Minha menina escrita por Deh


Capítulo 14
Emily


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal aqui estou eu.
Notaram que o capitulo hoje está enoooorme? Infelizmente isso é sinal de que a história já está quase chegando ao seu desfecho, então aproveitem *-*



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Após alguns dias para me recuperar, finalmente volto a trabalhar. Nunca pensei que ficaria tão feliz em sentar na minha cadeira. Foi um pouco engraçado a reação das pessoas ao me verem, já que eu supostamente estava morta. Mas, a parte boa acaba quando reparo na enorme pilha de papeis em minha mesa, com certeza esse seria um longo dia.

Algumas horas depois de ler alguns das dezenas de relatórios dos meus adoráveis subordinados, noto um caso ainda em aberto que chama minha atenção, então claro vou até a porta do meu escritório e digo “Mills na minha sala agora” sorrio enquanto aguardo ele chegar, ser chefe até que tem suas vantagens. “Sabe Emily, se eu não soubesse que você ama o Hotchner eu até acharia que você me ama” eu o encaro “Ainda bem que você não sabe de nada Fred” eu digo sorrindo, mas rapidamente volto a minha postura de chefe “E esse caso?” Eu pergunto entregando a ele o relatório que eu tinha lido a poucos minutos atrás “Os policiais acharam que era terrorismo, então fomos lá, mas as investigações mostraram que não, então provavelmente é algum sádico que gosta de ver prédios queimando” Eu o encarei “Por que vocês não fecharam o caso?” ele apenas respondeu “Quando descobrimos que não era terrorismo Strauss nos mandou voltar rapidamente, ela disse que tínhamos mais prioridades” nesse momento eu o encarei seriamente, tudo bem que somos a unidade anti-terrorismo, mas se estamos em um caso e é provado que não é terrorismo, nós o concluímos mesmo assim “Por que vocês não concluíram?” ele deu de ombros “Eu podia estar no comando, mas a cada dia eu tinha que relatar para Strauss e fica meio difícil dar uma de agente Prentiss, se a mesma não está aqui” ele disse e esperou minha resposta, nós terminávamos o caso mesmo que não fosse terrorista, mas eu não contava a Strauss até a hora dos relatórios, além do mais, ela nunca ficou no meu pé “Por que ela precisava de relatórios?” Ele deu de ombros “Aparentemente ela acha que não somos crianças responsáveis quando a mamãe sai” ele riu e eu apenas encarei, as vezes o pessoal da minha equipe tinha essas brincadeirinhas chatas. De fato eles pareciam crianças. Fred é muito inteligente, mas isso faz de seu ego um saco. Sam é bastante habilidosa com bombas, mas qualquer coisa tira ela da linha. John é um gênio da informática, mas tem problemas com autoridades, embora sempre que viajamos ele vai conosco. E por último, mas não menos importante Nick, um especialista em células terroristas, é como se ele fosse o Reid do terrorismo, mas ele é meio inconsequente as vezes.

Depois de dispensar Fred e fazer uma ligação, vou a uma unidade muito conhecida por mim. Não estou com muito tempo para conversa, pelo menos não até terminar esse caso, então vou direto para o escrito da minha amiga loira. Bato na porta e ouço um “Entre” e assim o faço. Não preciso dizer que ao me ver ela sorriu instantaneamente, é acho que as pessoas tendem a me amar as vezes. “Olá Em, você já voltou ao trabalho? Você deveria ter tirado mais alguns dias.” Ela me abraçou e eu claro retribui, JJ era realmente uma grande amiga. Ela volta ao seu lugar e me pede para sentar, quando sentamos ela repara no arquivo em minhas mãos “Por que tenho a impressão que essa não é uma visita para você me dizer que finalmente vai reatar com o Hotch?” Eu fico séria “Por que todo mundo só pensa nisso?” eu digo ironicamente, ela sorri então eu faço o que vim fazer desde o início “Eu gostaria de te pedir um favor” ao dizer isso ela volta sua expressão para a séria agente Jareau “Claro, pode falar” eu sorrio e entrego o arquivo a ela “Quando eu estava fora, minha equipe entrou nesse caso que estava sob suspeita terrorista, eles chegaram a conclusão que não era e eu concordo, mas...” ela entendeu “Isso não muda o fato de haver um incendiário lá” eu fiz que sim com a cabeça “Eu liguei para a delegacia responsável, eles ainda não pegaram o culpado e ele continua atacando, agora em curtos espaços de tempo” ela fecha o arquivo, respira fundo e volta seu olhar para mim “Acho que podemos dar uma olhada, teríamos que pedir ao Hotch, mas com você apresentando o caso, ele jamais vai negar” antes que eu pudesse ao menos responder ela sai, já chamando os outros para a sala de reuniões.

Depois de ser cumprimentada por todos, e Hotch me dirigir um daqueles seus olhares eu comecei a apresentação do caso, o qual eles pegaram de bom grado e eu fiquei muito grata por isso.

Quando já ia saindo, Hotch me chamou eu fui até ele, ele me perguntou se podíamos conversar a sós, eu olhei para o relógio vi que estava atrasada, e graças aos céus teria uma desculpa plausível “Desculpe Hotch, tenho que ir buscar Amanda, ela está na casa da minha mãe”.

Chegando na casa da minha mãe sou recebida por Nina minha antiga governanta “Olá pequena Prentiss, Nanda está jogando com seu pai no escritório dele e sua mãe está no escritório dela.” Eu a cumprimento com um abraço e vou até o escritório da minha mãe, mas não antes de passar no do meu pai. “Quem está ganhando?” eu pergunto ainda na porta “Empate” os dois dizem, eu sorrio. Eles estão jogando xadrez, papai e mamãe são terríveis nesse jogo, aliás eles são terríveis em qualquer jogo que se precise ler as pessoas. Imagina como é jogar poker com eles, eles sempre ganham.

“Oi mãe” eu digo já entrando no escritório da minha mãe. Ela está escrevendo algo, ela apenas olha por cima dos óculos e murmura algo como “É sempre bom ver que você tem modos Emily” eu sorrio para ela, não importa a idade que eu tenha, ela sempre vai me tratar como criança, mas eu não a culpo, eu até mesmo entendo. “O que a senhora está fazendo?” eu pergunto curiosa “Trabalhando, e se bem me lembro você deveria estar fazendo o mesmo” eu rolo os olhos “Meu horário já acabou, não temos nenhum caso, então até acontecer algo e alguém me ligar eu estou de folga, até amanhã pelo menos” ela não diz nada, apenas continua escrevendo sei lá o que, “A senhora está ocupada?” ela não me olha, continua escrevendo “Um pouco” eu faço que sim com a cabeça, “A senhora vai ficar aqui por muito tempo?” ela então coloca a caneta ao lado do papel em que ela escrevia, tira os óculos e os coloca ao lado da caneta, se encosta na cadeira, coloca as mãos no colo e me encara “O que você está querendo falar Emily?” eu dou de ombros “Nada” ela então me encara mais ainda “Emily Elizabeth Prentiss, eu te conheço desde que você era do tamanho de um amendoim, e sei muito bem quando você quer falar alguma coisa” Eu suspiro e a encaro “Eu passei um caso para a equipe do Aaron” ela me olhou ainda cética “E...” ela me induziu a continuar, “Ele queria falar comigo... mas então eu disse que tinha que ir buscar Amanda” eu terminei sorrindo, ela fez que não com a cabeça “Eu não te criei para fugir Emily” eu claro rolei os olhos com essa afirmação “Por que você está fugindo dele?” então eu revelei a ela “Eu contei a ela sobre o aborto” a imagem séria da embaixadora começou a desaparecer, sendo visível a face preocupada de uma mãe, mais especificamente Elizabeth Prentiss “E a reação dele?” ela perguntou com mais cuidado, mas eu comecei a ligar os pontos “A senhora não vai me primeiro me perguntar quando?” Ela desvia o olhar para a porta, como se esperasse alguém aparecer a qualquer momento. “Devido ao pouco tempo que passaram juntos na cabana eu presumo” agora era minha vez de encara-la “Aquilo foi um plano para mim dizer a ele?” ela se voltou ao olhar para mim “Lógico que não Emily, embora você já tivesse que ter contado a ele, para se livrar dessa maldita culpa, eu não planejei manda-lo. Seu pai achou que se fossemos você não viria, mas Aaron poderia lhe convencer.” Eu a observei, como sempre sua expressão era ilegível, mas eu preferi acreditar nessa versão. “Por que você não gosta dele?” ela me deu uma daquelas risadas e quando ia me responder Amanda chegou, e ela voltou sua atenção para a neta “Quem ganhou?” ela pergunta e minha filha respondeu “Vovô” ela disse com uma expressão não muito amistosa, Amanda tem essa mania de não gostar de perder, acho que herdou isso do Aaron. “Da próxima você ganha” mamãe disse a abraçando e saindo do escritório, Amanda a seguiu e eu segui o exemplo das duas. “O vovô é impossível, eu preferia quando ele me deixava ganhar” ela dizia emburrada “Vocês tem algo em comum, ambos não gostam de perder” ela olhou minha mãe sorrateiramente “Então o vovô pode perder?” minha mãe, logico riu “Claro que sim, deixe-me jogar com ele por quarenta minutos e eu sou vencedora” eu pude ver o olhar de admiração no rosto dela “Como a senhora faz isso?” Minha mãe sorriu “Anos de política, faz você uma boa leitora de pessoas” foi essa minha deixa para entrar na conversa “Ou se torne uma perfilhadora e com menos de três anos de serviço você consegue vencer a invencível embaixadora Prentiss” eu disse recordando quando eu finalmente ganhei dela, embora tenha sido apenas uma vez “Melhor, não vire nem politica nem agente, apenas treine. É mais seguro” minha filha sorri “Seria tão legal se a vovó jogasse comigo” ela faz aquela coisa com o olhar que deixa consegue do pai dela tudo que ela quer, embora isso não tenha efeito sobre mim “Ganhe do seu avô e eu jogo uma partida com você” Amanda suspirou, “Isso é impossível vovó” minha mãe sorriu “Não é. Sua mãe já ganhou algumas vezes e até mesmo seu pai ganhou uma vez” Na menção do nome do pai dela, pude ver seus olhos brilharem “Meu pai?” minha mãe fez que sim com a cabeça, mas eu não podia deixar ele se sair bem nessa “Embora tenha perdido três vezes para ele e nunca ter ganhado de mim” eu digo triunfantemente, enquanto entrego a ela sua mochila para irmos embora. Meu pai já nos esperava na sala, eu o abracei, nos despedimos, ele fez o mesmo com Amanda e depois disse “Não fique triste pequena, sua mãe só conseguiu ganhar de mim aos dezessete” isso pareceu deixar Amanda um pouco mais esperançosa. Despedimos da minha mãe e fomos embora.

Durante o caminho, tive a mesma sensação de mais cedo: estar sendo seguida. Talvez fosse apenas paranoia, mas eu decide fazer uma rota diferente, o que claro não passou despercebido por Amanda “Por que mudamos o caminho?” eu dei de ombros, não queria que ela se preocupasse, então virei o rosto para falar diretamente para ela e foi quando apenas senti o impacto de uma batida.


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Notas finais do capítulo

Só eu que queria saber o motivo da embaixadora não gostar do Aaron? rs
Devido ao tamanho do capitulo, presumo terem encontrado inúmeros erros, então me perdoem.
Gostaria de aproveitar e fazer a divulgação da one que postei semana passada, chama-se Because of you, é uma continuação de Lullaby, gostaria que vcs desse uma olhada e me digam o que acham. E aqueles que já o fizeram, obrigada por terem dado a chance a um shipp não muito comum.
Bjss e até breve



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