Minha menina escrita por Deh


Capítulo 2
Amanda


Notas iniciais do capítulo

Então aki está, um capitulo narrado pela jovem Amanda, espero que gostem de entrar na mente dela, divirtam-se *-*



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Eu não podia acreditar, mamãe iria para o exterior a trabalho, por tempo indeterminado. Claro que não estou feliz por isso, nunca ficamos tanto tempo longe, é logico que esse trabalho dela vai durar muito tempo, e ainda por cima terei que ir morar com meu pai.

Não fico triste dela ir só porque terei que ficar com meu pai. É que sempre fomos tão unidas, e agora acontece isso? Sem dúvida não sei nem ao menos o que sentir. Não que não goste do meu pai, pelo contrário eu o amo, mas digamos que nossa relação é bem complexa. Para mamãe é tão fácil me colocar em primeiro lugar, já para o papai sempre estou em segundo plano, para não falar em terceiro ou quarto. Meu pai ama o seu trabalho, e como mamãe já me disse inúmeras vezes e eu sei ele me ama, mas é que as vezes fica tão difícil competir com seu trabalho e ainda por cima sua namorada, que é mais fácil eu fazer que não me importo, é mais fácil eu fugir dele do que esperar que ele me veja sempre.

“Nanda acorda” ouço mamãe me chamar, é perceptível o tom melancólico em sua voz. Ela se assusta ao entrar e já me ver arrumada sentada na cama, “Já está pronta?” ela diz se sentando ao meu lado, claramente ela estava surpresa, eu apenas faço que sim com a cabeça, “Tem certeza que a senhora tem que ir?” eu pergunto a ela, ela me abraça “Infelizmente sim querida, mas não é o fim do mundo” ela diz essa última parte tentando me animar, mas como posso se nem mesmo ela se sente feliz? “Amanda” ela diz chamando minha atenção, “Eu não sei se poderei estar sempre em contato com você, mas quero que você saiba que haja o que houver eu te amo”. “Eu sei mamãe, eu também te amo”.

Ela estava dirigindo em direção a minha escola, ela me deixaria lá e deixaria minhas coisas na casa do meu pai. “A senhora vai estar aqui quando a aula acabar?” ela parece respirar fundo e observo ela apertar as mãos no volante “Não, eu já terei partido, mas pedirei ao seu pai, para lhe buscar” ela diz meio que tentando me confortar, mas por que eu não me sinto confortável com isso? Porque eu quero pedir ela para parar esse carro e não ir para esse trabalho idiota? “Chegamos” ela anuncia ao parar, “É” respondo meio que sem vontade de usar meu sarcasmo matinal. Ela se vira no banco e me abraça, um abraço um pouco desajeitado, mas que já me faz sentir segura, “Você ficara bem” ela finaliza me dando um beijo na testa, quando estava prestes a sair ela diz sorrindo “vê se tenta não deixar ninguém louco”. Eu respondo forçando um sorriso “Vamos ver”.

Geralmente até que a escola é suportável, mas hoje realmente sinto uma enorme vontade de pôr fogo na escola, oh sim seria divertido, exceto pelo fato que eu seria processada. O pior de tudo é que as horas não passam, e eu ainda tenho que ficar ouvindo a voz chata da professora de matemática. Pelo menos no próximo horário, é aula de francês. Uma coisa que eu amo são idiomas e ciências humanas, adoro matérias na área das humanas.

Não me acho nerd, mas mesmo assim há quem me chame assim. Apenas estudo o que tenho dificuldade e pesquiso coisas que acho interessante. Não sou de ter amigos, embora tenho vários colegas. Acredito que amigos são pessoas em quem confiamos nossa própria vida, enquanto colegas apenas nos socializamos e conversamos. Não sou popular, embora seja muito conhecida na diretoria. Não dou tanto trabalho assim, é só que as vezes falo o que não deveria e uma ou outra vez já me pegaram participando de guerra de comida. Sorrio ao lembrar, sempre que vou para a diretoria eles ligam para mamãe, e ela fica furiosa comigo. A última vez que ligaram para ela, ela não pode vir, e mandou papai, meu Deus, aquela foi sem dúvida a pior de todas as vezes, além da professora e da secretaria darem em cima do meu pai, o diretor ainda me chamou de delinquente juvenil, o que só deixou papai com mais raiva de mim. Tanto é que como ele ficou comigo, ele me deixou de castigo, e como se isso não fosse o suficiente ainda deixou Beth tomando conta de mim, bem logicamente aproveitei a oportunidade para estressa-la, porém esse foi o meu erro, ela fez minha caveira para papai. Que ficou ainda mais bravo comigo, começamos a discutir, ele disse que eu ficaria de castigo por tempo indeterminado, e eu sem mesmo perceber soltei que ele não era minha mãe e não tinha esse direito, foi então que pela primeira vez em minha vida ele levantou a mão para mim, ele não terminou o que estava prestes a fazer, apenas me mandou para meu quarto, mais tarde mamãe me buscou. Sei que eles haviam conversado, pois quando eu cheguei mamãe estava com a cara fechada, e papai não tinha o rosto muito amigável. Tratei logo de espera-la na porta. Lembro-me dela me dar o gelo durante todo o caminho e o jantar, apenas quando já estava deitada ela foi até mim conversar.

“Você não deveria ter dito aquilo Amanda” ela disse ao se sentar na cama, “Eu sei mãe, foi só que escapuliu” eu disse forçando um sorriso, mas ela não estava satisfeita “Você deveria ter pensado antes de falar, aliás você deveria passar a fazer isso mais vezes” ela realmente parecia decepcionada comigo, mas continuou em um tom mais severo e posso dizer até meio sombrio “Seu pai tem tanto direito para te castigar quanto eu. Não quero que jamais você diga aquilo ou qualquer coisa do gênero”. Eu meio que não sabia o que responder “Mas mãe...” ela me olhou, com aquele olhar cala que agora eu estou falando “Sem mas, Amanda. Isso é uma ordem, e não quero mais saber de implicâncias com a namorada do seu pai.” Oh sim, até mesmo em minha casa aquela chata poderia me incomodar, “Até a senhora vai defende-la agora?” “Eu não estou defendendo ninguém, apenas você.” Foi isso que ela me disse antes de se levantar e sair do meu quarto.

Bem desde aquele dia, eu não apronto nada na escola, e olha que já tem quase um mês, mas desde aquele dia que eu não volto a casa do meu pai e também não o vejo. Os dias que ele iria me buscar colidiram com os dias que ele estava trabalhando, e esse seria mais um final de semana sem me ver, pois de acordo com meus cálculos Beth estaria na cidade, e ele havia claramente me trocado por ela. Distraída olho as horas, meu Deus, apenas cinco minutos para a aula acabar, então provavelmente papai está lá fora me esperando.


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Notas finais do capítulo

Então??? Aguardando os comentários
Bjss e até breve