber de cara que ela estava bem.

Cutuquei a bochecha dela e esperei enquanto ela acordava, e quando finalmente sua visão focou em mim ela arregalou os olhos e me abraçou, logo depois me beijou. Pude sentir um grande peso saindo de seus ombros.

– Eu fiquei com tanto medo. – Falou ela começando a chorar. – Eu desmaiei quando os bombeiros chegaram e quando acordei me disseram que eu estava bem graças a você, mas por outro lado você não estava tão bem já que tinha inalado muita fumaça.

– Você está bem? – Perguntei e tossi um pouco.

– Estou, graças a você. Eles disseram que se você não tivesse chegado naquela hora eu não teria tido tanta sorte. Você me salvou Pedro.

– E então estou perdoado?

– Claro que está seu bobão, eu amo você.

– Eu também te amo Hope. – Sorri e a beijei. – Aliás, é bom saber que agora sou o Pedro 3.0.

– Como assim?

– Ah depois de explico.

– Ok né. – Seu sorriso era tão lindo quanto seus olhos. Talvez fosse egoísmo, mas eu queria que aquele momento durasse para sempre.

...

Dois meses depois•

O tempo passou tão rápido que nem percebi que já estávamos no final do ano letivo, último dia do primeiro ano, o que era estranho já que na minha mente eu já havia chegado nesse dia, mas ai eu morri e descobri que estava em coma, pois havia quase morrido, simples assim.

Minhas notas alcançaram proporções épicas e passei de ano sem dificuldades, ao menos o coma não havia me tirado meu título de gênio.

Eu me sentia mais leve por finalmente poder falar sobre o coma sem desmaiar. Após mais duas semanas de consultas e exames doutor Miguel teve que afirmar que eu estava melhor, segundo ele eu quase havia virado outra pessoa (como se eu já não soubesse disso) e Hope com o tempo parou de ter ataques de raiva também.

Acabei percebendo que Hope era meu remédio e eu o dela.

Então em resumo, vivemos os melhores dois meses de nossas vidas, mas não posso deixar de contar o maior babado desses dois meses. Lucas se declarou (verdade, eu também estou surpreso por ele não ser uma máquina) para minha irmã, claro que tive vontade de socar a cara dele de inicio, afinal de contas era minha irmã, mas depois de muitas ameaças eu cedi e dei minha bênção para o namoro, porém acho que minha bênção não foi suficiente porque Giovana não aceitou o pedido dele. É você deve estar se perguntando:

“Mas do jeito que você falou parecia que eles já estavam quase se casando, o que aconteceu?”

1- Eu exagero muito nas coisas;

2- Nunca entenderei minha irmã, afinal de contas ela é minha irmã e nem eu me entendo.

Fora esse incrível babado os esses dois meses foram só pura melação do tipo:

1- Planos para o nosso casamento;

2- Nomes dos nossos filhos;

3- Altos beijos;

4- Você já deve ter entendido que foi bem melado.

E então veio o tão esperado dezembro, o mês das festas, tudo corria bem, mas ai chegamos aqui no clímax do capítulo, quando algo ruim acontece comigo e acordo no hospital no próximo capítulo, mas relaxa, dessa vez eu não desmaiei.

Foi bem pior.


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Notas finais do capítulo

Sim, vou deixar vocês curiosos de novo, mas logo tem mais.



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