Laços do Passado escrita por Amy Mills


Capítulo 24
Atravessando outros reinos


Notas iniciais do capítulo

Oi ficspectadoras...Espero não ter demorado tanto! Vou tentar responder cada mensagem e cada comentários viu? Mil bjussss! Ps: Obrigada aos que favoritaram e estão acompanhao a fic!



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Robin— E qual é o problema de estar no carro. O que eles estavam fazendo?

Regina e Amy— Transando!

Os três se olham tensos.

Na mansão Mills Zelena tenta controlar Roland.

Zelena— Você disse que sabia se limpar( passando shampoo na cabeça do garoto)

Roland— Mas eu sei.

Zelena— Você se sujou todo e eu tive que vir te dar banho, agora fica quieto.

Roland brinca com o shampoo e aperta o frasco no cabelo da ruiva.

Zelena— Por que fez isso garoto?( tentando tirar uma parte do shampoo do próprio cabelo)

Roland— Seu cabelo tá sujo também tia.

Zelena— Eu não sou sua tia.

Roland— A Memy disse que era.

Zelena— Eu vou matar aquela garota.

Roland ri e começa a espalha muita água.

Zelena— Fica quieto garoto ou...

Antes que a ruiva concluísse a frase ela pisou num amontoado de espuma e escorregou. Roland reagiu àquela cena como se fosse a coisa mais engraçada que ele já viu.

O garoto solta uma gargalha tão gostosa que contagia a ruiva e ela ri de sua queda hilária. Zelena percebeu naquele momento que nunca havia dado uma gargalha de forma sincera, sem ironia e sem sarcasmo. O garoto pula em cima da ruiva e os dois bolam no sabão espalhado no chão do banheiro.

Regina chega a delegacia acompanhada de Robin e de Amy.

Graham— Bom dia Regina.

Regina— Onde está meu filho?

Graham— Fique calma ele...

Regina— Cadê- o- meu- filho?( soca com força a mesa)

Todos se assombram com a atitude de Regina.

Graham— Lá atrás, na sala de interrogatório.

Regina vai saindo. Quando Graham, Robin e Amy se movem...

Regina— Ninguém me segue.

A rainha fala extremamente séria, todos os outros param imediatamente e sem olhar pra trás ela segue pra sala.

A morena entra na sala e encontra Henry cabisbaixo.

Henry— Mã...

Regina— Eu vou perguntar uma só vez. Aconteceu?

Henry engole seco.

Regina— Responda agora( bate com força na mesa)

Henry— Aconteceu.

Regina nem pisca os olhos encarando o filho.

Regina— Onde você estava com a cabeça pra fazer uma imbecilidade dessas?

Henry— Já tínhamos acabado quando chegaram e...

Regina— Cala a boca( grita) Eu não quero saber em que momento estavam! Como pode ser sido tão infantil a esse ponto?

Henry— Eu...

Regina— Transar dentro de um carro? Você perdeu a cabeça? De todos os cenários terríveis que eu já imaginei pra minha vida, jamais passou pela minha cabeça a cena que estou vendo agora: Meu filho adolescente numa delegacia, por que foi flagrado transando dentro de um carro( grita)

Henry— O que queria que eu fizesse? Eu não podia ir pra um motel e...

Regina— Cala a boca( dá outro soco da mesa, criando uma fissura no móvel) Você não tem o direito de se defender, você perdeu seu direito de defesa quando ignorou meus conselhos! Você foi um irresponsável Henry. Primeiro com outra garota na minha casa, agora com a filha do Jefferson. O que passou pela sua cabeça?

Henry abaixa a cabeça.

Regina— Como eu vou olhar pras pessoas agora na rua? Todos apontarão pra mim outra vez...O filho da prefeita foi pego transando dentro de um carro. Como vou explicar isso pra o pai dela?

Henry— Eu me explico com ele.

Regina— Você acha que ele vai querer conversar com você seu inconsequente?

Henry— Eu vou conversar com ele e...

Regina— Se alguém tivesse feito com a Amy , o que você fez com a Grace e se tivesse a coragem de me enfrentar, não haveria tempo pra qualquer palavra, por que ele estaria tentando respirar, sabe por quê?

Henry não responde.

Regina— Por que assim que aparecesse na minha frente, eu enfiaria a minha tesoura de jardinagem no pescoço dele( grita)

Henry arregala os olhos, pois enxerga naquele momento a Evil Queen de volta.

Regina— Você tirou a virgindade da menina dele. Você foi irresponsável, inconsequente e infantil! Já imaginou se ela fica grávida?

Henry— Nós tomamos cuidado, eu não sou uma criança mãe!

Regina— Em poucas semanas você se envolveu com outra garota e quase transava com ela na minha casa, agora você é preso por estar com outra garota. Como isso não te torna uma criança inconsequente?

Henry— Simplesmente aconteceu.

Regina— Simplesmente aconteceu? Essas palavras não se encaixam nessa história toda! Não fale como se você tivesse derrubado outra vez o meu abajur de cristal com uma bola dentro de casa...Você tirou a virgindade da uma menina Henry. A Grace ainda é uma menina de 16 anos.

Henry abaixa a cabeça.

Regina— Olha pra mim( soca a mesa)

Henry a encara.

Regina—Desde que eu te trouxe pra minha casa eu prometi a mim mesma criar um homem de bem. Eu tive a oportunidade de modelar um ser humano, eu fiz de tudo por você. Fui rígida até quando eu não queria. Ou você acha que eu gostava de te privar de tanta coisa quando você era apenas uma criança? Eu te dei tudo Henry...Eu só não pude te dar mais carinho por que você não permitia que eu me aproximasse de você ou te abraçasse, mas...Tudo que eu tentava era te educar como se deve, quando eu era severa eu estava te preparando pra que você se tornasse um homem, eu sempre te alertava sobre incidentes, na verdade eu te alertei sobre tudo: Garotas, camisinhas, gestações indesejadas...Responsabilidades, mas parece que foi tudo em vão.

Henry— Não fala assim mãe, não faz isso!

Regina— Você está fazendo Henry! Você não pensou nas consequências da sua imprudência.

Henry— O que eu faço?

Regina— Você está me pedindo um conselho? Agora é tarde pra isso não acha? Você não disse que não é mais uma criança? Então assuma as suas responsabilidades.

Henry— Um dia você disse que me apoiaria sempre. O que houve com essa frase?

Regina— Ela deixou de existir quando você decidiu que os hormônios eram mais adequados que os ensinamentos que eu te dei

Henry— Foi uma coisa de momento.

Regina— Não( grita). Não foi coisa de momento! Quando a Emma flagrou você nó meu sofá, nós três conversamos. Você disse que compreendia a situação, me fez acreditar que estava ciente da responsabilidade que seria, se transasse com quem quer que fosse. Você foi alertado, agora aguente as consequências.

Henry engole seco.

Regina— Sabe de uma coisa Henry? Nada que você diga ou faça, justificará o que você fez com a Grace. Mesmo que ela tenha sido participativa nessa decisão! Você é o homem e era o responsável por parar. Não devia ter deixado acontecer! Você nasceu longe da floresta encantada, não compreende, mesmo tendo estudado tanto sobre nós , esqueceu tudo que aprendeu nos livros. Nossos costumes são diferentes, uma moça sem a virgindade perde o respeito, perde a dignidade, é apontada e perseguida pelas pessoas. Quando vocês estivessem num certo ponto, mesmo que ela insistisse, o que eu sei que não foi o caso, você devia ter dito não....Olha pra mim.

O garoto encara a mãe mais uma vez.

Regina—Você vai assumir as suas responsabilidades com a Grace. Vai ter que se comprometer com ela.

Henry— O quê?

Regina— Ela não é descartável Henry. Sei que você é muito novo pra casar, mas vai se comprometer com ela e com o pai dela.

Henry— Não vou. Foi só sexo(nervoso)

Regina— Não foi só sexo. Ela não pode ficar falada por toda a cidade por sua culpa. Você se tornou responsável por ela.

Henry— Você não pode decidir isso.

Regina—Está decidido, você vai se comprometer sim com ela, eu sou sua mãe e...

Henry— A minha mãe é a Emma.

Regina sente o baque da afirmação do filho. Henry se arrepende no mesmo momento que as palavras saíram de sua boca.

Na mansão Zelena e Roland estão na cozinha tomando sorvete.

Zelena— O seu tá bom?

Roland— Muito, é de chocolate. O seu é bom?

Zelena- É.

Roland— É de quê?

Zelena— Morango.

Roland— Deixa eu provar.

Zelena— Você não tem alergia a morangos não?( com uma sobrancelha erguida)

Roland— O que é alergia?

Zelena— Fique no seu sorvete de chocolate.

Roland— Tá certo. Depois vamos brincar?

Zelena— Você não se cansa não? Vou preparar uma maçã especial pra você.

Roland— Eu não gosto de maças, mas se é especial eu quero.

Zelena ri sem querer da inocência dele.

Zelena— Você é bem corajoso eu tenho que admitir.

Ele sorri, pega uma generosa colherada de sorvete, que passa por sua bochecha e cai na sua blusinha. Ele olha pra Zelena com os olhos arregalados.

Zelena— O que foi? É só uma mancha.

Ela o ergue, coloca sentado no balcão, tira a blusinha dele, pega alguns papeis toalhas, umedece-os e passa no rosto de Roland e na barriga do garoto.

Ela o encara e sente afeição pelo garoto. Ele se joga nos braços da ruiva que o abraça com força.

Roland— Tá emasgando.

Zelena— Esmagando.

Roland— É emasgando.

Zelena— Não, a palavra é es-ma-gan-do!

Roland— E-mas-gan-do!

Zelena— Esma...Ah deixa pra lá.

A ruiva o coloca no chão.

Zelena— Vai pra sala, eu já tô indo.

O garoto sai correndo.

Zelena— Como ele pode ter tanta energia?

A ruiva faz um movimento com as mãos e a blusinha de Roland tá limpa outra vez. Ela olha ao redor e percebe a organização da irmã.

Zelena— Deixa eu dar um jeito aqui antes que aquela histérica chegue e jogue uma bola de fogo em mim.

A ruiva movimenta as mãos mais uma vez e a louça some.

Ela se olha num dos espelhos do armário.

Zelena— Nossa eu tô horrível, preciso de um banho.

Ela vai até a sala e vê Roland entretido com os brinquedos.

Zelena— Eu vou tomar banho, você fica quieto?( tira os pequenos brincos de esmeraldas e coloca na mesinha da sala)

Roland— Fico.

Zelena— Eu já volto.

Ela vai subindo as escadas, olha mais uma vez pra o garoto e sela a porta da cozinha e da sala pra que ele não vá comer o que não deve ou fuja.

A ruiva toma um banho rápido e volta pra sala.

Zelena— Onde você está garoto?

Silencio total.

Zelena— Roland?

O garoto surge por trás da cortina e assusta a ruiva.

Zelena— Que susto garoto!

Roland ri e fica olhando pra ruiva.

A ruiva vai até a cozinha, desfaz o feitiço, bebe um pouco de agua e volta pra sala.

Ela chega a sala e se aproxima de Roland, que está parado perto da mesinha.

Zelena— O que foi?

O garoto não responde.

Zelena— Por que está tão quieto?( estranha)

Roland parece assustado.

A ruiva tenta ignorar, mas ao olhar pra mesinha percebe o que aconteceu.

Zelena— O que você...Cadê o meu brinco?

O garoto mostra a língua.

Zelena— Você engoliu o meu brinco?

Roland confirma.

Zelena— Ah meu Deus garoto, por que fez isso?

Roland— Eu só queria guardar na boca.

Zelena— Vem.

A ruiva o agarra e some na fumaça verde.

Na sala de interrogatório Regina olha pra Henry como se tivesse acabado de sofrer uma pancada.

Regina— Sua mãe é a Emma?( fala num tom bem baixo)

Henry— Me desculpa eu não quis...

Regina— Quis sim! Você quis dizer exatamente isso Henry! Vez ou outra você repete isso me causando uma dor enorme...Eu cansei.

Henry— Não(engole seco)

Regina— Eu cansei de ver você jogando na minha cara que não sou sua mãe.

Mesmo com a postura firme, as lágrimas começam a se formar nos olhos decepcionados de Regina.

Regina— Desde quando aprendeu a falar você tem me magoado, me desrespeitado, me humilhou diversas vezes na frente das pessoas. Você acordava no meio da noite chorando com febre, com dor de ouvido e eu cuidava de você com todo o amor que podia te dar e você me devolvia em desprezos e gritos. Eu passava noites acordada chorando por que não podia abraçar meu próprio filho. Pisou no meu coração mais vezes que eu possa me lembrar e eu sempre o perdoei na mesma hora por que eu te amo e por que eu queria acreditar que um dia...

A morena chora e causa um aperto no coração arrependido de Henry.

Regina— Eu acreditava que um dia você pudesse me amar.

Henry— Eu amo você!

Regina— Não, você não me ama Henry, você tem deixado isso bem claro desde que aprendeu a falar, sempre me senti culpada por todas as minhas crueldades e por isso eu sempre achei que eu merecia seu desprezo, achei que era uma espécie de castigo mas...Mas isso dói mais que qualquer coisa. E quer saber como eu me sinto? A cada vez que você nega a minha maternidade é como se uma espada atravessasse meu peito diversas vezes...E eu não vou mais permitir que você destroce o meu coração sempre que sentir vontade Henry. Eu nunca havia estado tão decepcionada com alguém como estou com você nesse momento( fala num tom baixo).Eu não sou a melhor pessoa do mundo, fiz coisas horríveis, torturei e persegui pessoas inocentes, amaldiçoei um reino todo...No meio de um passado tão desgraçado, havia uma coisa em que eu me orgulhava, mas isso acabou de cair por terra.

Henry— Mãe por favor me escuta.

Regina— Você disse tantas vezes que não sou sua mãe que nesse momento eu enxergo a verdade. Eu não sou sua mãe!

Regina sente uma dor indescritível ao soltar essa frase.

Henry— Por favor, me perdoa!( começa a chorar)

Regina— Não! Eu não te perdoo. E sabe por que Henry? Por eu acabei de enxergar que você nunca será capaz de me amar como ama a senhorita Swan. Você ama a mulher que não esteve presente quando você deu os primeiros passos, ama a mulher que não ouviu você falar a primeira palavra...Pra você eu não fui mãe, eu sempre fui a rainha má.

Henry— Você não é a rainha...

Regina— Sou sim, sempre serei a rainha má do seu livro. Uma mãe de verdade não precisaria se humilhar por migalhas de amor e é isso que eu tenho feito! Me humilhando pelo seu amor desde que te peguei a primeira vez.

A morena enxuga as lágrimas com as costas das mãos trêmulas.

Regina— Isso acaba agora! Hoje mesmo vou providenciar os papéis necessários pra mudar essa maldita realidade.

Henry— O que isso que dizer?

Regina— Nesse momento você deixa de ser um Mills.

A morena vai saindo, mas Henry fica na sua frente.

Regina— Saia da minha frente!

Henry— Não! Eu não quero deixar de ser seu filho.

Regina— Quer sim! Não se preocupe, não vou mais tentar forçar nenhum tipo de ligação. Não vou mais te obrigar a aturar a rainha má como sua mãe!

Henry fica em estado de choque.

Henry— Me perdoa mãe.

Depois de anos de insistência Regina estava desistindo dele?

Ele tenta abraçar a morena, mas ela se solta do abraço do filho e pela primeira vez nega um carinho a seu filho e Henry sente dor!

Regina— Adeus Henry Swan!

A morena sai da sala deixando Henry com as mãos na cabeça.

O garoto se ajoelha desesperado ao constatar o que acabou de acontecer. As palavras Henry Swan martelam e sua cabeça dói, ao ouvir pela primeira vez o seu nome associado a outro sobrenome. O modo que Regina falou, a palavra Swan soava como um palavrão.

Amy— Então eles já estavam vestidos?

Graham— Já, alguém viu a movimentação estranha e me ligou, quando eu cheguei eles já estavam se vestindo.

Regina surge chorando.

Graham— Regina, ele não está sob custódia, ele pode ir pra casa e...

Regina pega a sua bolsa e vai saindo.

Graham— O que eu faço?

Regina— Ligue pra família dele.

A resposta da morena surpreende a todos. Ela sai ignorando o caçador, o ladrão e a filha.

Amy- Deixem que eu vou atrás dela.

Amy corre pra poder alcançar Regina.

Robin— O que vai fazer sobre ele?

Graham— Eu não sei, esperava que a Regina me dissesse o que fazer.

Robin— Obviamente ela não tem condições de resolver nada.

Graham— Vou ligar pra o David, além de xerife assistente ele é o avô do garoto.

Os dois se encaram desconfiados.

Robin— Depois conversamos com a nossa mãe?

Graham apenas balança a cabeça dizendo que sim.

Lá fora.

Amy— Mãe!

Regina encosta no carro e chora.

Amy— O que houve?

Regina nem consegue responder e recebe o abraço extremamente carinhoso da filha.

Amy- O que aconteceu lá dentro? Ouvi gritos, mas...

Regina— Amy eu quero ficar só.

Amy- Eu não vou te deixar sozinha nesse estado!

Regina— Eu...

Regina se sente tonta e é amparada pela filha.

Amy— Mãe...Mãe o que está sentindo? Paiiiii.

Robin que vinha chegando corre pra perto e pega a morena nos braços.

Robin— Regina...Regina o que houve?

Amy— Coloca ela no carro, temos que levar ela ao hospital. Ela tá muito pálida!

Regina— Não, eu quero ir pra casa.

Amy— Mas...

Regina— Por favor , Amy.

A morena olha pra filha com os olhos inundados em lágrimas.

Amy— Tudo bem, vamos pra casa.

Robin e Amy a ajudam a entrar no carro e seguem pra mansão da rua Mifflin.

Zelena surge com Roland nos braços no meio do hospital

Zelena— Quem é médico aqui?( grita)

Snow— Zelena?( abismada)

Zelena— Cadê o pediatra dessa porcaria de hospital princesa?

Whale— O que está acontecendo...Zelena?

Zelena— Ele precisa ser examinado.

Whale— Eu...

Zelena— Agora!( fala autoritária, tornando os olhos esverdeados mais acesos, causando pavor em Whale que nem espera a segunda ordem, pega o garoto e entra em uma das salas)

Snow— O que fez com o Roland?

Zelena— Não é da sua conta princesinha mimada.

Zelena vai saindo e Snow se coloca na frente dela.

Snow— Por quê Zelena? Ele é apenas uma criança.

Zelena— Saia da minha frente antes que eu queime o seu pouco cabelo.

Snow arregala os olhos enquanto vê Zelena entrar na mesma sala que Whale.

Whale— O que aconteceu?

Zelena— Eu o envenenei.

Whale para de respirar.

Zelena— Ele engoliu o meu brinco.

Whale— Preciso bater uma radiografia...Tá sentindo alguma dor campeão?

Roland— Não.

Whale o prepara e o leva pra sala de radiografia.

Minutos depois retorna com o resultado.

Whale— O brinco é bem pequeno e não ficou preso em lugar nenhum, não representa perigo.

Zelena respira aliviada e olha pra o garoto que sorri.

Zelena— Ta certo! Como você vai tirar ele de lá? Cirurgia?

Whale— Eu não vou tirar o brinco.

Zelena— O quê?

Whale— Eu não posso fazer uma cirurgia desnecessária dessas. Roland é muito pequeno!

Zelena— E como eu vou recuperar o brinco? Ele é de esmeraldas. Vale mais que essa cidade(finge preocupação com o brinco)

Whale— Vai sair naturalmente!

Zelena— Naturalmente?

Whale— Sim.

Zelena— Você tá me dizendo que eu tenho que ficar vigiando o cocô desse garoto?

Whale— Se quiser o brinco de volta, sim!

Os dois olham pra Roland que coloca as mãozinhas no rosto e ri.

Na mansão.

Amy— Tem certeza que não precisa de mais nada?( ajuda a mãe se deitar)

Regina— Eu não quero atender ninguém.

A morena se deita com a mesma roupa que havia saído pra trabalhar.

Amy— Ta certo, qualquer coisa me chama!

A garota cobre a mãe e sai do quarto.

Na sala, ela encontra o pai.

Robin— Que situação.

Amy— O que será que aconteceu? Ela estava zangada quando entrou lá, mas quando saiu parecia destroçada.

Robin— Não sei. Mas ela é muito afetada pelas palavras do Henry.

Amy— Eu preciso saber o que aconteceu.

Robin— Não é bom forçar ela falar nada agora.

Amy— Acho que você tem razão pai.

Robin— Repete( sorrindo)

Amy olha pra o pai estranhando o pedido.

Robin— Repete a parte que você me chama de pai.

Amy sorri.

Amy— Você tem razão PAI.

Robin a abraça com força.

Robin— Você não sabe o quanto me faz bem ouvir essa palavra vindo de você.

Amy— Eu também me sinto bem chamando-a.

Robin— Que bom, por que eu quero ouvir mais vezes.

Amy— Pode deixar. Como pode ficar tão tranquilo com toda essa situação?

Robin— Se nós nos desesperarmos será pior.

Amy— Eu tenho medo pelo bebê.

Robin— Eles dois são fortes.

Amy— Eu espero que sim.

Robin— Ei...Eu soube que você anda soltando flechas de fogo é verdade?

Amy— É verdade. Depois te mostro o que eu tenho aprendido.

Os dois riem e ele beija a testa da filha.

Amy— Ah, eu preciso que me faça um grande favor!

Robin— Pode falar.

Amy— Eu tenho muita coisa pra fazer na prefeitura, mas eu não quero deixar ela sozinha. Eu vou buscar a documentação pra trabalhar aqui, você fica com ela enquanto eu volto?

Robin— Vamos fazer o seguinte, você me diz onde está a documentação e eu vou buscar. É melhor você ficar com ela!

Amy— Faria isso?

Robin— Claro.

Amy— Que ótimo!

A garota pega a chave da prefeitura e entrega a Robin.

Amy— Está tudo dentro de uma caixa azul, em cima da mesa dela.

Robin— Eu volto daqui a pouco.

Amy— Obrigada.

Robin vai saindo, vê alguns brinquedos espalhados no chão e se dá conta que algo está errado.

Robin— Amy?

Amy— Fala.

Robin— Cadê o Roland?

Amy— Ele tá com a babá.

Robin— Que babá? Eu não lembro da Regina ter falado que contrataria alguém.

Amy sorri.

Robin— Não, você não fez isso!

Enquanto isso na biblioteca das Belle conversa com a madre superiora.

Belle— Tem certeza madre?

Madre— Absoluta. Um unicórnio apareceu sem o chifre.

Belle— Ingrediente poderoso de uma maldição.

Madre— É sim!

Belle— Deve ser o Rumple. Ele é o único interessado nesse momento em fazer qualquer tipo de maldição.

Madre— Com certeza ele está agindo, mas por que deixar essa pista?

Belle— Ele quer que saibamos que ele está preparando algo terrível. Uma das características do senhor das trevas é aterrorizar.

Madre— Que tipo de coisa perversa ele está pretendendo?

Belle— Eu não sei, mas precisamos descobrir o quanto antes. Se ele completar qualquer maldição nesse momento, não teremos chance alguma. A salvadora no hospital e a rainha está fora de combate.

Madre— Por quê?

Belle— Ela está grávida.

Madre— Regina está grávida?( surpresa)

Belle— Está( sorri)

Madre— Será que a maldição tem alguma coisa haver com o bebê dela?

Belle— Ah meu Deus, é claro, talvez ele queira repetir o feito de Zelena.

Madre— Mas se for isso, ainda temos meses pela frente.

Belle— Mas enquanto isso ele reunirá todos os poderes que ele encontrar e aterrorizará Storybrooke. Precisamos tirar os poderes dele imediatamente. Vamos voltar aos livros.

As duas ficam tensas.

Na mansão Zelena chega com Roland nos braços.

Amy— Onde vocês estavam?( sentada no tapete da sala separando alguns blocos de papéis)

Zelena— Não vou ficar com esse garoto outra vez( o coloca no chão)

Roland corre e abraça Amy.

Amy— Tô vendo que se divertiram muito.

Zelena— Diversão? Esse garoto se sujou todo, fez uma bagunça enorme enquanto eu tentava dar banho nele e pra terminar engoliu o meu brinco de esmeralda.

Amy— O quê?( olha pra o garoto que sorri) Vamos levar ele ao hospital e...

Zelena— Estou vindo de lá, o médico de meia tigela fez um exame e disse que em algum momento eu terei o meu brinco de volta.

Roland— Eu engoli um brinco verde.

Zelena faz menção em pegá-lo, mas ele sai correndo pra cozinha.

Amy ri

Zelena— Não ria.

Amy— Como pode deixar uma criança perto de algo tão pequeno?

Zelena revira os olhos.

Amy— Olha pra sala.

Ela olha ao redor.

Amy— Os brinquedos dele não têm peças pequenas.

Zelena— Eu não sei cuidar de crianças.

Amy— Vai acabar aprendendo. Ficar com o Roland vai ser uma terapia pra você. Além do mais, daqui a pouco você vai ganhar outro sobrinho.

Zelena— Acha que quando essa criança nascer eu vou estar aqui? Quando tirarmos os poderes daquele idiota eu vou pra bem longe.

Amy— Ah, então já desistiu da vingança?

Zelena— Não seja inocente.

Amy— Tá bom, mas até lá vai ter que nos aturar.

Zelena— O que ela está fazendo aqui?( aponta pra escadas acima)

Amy— Como sabe que ela está aqui?

Zelena— O carro dela está aí na frente.

Amy— Mentira! Meu pai foi a prefeitura com o carro dela.

Zelena cruza os braços.

Amy— Fala.

Zelena— É uma espécie de conexão. Eu sinto a presença dela.

Amy— Ah que fofo( sorri)

Zelena— Não tem nada de fofo( finge indignação)

Amy— Ta certo não é fofo.

Zelena— Então? O que fazem aqui tão cedo? Aconteceu alguma coisa?

Amy— Aconteceu.

Zelena— Com ela?( franze as sobrancelhas)

Amy— Ela se sentiu mal por causa de um aborrecimento.

Zelena— Que tipo de aborrecimento?

Mesmo relutante Amy conta toda a história a Zelena.

Na casa de Snow. David e Henry conversam.

David— Henry.

Henry— Eu não preciso de criticas agora!

David— Não pode fazer uma coisa dessas e esperar que ninguém o critique.

Henry fica calado.

David— Por que deixou isso acontecer?

Henry— Eu quis...

David— O quê?

Henry— Eu sou apaixonado por ela e eu queria que ela se sentisse assim comigo.

David— Você havia me dito que ela tinha sentimentos por você. Por que acho que precisavam ter essa ligação pra que ela sentisse mais?

Henry— Eu queria que nós compartilhássemos algo especial.

David— Acha mesmo que foi especial pra ela?

Henry não responde.

David— A primeira vez dela foi dentro do carro do pai, agora acrescenta o flagra.

Henry— Eu sei que pisei na bola, eu queria voltar no tempo, mas não posso.

David— Não pode, mas precisa concertar essa burrada. A Grace precisará de você! O Jefferson não vai encarar essa situação tão calmamente. As pessoas vão falar dela!

Henry— Eu sei.

David— Está disposto a enfrentar o pai dela?

Henry— Eu preciso!

David— Bom! Isso é atitude de um homem. Vamos juntos conversar com ele e resolver como se deve: conversando!

Henry balança a cabeça confirmando.

David— Agora que essa parte está esclarecida...O que aconteceu com a Regina? Por que ela não te levou pra casa?

Henry— Ela...

David— Está com muita raiva?

Henry— Eu preferia que ela estivesse mesmo com ódio, mas é pior.

David— O que pode ser pior que o ódio dela?

Henry— Desprezo e decepção.

David— Não é pra menos, ela é mulher e compreende essa situação complicada.

Henry— Foi pior que isso.

David— O que aconteceu?

Henry— Ela começou a me criticar, disse que eu tinha que me comprometer com a Grace e eu fique nervoso e acabei dizendo a pior coisa que eu podia dizer a ela.

David— O que foi?

Henry— Eu disse que ela não podia decidir aquilo...Que a Emma quem era a minha mãe.

David— Ah Henry...Você não disse isso!( decepcionado)

Henry— Eu estava muito nervoso, eu não quis dizer aquilo.

David— Mas disse. Henry a Regina sempre foi vista como uma pessoa cruel, mas nunca poderão criticá-la numa coisa: a maternidade. Ela sempre foi uma mãe exemplar. Te deu tudo, te deu amor e uma educação que poucos têm a oportunidade de ter. Te deu um lar e te amou incondicionalmente. Como pode dizer uma coisa dessas?

Henry- Eu quebrei o coração dela vô. Ela disse que...

O garoto chora.

Henry— Ela disse que eu deixei de ser filho dela.

David— Ela estava magoada, nervosa e está grávida. Gravidez mexe muito com os hormônios das mulheres. Ela deve ter dito sem sentir de verdade.

Henry— Ela desistiu de mim.

David— Ela é sua mãe. Ela não vai desistir nunca.

Henry— Eu estou muito arrependido.

David— Nesse momento não significa muito não é?

Henry— Ela me disse coisas que me fizeram enxergar algo mais forte.

David— O quê exatamente?

Henry— A culpa da minha solidão era minha.

David— Por que diz isso?

Henry— Ela queria me dar amor, mas era eu quem não permitia que ela se aproximasse. Ela disse que não quer mais me obrigar a estar com ela.

David— Eu não sou fã da Regina, mas ela tem razão! Não podemos amar alguém que não se permite ser amado.

Henry— Todo esse tempo eu a culpei, mas foi tudo culpa minha.

Os dois continuam conversando.

Na mansão Regina está em sua cama chorando lembrando de seus momentos com Henry.

FLASHBACK ON

Após uma apresentação de teatro Regina se aproxima do filho.

Regina— Meu filho você estava lindo lá em cima, parabéns!

A morena tenta abraça-lo, mas o garoto se esquiva.

Henry— Eu quero dormir na casa do Victor.

Regina— O quê?

Henry— Ele me convidou pra dormir lá.

Regina— Henry você não pode dormir na casa de alguém que eu não conheço.

Henry— Mas ele é meu amigo aqui da escola. Eu já tenho 8 anos, quero dormir lá.

Regina— as eu não conheço os pais dele.

Henry— Você não quer conhecer ninguém, eu não posso ter amigos.

O pai do garoto chamado Victor chega perto.

Lucas— Deixe senhora prefeita. É só uma noite!

Regina— Não, eu não quero que ele durma fora de casa.

Henry— Por quê?( fala alto)

Regina- Fale baixo Henry.

Lucas— Prefeita...

Regina— Ele não vai e ponto final.

Henry— Você não quer que eu tenha amigos( começa a chorar)

Regina— Vamos embora.

A morena envergonhada segura firme a mão do garoto que esperneia enquanto grita pra todos que quisessem ouvir.

Henry— Você não é minha mãe...Não é minha mãe! Eu odeio você!!!!( grita muito alto)

O garoto puxa o braço com força e a empurra com força, que se desiquilibra e quase cai , mas é amparada por Graham.

A morena se sente humilhada.

Graham— Regina, o que houve?

Regina— Não foi nada.

Henry— Você é a rainha má.

Regina— O quê?(arregala os olhos)

Henry— Eu descobri tudo...Você é a rainha má.

Todos ao redor observam a cena.

Regina sente arrepios descontrolados passarem por seu corpo.

Regina— De onde você tirou isso?

Henry— Eu sei de tudo. Você é a rainha má, tentou matar a branca de neve!

Regina— Para com isso Henry.

Henry— Não...Eu odeio você. ODEIO VOCÊ RAINHA MÁ.

Regina fica em transe, entra no carro sob o olhar dos curiosos e acelera o carro, dá um cavalo de pau e foge dali.

Graham observa toda a cena e resolve seguir a rainha.

Regina dirige perigosamente, acelera cada vez mais. Graham a segue.

Na mente de Regina passam diversos momentos de sua vida, desde o dia em que conheceu Daniel, a primeira noite com o rei, a chegada de Henry, o afastamento dela com o filho.

Os gritos de Henry ecoam em sua cabeça.

Odeio você...Você não é a minha mãe..., Rainha má...Odeio você rainha má... Rainha má.

A morena chora e se perde nos gritos de seu filho, deixando-a distraída na direção.

De repente atravessa um animal na pista, ela tenta desviar perde o controle e bate o carro num poste.

Graham que vê a cena, acelera ainda mais e corre pra socorrer Regina.

Graham— Regina, você está bem?( afobado)

A morena respira forte.

Graham— Fala comigo!

Regina— Eu estou bem!

Ele ajuda ela sair do carro.

Graham— Você precisa ser examinada.

Regina— Não precisa. Eu estou bem!( fria e irritada)

Graham— Mas...

Regina— Apenas me leve pra casa. Depois eu peço pra alguém vir buscar o carro.

Graham— Tudo bem.

Ele a ajuda a entrar no carro.

Graham dá a partida.

Graham— Por que o Henry estava daquele jeito?

Regina— Por que eu não o deixei dormir na casa daquele alcoólatra.

Graham— Fez bem em não deixar. Ele bate na esposa. É muito perigoso!

Regina— Não quero falar sobre isso!

Graham— Tá certo. Tem certeza que está bem? Podemos ir ao hospital!

Regina— Eu aceito.

Graham— Aceita ir ao hospital?

Regina— Aceito me casar com você.

O caçador freia o carro.

Regina— Eu não quero mais me sentir sozinha.

Graham— Não vou deixar que se sinta mais sozinha.

Eles se dão as mãos.

FLASHBACK OFF

Regina chora lembrando os desprezos de seu filho.

Anoitece.

Amy está na sala mexendo em alguns livros.

Zelena— O que está fazendo?( se aproxima)

Amy— Tentando organizar esses documentos da prefeitura.

Zelena— E como você sabe organizar?

Amy— Minha mãe é extremamente organizada, ela separa por etiquetas coloridas, eu os identifico pelas cores.

As duas estão sentadas na sala quando Regina desce e como um fantasma ela entra na cozinha, sob os olhares das duas, pega um copo com agua, bebe a vitamina passada pela médica e vem voltando.

Quando faz menção em subir as escadas Zelena a interrompe.

Zelena— Ei, vai ficar amargurada desse jeito por causa de uma coisa ridícula dessas?

Regina— Zelena eu estou cansada! Não estou afim de discutir com você.

Zelena— Você está sendo uma idiota. Por que não dá uma surra nele como as mães fazem nesse reino moderno?

Regina— Não se meta Zelena( vai subindo, mas Zelena toma a frente)

Zelena— Sabe qual é o seu problema? Você não reage como se deve. Bota essa raiva pra fora Regina.

Regina— Me deixa em paz.

A ruiva impede mais uma vez a passagem da morena.

Amy— Zelena pára.

Zelena— Você mimou demais ele, por isso ele faz o que bem entende!

Amy— Vamos parar com isso!

Regina— Não venha me falar sobre como eu o criei, você não tem ideia do quanto foi difícil cria-lo sozinha.

Zelena— Então por que inventou de adotá-lo?

Regina— Você não sabe o que é ser mãe. Você não pode entender!

Zelena— Talvez. Por isso eu nunca quis procriar. Algumas não nasceram pra ser mãe. Você é uma delas Regina. Você definitivamente não nasceu pra ser mãe!

Amy— Zelena( a repreende)

O comentário causa dor em Regina que instintivamente coloca a mão no ventre. Zelena encara os olhos da irmã que rapidamente se umedecem de lágrimas. A morena empurra a ruiva e sobe correndo pra o quarto chorando.

Amy— Qual é o seu problema?(fala séria se aproximando de Zelena)

Zelena— Eu...

Amy— Como pode dizer uma coisa dessas pra ela? Ela tá grávida! Está extremamente fragilizada! Depois da Cora me arrancar dos braços dela, mesmo sem saber a verdade ela sentia o vazio, que só foi preenchido pelo Henry, ele trouxe algo pra ela, conforto e esperança, ela o ama mais que qualquer coisa nesse mundo e o hoje ele gritou pra ela que ela não era a mãe dele.

Zelena— Ele disse isso?( surpresa)

Amy— Disse sim.

Zelena— Ainda apoio a história da surra.

Amy— Olha Zelena, a minha mãe tá sofrendo aborrecimentos e muito stress. Estamos sob a ameaça do senhor das trevas...Ela não pode passar por essas coisas, eu tenho feito de tudo pra mantê-la tranquila. O que acabou de fazer a magoou profundamente, eu vi a dor nos olhos dela e isso me machuca.

Zelena não responde.

Amy— Eu trouxe você pra cá pra nós nos protegermos e por que você faz parte dessa família. Você é uma Mills e deve estar ao nosso lado. Estou insistindo pra que sejamos unidos, mas se é pra você ficar aqui magoando ela, principalmente no estado em que ela se encontra, eu prefiro aceitar a derrota. Você está livre pra ir embora( vai subindo as escadas)

Zelena— Está me expulsando?

Amy— Estou vendo que você está aqui contra a sua vontade e eu não vou permitir que ataque a minha mãe desse jeito. Eu achei que essa necessidade de ser grosseria era passageira, que vocês acabariam se entendendo, mas...Eu não vou permitir que ela sofra mais do que está sofrendo agora!

Amy sobe as escadas pra encontrar a mãe.

Zelena bufa impaciente e pensativa, resolve sair pra arejar a cabeça.

Depois de andar um pouco pelas ruas de Storybrooke ela vê uma cena peculiar, um homem seguindo pra casa de Snow com uma espada na mão.

Na casa dos encantados.

Henry está na sala ainda cabisbaixo quando Jefferson arromba a porta.

O garoto se levanta assustado.

Jefferson— Eu espero que você saiba que a sua morte será lenta.

O chapeleiro fala transtornado.

Henry— Jefferson eu...

Jefferson— Não quero ouvir suas explicações.

Ele fala se aproximando de Henry com uma espada na mão, imprensa Henry na parede com a espada encostada no pescoço dele.

Jefferson— Ela era uma menina, você abusou da minha filha( fala entre os dentes)

Henry— Me escuta( fala com dificuldade)

Jefferson— Não, eu não vou escutar. A única coisa que eu quero agora é ver seu sangue escorrendo na minha espada.

O chapeleiro se afasta, faz menção em golpear Henry, mas antes de acertar o garoto ele vê sua espada sumir da sua mão.

Ele olha pra Henry e nota o garoto com os olhos arregalados, olhando através dele.

Zelena— Pretendia mesmo atacar um garoto?

Jefferson se vira.

Jefferson— Zelena?( fala entre os dentes)

Zelena— Por que não briga com alguém do seu tamanho?

Jefferson— Me dê a minha espada!

Zelena— Eu posso devolver, mas ela vai voltar diretamente no seu peito o que acha?

Jefferson— Ele desonrou a minha filha.

Zelena— Ui...Ele desonrou!

Jefferson— Não faça piada do que não tem ideia Zelena. Minha filha agora será falada.

Zelena— Não estamos mais na floresta encantada chapeleiro. Eles são adolescentes e isso não é uma coisa do outro mundo.

Jefferson— Ela foi abusada por ele.

Henry— Isso não é verdade!

Zelena— Ele não abusou dela. Os dois transaram e pronto! Ela também participou. Por que vocês se apegam a valores tão fúteis? É só sexo. Essa história de virgindade não tem mais o mesmo valor de antigamente.

Jefferson— Isso não vai ficar assim( encara Henry). Você e sua mãe vão sofrer as consequências.

Nos segundos seguintes Jefferson se vê sendo jogado contra uma parede e garras saídas da parede prende seu corpo.

A ruiva se aproxima de Jefferson invadindo o espaço pessoal dele.

Zelena- Ameaçou minha família, me ameaçou. Se acontecer qualquer coisa com o meu sobrinho eu vou te caçar como um tigre caçando um cervo. E isso serve pra Regina também, encosta na Regina e eu arranco a sua cara com a sua tesoura de costura. Lembre-se que aqui o espaço é limitado, não tem pra onde você fugir.

Jefferson engole seco.

As palavras de defesa de Zelena surpreendem Henry.

Grace— Pai( chega afobada)

Todos olham pra garota.

Grace— O que está fazendo?

Jefferson- Eu vim defender a sua honra.

Grace— Para com isso pai. Eu já disse o que aconteceu! Por favor, solte ele( olha pra Zelena)

A ruiva faz um movimento e o chapeleiro se livra das garras.

Jefferson— Grace, ele te persuadiu e...

Grace— Ninguém me persuadiu. O que aconteceu foi decisão de nós dois.

Jefferson— Filha você não entende.

Grace— Quem não está entendendo é você. O corpo é meu e a decisão é minha. O Henry e eu nos gostamos! Nós estamos namorando e juntos decidimos dar o próximo passo.

Henry— Ela tem razão Jefferson, não vou abandoná-la como se ela tenha perdido algum valor.

Os dois dão as mãos.

Henry— Eu quero a sua filha. Ainda somos jovens pra pensar em casamento, mas eu quero me comprometer com ela.

O chapeleiro olha com raiva pra Henry e depois da Zelena.

Jefferson— O que as pessoas vão falar de você?

Grace— A opinião dos outros não interessa. A dona Regina foi apontada diversas vezes e soube contornar tudo muito bem. As pessoas sempre vão falar, com ou sem motivos.

Henry— O que importa é que não vamos nos afastar um do outro. Só vou me afastar dela se me matar.

Zelena ergue uma sobrancelha e fica impressionada com a coragem de Henry.

Jefferson- Grace...

Grace— Eu não vou me separar do Henry.

Zelena— Como se sente sendo repreendido por sua própria filha?

Jefferson— Espero que saiba o que está fazendo.

Jefferson sai derrotado.

Zelena— Tchau chapeleiro.

Solta um beijo no ar pra Jefferson.

Os dois adolescentes se beijam.

Grace— Me desculpe por isso.

Henry— Não se preocupe, na verdade eu quem te devo desculpas pela confusão toda.

Grace— Não se preocupe, foi emocionante. O que você disse está de pé? Sobre compromisso?

Henry— Com certeza! Estamos comprometidos.

Os dois se beijam mais uma vez.

Zelena— Já chega

A ruiva conta o clima.

Zelena— Vai pra casa acalmar o seu pai, eu preciso conversar com o seu namoradinho.

Grace— Nos vemos depois.

Eles se despedem.

Henry— Zelena, muito obrigado, eu...

Antes que ele termine a frase a ruiva agarra a orelha de Henry.

Zelena— Onde estava com a cabeça seu moleque tarado?( puxando com força a orelha do garoto)

Henry— Aiii...Me solta...

Zelena— Como fez uma coisas dessas seu idiota?

Henry— Eu gosto dela.

Zelena— Não estou falando disso.

Solta o garoto.

Zelena— Você disse a Regina que não é filho dela?

Henry não responde.

Zelena— Responde tarado juvenil!

Henry— Eu disse sim, mas me arrependo amargamente.

Zelena— Seu garoto estúpido, aquela bruxa fez de tudo por você seu ingrato inconsequente.

Henry— Eu sei disso Zelena, eu me arrependi na mesma hora que eu disse. Eu amo a minha mãe.

Zelena— É mesmo? É um belo modo de provar.

Henry— Eu vou pedir perdão de joelhos, vou implorar, mas eu a conheço, não vai adiantar.Ela desistiu de mim.

Zelena— Eu também desistiria de você. Você não faz ideia dos sacríficos que ela fez pra te criar idiota. Você se gaba tanto de ser filho daquela loira azeda...Ela abandonou você num orfanato.

Henry fica sem resposta.

Zelena— Tirando toda essa história de magia e de reinos, a sua mãe biológica te largou no orfanato jogado a própria sorte. Qualquer um podia ter te adotado e mesmo que ela tenha dito que foi pensando em você, ela te abandonou e isso não se pode negar. Por outro lado, a Regina sempre te protegeu e te amou como pôde. Mesmo sabendo que você era fruto da salvadora, mesmo assim ela ficou com você. Agora é muito fácil chegar e se dizer sua mãe. A Emma não foi sua mãe quando você precisou de cirurgia quando tinha três anos e a Regina passou várias noites sem dormir com você no hospital.

Henry— O quê?( surpreso)

Zelena— A Amy me contou. Você sofreu uma queda e precisou de uma cirurgia no braço, ela passou noites acordada por que você não conseguia dormir. Ela aguentou todas as suas humilhações, passou por todas as etapas difíceis e agora você diz que mãe é a Emma?A sua mãe é a Regina , que te criou desde o dia que ela te adotou. Ela te deu um nome, um lar e te deu a chance de se tornar alguém. Ela chegou à mansão arrasada. Eu espero que saiba que você magoou profundamente a única pessoa que sempre te amou incondicionalmente.

Henry— Eu vou agora falar com ela.

Zelena— Não. Ela não quer ver ninguém agora. Fique aqui com o seu remorso e reze pra que um dia ela te perdoe, por que eu jamais te perdoaria.

A ruiva some na sua habitual fumaça verde.

Na mansão Amy e Robin conversam.

Amy— Então foi tudo um mal entendido?

Robin— Foi, eu tentei esclarecer tudo pra sua mãe, mas não deu tempo nos acertarmos. Quando estávamos conversando você chegou com a história do Henry.

Amy— Não se preocupe, sei que vocês vão se acertar.

Robin— Eu espero que sim.Ah, tem alguém que quer muito conhecer você.

Amy— Quem?

Robin— A sua avó Isabel!

Amy— Eu também quero muito conhece-la. Por que não marca pra amanhã?

Robin— Tudo bem.

Zelena surge no meio da sala assustando os dois.

Robin— Por que não usa a porta como gente normal?

Zelena— Aqui é uma casa de bruxas, isso é o nosso normal!

Robin— Eu já vou indo filha. Qualquer coisa me liga.

Robin se despede de Amy e sai.

A garota continua mexendo em alguns livros.

Zelena— Como está a sua mãe?

Amy— Está dormindo. Ela estava muito agitada, então eu dei um chá de camomila pra ela com algumas gotas de calmante que a médica dela passou.

Zelena— É bom ela dormir. O dia foi cheio.

Amy— E pra completar a noite ,você deu a ela mais uma dose de desgosto.

Zelena não responde.

Amy— O que veio fazer aqui?( tenta se manter fria)

Zelena— Eu não costumo admitir nada, mas...

Amy— Mas o quê?

Zelena— Eu passei dos limites.

Amy— Passou sim. O Henry causou uma dor terrível a ela e você simplesmente enfiou o seu dedo verde na ferida aberta.

Zelena— Eu sei. Não devia ter dito aquilo com ela.

Amy— Você está se desculpando?

Zelena— Sim!

Amy— Mas eu não ouvi!

Zelena— Me desculpa(revira os olhos)

Amy— Nossa, estou impressionada.

Zelena— Eu também.

Amy sorri pra Zelena que não reage.

Amy— Eu só te peço que não a magoe . A minha mãe é tudo pra mim Zelena.

Zelena— Eu vou fazer o possível.

Amy— Obrigada.

Amy pega outro livro.

Zelena— Onde está o pestinha?

Amy— Finalmente dormiu!

Zelena— Se ele for ao banheiro preste atenção.

Amy— Ta certo.

Zelena— Então, eu posso ficar?

Amy— Ficar onde?( se faz de desentendida)

Zelena— Eu vou poder ficar aqui?

Amy— É claro que pode(Olha pra os livros pra não demonstrar interesse, pra que a ruiva não perceba)

Zelena— O que está fazendo?

Amy— Tentando entender esse exercício que a minha mãe passou.

Zelena se senta perto e surpreende Amy.

Zelena— Deixa eu ver isso.

A bruxa má olha o exercício.

Zelena— Essas são as silabas. Você já tá nas sílabas?

Amy— Minha mãe disse que eu aprendo rápido.

Zelena— Bom, ela tem razão. É o seguinte...

Zelena dá aulas de português a Amy até tarde da noite, com direito a lanche feito pela ruiva. A garota não pode ficar mais feliz.

Pela madrugada a ruiva acorda, vê Roland deitado ao seu lado e sorri. Se levanta bem devagar e vai pegar água. Na volta pra o quarto ela percebe a porta do quarto de Regina está entreaberta. A ruiva se aproxima, entra no quarto, senta bem devagar perto dela e a observa por alguns segundos. O sono indefeso de Regina, a mão da rainha protegendo inconscientemente o ventre e a serenidade da morena afeta suas emoções e sua mente é invadida pelas cenas de todas as brigas e discussões que teve com a irmã. A ruiva afasta uma mecha de cabelo que estava caída no rosto de Regina e a coloca por trás da orelha da morena.

Amy vinha passando vê a cena e vibra, mas sai antes que a tia perceba.

Zelena se levanta devagar, cobre a irmã e alisa o rosto da morena mais uma vez.

Zelena— Boa noite sua encrenqueira( sussurra pra que a morena não escute)

A ruiva sai do quarto de Regina bem devagar e volta pra seu quarto.

Três semanas depois.

As coisas continuam tensas em Storybrooke, Henry agora mora com os avós. Emma está quase totalmente recuperada, mesmo tentando de todas as formas unir mãe e filho, as respostas e comportamentos de Regina se mostram irredutíveis ao perdão que Henry tanto procura. Mesmo com várias tentativas de Henry, Regina não aceita ver o filho e tenta evitar o máximo tocar no nome do garoto, mesmo que a noite ela chore de saudades do seu pequeno príncipe. Alguns monstros curiosos apareceram causando pavor a cidade, mas a salvadora conseguiu afugentá-los com a ajuda de Amy que tem se mostrado cada vez mais forte. A família Mills/ Hood está ficando cada vez mais forte, posto que Isabel mima Amy e Roland cada vez mais. Por outro lado Gold ainda se mantem recluso, mesmo tentando de todas as formas atacar as Mills. A formação do bebê de Regina está cada vez mais perfeita, causando orgulho dos pais, que mesmo sem saber ainda o sexo, ambos vibram a casa visita a obstetra, a morena continua seguindo a risca todas as recomendações da medica. A relação de Regina e Zelena tem evoluído a passos lentos, mesmo que vez ou outra as duas queiram se matar.

Chegando a mansão.

Regina— Devagar...Devagar...Pronto!

Amy— Eu consegui!( empolgada)

Regina— Não acredito que já sabe estacionar com tanta precisão.

Amy— Tô adorando as aulas.

Regina— Que bom filha!

As duas descem e entram em casa e já escutam um barulho vindo da cozinha.

Regina— Mas o que será isso?

As duas chegam a cozinha e presenciam uma cena hilária.

Roland coberto de pó de chocolate e Zelena quase está irreconhecível, toda coberta com farinha de trigo.

A cozinha está um verdadeiro campo de batalha.

Regina— Mas o que está acontecendo aqui?( finge indignação)

Zelena e Roland apontam um pra o outro.

Roland tosse o pó do chocolate.

Zelena— A culpa é desse garoto. Me perturbou quase o dia todo por um bolo, quando comecei a preparar ele começou a jogar coisas em mim.

Regina— Você está medindo força com o Roland? Quantos anos você tem? Cinco?

Zelena— Esse garoto não passa de um adulto preso num corpo pequeno.

Amy ri com a situação.

Regina— Limpem a minha cozinha.

Quando a morena dá as costas ela sente uma pressão e percebe que foi atingida por um punhado de chocolate na cabeça.

Regina— Não, não é possível.

Quando a morena se vira Zelena está com uma das mãos cheias de pó de chocolate.

Regina— Você não fez isso!( fala entre os dentes)

Amy observa calada, segurando um sorriso.

Zelena— Eu fiz!( sorri de forma diabólica). O que vai fazer irmã?

Regina avança pra Zelena e a derruba no chão, as duas bolam no meio da farinha.

Roland— Guerra de comida( grita)

O garoto aproveita toda a situação e suja Amy também.

O caos está formado. Os quatro estão no chão, cada um se defendendo como pode, mas acabam ainda mais melecados que possam imaginar. Zelena e Regina se divertem mais do que queriam admitir. Mesmo se engalfinhando no chão as duas não se machucam de verdade, apenas se sujam ainda mais a outra com os ingredientes do bolo.Algumas horas depois Regina chega a sala tomada banho e encontra Amy e Zelena também tomadas banho.

Zelena— Ainda tem chocolate no meu ouvido.

Regina— Espero que tenha aprendido a lição.

Zelena— Eu? Você apanhou.

Regina— Você apanhou.

Amy— Ninguém apanhou.

Alguém toca a campainha.

Amy atende.

Zelena— Cadê o menino?

Regina— Ta assistindo no seu quarto.

Zelena— Por que no meu e não no seu?

Regina— Por que estranhamente ele gosta um pouco de você e se sente a vontade lá.

Amy— Emma? Que surpresa!

Emma— Oi Amy.

As duas se abraçam.

Amy— Como você está?

Emma— Melhor impossível.

Amy— Alguma novidade?

Emma— Tenho notícias sobre os nossos assuntos.

Amy— Sério?

Emma— Confirmei tudo hoje. Cadê a sua mãe? Precisamos conversar com ela.

Amy aponta pra sala.

Emma— Como vão as minhas meninas favoritas?

Amy— Tentando se matar como sempre.

Emma e Amy seguem pra sala.

Regina— Você é mesmo muito prepotente.

Zelena— E você é uma iludida.

Roland está no meio das duas.

Amy— Qual é a discussão agora?

Regina— Essa louca acha que o Roland gosta mais dela do que de mim.

Amy e Emma se olham.

Regina— Roland, de quem você gosta mais?

Zelena— Diz a ela que é de mim.

Regina— Fala Roland.

O garoto não sabe como se comportar.

Roland— Memy( faz bico olhando pra Amy)

Emma— Vocês não tem vergonha de fazer essa fofura sofrer?

O Roland abraça Emma.

Amy— Roland, vai montando o quebra cabeça, eu já tô subindo pra te ajudar tá?

Roland— Ta bom.

Roland sai correndo.

Zelena— Se for ao banheiro me avisa.

Regina— Você não vai recuperar esse maldito brinco. Por que não desiste?

Zelena— Você...

Emma— Por mais que eu adore assistir vocês se digladiando,precisamos conversar urgentemente.

Regina e Zelena compreendem a gravidade e se sentam.

Emma— A Belle finalmente encontrou um dos encantamentos para extrair os poderes do Gold.

Regina— E cadê?

Emma— Está num livro bem velho da família Mills, mas tem um pequeno problema.

Zelena— Pequeno?

Amy— Na verdade é um pouco grande.

Regina— Você sabe do que se trata?

Amy— A Emma me contou hoje, elas estavam pesquisando pra poder ter certeza.

Regina— Certeza de quê?

Emma— Esse encantamento é específico, precisa de três Mills.

Regina— Nós temos as três Mills.

Amy— Mills Completas.

Zelena arregala os olhos e encara Emma e Amy.

Regina— O que isso quer dizer?

Zelena— Não é possível.

A ruiva se levanta e anda de um lado pra o outro.

Regina— O que isso quer dizer Zelena?

Amy— Você conta ou eu conto?

Regina se levanta.

Regina— Fala de uma vez Zelena.

Zelena— Eu não estou completa.

Regina— O que quer dizer com...Ah meu Deus( coloca a mão na testa) É o seu coração!

Zelena confirma.

Regina— Eu não acredito.É por isso? Por isso toda essa frieza não é?

Zelena— Eu sou assim por natureza.

Regina— Não, não é! A nossa mãe fez coisas horríveis por que há muito tempo ela não usava o dela sua imbecil.

Regina grita surpreendendo a todos na sala.

Zelena— Para de gritar sua histérica.

Regina— É por isso que você não aceita o meu amor de irmã.

Zelena se surpreende com as palavras de Regina.

Regina— Por mais que eu tente me aproximar de você, não adianta. Você não sente nada!( constata triste)

Zelena— Isso não é hora pra isso( cruza os braços)

Regina— A ausência do teu coração te faz criar um muro entre nós! Não deixa que eu me aproxime de você.

As irmãs se olham e começam a compreender a distancia entre elas.

Emma— Olha, eu sei que vocês ainda tem muito o que conversar, mas nesse momento precisamos ter foco.

Regina— Onde esta o seu coração?

Zelena fica calada.

Regina— Onde está o seu coração bruxa esverdeada?( grita)

Zelena— Para de gritar, eu tô bem aqui na sua frente.

Regina- Está em Oz não é?

Zelena— Está.

Amy— Onde está exatamente?

Zelena— Eu não vou dizer onde...

Emma— Ei sua doida! Será que você não percebe que é o único modo de derrotarmos o Gold? Precisamos do clã Mills. Precisamos que seu coração esteja no seu corpo pra magia poder funcionar por completo.

Zelena— Do que adianta saber onde está? Não podemos mais atravessar portais. Depois que saí de Oz eu não puder ter qualquer tipo de contato com quem quer que seja de lá, por mais que eu tenha tentado.

Regina— E com quem você queria ter contato lá?

Zelena— Não te interessa curiosa!

Emma— O amor verdadeiro dela!

Regina— O quê?( fala mais alto que gostaria)

Zelena— O que sabe sobre isso salvadora?( com as mandíbulas trincadas)

Emma— Pouca coisa, mas espero que você me conte tudo!( se diverte com a expressão de indignação de Zelena)

Regina— Você tem um amor verdadeiro? Como pode ser isso?

Amy— Genteee( bate palmas)

Emma, Regina e Zelena olha pra garota.

Amy— Prestem atenção! A Belle e a Emma conseguiram encontrar um feitiço que pode abrir um portal. É um feitiço limitado! O portal só fica aberto em poucas horas.

Regina— Como conseguiu achar esse feitiço?

Emma— Digamos que a sua vó foi uma feiticeira muito criativa. Foi preciso a ajuda das fadas, de uma loba e da nova Mills( olha pra Amy), pra descobrirmos os enigmas. Ele é muito complicado de ser feito, mas conseguimos reunir quase todos os ingredientes, temos que agir rapidamente.

Zelena— Não é uma boa ideia.

Amy— É a chance que temos pra derrotar o Rumplestiltskin. O encantamento do pergaminho está protegido por algo muito forte, depois de tentarmos de todas as formas nós não o encontramos. Mesmo que achássemos, ele só pode ser realizado por quatro descendentes Mills. O bebê vai demorar nascer e até que atinja certa idade pra podermos fazer o ritual vai demorar muito. Até lá o senhor das trevas nos atacará. Ele está se preparando pra atacar.

Emma— Precisamos agir agora.

Regina— E quem vai atravessar o portal?

Emma— Eu vou.

Regina— Eu quero ir.

Emma— Não. Você não pode! Pode ser perigoso pra o bebê.

Regina— Você vai sozinha?

Emma— Não( sorri meio desconfiada) O David vai.

Regina— Quem mais?

Zelena— Eu vou.

Amy— Você também não pode.

Zelena— Por quê?

Amy— Por que...

Amy e Emma se olham.

Regina— Amy?

Amy— Ela precisa ficar aqui pra te proteger mãe.

Regina— Me proteger? Eu não vou...Espera um momento( compreende as intenções das duas)

Emma— Você estendeu não é?

Regina— Ela não vai com você Emma.

Amy— Mãe...

Regina— Não Amy. Eu não vou deixar que você atravesse um portal, sem eu ter a certeza de que você vai voltar.

Emma— Ah e eu posso ir né Regina?

Regina— Você deixaria seu filho ir?( cospe as palavras com dor ao deixar claro a sua posição sobre Henry)

Emma— É...É..Diferente( gagueja)

Regina— É diferente por quê? O medo é o mesmo.

Amy— É diferente por que eu sou o ultimo ingrediente que falta. Eu preciso ir mãe. O portal só funciona com uma Mills.

Regina balança a cabeça de forma negativa.

Amy— Preciso que confie em mim.

Zelena— Eu atravesso o portal.

Amy— Não, eu preciso que fique aqui com a minha mãe.

Zelena e Regina se olham.

Amy se aproxima.

Amy— Zelena eu preciso de você!

Zelena revira os olhos.

Amy— Isso foi um sim?

Zelena— Foi( torce os lábios)

Regina— Ela não precisa dizer que vai me proteger por que você não vai.

Regina sai da sala e vai pra cozinha. Emma a segue!

Emma— Regina, você me disse que teme pela vida dos seus filhos.

Toca no ponto sensível da rainha.

Emma— Nós podemos proteger o futuro deles?

Regina— Levando a minha filha pra um perigo iminente?

Emma— Olha, eu sei que está com medo.

Regina— Medo eu tenho de rato. Eu estou apavorada!

Emma— Sei que apavorada, mas eu te prometo que vou proteger ela com a minha vida.

Regina cruza os braços e bate o pé no chão.

Regina— Eu acabei de recuperar ela.

Emma— Eu sei disso.

Regina— Não vou suportar se eu perder ela.

Emma—Você não vai perdê-la. Isso eu te prometo! Ela é a nossa chance de acabar de uma vez com o Gold.

A morena respira fundo.

Emma— Olha pra mim.

A rainha encara a salvadora.

Emma— Sendo sua filha, a Amy está predestinada a ser uma feiticeira extraordinária! Ela é forte igualzinha a mãe!

Regina respira forte e solta uma respiração pesada.

Depois de muito argumentar elas conseguem convencer a morena deixar Amy atravessar o portal.

Estão na floresta: Regina, Zelena, Amy, Emma, Hook, a madre superiora, Ruby, Snow, David e Henry, que vem ou outra tenta olhar pra Regina, que se mantem firme ignorando o filho.

Depois de acrescentar os ingredientes num circulo desenhado no chão, uma pequena energia começa a fluir do circulo.

Zelena se aproxima.

Zelena— Está próximo ao castelo do mágico, enterrado aos pés da mais alta arvore de maçã verde( tira um colar simples e entrega a Emma) Esse colar vai quebrar o feitiço de proteção.

Emma— Tá certo!

Zelena— Se encontrar por acaso alguém chamado Noah...Diga que...Diga que...

Emma— Que você não o esqueceu?

Zelena— Não diga nada!

Amy se aproxima.

Amy— Zelena, mais do que nunca eu preciso de você.

Zelena- Eu sei.

Amy—Promete que vai proteger a minha mãe? Promete?

Zelena— Prometo!

Amy abraça Zelena com força.

Regina abraça a filha mais uma vez.

Regina— Eu te amo.

Amy— Eu te amo mãe.

Henry observa a cena com ciúmes.

Regina— Traga a minha filha de volta Swan.

Emma— Eu prometo!

As duas se abraçam rapidamente.

Emma e Hook se abraçam e se beijam.

Todos se despedem.

Amy toca o circulo e ele aumenta potencialmente a energia e é aberto o portal.

Amy, David e Emma dão as mãos e pulam dentro do portal, deixando todos pra trás apreensivos. O portal se fecha!

Algum tempo depois eles sentem um baque muito forte.

Amy— Aii( alisa as costelas)...Conseguimos!( se anima)

Emma— Parece que sim( fazendo careta alisando o braço)

David olha ao redor.

David— Conseguimos sim. Estamos em Oz!

Os três ficam de pé, mas logo são surpreendidos por uma jovem com uma espada na mão.

Amy— Olá, fica calma eu...

Rebecca— Quem são você?( fala entre os dentes)


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Notas finais do capítulo

Comentem heinnnn?