Bad Romance (Black Iron) escrita por Bruna


Capítulo 10
Hope


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agradecer do fundo do meu coração pela recomendação do Mr J. Eu ameeeeei muito, ficou muito linda mesmo, eu li e não sabia se chorava, ria, sorria... Ficou muito perfeita mesmo, obrigada, obrigada, muuuito obrigada de verdade
Se gostarem não se esqueçam de favoritar, acompanhar e comentar, adoro responder vocês!
Desculpe qualquer erro e bom capítulo!
Beijos



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“Você é a única pessoa que eu posso ser eu mesma, mesmo sem saber quem sou.”

(Dizem por aí)

Só paramos nosso beijo quando o ar foi extremamente necessário. Todavia, mantivemos nossos rostos próximos e nossas testas coladas.

– Sabia que você beija muito bem? – Tony falou.

– Já ouvi isso de vários homens. – Sorrio irônica.

Stark revira os olhos e mostra a língua.

– Que engraçadinha. – Depois de falar isso Tony começa a me puxar pelo braço para dentro da festa. – Vamos, estamos perdendo toda a festa.

– Animadinho agora?

– Mais do que você imagina.

Entramos e logo um garçom passa e pegamos dois champanhes. Tony me puxa novamente, agora na direção da pista de dança. Luzes piscando, pessoas dançando loucamente, bebidas... Muito familiar.

– Eu não estou com muita vontade de dançar Tony... – Faço uma careta.

– Só curte um pouco Nat.

– Eu dei intimidade para você me chamar de Nat? – Falo em um tom sério falso.

– Não precisa me dar essa intimidade, Tony Stark tem tudo o que quer – Tony larga nossas taças vazias na mesa e já põe a mão em minha cintura me guiando.

– E o que Tony Stark quer é ter intimidade comigo?

– Fale como quiser. – Tony me olhou malicioso.

– Idiota.

A música fica mais agitada e todos começam a gritar e pular quando o casal começa a dançar também. O que toca é E.T. da Katy Perry . A batida é intensa, Tony me gira e depois cola nossos corpos, põe a mãos em meu quadril e vai subindo lentamente até chegar um pouco acima da minha cintura, vai movendo meu corpo conforme o ritmo da musica.

Deixo minha mente e meu corpo serem levados conforme a música e os toques de Stark. Tudo é tão preciso e tão bagunçado. Nós havíamos acabado de... “se declarar” um para o outro. E eu não fazia ideia do que tinha sido aquilo e também não sabia como ficaríamos depois disso, mas naquele momento não importava, eu estava com Tony e isso era o que eu necessitava.

A minha vida havia mudado extremamente desde que eu tinha ido morar com Tony, e principalmente depois que começamos a ficar mais próximo.

Mais do que desejo. Não era amor. Não era apenas uma atração. Muito mais do que só um sentimento de carinho.

Nossos olhos se encontraram e não aguentamos mais, aproximo mais meu rosto de Tony e ele também chega mais perto, quando nossos lábios se encontraram de novo, fui transportada para outro mundo. Só havia a música, eu e Tony.

Suas mãos passeiam por todo o meu corpo e as minhas exploram o cabelo de Stark.

Por que sempre que nós nos beijávamos eu tinha essa urgência? Nunca fui assim com nenhum homem. Nunca foi tão intenso como com Tony.

– Vem. – Tony me puxa de novo, agora é para a entrada.

– Onde estamos indo?

– É um lugar que eu adoro ir para me divertir. – Stark responde e já liga o carro.

. . .

– Um bar? – Pergunto quando Stark para o carro. - Eu deveria ter adivinhado.

– É um bar muito legal para a sua informação. – Tony fala em tom ofendido.

Quando entramos vejo que é um bar pequeno, algumas pessoas sentam na bancada e poucas nas mesas. Apesar de limpo o espaço carrega um forte cheiro de álcool.

– Vem. – Stark puxa meu braço atravessando o bar.

– Se você me puxar mais uma vez, eu quebro a sua mão.

– Calma ai estressadinha, só trouxe você para o meu lugar favorito, não precisa me assassinar por isso.

– Eu disse quebrar a sua mão, e... Seu lugar favorito é o fliperama? – Pergunto olhando para os jogos em nossa volta. Sinuca, dardos e uma mira, jogos de fliperama mesmo, uma mesa de totó e também Hockey De Mesa.

– Esse jogos são incrivelmente legais, confie em mim. – Tony se dirige ao Hockey de mesa e coloca um ficha, que eu não fazia ideia da onde ele havia tirado, pegou uma rebatedora e me encarou. – Isso é demais, é melhor quando se tem alguém para jogar e você não precisa chamar um bêbado qualquer. – Stark faz uma cara engraçada me fazendo rir.

– Okay, mas só porque eu posso ganhar do Homem de Ferro facilmente.

– É o que veremos Viúva Negra.

. . .

Já eram quase cinco horas da manhã e nós ainda estávamos no bar jogando e bebendo.

– Stark, aceite logo, eu fui treinado por muitos anos, minha mira é melhor que a sua. – Falo pela décima vez.

Tony ignora meu comentário e pega mais um dardo parando na frente do alvo. Ele joga e quase acerta o centro, parando a menos de um centímetro da parte vermelha.

– Sua vez. – Stark aponta para a parede.

Suspiro cansada e vou na sua direção, pego o dardo, olho para o centro, respiro fundo e sem muita cerimonia atiro. O dardo para exatamente no meio. Um tiro perfeito. Sorrio e olho para Tony que me fuzila.

– Não tem graça jogar com você.

– Dê um crédito a você mesmo, está meio bêbado.

– Mas estou completamente são. – Stark olha para o relógio e logo vem para o meu lado. – Quer ver uma coisa legal?

– Dependendo do que for...

– Vem.

– Não me puxa... – Nem termino de falar e Stark me puxa para fora do bar.

– Vamos rápido se não, não vai dar tempo. – Entrámos no carro e Tony acelera.

– Daqui a pouco a gente não vai ter mais vida para chegar lá, que tal não acelerar tanto?

– Você está brincando? Eu sou o melhor motorista do mundo, não me viu correndo aquela vez quando era minha falsa assistente?

– É, vi sim, vi o seu carro virar e pegar fogo, isso é o que você chama de dirigir bem? – Começo a rir.

– Se não fosse pelo Ivan eu teria terminado a corrida em primeiro lugar.

– Tá bom então. – Digo ainda rindo.

Tony dirigiu por mais alguns minutos e estacionou em frente a uma praia. Ela estava vazia devido ao horário. Saímos do carro e um vento frio bagunçou completamente meus cabelos e fez meu vestido quase levantar. Stark vai se dirigindo a praia e eu o sigo.

– Desse jeito o meu vestido vai levantar! O que estamos fazendo aqui exatamente?

– Primeiro, eu adoraria ver o seu vestido levantar e segundo, estamos aqui para ver o nascer do sol. – Reviro os olhos e deixo Stark me guiar.

Nós caminhamos um pouco e chegamos a um local com um pouco menos de vento, era mais fechado, rodeado por várias pedras e montanhas de areia.

– Bem a tempo. – Tony se sentou na areia e me puxou para baixo.

– Stark! – Cai em cima de Tony, que sorria.

– Confortável?

– Nem um pouco. – Tony riu do meu comentário e me colocou deitada ao seu lado.

– Eu adoro ver o por do sol aqui. – Stark falou.

Ficamos ali alguns minutos até que o nascer do sol começou. A visão que tínhamos era linda, parecia que o sol estava emergindo do oceano. O céu começou a ganhar mais cores, os pássaros já voavam e cantavam. Era um cena tão simples e tão bonita.

Tony colocou os braços em volta de meu ombro e me puxou para perto do seu corpo. Deitei minha cabeça em seu peito e fechei meus olhos.

Nada daquilo tudo parecia real. Eu nunca poderia me imaginar no lugar em que estou agora, sempre estive sozinha e já havia aceitado, talvez não, que eu nunca poderia ter uma vida normal e boa.

Mas ali, com Tony, vendo o sol nascer, eu sentia esperança.

Esperança de uma vida melhor.

Esperança de poder ser feliz e esquecer meu passado.

Esperança de poder amar alguém e ser amada.

Aquela não era Natasha Romanoff, ou talvez fosse, eu não fazia ideia mais de quem eu era. Depois de tantas mentiras e tantos disfarces, depois de ter que lutar tanto, ter que matar tanto, ter que aturar todo tipo de coisa e mesmo assim ser forte, se fingir de fria e sem sentimentos, eu já não sabia mais quem eu era.

Mesmo assim, quando eu estava com Tony eu conseguia ser eu mesma, deixar os problemas para lá. Então talvez essa seja a verdadeira Natasha Romanoff. Sem disfarces, mascaras, mentiras, nem escondida por baixo de toda aquela frieza que de tanto precisar usar, já havia se tornado algo meu.

Aquela era um versão de mim mesma que eu gostava. Esquecer os problemas, apenas aproveitar e sentir.

Isso tudo de sentimentos, “amor”, desejo intenso, relacionamentos, era muito novo para mim. Mesmo assim, eu estava adorando, e se fosse realmente assim, tão bom quanto estava sendo, então eu largaria tudo e trocaria facilmente por isso.

Todavia, mesmo com todas essas ótimas sensações, um sentimento ruim estava tomando conta do meu corpo.

Aquela sensação de quando tudo está dando muito certo e algo ruim está prestes a acontecer.

Mas por enquanto, tudo estava bem, ignorei esse pensamento e me concentrei no barulho do batimentos cardíacos de Tony. Eram tranquilos, como a sua respiração. Senti minha própria respiração se tranquilizar e logo peguei no sono.


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