Laços do Passado escrita por Amy Mills


Capítulo 25
O resgate do coração de uma bruxá má...Bruxa má?


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee....Sei que a empolgação de hoje é sobre a volta e Ouat, mas pra aliviar um pouquinho as tensões vamos ler um pouco né? Obrigada as favoritadas, as mensagens fofas e todo o apoio de vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/622550/chapter/25

Algum tempo depois eles sentem um baque muito forte.

Amy— Aii( alisa as costelas)Conseguimos.

Emma- Parece que sim( fazendo careta alisando o braço)

Os três ficam de pé, mas logo são surpreendidos por uma jovem com uma espada na mão.

Amy— Olá, fica calma eu...

Rebecca— Quem são você?( fala entre os dentes)
David puxa a espada e a garota fica em posição de ataque.

Emma— Calma...Fica calma!

Rebecca— Quem são vocês?

Amy— Olha, não vamos te machucar. Esse é o David e a Emma, eu sou a Amy.

Rebecca— Como chegaram aqui?

Emma— Nós atravessamos um portal.

A ruivinha fica em estado de confusão.

David— Nós adoraríamos explicar tudo, mas estamos sem tempo.

Emma— Só pra tirar uma dúvida: Estamos em Oz?

Rebecca— Sim.

Os três viajante se olham triunfantes.

Emma— Me desculpa a falta de educação, mas precisamos ir.

Os três vão saindo, mas a ruivinha os impede.

Amy— Você é corajosa hein? Posso te mostrar uma coisa?

Rebecca não responde.

Amy faz surgir uma bela rosa em sua mão.

Rebecca— Você é uma feiticeira!( arregala os olhos)

Emma— É, mas somos bonzinhos.

Rebecca— Como eu vou saber?

Amy— Por que do contrário você já tinha virado cinzas.

Rebecca abaixa a espada e todos relaxam um pouco.

Rebecca— Como chegaram aqui?

Amy— Um portal.

Rebecca— Isso eu já ouvi. Mas também ouvi falar que os portais entre os reinos foram fechados.

Emma— Bom, é uma longa história.

David— Como você se chama?

Rebecca— Por que quer saber?

Emma— Ih ela é cismada!

Amy— Do que vamos te chamar?

Rebecca— Me chamo Rebecca!

Emma— Rebecca, pra que lado fica o castelo do mágico de Oz?

Rebecca— Eu não sei( desconfiada)

Emma— Eu acho que sabe!

Rebecca— Não sei se posso confiar em vocês.

Amy— Olha só Rebecca...Estamos com as horas contadas, só viemos até Oz com a missão de levar algo e estamos voltando pra nosso reino logo. Não queremos prejudicar ninguém.

Rebecca encara os três.

Amy— Por favor!

Rebecca sente uma energia diferente em seu colar e decide seguir os extintos.

Rebecca— Tá certo. Fica naquela direção!

Aponta pra um caminho de trilhas na floresta.

Amy— Obrigada.

Os três vão saindo.

Amy— Espera...O que estava fazendo aqui?

Rebecca— Na verdade eu não sei muito bem. Estava a caminho da minha casa e senti uma força me puxando pra cá, foi quando eu vi e ouvi vocês surgirem.

Emma— Que tipo de força?

Rebecca— Não sei, era como se tivesse o pressentimento que deveria estar aqui.

David— Vamos andando. Não temos muito tempo.

Os três vão saindo e Rebecca vai seguindo.

Emma— Pra onde você vem?

Rebecca— Minha casa fica pra lá também.

Os quatro caminham um pouco apressados.

Na floresta em Storybooke, ainda estão Regina e Zelena.

Zelena— Vamos embora?

Regina não responde.

Zelena— Não vai adiantar ficar olhando pra esse portal. Ele só vai ser reaberto em 24 horas.

Regina— Acha mesmo que ele vai ser reaberto?

Zelena— Vai sim. Vamos embora.

Pouco tempo depois as duas estão em casa.

Regina usa o telefone mais uma vez.

Regina— Robin me atende por favor( deixa outro recado pra Robin)

Zelena— Ele ainda não atendeu?

Regina— Eles estavam protegendo a floresta pra o Gold não ter ideia da passagem deles pelo portal.

Zelena— Então por que esse grude todo nele?

Regina ignora o comentário da irmã.

Zelena— Me diz uma coisa, quando pretende deixar de besteira e falar com seu filho?

Regina encara Zelena nada satisfeita.

Zelena— Eu notei que ele se aproximou de você e você simplesmente virou as costas.

Regina— Não se meta nos meu assuntos.

Zelena— Ele merece sim um castigo. Mas não acha que está indo longe demais?

Regina— Zelena, ele escolheu a mãe dele. Eu vinha me enganando esse tempo todo, ele sempre vai preferir a Emma.

Zelena— Mas...

Regina— Não tem nada de MAS. Isso é algo decidido, me deixa em paz.

Zelena— Em paz? Você chora por ele pelos cantos!

Regina— Isso não é verdade.

Zelena— É verdade sim.

Regina— Por que está se metendo? Você não me suporta, nem suporta ele.

Zelena— Só estou tocando no assunto , por que me incomoda do seu choro constante.

Regina— Não é choro constante Zelena. Eu tô sensível, choro atoa,não é por causa dele, é por causa da gravidez.

Zelena— Viu? Ele, aquele garoto, o menino...Desde o dia que aconteceu aquela bobagem você não disse o nome dele nenhuma vez. Para com essa bobagem.

Regina— Não é bobagem, por que não respeita os meus sentimentos?

Antes que Zelena responda, alguém bate a porta e a morena se apressa pra atender.

Regina— Robin( sorri)

Zelena— Essa é minha deixa.

A ruiva sai a caminho da cozinha.

Os dois se abraçam e Roland abraça Regina também.

Regina— Oi lindo.

O abraça com carinho o pequeno.

Regina— Tem torta na cozinha, vai pedir pra tia Zelena( meche no cabelo do pequeno)

Roland bate as mãozinhas com alegria e sai correndo em direção a cozinha.

Robin— Meu amor.

Regina— Viu alguma movimentação?

Robin— Não. Estávamos todos em alerta. Não houve qualquer vestígio do senhor das trevas.

Regina— Eu  temia que ele atacasse no momento da travessia.

Robin— Eu sei, mas tinha muita gente protegendo a floresta.

Regina— A nossa filha...Robin eu estou tão preocupada!

Robin— Eu sei meu amor. Vai dar tudo certo!

Regina o abraça.

Robin— Meu amor não se preocupa. Daqui a pouco nossa filha vai estar de volta.

Regina— Eu tenho medo Robin.

Robin— Ela é forte e destemida igual a mãe.

Regina sorri.

Robin— Foi por um bem maior( alisa o ventre da rainha)

Regina— Eu sei. Não vejo a hora de me livrar de toda essa situação.

Robin— Nossa filha vai voltar com a solução.

Regina— Swan prometeu trazer nossa filha de volta.

Robin— Nossa filha é forte, ela quem vai proteger a salvadora. A Amy é especial meu amor, minha mãe está completamente apaixonada por ela.

Regina— Depois que toda essa loucura passar eu prometo dar mais atenção a sua mãe. Tá?

Robin— Tudo bem.

Regina— Já se acertou com o seu irmão?

Robin- Ainda é estranho, mas estamos acertando os ponteiros. Acho que nossas diferenças em relação a você  acabaram. Ele tem passado muito tempo com a loba não é?

Regina— Pois é. Quem diria que um caçador de apaixonaria por uma loba?

Robin— É verdade. Espero que dê certo.

Regina— Eu também. A Ruby e ele merecem ser felizes.

Robin— Com certeza. Por falar em se sentir feliz, eu vou deixar o Roland na casa da Snow e volto pra cá.

Regina— Não. Fique com a sua mãe hoje.

Robin— Tem certeza?

Regina— Absoluta. Hoje eu não sou uma boa companhia.

Robin— Você é sempre uma boa companhia, mas vou fazer o que você quer.

Regina— Obrigada.

Robin se despede de Regina e leva Roland.

Na casa dos encantados Snow tenta animar Henry.

Snow— Henry, você tirou nota baixa outra vez.

O garoto não responde.

Snow— Henry, você precisa reagir.

Henry— Eu perdi a minha mãe. Como quer que eu reaja?

Snow— Não fale como se ela tivesse morrido.

Henry— Ela não quer mais ser minha mãe.

Snow— Regina passou a vida toda tentando te conquistar, o que disse pra ela a machucou profundamente.

Henry— Como eu pude ter sido tão imbecil? Como eu pude ficar tão cego a ponto de enxergar mais a Emma do que a Regina como a minha mãe? A Zelena tem razão!

Snow— O quê? Sobre o que ela tem razão?

Henry— A Regina me amou desde sempre, enquanto a Emma me abandonou.

Snow—Não é bem assim Henry, a Emma...

Henry— Eu preciso dar uma volta.

Henry sai da casa dos avós e vaga pelas ruas de Storybrooke.

Na mansão.

Regina está sentada no sofá olhando pra o vazio, com uma xícara de chá ainda intocado nas mãos. Zelena se aproxima e senta no sofá de frente ao da morena.

Zelena— A casa está em silencio, onde está o pestinha?

Regina— Robin o levou pra casa de Snow.

Zelena— E foi uma boa ideia?

Regina— O que quer dizer?

Zelena— Ele estaria mais protegido aqui.

Regina— Está preocupada com o pestinha?

Zelena— Eu não!

Regina— Sei.

Depois de um minuto de silencio. Zelena se levanta e anda impaciente pela sala.

Regina— Para de andar assim pelo amor de Deus. Tá me deixando nervosa!

Zelena— Estou te incomodando majestade?

Regina— Está sim.

Zelena— Quer saber qual é o meu incomodo?

Regina— A cor ridícula do seu cabelo, sua cafonice e a sua constante cor verde.

Zelena— O meu incomodo é estar na sua companhia.

Regina— Eu não estou amarrando você verdinha. Se quiser voe com sua vassoura e vá embora mal amada.

Zelena— Bruxa mimada.

Regina se levanta e enfrenta a ruiva.

Regina— Feiticeira de meia tigela.

Zelena— Destruidora de lares.

Regina— Ruiva azeda.Sabia que uma noite de sexo selvagem te faria sorrir mais um pouco?

Zelena— Você acha que o agua e sal que faz com o seu ladrão é selvagem?

Regina— Ao menos eu tenho agua e sal toda noite.E você? O que você tem ? Solteirona mal amada?

Zelena joga uma bola de fogo verde num dos abajures de cristal de Regina.

Regina— Você tá ficando doida sua psicopata? É o quinto objeto de cristal da minha casa que você quebra. E eu não posso quebrar nada seu, a não ser a sua cara de pau.

Zelena— Não me provoca Regina ou eu sou capaz de...

Regina— Capaz de quê? De me matar? Faça um favor a si mesma e pare de se iludir, acha mesmo que é capaz de me matar? Por que não me ataca? Aproveita que ninguém tá te impedindo.

Zelena— Eu fiz uma promessa. Uma maldita promessa a sua filha. Que eu não te atacaria enquanto não tirássemos o poder do Gold e que não deixaria que tocasse até ela voltar.

Regina— Pára com isso( grita) Não preciso de proteção. Não tenho medo de você Zelena.

Zelena— Eu muito menos de você rainha das maças. Prometi a sua filha que...

Regina—Ela não está aqui agora. Vamos resolver nossos empasses de uma vez por todas.

Surge uma bola de fogo na mão da morena.

Zelena— Eu não vou quebrar a minha promessa sua histérica.

Regina fica nervosa e fecha os pulsos, resultado na explosão de outro abajur.

Zelena— Ai que bom que fez isso, eu realmente não gostava dele!

Regina— Por que não me disse?

Zelena— Por que eu não te disse o quê?

Regina— Você tem muitos defeitos, mas burrice não é um deles.

Zelena revira os olhos.

Regina— Por que não me disse que não estava com o seu coração?

Zelena— Por que eu diria isso a você?

Regina— Se tivesse me dito eu teria...

Zelena— Me matado?

Regina— Eu teria compreendido essa arrogância toda, essa frieza comigo por que se afasta tanto das pessoas...Por que eu iria querer te matar Zelena?

Zelena— E por que não me mataria?

Regina— Você não conseguiu o que queria. Por que continuar com essa loucura toda?

Zelena— Por sua causa eu não consegui, mas acredite se eu tiver a oportunidade eu vou sim voltar ao tempo e finalmente limpar você da minha história de uma vez por todas.

Regina se surpreende com a resposta da ruiva.

Regina— Você me odeia tanto assim Zelena? ( a bola se desfaz na mão de Regina)

Zelena— Odeio sim e você não tem ideia do quanto.

Regina encara Zelena por alguns segundos e sai rumo a seu quarto sem trocar mais uma única palavra com a irmã.

Zelena respira forte.

Em Oz.

Emma, David, Amy e Rebecca vão passando por uma casa.

Rebecca— Eu fico aqui...É a minha casa.

Amy— Obrigada.

As duas dão as mãos e sentem uma energia passando pelo corpo.

Elas soltam as mãos e se olham desconfiadas.

Rebecca— Continuem seguindo em frente, logo após aquela montanha vocês poderão ver o castelo( ainda cismada)

Emma— Obrigada Rebecca.

Os três viajante vão seguindo o caminho, deixando Rebecca desconfiada pra trás.

A ruivinha olha pra Amy e Amy devolve o olhar.

Os três somem da vista dela.

Noah— Filha( abre a porta)

Rebecca— Oi pai.

Noah— Já estava preocupado, por que demorou tanto?

Rebecca— Eu tive que pegar um caminho diferente e me atrasei.

Os dois entram.

Noah— Você está bem?

Rebecca— Eu não sei. Estou com uma sensação estranha!

Noah ajuda a filha se sentar.

Noah— Você se alimentou bem hoje?

Rebecca— Sim.

Noah— Alguém te fez mal no meio do caminho?

Rebecca nega com a cabeça.

Noah— Quer se deitar?

Rebecca— Não, está passando!

Noah se afasta pra pegar um copo com agua.

Rebecca vai até o espelho e se olha, olha pra mão e se sente diferente.

A ruivinha toca no colar que muda de cor pra um verde mais iluminado, mas logo se apaga.

Noah— Filha?( com a água na mão)

Rebecca— Pai, esse colar tem alguma coisa de magia com ele?

Noah arregala os olhos e Rebecca vê pelo reflexo.

Rebecca— Pai( se vira)

Noah— Por que está perguntando isso?

Rebecca— Alguns minutos atrás ele vibrou no meu pescoço e agora ele acendeu.

Noah— Vibrou?

Rebecca— Esse colar tem magia?

Noah— Eu não sei direito...

Rebecca— Pai( muito séria)

Noah—Ele fez parte da sua família.

Rebecca arregala os olhos surpresa.

Noah— Eu o comprei de um colecionador de itens mágicos. Ele me mostrou esse e eu decidi que você merecia algo que pertenceu a sua família.

Um pouco distante dali Emma, David e Amy estão totalmente chocados com a visão a sua frente.

Emma— A Zelena disse que...

David— Que o coração estaria enterrado na arvore de maça verde.

Emma— Mas...Mas...

Amy— As arvores estão todas mortas.

Eles observam um imenso campo morto.

Amy— Ah meu Deus.

Emma— O que aconteceu aqui?

David— Está tudo devastado.

Emma— Como iremos encontrar aquele coração agora?

David— Não tem como. Esse campo é muito grande, pra conseguirmos vasculhar todo ele, levaríamos dias.

Amy— A Zelena disse que o colar quebraria o feitiço, será que ele não serve como localizador?

Emma— Não custa nada tentar.

Amy tira o colar de Zelena, o segura na mão, mas não há nenhum sinal de energia.

David— O que faremos agora?

Emma— Como não pensamos nessa possibilidade?

Amy— Acha que poderíamos fazer um feitiço de localização?

Emma— Eu não sei Amy. Falta muito ingrediente.

Amy— Vamos voltar na casa daquela garota.

Emma— Boa ideia. Ela deve saber de algo que nos ajude.

Os três voltam pra casa de Rebecca.

Em Storybrooke.

Zelena está na porta do quarto de Regina.

Zelena— Regina( bate a porta)

Regina— Vá embora( grita)

Zelena— Eu preciso falar com você.

Regina— Vá embora Zelena.

Zelena se tele transporta pra dentro do quarto da morena e a encontra agarrada a um travesseiro deitada na cama.

Regina— Como ousa entrar no meu quarto desse jeito?(se senta na cama)

Zelena— Acha mesmo que uma porta ia me deter?

Regina se levanta e destranca a porta.

Regina— Saia do meu quarto agora Zelena.

Zelena— Não!( cruza os braços)

Regina— Tudo bem, se você não vai sair eu saio.

A morena dá um passo mas é impedida pela irmã, que a segura pelo braço.

Zelena— Espera Regina( fala num tom de voz calmo)

Regina para.

Zelena— Eu passei do limite tá? Eu...

A morena estreita os olhos.

Zelena— O que eu disse agora há pouco...( engole seco)

Regina— Você me odeia Zelena, eu já entendi. E sabe o que é o pior disso tudo?

A ruiva não responde.

Regina— Mesmo sabendo que você me odeia, mesmo sabendo que você veio até Storybrooke pra me destruir, a partir do momento que eu confirmei que você era realmente minha irmã eu fiquei feliz.

Zelena— Ficou?( franze as sobrancelhas)

Regina— Desde o primeiro segundo que você me disse que éramos filhas da Cora eu senti uma ternura no meu coração, por que ter uma irmã foi o que eu mais desejei em toda a minha vida. Quando usei o feitiço da vela e descobri a verdade, mesmo sabendo do perigo que todos estavam correndo, ter você na minha vida foi o que eu mais desejei.

Zelena— Por quê?

Regina— A minha vida se tornou um inferno desde o dia que eu nasci. A nossa mãe me teve com o único objetivo: Poder. Ela só pensava nela mesma. Ela me enxergava como um objeto. Abandonou você por que pra ela era importante se relacionar com a realeza pra conseguir prestígio e mais poder. Eu também sinto ódio Zelena. Muito ódio! Sinto ódio por ela ter nos afastado, por ela não ter permitido que crescêssemos juntas como deveria ser.

Zelena engole seco.

Regina— Você age como se o sentimento que te move fosse a inveja, mas não é possível que você tenha inveja da vida que eu tive Zelena. Eu cresci como um objeto solitário. Sem poder brincar, sem poder conversar...O meu amigo era um coelho de pelúcia.

Zelena— Quer que eu sinta pena de você?

Regina— Não. Eu quero que você saiba de verdade como foi a minha vida, pra que você enxergue de uma vez por todas que eu não fui feliz, eu não tive essa vida que você imagina que eu tive. Eu cresci sozinha, perdi o Daniel, fui obrigada a me casar com um monstro, que apesar de ser o rei maravilhoso e um pai exemplar durante o dia, abusava de mim todas as noites.

Zelena fica totalmente surpresa com a revelação da irmã.

Regina— Sente mesmo inveja de alguém que foi violentada na primeira noite em que esteve com um homem? Alguém que apanhava na cama por não satisfazer o rei Leopold como deveria? Ninguém me protegia Zelena( grita nervosa) Quando finalmente enxerguei que ninguém faria nada por mim , eu mesma resolvi acabar com aqueles momentos de horrores. Eu posso querer arrancar a pele do Rumplestiltskin, sei que tudo o que ele fez foi com um objetivo egoísta, mas através dele e dos malditos ensinamentos de magia, eu consegui me livrar daquela vida miserável de rainha que eu tive.

Zelena— Por isso lançou a maldição?

Regina— Pra fugir daquele inferno eu faria qualquer coisa. Ou acha que eu arranquei o coração do meu pai por diversão? O sacrifício que eu tinha que fazer foi um preço muito alto, mas finalmente eu fugi daquelas mãos repugnantes daquele monstro. Eu sentia nojo de mim cada vez que eu me olhava no espelho. Quando eu sentia aquele corpo asqueroso em cima de mim, forçando, me machucando...Por mais que eu me lavasse eu continuava sentindo aquele cheiro horrível no meu corpo. Depois de lançar a maldição eu quis apagar tudo da minha mente, a única coisa que me fez arquivar aqueles horrores na minha cabeça foi encontrar o Robin! Tivemos a nossa história, tivemos a nossa filha e mais uma vez a Cora arrancou a felicidade dos meus braços( chora). Ela arrancou a minha filha recém nascida de mim e me jogou mais uma vez num lugar vazio, escuro e solitário...Como pode ter inveja do meu sofrimento?

Zelena— Eu não sabia de tudo isso( séria)

Regina— Agora sabe! Quando eu tirei os seus poderes eu enxerguei uma segunda chance pra você Zelena. Impedi que o Gold te matasse por que...Por que você é minha irmã e depois de tudo aquilo eu achei mesmo que você poderia se tornar a irmã que eu sempre sonhei do meu lado. Uma irmã confidente, uma irmã que pudesse ser minha amiga!( as lágrimas correm) Mas você não enxerga isso não é? Você não enxerga qualquer tipo de amizade ou amor que possam sentir por você. Você tá tão rodeada de ódio que não consegue ver que desde que eu descobri que você voltou, eu não tenho feito outra coisa a não ser tentar me aproximar de você.

Zelena engole seco.

Regina— Você prefere transferir todo o seu ódio pela Cora pra mim.

Zelena— Eu não te odeio Regina.

Regina— Você...Não me odeia?( pergunta baixo)

Zelena— Eu tentei te odiar. Só eu sei o quanto eu tentei, mas sempre que eu tentava encontrar um motivo pra te odiar eu voltava de onde eu comecei: do zero. Você tem razão quando diz que o ódio que eu sinto é pela Cora.

Regina— Zelena...Eu nunca quis te prejudicar! Eu só me protegia de você. Por que eu mataria a minha própria irmã? Você é uma vítima daquela maldita bruxa tanto quanto eu. A Cora impediu que fôssemos irmãs, que crescêssemos unidas. Depois de tantos anos, mesmo que tenha sido por um motivo de vingança, a vida nos deu a oportunidade de nos reencontrarmos. O que me dói é que você não quer me enxergar como irmã, você prefere me enxergar como inimiga.

Zelena— Eu não te enxergo mais como inimiga.

Regina— É mesmo? Não é o que parece.

Zelena— Será que você não entende que esse tipo de comportamento é um escudo de proteção.

Regina— Proteção contra o quê? Quem está te atacando aqui?

Zelena— Proteção de você Regina. Você me afeta muito mais que eu gostaria.

Regina— O quê? Como? Me explica como eu te afeto?

Zelena— Me sinto vulnerável perto de você. Por mais que eu pareça forte, me sinto fraca quando estamos perto uma da outra. Essa ligação ou conexão que sentimos é tão forte dentro de mim, que me impede de te atacar.

Regina— Então por que insiste nisso? Por que continua me atacando como se eu fosse uma inimiga mortal? Por que insiste em me ferir?

Zelena— Por que você não enxerga o óbvio?

Regina— Que óbvio?

Zelena— Não enxerga que faço tudo isso pra ao menos ter você por perto? Não enxerga que eu prefiro ter uma relação de ódio ou de brigas com você a não ter nenhuma relação.

A ruiva abre o coração e deixa Regina enxergar seus sentimentos.

Regina— Você que ter uma relação comigo?

Zelena— Ao menos com brigas estamos perto uma da outra. Quando eu vim pra Storybrooke, meu objetivo era claro: Voltar ao tempo, mas não só pelo que pensavam ou deduziram, eu queria sim voltar pra ter tudo que eu achava que merecia, mas eu quis voltar ao tempo pra ter a oportunidade de mudar alguma coisa no passado e que eu pudesse ser feliz de algum modo. Fazer algo que fizesse a Cora desistir de me abandonar e que pudéssemos ser criadas juntas.

Regina— O quê?( surpresa) Então por que mentiu?

Zelena— Pra mim era mais fácil me proteger.

Regina— Você fala tanto de proteção. Do que tanto você quer se proteger?

Zelena— Dos sentimentos. Mesmo que não pareça, eu tive sim a minha quota de sofrimentos. Eu cresci na miséria, mas isso não era o que me afetava, mas sim o desprezo do meu pai.

Regina— O quê?

Zelena— Ele me odiava, por que quando a mulher dele me achou, ela deixou de dar atenção a ele pra cuidar de mim. Quando ela morreu ele disse com todas as letras que eu não era filha deles. Finalmente eu entendi por que tanto ódio. Logo depois encontrei alguém que me deu um sentimento que até então eu não conhecia: amor. Ele enxergou em mim o que eu mesma não enxergava, enxergou alguém merecedor de amor.

Regina— Todo mundo é merecedor de amor Zelena.

Zelena— Eu não enxergava assim. Logo depois eu conheci a verdade sobre você. Daquele portal a sua vida parecia perfeita. A inveja me consumiu e foi aí que o Rumplestiltskin entrou na minha vida. Me treinou pra que controlasse os meus poderes, me prometendo que eu seria poderosa. Então...( engole seco)...Foi aí que eu desisti do amor.

Regina— E deixou a ganancia por poder te cegar.

Zelena— Eu tentei persuadir o homem que dizia que me amava, mas ele me fez escolher entre ele ou seguir em frente com os meus planos.

Regina— E você escolheu a inveja.

Zelena— Foi nesse momento que eu arranquei o meu coração e o enterrei, do contrário eu não teria forças pra seguir em frente. Eu o amava e isso me tornava fraca. Quando o senhor das trevas disse que eu não poderia lançar a maldição, que você seria a escolhida...Mais uma vez escolheram você ao invés de mim...Eu enlouqueci, fiz vários planos, treinei ainda mais os meus poderes, mas...Algo aconteceu e eu tive que adiar.

Regina— O que aconteceu?

Zelena— Eu descobri que estava grávida.

Regina— O quê?( arregala os olhos) Você ficou...Você tem um filho? Cadê o seu filho?

Zelena— Filha. Eu deixei ela com o pai assim que nasceu. Pensava em seguir meus planos, mas me arrependi, voltei atrás e quando os procurei, eu descobri que ela havia morrido!

Regina— Ah meu Deus...Eu sinto muito!

Zelena— Como você pode ver, a minha vida também não foi um mar de rosas.

Regina— Zelena, depois de tudo isso, por que não colocou seu coração de volta?

Zelena— Por que eu não suportaria mais sentir dor( a voz da ruiva durona fica trêmula), eu perdi meu amor verdadeiro e isso doeu demais, mas eu não teria forças suficientes pra colocar o coração no meu peito e suportar a dor de ter perdido a minha filha( pela primeira vez a ruiva deixa as lagrimas livres)

Regina não suporta mais a cena.

Em câmera lenta Regina abraça Zelena que devolve imediatamente o abraço com mais força. No quarto não se ouve nada além de soluços comedidos do choro.

Uma nuvem verde e roxa se fundem no ar, representando o laço das irmãs Mills, que acaba de ser refeito pelo amor.

Em Oz.

Alguém bate a porta de Noah e ele vai abrir.

Noah— Pois não?( olhando pras roupas de Emma, Amy e David)

Emma— A Rebecca por favor!

Antes que Noah responda Rebecca surge.

Rebecca— O que houve?

Amy— Precisamos de ajuda.

Rebecca— Entrem.

Os três entram despertando a curiosidade de Noah.

Noah— Quem são vocês?

Rebecca— Eu os conheci na floresta.

David— Nos desculpe a invasão.

Rebecca— O que aconteceu? Não acharam o que procuravam?

Amy— Não, mas temos a esperança de que nos ajude.

Rebecca— Eu? Como eu poderia?

Emma— Você conhece algum feiticeiro?

Rebecca— A única pessoa que eu sei que tem poderes não vive aqui em Oz( olha pra o pai)

Amy— Nós precisamos urgentemente de alguém que entenda de magia. Estamos procurando um...Uma coisa é muito poderosa e foi enterrada nos pés de uma arvore de maça verde, mas...

Noah solta o copo que estava na mão.

Todos olham pra Noah.

Rebecca— Pai?

Noah está pálido.

David— O senhor está bem?

Noah— Vão embora daqui.

Rebecca— Pai?( o repreende)

Noah— Vão embora daqui e voltem de onde quer que vocês vieram.

Rebecca— O que está acontecendo?

Amy— Ele sabe!(compreende)

Rebecca— O que ele sabe?

Amy— Ele sabe o que estamos procurando.

Noah— Não sei( gagueja)

Emma puxa a espada do pai e encosta Noah na parede o imprensando com força.

Rebecca— Não( grita)

Emma— Onde está?

Noah— Eu não sei do que está falando.

Rebecca— Solta ele( tenta se aproximar mas David a segura)

Emma— Eu sei que está mentindo.

Amy— Nos diga onde está o coração.

Rebecca— Coração? Do que está falando?

Amy— Nós viemos de outro reino pra encontrar esse coração.

Noah— Ele está enterrado em outro lugar mais seguro.

Emma— Por isso as arvores morreram. Você o desenterrou.

Rebecca— Pai. Isso é verdade?

Noah— Filha, esse coração é perigoso.

Rebecca— Espera, você sabe onde está? Com que direito você o pegou?

Noah— Se outra pessoa o pegasse poderia usá-lo como um ingrediente pra maldições.

Amy- A dona dele nos pediu que viéssemos pegá-lo.

Noah engole seco.

Noah— Ela...

Emma— Sim. Ela pediu que viesse pegá-lo. Ela precisa do coração dela! Então diga agora onde está!

Noah— Não, vocês querem pra praticar magia negra.

Amy— Não deixa de ser. Mas é uma magia que vai proteger todo um reino do senhor das trevas.

Noah— Ele está no reino de vocês?

David— Está e está aterrorizando a terra da rainha Regina.

Noah— A rainha má ainda está viva? Como não conseguiram matar aquela bruxa?

Amy sente o ódio correr em seu corpo e ela solta uma energia pelas veias, fazendo com que vários objetos estourem dentro da casa.

Rebecca— O que foi isso?

Amy— Nunca mais se atreva a falar da minha mãe( com os olhos brilhantes)

Noah— Você é filha da rainha Regina?

Amy— Sim. Eu sou uma Mills.

Noah arregala os olhos e olha pra Rebecca que está extremamente espantada.

Rebecca— Você é uma descendente Mills?

Amy— Sou sim. Minha mãe não é mais a rainha má! Tudo mudou.

Emma— Não temos tempo pra isso Amy.Onde está o coração da Zelena?

Rebecca— Zelena?( sussurra)

Noah— Filha...

Rebecca— O nome da dona desse coração é a...É a Zelena?

Amy— É sim. Por quê? Você a conhece?

Rebecca— Você enterrou o coração dela?

A ruivinha se aproxima do pai totalmente chocada.

Emma solta Noah.

Noah— Rebecca, me escuta.

Rebecca— Por que escondeu o coração dela esse tempo todo?

Noah— Eu tive medo de que se ela voltasse e tivesse o coração de volta, ela sentiria a sua presença e te levasse pra longe de mim.

Amy— O quê? Como assim?

David— Por que ela sentiria a presença da sua filha?

Rebecca— Como pode esconder esse tempo todo, que aqui tão perto de mim estava o coração da minha mãe?

Amy— Ah meu Deus!

As palavras de Rebecca chocam a todos naquela sala.

David— O que foi que você disse?

Amy— Você é...Você é...

Rebecca— Eu sou filha da Zelena.

Emma— Isso não é possível.

David— Ainda acha que alguma coisa relacionada as Mills é impossível?

Amy— Como pode ser filha dela? Nós nunca soubemos disso.

Rebecca— Ela me abandonou com meu pai quando eu nasci.

Emma— Espera, você é o Noah?

Noah— Como sabe meu nome?

Emma— Quando estávamos nos preparando pra vir pra cá ela mencionou o seu nome.

Noah— É verdade?

Amy— Ela não deixaria de mencionar a própria filha.

Emma— Será que houve algum feitiço da memória e apagaram da memória dela que ela tem uma filha? Como o que aconteceu com a Regina?

Rebecca se aproxima do pai ao notar que ele esconde algo.

Rebecca— Eu quero a verdade. Agora!

Noah— Filha não há...

Rebecca— Chega de mentiras pai( grita pela primeira vez) Você me escondeu dela?

Noah— Rebecca por favor!

Rebecca— Ela não sabe que eu existo não é?

Amy— O que disse pra Zelena?

Noah— Quando ela deu a luz, deixou a Rebecca comigo.Alguns dias depois ela voltou, mas...

Rebecca— Mas o quê?

Noah— Pedi que a Laura mentisse.

Rebecca— Que mentira vocês inventaram pra minha mãe?

Noah— Que você havia morrido alguns dias depois de ter nascido.

Rebecca— O quê( se choca e coloca a mão na boca)

Amy— Como pode fazer uma coisa dessas? Dizer pra uma mãe que a filha morreu?

Noah— Rebecca, eu quis te proteger filha. Você não tem ideia do que ela é capaz!

Rebecca— E você não tem ideia do quanto eu sofri a minha vida toda, achando que ela não me quis e que até hoje me desprezava.

Emma— Ela não tem ideia que você existe Rebecca.

Amy se aproxima da prima com o colar de Zelena na mão, aproxima os dois colares e eles reagem iluminando-se.

Amy— Eu senti uma energia quando toquei na sua mão. Era o nosso sangue.

Rebecca— Eu também senti uma força. Foi a mesma que eu senti quando fui guiada pra perto de onde vocês caíram.

Emma— Era o sangue reconhecendo as descendentes.

As primas sorriem e dão as mãos.

David— O senhor das trevas quer destruir a sua família Rebecca. Precisamos do coração da Zelena.

Noah— Filha...

Rebecca— Onde está o coração da minha mãe?

Noah— Perto do monte sul. Próximo a casa do Enzo.

Emma— Vamos lá agora.

Noah— Filha.

Rebecca— Vamos agora! Tem algo ameaçando a vida da minha mãe e isso eu não vou permitir.

Noah— Tudo bem filha.

Todos seguem Noah floresta a dentro.

Em Storybrooke as irmãs continuam abraçadas.

Regina— Eu sinto muito Zelena.

Zelena— Por favor me perdoa por tudo que eu disse e fiz contra você e sua família.

Regina— Esqueça tudo isso minha irmã.

As duas se afastam um pouco.

Zelena— Irmã?

Regina— É o que nós somos não é?

Zelena— Como ainda pode me enxergar como irmã depois de tudo que eu aprontei com você e com a sua família?( enxugando as lágrimas)

Regina— Por que  bem mais que qualquer um, eu sei que todo mundo merece uma segunda chance e...

Zelena— E?

Regina— Por que eu te amo sua tonta.

Zelena— Você me ama?

Regina— Como eu poderia não amar a minha irmã?

As duas se abraçam mais uma vez.

Zelena— Me perdoa por ter dito que você não nasceu pra ser mãe. Eu só queria te ferir! Você é a melhor mãe que eu conheço.

Regina— Obrigada. Isso é muito importante!

Zelena— Eu vou tentar segurar a minha língua.

Regina— Eu vou tentar também. Se bem que é muito bom te insultar.

Zelena— Eu digo o mesmo.

Regina— Será que viveremos assim? Como cão e gato?

Zelena— Espero que sim. Ao menos não teremos tédios.

As duas riem.

Zelena— Vem, vamos desce e comer um pedaço de torta. A sua filha me fez prometer que eu te alimentaria bem.

Descem pra cozinha e Zelena serve um pedaço de torta pras duas.

Regina— Sabe o que cairia bem com essa torta?( experimentando um pedaço)

Zelena— O quê?

Regina— Aqueles morangos e a calda de chocolate que a Granny coloca nas tortas.

Zelena— Desejo?

Regina— Não tem problema, eu só...

A ruiva some na fumaça.

Regina— Zelena?

A ruiva aparece no meio da lanchonete e assusta Ruby e Granny que estão fechando a lanchonete.

Granny— O que é isso?( aponta uma vassoura pra Zelena)

Ruby— O que está fazendo aqui?

Zelena— Fiquem quietas e ninguém sai ferido( sorri cinicamente)

A ruiva vai até a geladeira da lanchonete enquanto as duas observam a cena intrigadas.

Zelena— Não quero machucar ninguém( pega uma bandeja de morangos, pega um pote com calda de chocolate)

Ruby— Mas o que...

Antes de terminar a frase Zelena solta um beijo e some na fumaça verde.

Granny— O que essa bruxa tá aprontando?( com a mão no peito)

Ruby— Não sei vovó, mas tenho a impressão que esse morangos são pra Regina. Hoje pela manhã ela repetiu três vezes a torta com calda de chocolate.

Granny— Então por que essa doida não veio como uma pessoa normal e pediu?

Ruby— Exatamente por isso. Por que ela é doida.

Zelena volta pra cozinha.

Regina— Você foi a lanchonete?

Zelena— Você queria os morangos e a calda.

Regina— A vovó te deu?

Zelena— Na verdade eu não pedi.

Regina— Você roubou?

Zelena— Mais ou menos.

Regina acha graça;

Zelena— Vamos ver se fica bom mesmo.

A ruiva serve as tortas, coloca os morangos e coloca a calda de chocolate por cima, enquanto Regina observa sem querer acreditar que finalmente está se dando bem com a irmã.

Henry está passando pela loja de Gold quando sente o desejo de bisbilhotar. Usa a sua chave e entra na loja.

Olha vários objetos e encontra a espada de Neal e a segura lembrando do pai.

Gold— O que está fazendo aqui?

Henry— Vô?( surpreso)

Gold— O que está fazendo aqui?

Henry— Eu devia te fazer a mesma pergunta.

Gold— Henry não me faça perder a paciência.

Henry— Perder a paciência? Como teve coragem de atacar a minha mãe?

Gold— Não é da sua conta.

Henry— É sim da minha conta. Você está atacando a minha família. Você prometeu ao meu pai que tentaria ser um homem melhor. Como pode continuar em busca de poder sabendo que seu filho se sacrificou por você .Ele morreu se sacrificando por você.

Gold— Você não compreenderia.

Henry— Espero que a sua jornada esteja chegando ao fim.

Gold— O que quer dizer com isso?

Henry— A minha família vai tirar os seus poderes.

Gold— Como eles pretendem fazer isso?

Henry— Não importa o modo, o que importa é que mais cedo ou mais tarde o bem vence.

Gold— Não seja tolo Henry. O poder sempre vence! Você é meu neto, não pode ignorar o poder que corre no seu sangue.

Henry— Eu não tenho nenhum poder.

Gold— O seu coração é valiosíssimo. Ao meu lado eu te tornaria poderoso. Nada poderia te atingir.

Henry— A minha mãe me protege, eu não preciso de poder pra isso.

Gold— Qual delas? Por que pelo que eu soube Regina não quer mais você.

Henry se sente triste.

Gold— A Regina agora tem uma família dela. Uma família de verdade!

Henry— EU sou filho dela.

Gold— É mesmo? E por que você está morando na casa dos seus avós.

Henry fica pensativo.

Gold— Ao meu lado, você terá poder Henry. Junte-se a mim.

Henry fica confuso, mas foge da loja perturbado.

Em Oz Noah está diante de uma pequena arvore.

Rebecca— Foi aqui que vocês caíram. É como se algo os puxassem pra cá.

Amy— Acho que o nosso sangue nos guiou.

Emma— Como conseguiu desenterrar o coração dela?

Noah— Feitiço de sangue( olha pra Rebecca). Com a minha filha nos braços o coração vibrou e eu pude tocá-lo.

Enzo chega perto da cena.

Enzo— Rebecca? Senhor Noah? O que está acontecendo?

Todos olham pra o rapaz.

Como num momento mágico Amy e Enzo se encaram.

Rebecca se aproxima da arvore, sentindo o seu próprio coração vibrar forte.

A ruivinha desenterra o coração da mãe e o segura firme.

Emma— Ah meu Deus. Conseguimos!

Um nevoeiro começa a se espalhar por eles.

David pega uma pequena bolsa e Rebecca coloca bem devagar.

Emma— Precisamos agir rapidamente.

Emma e David colocam os ingredientes no chão pra abrir o portal.

Alguns minutos depois o portal começa a expelir energia.

Amy— Rebecca, somos da mesma família. Vem comigo!

Rebecca— O quê?

Rebecca olha pra o pai.

Noah— Não Rebecca! Por favor não vá.

Rebecca— Como tem coragem de ainda me pedir alguma coisa?

Noah— Filha...

Rebecca— Você mentiu pra mim esse tempo todo.

Noah— Eu só quis te proteger.

Rebecca— Mentindo pra mim?( começa a ficar nervosa) Minha mãe acha que eu estou morta( grita)

A ruivinha fecha as mãos.

Emma— O que tá acontecendo?( assombrada com o nevoeiro que surge de repente)

Noah— Ela é uma bruxa má Rebecca.

Rebecca— Não interessa o que ela é. Você me afastou da minha mãe e isso eu não vou perdoar.

O portal se abre.

Enzo— O que tá acontecendo?

Emma— Vamos Amy.Precisamos ir agora! Vai primeiro pai.

David— Vamos juntos.

O portal se fecha.

David— O que aconteceu?

Emma— Eu não entendo( se apavora)

Amy— É o sangue Mills.Rebecca, se quer conhecer a sua mãe, essa é a hora!

Amy estende a mão.

Noah— Filha não vá.

Amy— Vamos comigo. Ela precisa saber que tem uma filha Rebecca.

A ruivinha olha pra o pai.

Amy— Ela merece saber que você existe.

Rebecca— Mas se ela não quiser saber de mim?

Amy— Isso teremos que descobrir...Vamos fazer isso juntas. Eu te prometo! Ela mudou Rebecca, você está levando o coração dela, vai depender de você muda-lo.

Rebecca estende a mão e segura a mão da prima.

Amy a abraça e uma turva fumaça se forma nas cores azul e vermelha.

O portal se abre novamente.

David— Abri.

Emma— É agora ou nunca. Vamos!

Amy e Rebecca pulam no portal sendo seguidas por Emma e David.

Noah não pensa duas vezes e pula dentro do portal.

Enzo olha ao seu redor.

Enzo— Eiiii...Me esperem.

Todos atravessam o portal e minutos depois caem em Storybrooke.

Regina e Zelena que estão na sala conversando.

Zelena— Como conseguiu se livrar do sentimento de vingança?

Regina— Não me livrei Zelena. É uma luta diária. Não é facil, mas você vai conseguir.

Zelena— Acha mesmo?

Regina— Tenho certeza.

A morena se levanta e pega seu celular.

Zelena— Você já notou que a sua barriga já tá aparecendo um pouquinho?

Regina- Já percebi sim( sorri)

A ruiva se levanta e se aproxima.

Zelena— Posso sentir?

Regina sorri.

Regina— É claro.

A ruiva toca a barriga da irmã.

Regina- Ainda vai demorar um pouco pra começar a mexer( sorri como boba)

Um tremor é sentido na cidade.

Regina— O que foi isso?( assustada)

Zelena— Espero que não tenha sido o bebê.

Regina— Tá culpando o meu bebê inocente?( coloca as mãos na cintura)

Zelena se sente tonta e coloca a mão no peito.

Regina— Zelena?( segura a irmã) O que foi?

Zelena— É estranho, eu nunca senti isso antes( respira forte) É como se fosse um sopro no peito, uma respiração pesada.

Regina— Eu também tô sentindo um aperto( com a mão no peito)

Zelena— Tem algo estranho.

As duas saem porta a fora e correm pra o meio da rua.

Olham de um lado pra o outro.

Regina- É a minha filha.Ela voltou! Eu tô sentindo a presença dela( sorri)

Zelena— Acho que tô sentindo a presença dela também( fala sem muita certeza)Vamos, a energia vem daquela direção( aponta)

As duas saem correndo pela rua.

Emma vai se levantando e ajuda o pai.

Emma— Estamos em casa Amy( feliz)

David— Estamos em casa.

Os dois se abraçam enquanto Noah, Rebecca e Enzo olham ao redor.

Emma— Amy?

Amy está caída imóvel.

A loira corre e vira a garota que está com um corte na testa.

Emma— Amy...Amy fala comigo!

Antes de qualquer reação Gold surge.

Gold— Fizeram boa viagem?

David— Apareceu seu covarde?(puxa a espada)

Gold— Que é você encantado?

David— É o homem que vai enfiar a espada na sua garganta.

Gold— Eu não vim brincar de espada. Vim buscar a ruivinha linda.

Noah— Não se aproxime dela senhor das trevas.

Emma— Encosta nela e eu mato você.

Gold solta uma forte energia derrubando Noah, Enzo e numa fração de segundos ele some com Rebecca.

Causando desespero em todos.

Regina e Zelena chegam correndo.

Regina— Ah graças a Deus.Amy?

A morena corre pra perto de Amy.

Regina— Filha( alisa o rosto de Amy)

Amy— Mãe( vai despertando)

Regina— Você tá em casa meu amor!( as lágrimas correm aliviadas quando nota que sua filha tá bem) Tá tudo bem( tira o lenço do bolso e coloca em cima do ferimento da filha.

Zelena perde toda a sua cor quando vê o homem que ela amou intensamente.

Zelena— No...Noah? O que faz aqui?( num misto de emoção e surpresa)

Noah está tão atordoado ao rever a sua amada que não consegue dizer uma só palavra.

Emma— Não temos pra isso agora Zelena. O Gold levou alguém.

Regina— Quem?(olha pra todos tentando identificar que foi levado)

Amy— Ele levou a Rebecca tia( se levantando com ajuda da mãe)

Zelena— Rebecca? Quem é Rebecca?

Noah- A nossa filha.

Zelena— Fil...O que foi que você disse?( fala entre os dentes e seus olhos esverdeados refletem a surpresa da ruiva)

Regina— A menina tá viva?

Amy— A Rebecca tá viva!

Zelena— A minha filha tá viva( sorri e coloca a mão na boca)

Amy— O Gold a levou.

Zelena— Considere- o morto.

A ruiva se transforma num simples segundo e de repente está preparada pra guerra.

Regina— Zelena, espera.

As irmãs ficam frente a frente.

Zelena— Não é hora dele enfrentar uma bruxa boazinha Regina.

Regina— Não! É a hora dele enfrentar duas bruxas furiosas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pedido especial- Meninas, por favor, comentem hein? A opinião de vocês é importantíssima! Se puderem favoritar ou recomendar pra, no mínimo uma pessoa, eu agradeceria IMENSAMENTE!!!!