Laços do Passado escrita por Amy Mills


Capítulo 8
Ela é minha


Notas iniciais do capítulo

Oi turma, estou muito feliz com as recomendações, as mensagens e os comentários. MUITO OBRIGADA MESMOOOO. Espero que curtam o capítulo de hoje! Comentem, os comentários e opiniões são importantíssimos. Mil beijos.



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“Como fugir das pessoas pelas quais estariam predestinadas? Como se afastar daqueles que nos atraem tanto? É o destino ou simplesmente a paixão falando mais alto? Os corpos e os corações não resistiram e se entregaram indo contra os princípios, as lealdades e os pensamentos que a cada segundo gritavam dizendo que não. Parafraseando os poetas e românticos, o amor se sobrepõe e é superior a todo e qualquer razão”

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Na lanchonete da vovó.

Granny— Ruby, eu vou ter que sair pra comprar umas verduras fica de olho aqui tá?

Ruby— Tudo bem vovó.

Amy— Ruby a mesa 4 tá pedindo a conta.

As duas olham pra Amy.

Granny— O que é que você está fazendo aqui?

Amy— Trabalhando (colocando o avental)

Ruby— Amy, você devia está descansando.

Amy— Mas eu não estou cansada.

Granny revira os olhos, se aproxima de Amy, tira o avental da garota, a segura pelo braço e vai guiando pra pensão.

Ruby— Tchau gatinha( ri e acena pra Amy)

Granny deita Amy na cama.

Amy— Mas vovó eu estou me sentindo bem, nem um pouco cansada.

Granny— Não seja teimosa menina, descanse hoje.

Amy sorri dos cuidados de Granny e a abraça.

Granny— Você nos deu um grande susto.

Amy— Me desculpe, não era a minha intenção

Granny— Eu sei, não foi sua culpa.

Amy— Muito menos da Regina.

Granny— Disso eu também sei.

Amy— Ela me tratou tão bem, não sei se é por que ela me atropelou ou por que ela é assim mesmo!

Granny ri.

Granny— Olha Amy, a Regina já cometeu muitos erros, atitudes horríveis, mas agora eu tenho a certeza de que ela mudou, ela foi muito tentada pra o lado negro, até passou muito tempo por lá, mas ela tem se mostrado uma heroína. Acredito que ela temeu que você morresse, mas acho que te tratar bem foi natural.

Amy— Eu não vi como ela era antes, mas a pessoa que eu conheço é boa e preocupada.

Granny— Isso é verdade, ela estava em pânico antes de saber que você ficaria bem, se comprometeu em passar a noite com você.

Amy— Ela passou a noite toda?

Granny— Sim, apesar de eu ter dito que ficaria, pois ela também precisava descansar, mas ela nem se importou.

Amy sorri.

Ruby entra no quarto.

Ruby— Eu trouxe presentes pra dodói.

Amy— Presentes?

Ruby chega perto com uma caixa de chocolates e um ursinho.

Amy— Eu nunca recebi presentes.

Ruby— Tem cartão em cada um. Eles chegaram um pouco depois que chegamos do hospital. Posso ler?

Amy— Claro ( sorri desconfiada)

Ruby abre o cartão da caixa de chocolate e lê.

Boas melhoras- Robin’

Amy— Quem é?

Ruby— Ele é o Robin Hood é o namorado...

Granny pigarreia.

Ruby— ERA o namorado da Regina.

Amy— Era?

Ruby— Longa história. Bom, a Emma disse que ele foi ao hospital te ver e quis mandar esse agrado.

Granny— De quem é o ursinho?

Ruby lê.

‘ Espero que a sua recuperação seja rápida e completa. Regina’

Amy— Que ursinho lindo (sorri) eu nunca possui nada que fosse meu.

Granny— Vamos Ruby. E você fique aqui, se eu pressentir que você saiu desse quarto você vai apanhar.

As três riem.

Ruby vai sai primeiro.

Granny— Sabe o que é mais interessante? Que você é a única pessoa no mundo que agora tem o sangue da Regina correndo nas veias.

Amy— O quê?

Granny— Isso mesmo, você perdeu muito sangue e a Regina doou pra você, mesmo estando machucada. Nem o próprio filho tem o sangue dela.

Amy fica surpresa.

Granny sai e a garota se agarra ao ursinho com força.

Na prefeitura.

Snow— Henry qual o tipo de habitat adequado das aves?

Henry— As aves são encontradas em quase todas as partes do nosso planeta. Mesmo em áreas com temperaturas extremas tipo: desertos e polos, até podemos encontrar algumas espécies adaptadas. Mas a maioria das aves prefere habitar nas regiões de florestas em função da grande disponibilidade de alimentos.

Snow— Muito bem Henry. Quais são as espécies raras que podem ser vistas aqui nos Estado Unidos?

Henry— Precisamos mesmo disso agora?

Snow— Claro que sim Henry, a sua mãe deu ordens que você ficasse estudando comigo aqui. Você é um ótimo aluno, temos muito orgulho de você e estou com saudades da sala de aula.

Henry— Será que a minha mãe vai aceitar voltar a ser prefeita?

Snow— Não sei, mas torço muito que sim, estou exausta. Agora a minha resposta.

Henry— Condor-da-Califórnia, Papagaio-do-mar, Grou-americano e...e....Esqueci o quarto.

Snow— Ganso-do-Havaí!

Neal começa a chorar.

Snow— Ele tá com fome.

Henry— Eu também. Não tem nada aqui pra gente comer?

Snow— Desculpa Henry, eu me esqueci de comprar (pega o bebê no colo).

Henry— Minha mãe sempre deixava a geladeira recheada.

Snow— Ela também deixava uma cesta de maças envenenadas.

Os dois se olham com os olhos semicerrados e começam a rir.

Henry— Se ela escuta esse comentário ela nos mata.

Snow— Com bolas de fogo! Vamos fazer o seguinte, eu também estou morrendo de fome, por que não dá uma passadinha lá na lanchonete da vovó e compra um lanche bem gostoso pra gente?

Henry— Fechado. Até daqui a pouco.

Henry sai.

Snow— Oi meu pequeno, tá com fome tá?( fala com o bebê que sorri ao ouvir a voz da mãe).

Snow amamenta o filho.

Na delegacia Emma confabula com David.

Emma— Isso está cada vez mais estranho( olhando as fotos do carro de Regina)

David— Foi quase perca total no carro, tem certeza de que a Regina não tá usando magia?

Emma— Absoluta.

David— Eu tive uma ideia.

Emma— Fala.

David— Temos acesso as filmagens dos semáforos, talvez nós possamos ver algo no vido.

Emma— Brilhante pai. Vamos fazer isso sim. Eu vou até o escritório de vigilância de transporte e você continua aqui, anota tudo. Eu preciso desvendar esses mistérios.

Emma sai e deixa David atolado em fotografias.

Na mansão Robin e Regina ainda estão abraçados e extasiados com o que acabara de acontecer.

Regina— O que estamos fazendo Robin?

Robin— Eu não sei você, mas eu estou no meio de um sonho. Por favor, não me acorda!(alisando os cabelos da rainha)

Regina— Eu não estou brincando.

Robin— Regina, não pense muito.

Regina se solta de Robin, se levanta e veste um Hobby.

Regina— Eu não devia ter deixado isso acontecer.

Robin— Nós dois queríamos.

Regina— Eu sei disso.

Robin— Eu estava morrendo de saudades de você, quase não ficamos juntos com aquela loucura toda da sua irmã.

Regina— Eu também senti falta, mas não deixa de ser errado, não devíamos ter ultrapassado essa barreira.

Robin— Você está arrependida?

Regina olha pra Robin com ternura, se aproxima e se senta perto dele.

Regina— Eu não disse isso, foi incrível, foi maravilhoso, não me arrependo Robin. Mas não podemos mais nos ver, não podemos continuar com isso. Você é casado, tem uma esposa e um filho que dependem de você.

Robin— Regina, nossos momentos nos faz bem, nos damos tão bem. Somos eu e você aqui, entre quatro paredes, nos tocando, sentindo o prazer um do outro. Você não se sente feliz?

Regina— Não quero uma felicidade pela metade Robin, não é justo comigo, muito menos com você. Gosto de estar com você, você dá um show na cama( Robin sorri malicioso).

Robin—É mesmo?(se aproxima, mas Regina segura a mão dele)

Regina— É sim, mas não podemos basear uma relação só em sexo casual e escondido.

Robin— E se for todos os dias e toda hora que você quiser?

Regina— Robin eu não quero ter que esconder o que sinto! Ter que fingir que não te conheço na presença dos outros e me enganar que você só pertence a mim.

Robin— Eu pertenço a você.

Regina— É mesmo? Eu achei que você pertencesse a sua esposa!

Robin fica calado.

Regina— Quem cala consente não é? Olha Robin, tudo que aconteceu entre nós foi ótimo!

Robin— Regina, eu não vou me separar de você mais uma vez.

Regina— Não há o que separar Robin, não temos uma relação.

Robin— O que acabamos de ter me diz o contrário.

Regina— Foi só sexo!

Robin— Foi mais que isso!

Regina—Eu preciso que seja realista, eu não vou me sujeitar a ser sua amante. Tenho tentado me tornar uma pessoa melhor, antes era só pelo Henry, mas agora é por mim também, eu sei que fui a rainha má, mas ainda tenho um pouco de dignidade, não quero ser apontada nas ruas. Eu já tenho problemas demais com a população sem ter que adicionar a palavra vadia.

Robin—Você é uma rainha!

Regina— Eu fui! Uma rainha perversa que tenta restaurar a imagem dela. Na verdade, é um passado que ainda tem muito mistério pra ser resolvido.

Robin— O que quer dizer com isso?

Regina— Nada (mente). Robin entenda, eu quero estar com alguém que possa passear comigo por aí de mãos dadas, que possamos sair sem que eu tenha medo de ser apedrejada. Quero ter alguém por completo e infelizmente isso você não pode me oferecer.

Robin— Alguém como o Graham?

Regina— Lá vamos nós(revira os olhos e se levanta da cama)

Robin— Ele é completo?

Regina— Para com isso!

Robin— Pelo seu abraço caloroso naquela noite, por todas as flores e mimos que você vem recebendo parece que já encontrou o seu alguém completo.

Regina— Você tem me observado?( cruza os braços e fica encarando Robin)

Robin— Confessa Regina!

Regina— Confessar o quê?

Robin—Confessa que está saindo com o Graham.

Regina— Eu não tenho obrigação de confessar nada pra você Robin.

Robin— Claro que tem.

Regina— Não, eu não tenho! Diferente de você eu sou livre e desimpedida.

Robin— Aquele caçador não é homem pra você Regina, você precisa me ouvir.

Regina— Eu não tenho que ouvir isso.

Robin— Regina, nós podemos dar um jeito. Juntos!

Regina— Vá embora Robin.

Robin— Promete que vai pensar?

Regina— Não vou prometer nada.

Robin— É, parece que as minhas suspeitas estavam certas, você está se envolvendo com ele não é?

Regina— Vá embora agora!

Robin— Me responde Regina. Diz que já aconteceu alguma coisa entre você e aquele caçador imbecil? Vocês já transaram?

Regina— Já aconteceu alguma coisa entre você e a sua querida esposa?

Robin fica calado e Regina deduz que sim.

Ele se levanta e tenta se aproximar da morena que agora possui um olhar raiva e decepção em seu olhar.

Robin— Regina eu...

Regina— Não precisa explicar nada.

Robin— Olha pra mim.

A rainha olha nos olhos dele.

Robin— Eu não vou mentir pra você, naquela noite em que eu vi você com ele , eu fiquei com muita raiva, depois que eu sai de lá eu sai caminhando e de repente eu me vi aqui em frente, parecia uma força me puxando pra cá. Fiquei algum tempo parado imaginando o que pudesse estar acontecendo, foi então que depois vi aquele caçador saindo tarde da sua casa me deixou furioso Eu tinha bebido muito e estava furioso, quando cheguei em casa, nem sei como, ela...

Regina— Não quero detalhes da sua noitada com a sua esposa.

Robin— Ele..nasiziu( fala bem baixinho olhando pra o chã)

Regina— O quê?

Robin— Ele nasiziu( ainda mais baixo)

Regina— Fala direito Robin.

Robin— Ele não subiu(aponta pra o pênis)

Regina olha pra o pênis, olha pra Robin e começa a rir.

Robin— Regina não tem graça.

Regina gargalha.

Robin— Não tem a menor graça!

Regina— Tem muita graça sim...Quer dizer que você não conseguiu que...

Robin— Isso nunca aconteceu. Você sabe!

Regina— Sei?

Robin— Está duvidando?

Regina se aproxima devagar de Robin, aproxima os lábios do ouvido dele e sussurra.

Regina— Saber que seu pênis sente fome de mim( morde a ponta da orelha dele) Não sabe como me deixou excitada!

Ela se afasta e olha pra o pênis de Robin que agora está ereto.

Regina sorri e ergue uma sobrancelha.

Regina— Parece que está funcionando (encara o ladrão)

Robin— Eu vou te mostrar se ele tá funcionando.

Ele a agarra e os dois caem na cama.

Emma encontra Hook na frente da lanchonete.

Hook— Oi love, voltou a cor normal.

Emma— Finalmente.

Os dois se abraçam e se beijam.

Hook— Nossa que saudades.

Emma— Eu também estou com saudades.

Hook— Você tá me devendo um encontro lembra?

Emma— Estou mesmo, me desculpa, mas é por que tem acontecido tanta coisa que eu não tenho tido nem tempo pra dormir direito.

Hook— Eu sei Emma, mas você não pode salvar todos ao mesmo tempo, você precisa de uma folga.

Emma sorri.

Emma— Tem razão.

Hook—Que tal assim? Vamos jantar e depois passeamos um pouco?

Emma— Tá fechado.

Os dois se beijam mais uma vez.

Emma— Agora me deixa ir, preciso encontrar o meu pai na delegacia.

Hook— Tudo bem, mas não vai furar comigo.

Emma— Não sou de furar.

Ela dá um selinho nele e sai.

Na delegacia Emma e David assistem as filmagens chocados.

Emma— Pai tá vendo o mesmo que eu?

David— A Regina nem tocou na menina.

Emma— Como pode ser? Dá um zoom.

David— Um o quê?

Emma— Ainda preciso te ensinar muita coisa.

Emma dá um zoom e aperta o play mais uma vez.

Eles assistem a cena mais uma vez.

David— Eu não entendo, a Regina não está usando magia...

Emma— É a garota.

Os dois se olham.

Emma— A Amy tem poderes. Lembra-se dela da floresta encantada?

David— Não mesmo. Quem é essa garota?

Emma— Vamos descobrir.

David— Vai falar com a Regina?

Emma— Por enquanto não. Eu preciso agir com cautela pai, a Regina está sem poderes, o Graham voltou daquele jeito, agora aparece essa garota que nem sabemos de onde ela veio...Tem algo muito errado aqui.

David— Tem razão, vamos apenas observar por enquanto.

Os dois ficam intrigados com toda a situação.

Algumas horas depois.

Na mansão Regina está se preparando pra sair quando alguém toca a campainha.

Regina atende e já vai sendo abraçada.

Graham— Regina( ofegante)

Regina— Graham o que houve?

Graham— Eu soube agora do acidente. Você está bem?( olha o corpo da rainha)

Regina— Estou bem sim, foi um susto.

Graham— Tem certeza?

Regina— Absoluta, fraturei o dedo( mostra a mão com dedo imobilizado) e um galo na cabeça.

Graham— Eu soube agora.

Regina— Onde você estava?

Graham— Estava do outro lado da cidade.

Regina— Por quê?

Graham— Eu estava preparando uma surpresa.

Regina estranha.

Graham— Eu me desesperei quando soube.

Ele a abraça com força.

Regina— Mas eu estou bem.

Graham se aproxima e tenta beijar Regina, mas ela recua.

Regina— Graham.

Graham— O que houve?

Regina— Eu já te pedi que não fizesse isso.

Graham— Sabe o que eu mais senti saudades quando eu estava lá?

Regina não responde.

Graham— Do teu perfume.

Regina— Por favor, eu já te expliquei que não posso me envolver com ninguém agora, não quero pedir que se afaste de mim.

Graham— Eu vou me comportar.

Regina— Eu não quero ser chata, mas eu estava de saída.

Graham- Eu não vou mais tomar o seu tempo, me desculpe, só vim saber como você está.

Regina— Eu estou bem, na verdade eu estou indo visitar a garota que eu atropelei. A Amy.

Ao ouvir o nome da garota Graham engole seco.

Regina— Algum problema?

Graham— Você bateu na Amy.

Regina— Você a conhece?

Graham— Só de vista.

Regina— Me desculpa por te expulsar, mas eu preciso mesmo ir, depois eu vou pegar o Henry.

Graham— Nós podíamos sair, nós três, o que acha?

Regina— Eu não sei Graham.

Graham— Vamos ao cinema, o Henry adora filmes.

Regina fica em dúvida.

Graham— É só um filme.

Regina— Vamos fazer o seguinte eu vou pegar o Henry e falo com ele, se ele topar...

Graham— Sei que ele vai topar.

Regina— Nos falamos mais tarde.

Graham— Tudo bem.

Eles se despedem e Regina vai direto pra lanchonete.

Regina— Oi Ruby( com um embrulho na mão)

Ruby— Oi Regina, como está se sentindo?

Regina— Um pouco estranha. Até o Leroy veio me cumprimentar.

Ruby— Você está ficando mais popular que imagina.

Regina— Dessa vez não é por um motivo ruim.

Ruby— É verdade. Mais um presentinho pra Amy?

Regina— Só uma lembrancinha.

Regina sorri pra Ruby.

Ruby— Você está diferente.

Regina— Diferente como?

Ruby— Não sei, seu semblante está mais leve, seu sorriso...

Regina— Não tem nada de diferente.

Ruby— Estou sentindo cheiro de... Paixão.

Regina— Seu olfato de loba já foi melhor. Cadê a Amy?

Ruby— Ela está lá em cima, quase amarrada.

Regina— Por quê?

Ruby— Ela desceu pra cá mais cedo, queria trabalhar, mas a vovó a arrastou de volta pra o quarto.

Regina— Fez muito bem, ela passou um grande susto por minha causa.

Ruby— Foi um acidente Regina.

Regina— Causado por mim.

Ruby— Não foi causado por você. Poderia ter sido com qualquer um. Eu tenho que admitir, é uma garota forte.

Regina— Vou ver se a convenço descansar hoje.

Ruby— Boa sorte com isso. Vai lá.

Regina— Obrigada Ruby.

Regina sobe as escadas e encontra Amy arrumando a prateleira de livros.

Regina— Ei...

Amy dá um salto e olha pra trás assustada.

Amy— Ahh oi( sorri ao ver Regina) eu pensei que fosse a vovó.

Regina— Eu sou tão perigosa quanto ela.

Amy— Tudo bem Regina?

Regina apenas segura pelo braço da Amy e guia pra cama.

Amy sorri.

Regina— Você não devia estar descansando?

Amy— Eu estou bem.

Regina— Whale foi específico, você poderia vir pra casa, mas precisava ficar de repouso.

Amy— Tudo bem.

Regina— Sentiu alguma tontura ou dor de cabeça?

Amy— Nada e você?

Regina— Só um pouco de dor no pescoço, mas tomei um remédio e passou.

Amy— Obrigada pelo presente.

Regina— Não foi nada demais. Eu trouxe uma coisinha pra você, não é um presente, é só algo pra você se distrair enquanto descansa.

Regina entrega o embrulho e Amy abre.

Amy— Um livro (engole seco)

Regina— Romeu e Julieta( sorri), ele é famoso nesse mundo, ele é ótimo, fala sobre amores complicados.

Amy não responde.

Regina— Algum problema?

Amy— Nenhum.

Tem um bilhete.

Amy pega e olha para as letras e não tem ideia do que está escrito.

A garota apenas olha pra Regina e balança a cabeça.

Regina— Você está mesmo bem? Você fez uma carinha tão estranha.

Amy— Estou, só não estou acostumada com presentes.

Regina— Eu não me lembro de você aqui, você veio da floresta encantada?

Antes que Amy responda Ruby chega.

Ruby— Eu trouxe um lanchinho.

Regina— Obrigada Ruby.

Elas lancham juntas.

Na floresta Gold está só, perto do túmulo do filho.

Gold— Filho, eu já quebrei muitas promessas e não me perdoou por isso, mas eu preciso que saiba que o que eu estou prestes a fazer é necessário.

O senhor das trevas pega uma peça metálica reluzente, a põe no chão e passa a sua adaga levemente por cima dela pronunciando algumas palavras. Surge uma luz e poucos segundos depois surge uma nuvem verde que paira perto de Gold.

Gold— Encontre aquela que precisamos usar pra destruir a Regina.

A fumaça some da visão de Gold e segue pra floresta.

Regina chega a Prefeitura e encontra Emma e Snow conversando.

Regina— Boa tarde.

Emma— Olá Regina.

Snow— Boa tarde Regina.

Regina— Por que me chamou? Onde está o meu filho?

Snow— Ele está com o David na delegacia. Queríamos falar com você um assunto importante aqui da Prefeitura.

Regina— Você mentiu pra mim Swan.

Emma— O quê? Não menti não.

Regina— Você disse que era sobre o Henry.

Emma— Também é sobre o Henry, que é um assunto que pode esperar, só não adicionei o assunto prefeitura, eu omiti.

Regina— Pra mim isso é O-mentira!

Snow— Regina senta um pouco.

As três se sentam.

Regina— Do que se trata?

Snow— Regina, nós nos conhecemos há muito tempo, tivemos nossas diferenças, mas sempre considerei você uma pessoa forte.

Regina franze as sobrancelhas.

Snow— O que houve no passado...Quero me desculpar por tudo que aconteceu.

Regina— Você contou pra ela não foi?( fica de pé)

Emma— O quê? Claro que não. Eu não contei nada.

Snow— Me contou o quê?

Emma e Regina— NADA.

Emma— Mãe, vai logo ao ponto.

Snow— Regina, te chamamos aqui pra que você reconsiderasse a sua decisão sobre voltar a ser a prefeita.

Regina— De jeito nenhum, eu já disse e repito, eu não quero voltar a ser prefeita.

Emma— Regina, esse lugar não funciona sem você.

Snow— Emma.

Emma— Mas é a verdade. O henry quando vem pra cá passa fome, nem comida pra o seu neto você lembra de comprar.

Snow— Mas...

Regina— Não me interessa, eu não quero essa responsabilidade outra vez, a maldição é sua , logo a obrigação agora é sua também.

Snow— Eu não posso continuar aqui.

Regina— Então chame outra pessoa.

Emma— E quem assumiria? Um dos anões?

As três se olham.

Snow— Emma pode nos deixar a sós?

Regina e Emma se olham.

Snow— Por favor?

Emma— Claro, eu vou sair um pouco, mas daqui a pouco eu volto. Ninguém come nada aqui hein?

Regina e Snow— Sai.

A loira sai.

Snow— Regina, desde aquele dia que eu quase caí do cavalo e você me salvou, depois de você me dizer que eu não podia desistir...Desde aquele dia eu tenho tentado ser forte e mesmo que no inicio fosse um desafio difícil e consegui passar a imagem de alguém forte.

Regina— O seu príncipe já te acha forte.

Snow— Eu não fazia isso por ele. Eu fazia isso por sua causa Regina.

Regina— O quê?

Snow— Eu não queria que você me visse com uma princesa indefesa. Regina, depois de muito tempo fugindo de você eu compreendi uma coisa...Eu queria ser como você.

Regina— Não queria não.

Snow— Queria sim. Meu pai, me dizia que você era a mais bela do nosso reino. Ele dizia que gostava de provocar você, dizendo que a minha mãe que era a mais bela, mas na verdade ele morria de ciúmes de você. Dizia que além de linda você era forte, que tinha nascido pra ser rainha.

Regina escuta as palavras de Snow e imediatamente lembra os horrores que viveu ao lado do rei.

Regina— Vamos deixar o seu pai no passado. Aonde quer chegar com isso?

Snow— A questão é que, todos esses anos, muita coisa aconteceu, eu quis te provar que era tão forte quanto você, mas agora as coisas mudaram.

Regina— Para de enrolar e fala logo.

Snow— Da primeira vez eu não pude criar a minha filha, eu não vi nada dela.

Regina— Ahh quer me culpar por não ter...

Snow— Sai da defensiva Regina. Não é nada disso, não quero te culpar por nada! Só estou dizendo que eu não pude criar a Emma como eu gostaria. Acompanhar todo o crescimento dela, mas agora eu tenho essa oportunidade, mas não posso fazer isso se eu estiver estressada e atarefada o tempo todo aqui na prefeitura. Estou muito cansada!

Regina cruza os braços.

Snow— Só peço que pense um pouco, a Emma tem razão quando diz que a prefeitura só funciona com você.

Regina olha ao redor da sala e encara Snow com os olhos semicerrados.

Snow— A cidade conta com você!

Regina— Não vou prometer nada.

Snow— Já é um começo. Obrigada Regina.

Regina— Agora eu tenho que ir, eu tenho um compromisso.

Ela e Snow se despedem e ela sai.

Emma entra.

Emma— E aí?

Snow— Ela ficou de pensar.

Emma— Então nós adicionaremos o plano B.

A loira liga pra Belle.

Emma- A águia vai chegar aí logo. Plano B.

Belle— Deixa comigo.

Minutos depois Regina entra na biblioteca.

Belle— Oi Regina.

Regina— Olá Belle.

Belle— Você está bem?

Regina— Estou sim, obrigada. Você disse que precisava me ver.

Belle— Isso mesmo.Tem um livro aqui que acho que você vai gostar.

Regina— Obrigada( estranha)

Belle— O Henry me disse que você comentou com ele sobre um livro e eu o achei aqui.

Regina— Ah, encantamentos?

Belle— É sim, me deixa pegar!

Belle sai e pega o livro.

Regina se aproxima do balcão e vê milhares de papéis misturados.

Belle— Me desculpe a bagunça. A Snow mandou essas licenças, só que está tudo tão confuso.

Regina— Ela mandou essa documentação toda pra você?( pega o livro)

Belle— Sim, disse que eu deveria separar por ano, catalogar os meses em que a biblioteca esteve fechada. Às vezes eu acho que a Snow tá perdida.

Regina— Como um cego num tiroteio, essa documentação não precisava vir pra cá. Ela quem deve cataloga-los e arquivá-los. Ela jogou isso pra você.

Belle— O quê?( finge surpresa).

Regina— Ela não sabe organizar e mandou pra você.

Belle— Vou matar a Snow!

Regina— Boa sorte com isso. Tentei por anos. Você tem aqui o livro O pequeno príncipe?

Belle— Tenho sim, mas acho que o Henry já tem esse.

Regina— Não é pra ele.

Belle— Está lá atrás e já volto.

Belle vai até o fundo da biblioteca e passa uma mensagem pra Leroy.

Belle— Tá pronto Leroy?

Leroy— Deixa comigo irmã.

Belle volta com o livro e entrega a rainha.

Regina— Obrigada.

Regina vai até o carro e vê um amontoado de lixo perto da porta do motorista.

Regina— Mas que diabos...

Ela olha ao redor e vê lixo por quase toda a rua.

Regina— Aquela vadia está destruindo a minha cidade.

Entra no caro e bate a porta com força.

Emma vê escondida a cena e rir e liga pra Henry.

Henry— Então?

Emma— Ela chamou a sua vó de vadia. Estamos no caminho certo.

Henry— Show. Vou ligar pra ela.

Emma— Estamos contando com você Henry.

Henry— Eu fiz uma grande pesquisa, vai dar certo.

Ao ouvir o celular tocando Regina estaciona.

Regina— Não vou cometer esse erro duas vezes.

Atende o celular.

Regina— Henry? Eu estava a caminho da delegacia.

Henry— Não mãe, me encontra aqui na sede de assembleia.

Regina— Por quê? Tá tudo bem?

Henry— Está sim, eu só quero te mostrar uma coisa.

Minutos depois Regina estaciona e quando desce pisa em fezes.

Regina— EU NÃO CREIO NISSO.

Regina tira os sapatos.

Abre o porta luvas, pega uma sacola e coloca os sapatos dentro.

Regina— Eu vou castrar o Pongo, eu sempre mantive tudo em ordem e pouco tempo depois de assumir aquela louca vira a minha cidade de cabeça pra baixo.

Regina pega um par de sandálias e veste.

Regina- Eu preciso arrumar uma outra maça.

Ela na sede de assembleias da cidade.

Regina— Henry

Henry— Oi mãe.

Eles se abraçam.

Regina— Por que quis me encontrar aqui?

Henry— Vem comigo.

Henry arrasta Regina pra dentro da sede.

Regina— Henry, o que está acontecendo?

Henry— Eu queria que a senhora visse uma coisa.

Ela para quando entra em uma das salas que está repleta de quadros de diplomas e certificados.

Regina— Onde você...

Henry— Mãe, eu fiz uma pesquisa, pensando que acharia algumas coisas importantes pra te provar um argumento, mas quando comecei a investigar, imagina a minha surpresa quando eu descobri que a minha mãe, a senhora Regina Mills, recebeu milhares de prêmios por excelência e transparência na prefeitura.

Regina— Onde conseguiu tudo isso?

Henry— Tive a ajuda de uma pessoa.

Regina anda pela sala , se aproxima e toca em quadros.

Ela fica emocionada olhando pra os seus feitos enquanto ela era prefeita.

Henry— Mãe, são certificados incríveis, deviam estar expostos.

Regina fica calada.

Henry— Mãe, a senhora é uma excelente administradora, com ou sem maldição essa cidade ficou incrível, ela era organizada, cheia de cores e limpa. Tudo parecia sincronizado mãe.

Regina emocionada se abraça com o filho.

Ele segura com amor o rosto da mãe.

Henry— Aqui usamos a palavra é prefeita, mas senhora é uma rainha e nasceu pra reinar.

Regina sorri, o abraça mais uma vez e aperta em seus braços.

Henry— Promete pensar com carinho?

Regina— Prometo.

 

Anoitece.

Emma está passeando com Hook.

Emma— O jantar foi incrível.

Hook— Então eu acertei um.

Emma— Vai ganhar um brinde especial essa noite.

Hook— A noite toda?

Emma- Se você fizer o serviço direito (sorri e levanta uma sobrancelha)

Os dois se abraçam e se beijam no meio da rua.

Regina e Granny estão na lanchonete quando a família Hood chega.

Regina— Eu não acredito nisso.

Granny— Fica calma, tenta ignorar.

Regina dá as costas pra cena e continua conversando com Granny.

Regina— O que estão fazendo aqui?

Granny— Eles vem sempre aqui.

Regina— Não a noite.

Granny— Então é por isso que você não vem mais tomar café da manhã aqui?

Regina fica calada.

Granny— Não precisa responder.

Regina— Cadê o Henry?

Granny— Acabou de chegar.

Regina se vira e vê o filho acompanhado de Graham.

Regina— Vocês demoraram.

Regina, Graham e Henry interagem como uma família, Robin vê a cena e começa a sentir ciúmes.

Graham vê o olhar de Robin e decide provocá-lo.

Marian— Pra o que está olhando?

Robin— Pra nada.

Marian— EU sou a sua esposa, me respeita Robin, você tá olhando descaradamente pra rainha má.

Robin— O nome dela é Regina.

Marian— Ela pode ter o nome que for, pode ser quem for, mas você me deve respeito. E ela está muito bem acompanhada, acho que hoje não vai dormir sozinha.

Robin— Cala a sua boca( fala entre os dentes)

O caçador de aproxima ainda mais toca a cintura de Regina e fala no ouvido dela.

Graham— Você, nesse vestido vermelho apertado está um espetáculo.

Regina dá uma gargalhada, quando ela se distrai, Graham aproveita um momento de distração da rainha, agarra ela e a beija.

Robin não aguenta o caçador tocar os lábios da mulher que há poucas horas estavam em seus braços e parte pra cima, separando o caçador de Regina.

Robin- Sai de perto dela imbecil...Ela é minha.

Todos ficam boquiabertos com as palavras de Robin

O ladrão dá um soco e derruba Graham de surpresa e os dois dão inicio ao quebra quebra pegando todos de surpresa.

Robin- Ela é MINHAAA.


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Notas finais do capítulo

O que o Gold está aprontando dessa vez?
Mas gente que babado é esse do Robin gritar aos quatro ventos que a rainha é dele?
Graham vai reagir? O mistério de Amy vai ser desvendado? Que loucura é essa? Aguardem as próximas emoções!