Capítulo 3

Bella pov

Nós vasculhamos cada canto daquela floresta e nada dele. Já estava a ponto de um ataque. O que será que aconteceu com o meu menino?

Edward tentava me acalmar de todas as formas, mas era impossível. A essas alturas eu pensava em todas as possibilidades. Alice ainda não conseguia ver nada, já eram quase 23h e nada de Anthony, não sabia nem mais aonde procurar.

Nós vasculhamos cada canto da nossa área, até a linha que dava para a área dos lobos, mas não tinha nenhuma possibilidade de ele ter ido para lá, ou os lobos já teriam nos dado algum aviso, bom provavelmente nada amigável já que as nossas relações não são das melhores, segundo o que Carlisle me contou.

Nós resolvemos dar uma última olhada ao redor da cidade, na floresta e até nas cidades vizinhas, antes de irmos para as outras cidades procurar algo sobre o seu desaparecimento.

- É melhor irmos logo, quanto mais rápido melhor, então logo poderemos começar a procurar nas outras cidades mais no limite do estado. - disse Jasper.

- Tudo bem, mas eu acho melhor alguém ficar aqui em casa, para o caso de Anthony voltar para cá. - disse Esme.

- Acho melhor você ficar Bella. - disse Edward apertando a minha mão mais forte.

- Não, eu não posso ficar parada enquanto o meu filho está desaparecido, e se aconteceu alguma coisa com ele.

- O Edward tem razão Bella. - disse Alice, vindo me abraçar. - você está muito alterada. Não se preocupe, se descobrirmos alguma coisa nós te ligaremos imediatamente.

- Tudo bem então. Acho melhor vocês irem logo.

E assim todos sairão em busca de Anthony, e eu fiquei sozinha, quase que tendo um treco de tão aflita que eu estava, eu pedi com todas as minhas para que alguém o encontrasse, ou que pelo menos voltassem com alguma notícia boa, ou até mesmo que ele aparecesse aqui na minha frente e esse pesadelo todo acabasse de vez por todas.

O tempo foi se passando e nada de notícias. Cada hora parecia uma eternidade. Eu só conseguia andar de um lado para o outro, e me esforçar muito para não sair de casa para ir procurar também.

Estava perdendo as esperanças, quando passos e um cheiro familiar chamam a minha atenção. Antes mesmo que ele entrasse em casa eu já fui ao seu encontro e lhe dei um abraço tão forte que era como se fosse para ele nunca mais sair de perto de mim desse jeito.

- Anthony meu filho, aonde você esteve, todos ficamos muito preocupados com você, eu pensei até o pior, porque a Alice não conseguia te ver.

- Calma mãe, me desculpe. Tá tudo bem agora. - disse Anthony, ainda abraçado a mim.

- BEM, VOCÊ TEM NOÇÃO DE COMO EU FIQUEI SEM TER NOTÍCIAS SUAS, VOCÊ PODIA PELO MENOS TER ATENDIDO O CELULAR, OU TER LIGADO.

- Desculpa. Eu prometo que nunca mais faço isso. Me desculpe.

- Tudo bem. Mas aonde e com quem você estava. - o soltei do meu aperto e olhei para ele.

Anthony se afastou um pouco de mim e abaixou a cabeça, ele não queria me olhar nos olhos. Estava hesitando.

- Anthony.

- É só que, eu prometi que não contaria nada mãe.

- Mas você sabe que não existem segredos entre nós. Você pode confiar em mim. Se você me contar eu vou poder ajudar. Pode confiar em mim. - ele olhou para mim, e respirou fundo.

- Tudo bem então.

Antes de começar a me contar o que havia acontecido, eu liguei para todos e disse que Anthony estava em casa. Enquanto eles não chegavam Anthony começou a me contar tudo. No momento exato que ele terminou todos chegaram.

Todos foram abraçá-lo e dar pequenas broncas nele. A maior com certeza foi a de Edward.

- VOCÊ TEM NOÇÃO DE COMO TODOS NÓS FICAMOS, E A SUA MÃE. - antes que Edward se irritasse mais eu me coloquei na sua frente.

- Desculpa pai.

- Calma Edward, o Anthony já me contou tudo, foi por uma boa causa. - disse tentando acalmá-lo

- E o que aconteceu.

- Anthony. - disse para que ele começasse a contar. - ele assentiu

Anthony pov

- Foi assim...

Flashback on

O sinal tinha acabado de tocar, e a próxima aula seria de educação física, junto com o meu pai. Eu não estava a fim de fazer a aula.

- E ai Anthony, pronto para a aula?

- Na verdade eu estava pensando em não ir. Eu não aguento mais, para onde eu me viro estão falando da gente, isso porque nós estamos no primeiro dia.

- Bom, tudo bem então, mas você vai ficar aonde até o intervalo.

- Eu vou ficar dentro do carro ouvindo música, e quando o sinal tocar eu vou até o refeitório.

- OK. - disse meu pai se despedindo e se virou para ir a aula.

Depois que os corredores se esvaziaram eu segui até a saída que dava para o estacionamento. Quando estava quase perto do carro eu avistei uma menina perto da entrada da floresta, ela tinha o cabelo castanho, olhos verde, parecia ter 13 ou 14 anos, estava toda suja, parecia perdida e com muito medo, a primeira vista ela parecia humana, mas o cheiro dela era diferente, o sangue dela parecia um perfume, e o coração batia de forma muito acelerada . Eu fiquei curioso e resolvi ir falar com ela. Mas conforme eu ia me aproximando ela ia se afastando.

- ESPERE, EU SÓ QUERO CONVERSAR.

Ela se virou e começou a correr, quase tão rápido quanto um vampiro, vendo que ela não ia parar, eu me resolvi correr, como não tinha ninguém me olhando consegui ir atrás dela e alcançá-la Eu segurei o seu braço, ela tentou tirar, mas como estava meio fraca não consegui.

- Por favor, não me mate. - ela disse como um suplicio.

- Eu não vou te matar, só quero conversar. - ela não disse nada, só ficou me olhando acuada.

- Meu nome é Anthony, e o seu. - ela pareceu pensar um pouco e acabou cedendo.

- Eu me chamo Sophia. Você é um vampiro, não é.

- Sou, e você?

- Se eu te disser você me solta?

- Mas se eu te soltar você não vai fugir, vai? - ela negou com a cabeça, então soltei o braço dela.

- Eu sou mestiça, meio humana e meio vampira.

- Mestiça. Eu não sabia que existiam. Mas o que você está fazendo aqui, e assim desse jeito, aconteceu alguma coisa?

- Eu não acho que devo te contar, é perigoso.

- Pode confiar, se você me contar nós vamos poder ajudá-la

- Nós? - ela perguntou.

- Sim, eu e minha família. Eles são super legais, com certeza vão te ajudar.

- Não posso, se eu te contar, eles também vão matar vocês.

- Eles quem?

- Os Volturi.

- Ah. - eu não consegui dizer nada, afinal de alguma forma nós também estávamos fugindo deles. - nós definitivamente podemos te ajudar.

Ela ficou em dúvida me encarando, de repente ouvimos um barulho vindo da floresta, ela se assustou e saiu correndo dali.

Flashback off

- Bom, dai eu entrei com o papai no refeitório, nós discutimos e eu sai de lá, como ele não veio atrás de mim, eu fui procurar a Sophia.

Flashback on

Depois da discussão eu fui novamente para a floresta e comecei a procurar a Sophia, não demorou muito e eu a encontrei perto do rio, sentada. Ela percebeu a minha presença e tentou fugir novamente, mas eu me apressei e parei bem a frente dela como uma barreira.

- Nós não precisamos fazer isso de novo. Só me deixe ajudá-la

Ela acabou concordando, mas achou melhor nós irmos a um outro lugar para conversar Ela me levou até uma montanha, que ficava meio longe de Forks, e lá havia uma caverna aonde ela se abrigava.

- Então. O que aconteceu com você. Porque você está fugindo.

- Tudo aconteceu a dois anos atrás, meu pai ,Alan, era um vampiro nômade e solitário, em uma de suas paradas para caça ele encontrou a minha mãe ,Anna, que era humana, ela era órfã e estava fugindo do orfanato, pois as outras meninas que moravam lá a maltratavam, então como mágica eles se apaixonaram. Um amor impossível. Meu pai pretendia transformar a minha mãe, mas antes eles queriam encontrar um lugar tranquilo para morar.

Depois de muito procurar eles encontraram um lugar tranquilo, e resolveram se casar.

Após alguns dias de casados, minha mãe começou a passar mal, vivia enjoada, vomitando e comia muito. Meu pai começou a suspeitar que ela estava grávida. após mais um dia tudo se confirmou, a barriga dela crescia cada vez mais rápido.

Pouco tempo depois eu nasci, e meu pai conseguiu salvar a minha mãe. Meu pai ficou com muito medo que os Volturi descobrissem tudo, por causa das crianças imortais, mas vendo o meu desenvolvimento, o plano era nos escondermos, até eu aparentar uma idade razoável, mas infelizmente não deu certo.

Nós fomos acusados, por uma vampira que me viu, na época eu aparentava uns 5 anos. Então os Volturi chegaram de surpresa, Alec, Jane, Felix e Demitri. Meu pai se sacrificou pela gente, ele iria distrai-los enquanto a minha mãe fugia comigo. Nós fomos até um certo ponto e minha mãe me escondeu em uma caverna, ela me disse que se ela não voltasse até o nascer do dia, que era para eu fugir, e me esconder até eu completar o meu desenvolvimento Mesmo pedindo para ela não ir, ela foi para ajudar o meu pai, eu esperei, esperei e esperei, o sol já estava nascendo e nada da minha mãe, eu ainda fiquei até o meio do dia, mas depois resolvi obedecer. E desde então eu me escondo. Os Volturi ficaram um tempo me perseguindo, mas agora eu não sei.

Eu fiquei sem palavras, ela era tão nova e já passou por tudo isso.

- É por isso que eu não queria contar, para não te envolver nisso.

Resolvi ser sincero e contei a minha história. Ela escutou tudo e no final parecia até aceitar a ajuda, mas ainda estava com medo de nos colocar em risco.

- Já tá ficando tarde, acho melhor nós irmos lá para a casa.

- Nós?

- É, eu não vou te deixar aqui agora que eu sei de tudo.

- Mas e a sua família. Acho melhor eu ficar aqui.

- Eles são todos maravilhosos, vão te receber de braços abertos, vamos. - me levantei e estendi a mão para ela.

- Acho melhor não, o que eles vão pensar, afinal se vocês estão fugindo dos Volturi é melhor ficarem longe de mim.

- Besteira, vamos. - vendo que ela não se mexeu, fiz a proposta. - então vamos fazer o seguinte, eu vou para a casa e conto tudo para eles, e depois conforme o que eles disserem você vai ficar conosco. Tudo bem.

- Ta bom então.

Flashback off

- Então eu a fiz prometer que não sairia de lá, voltei para casa e, bom, agora vocês já sabem. E então o que vocês acham.

- Vamos logo buscar essa menina. Meu Deus, ela deve estar tão assustada. Anda, vamos. - disse Esme já na porta.