Bad Romance (Black Iron) escrita por Bruna


Capítulo 2
Welcome to The Hunger Games!


Notas iniciais do capítulo

Estou trazendo mais um capítulo para vocês e quero já dizer de antemão que amei os comentários! E, leitores fantasmas, eu adoraria que vocês me dissessem as suas opiniões kkkk

Espero que gostem do capítulo, desculpe por qualquer erro, e se sintam a vontade para comentar qualquer crítica, boa ou ruim.

Beijos s2



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"E que a sorte esteja sempre a seu favor."

(The Hunger Games)

Quando Clint estacionou o carro na frente da “pequena” casa de Stark, já fui me preparando psicologicamente para o que eu enfrentaria lá dentro. Não vai ser tão ruim, eu acho. Pelo menos tenho Clint.

Pego a minha bolsa, saio do carro e me junto a Clint para entrar na casa. Quando estamos quase entrando, Clint pega meu braço me fazendo virar para encara-lo.

– Só queria pedir para você tentar se manter... Calma. Sabe, sem provocações e tentar não responder as provocações.

Só pude rir por dentro, era impressão minha ou ele estava me tratando como criança? Fiz a minha melhor cara de inocente para responder.

– Calma, eu não vou fazer nada... – Ele sorri e segue para a porta. – ainda.

Sussurro a ultima parte sorrindo. Clint abre a porta já se anunciando.

– Chegamos!

– Finalmente!

Ouço a voz conhecida e já reviro os olhos. Quando entro me deparo com uma cena cômica: Tony, Steve e Bruce sentados na sala assistindo a Superman. O que melhor do que assistir um filme de super-herói, depois de bancar o super-herói?

– Estavam brincando de casinha? Demoraram, estávamos quase almoçando sem vocês. – Será que em apenas poucos segundos Tony Stark vai conseguir me tirar do sério?

– Que engraçadinho você, Stark. É recém meio dia, sem exageros. – Falo já largando a minha bolsa no sofá.

– A pizza chegou faz quinze minutos, você sabe o que é esperar quinze minutos para comer uma pizza? – Tony fala em tom sério. – Sorte que você mora no meu coração, ruivinha, se fosse o capicolé aqui, as coisas teriam sido diferentes.

– Que sorte a minha. - Sorrio, mas reviro os olhos. Steve faz o mesmo.

– Acho que o certo seria primeiro dar as boas vindas a Natasha, depois falar sobre pizza. – Steve fala vindo em minha direção. – Oi, Nat.

– Oi, Steve.

– “Nat”? Assim o Legolas vai ficar com ciúmes.

– Não começa Stark.

– Bem vinda, Natasha. – Bruce fala com um sorriso tímido.

– Obrigada.

– Agora que já bancaram as pessoas decentes, podemos comer?

– Claro Stark. – Clint revirou os olhos impaciente.

Estávamos indo para sala de jantar, todavia, antes de entrar, sussurrei para Clint.

– É sempre assim?

– Eles só estão animados com a sua chegada. – Clint sorri e entra.

Suspiro.

Seja bem vinda aos Jogos Vorazes! – Sussurro ironicamente.

–---- Black Iron ----

– E o primeiro pedaço vai para a ruivinha! – Tony coloca um pedaço de pizza de calabresa no meu prato, sorrindo. – Aproveite novata.

Dessa vez não fui apenas eu que revirei os olhos, Clint e Steve também. Bruce se limitou apenas a sorrir.

– Obrigada, Stark.

– Pode me chamar de Tony, Nat.

Paro de comer e encaro Tony que esboça um sorriso irônico no rosto. Suspiro e volto a comer, calma Natasha, não entre no jogo dele, ele só que provocar você.

– Então... Soube que você e Stark estão trabalhando em algum tipo de experiência. O que é? - Clint tenta amenizar a situação puxando conversa com Bruce.

– Bom, estamos fazendo alguns testes em relação ao DNA, boa parte da minha pesquisa de vida é referente a isso. Steve tem nos dado algumas amostras de sangue, o que ajuda muito.

– Nem todos da pesquisa estão querendo saber muito sobre o DND do capicolé, só para deixar claro. – Tony fala e logo em seguida come um enorme pedaço de pizza.

Com o fracasso em puxar algum assunto em que Tony não faça algum tipo de brincadeira, que deixa alguém presente envergonhado, passamos o resto do almoço comendo em silêncio.

– Que silêncio entediante, que tal nós terminarmos de ver Superman?

– Superman é para criança, Tony. – Friso o seu nome em tom irônico. – Sou mais de Batman.

Tony me fuzila com o olhar por alguns segundos antes de voltar a sorrir.

– Também, um dia eu ainda terei um Batmóvel. Já que decidimos, rumo à sala companheiros!

Depois de Tony sai da sala de jantar, eu me levanto.

– Quantos anos ele tem mesmo? – Falo indo em direção à porta, sendo seguida por Clint, Steve e Bruce.

– A idade de vida ou a psicológica? – Clint pergunta rindo.

Sentamos todos no imenso e confortável sofá e o logo da Warner apareceu na televisão.

– Adoro Christian Bale como Batman. – Tony fala vidrado na TV.

– Sim, é o melhor que tem. – Tony vira para mim com um sorriso.

– Temos algo em comum, ruivinha.

Sorrio com o comentário e volto a minha atenção para a tela. Bruce saiu no meio do filme e logo depois Steve dormiu. No final do filme Clint estava caindo de sono também, deixando apenas eu e Stark vidrados na tv. Quando o filme acabou Tony deu um pulo do sofá.

– Incrível! – Seu olhar passou de Steve para Clint, que estavam dormindo e depois pousou em mim – Pelo menos agora eu tenho uma companheira para ver ótimos filmes. Vou colocar o segundo!

– Por hoje chega Tony, preciso tomar um banho. – Tony olha para mim decepcionado.

– Mas o Cavaleiro das Trevas é o melhor.

– Sei disso, vemos outro dia. – Dou uma piscada para ele e me levanto do sofá, fazendo com que Clint e Steve se acordem.

– Foi um ótimo filme. – Clint fala como se não houvesse dormido.

– Eu vou cobrar ruivinha.

Sorrio, tanto para Clint, quanto para o comentário de Tony. Subo as escadas e finalmente, depois de um corredor meio longo, chego ao meu quarto.

A cama de casal que se encontra no meio do meu novo quarto parece extremamente atraente e confortável. Chego mais perto dela e deito. Como eu imaginava, ela é incrivelmente macia. Levanto e decido ver mais do quarto.

A parede do lado da minha cama é feita inteiramente de vidro, que possui um dispositivo para deixar o vidro escuro se eu quiser. Também tem uma porta que da para uma imensa sacada. Bilionários.

Pego uma muda de roupa e vou para o banheiro. Entro em baixo do chuveiro e dou um gemido de satisfação. A água quente que cai, faz com que meus músculos fiquem relaxados de imediato.

Depois de horas, aquele era o único momento que eu estava sozinha. Hoje de manhã eu estava socando um saco de pancadas e tendo pesadelos, agora estou tomando um banho na casa do Homem de Ferro, depois de ver Batman.

Realmente aquela não parecia eu.

Todavia, eu gostei disso. Mudar sempre foi uma coisa normal para mim, e naquele momento eu não estava me mudando de cidade ou de identidade. Estava simplesmente tirando algumas férias. Por um momento eu me senti alguém normal, relaxada.

Esse momento, porém, não durou tanto.

Aqui sozinha, apesar de um banho quente ser ótimo, eu estava novamente presa aos meus pensamentos. Todo esse dia havia me distraído, todavia, meu cérebro não tinha ido tirar férias. Ele estava bem aqui para me trazer de volta todos os momentos ruins que eu tanto me esforcei para esquecer.

Terminei meu banho rápido e vesti um short jeans e uma camisa de manga curta branca. Sai do banheiro e olhei em volta do meu quarto. O que me atrai de imediato é a sacada e é para lá que eu vou.

Uma brisa passa pelo meu rosto me fazendo sorrir. Chego ao final da sacada e apoio meus braços no parapeito. A visão eu tenho é estonteante. Ondas se quebram ao longe, sendo o acompanhamento perfeito para o lindo por do sol que vejo. Aspiro o ar calmo e fecho os olhos.

Como eu queria que aquilo fosse a minha vida, a minha realidade. Poder depois de um banho ter essa visão linda, sem preocupações, sem, por um momento, o sangue de alguém em minhas mãos. Infelizmente, eu já havia vivido muitas mortes para querer viver naquela realidade. Quando eu fui criada, será que pensaram na possibilidade de eu não ter sido feita perfeita? De eu ter um lado humano, que fizesse eu me sentir horrível por acabar com a vida das pessoas? Que me fizesse cansar de tudo, que me fizesse desejar intensamente algo diferente?

Eu nunca iria saber.

Uma lágrima escorre pelo meu rosto. Abro meus olhos e noto que o sol já estava quase completamente escondido.

– É linda a paisagem, não?

Viro meu rosto e me deparo com Clint parado na porta me encarando.

– Sim, pena não ser eterna.

Clint olha para baixo sorrindo, logo depois vem na minha direção e se apoia o parapeito, ao meu lado.

– Quer conversar?

– Eu não sei Clint, de uns tempos para cá não sei mais o que eu quero ou quem eu sou. Sim, sei que sou uma assassina que mata a sangue frio e que obedece a ordens, mas seria loucura eu não querer mais ser isso? – Falo e encaro Clint.

– Eu sempre me perguntei como você já não tinha cansado disso. – Seus olhos encaram a paisagem da frente. – Porque você nunca desistiu disso e foi viver algo melhor?

Rio ironicamente. Volto meu olhar para frente, o céu tomou a cor de um azul escuro, a água do mar agora era iluminada delicadamente pelo brilho da lua.

– Eu estaria vivendo uma ilusão, Clint. Não teria nada. Bom, apenas memorias que nunca me deixariam em paz. – Meu olhar se cruza com o de Clint. – Não posso constituir uma família, não posso viver em paz e não posso ser livre do meu passado. Toda noite quando eu fecho meus olhos, o que vejo é morte, a imagem de mim vivendo a vida de várias pessoas que não podem mais fazer isso, por minha causa.

– Você só não consegue ser livre, por viver com uma imagem errada de si mesma. Você não é uma assassina a sangue frio, se fosse, não estaria arrependida pelas vidas que tirou, e algumas que foi obrigada a tirar. Você é uma pessoa forte, mas com muita compaixão, que agora é uma heroína. Que ajudou a salvar milhões de vidas.

Desvio o meu olhar de Clint. Não sei se ele estava certo, mas me chamar de heroína não fez eu me sentir melhor, apenas foi mais um fardo entregue.

– Laura mandou um beijo para você.

Viro minha cabeça de volta.

– Ela e as crianças estão bem?

– Sim, e muito animadas por saber que a tia Nat ajudou mais uma vez a salvar a terra. – Clint sorri me fazendo sorrir também.

– Estou com saudades deles.

– Eu também, e por mais que eu não quisesse deixar você aqui sozinha, amanhã eu vou viajar para ver eles.

Okay, meus anos na KGB me ajudaram a aprender a esconder as minhas emoções, todavia, aquilo já era pedir de mais.


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