Minha menina escrita por Deh


Capítulo 12
Amanda


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal notaram que estou postando antes da data? Pois bem, esse é um especial para alguém especial, hj é o niver de uma das minhas leitoras mais fieis. Happy birthday to you Marii *-*
Espero que gostem ;)
E Marii meus parabéns e que todos os seus sonhos se realizem :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/622392/chapter/12

Eu estava tentando ser forte, afinal essa foi a primeira coisa que minha mãe me ensinou, ser forte independente do que aconteça. Então para parecer forte eu apenas me isolei de todos, parei de jogar com Jess até mesmo porque não encontrava vontade para isso, parei de ligar para minha vó, não que eu tenha raiva dela, apenas porque eu sei que se eu falar com ela, eu não serei capaz de me controlar.

Era mais um dia normal, Jess me buscou na escola, meu pai estava em um caso, mas de qualquer jeito desde que recebemos a notícia ele tem me evitado e eu não posso culpa-lo, pois estou fazendo o mesmo. Quando chegamos em casa Jess fez minhas panquecas, eu comi e a elogiei como sempre fazia, pedi licença para fazer meus deveres de casa, tudo normal como nos últimos dias até que a campainha tocou.

Jess disse que atenderia, depois não escutei mais a voz dela, então fui até a sala para ver quem era, não preciso dizer que eu me assustei ao ver vovó e vovô ali. Eles pediram a Jess para conversar comigo em particular, ela então foi para a cozinha, mas eu sabia que ela ainda poderia escutar nossa conversa, o que era bom, no caso de eu precisar de ajuda com minha avó, que pela cara não estava muito contente, “Oi vovó, oi vovô” eu disse abraçando eles. Eles me cumprimentaram, “Onde está o seu pai?” Vovó perguntou “Está trabalhando” eu respondi. Conversamos sobre coisas comuns, até tarde “Acho que está na hora de você dormir” Vovô comentou e vovó assentiu, eu os encarei, mas eles faziam o mesmo comigo e como eu poderia vencer os mestres em encarar, se eu não conseguia nem vencer a minha mãe?

Vovó me acompanhou até meu quarto, eu sentei na cama e ela seguiu meu exemplo. “Como você está passando?” Ela me perguntou cautelosamente, “É estranho, mas eu ainda tenho esperança. Não acharam um corpo e sem provas concretas não a solução” eu disse a ela a minha última esperança, era nisso que eu vinha me agarrando nas últimas semanas, ela não estava morta, ela não poderia. Ela não falou nada por um tempo, mas percebi seu olhar ficar triste, “O que você acha de passar uns dias comigo e seu avô? Nós iremos ficar aqui por algumas semanas” Parecia uma oferta tentadora, mas “Eu não sei, eu não posso deixar meu pai” ela piscou e respirou fundo como que para se acalmar, mas eu não tinha dito nada de mais “É só alguns dias Amanda, além do mais eu tenho certeza que em breve ele entrará em um caso, então o que acha?” Eu dei de ombros “Pode ser legal” ela me abraçou “E vai querida”.

No dia seguinte quando acordei, meu pai tinha feito as malas, eu já estava pronta para ir a escola “Vai viajar?” eu perguntei “Hum sim, acabei de ser notificado que terei que fazer uma viajem a trabalho. Mas não se preocupe eu volto logo.” Ele sorriu, “Então posso ficar na casa da vovó?” ele fez que sim “Combinei dela te buscar na escola, ou algum dos seguranças dela” eu fiz que sim com a cabeça “Arrume suas coisas, eu deixo lá antes de ir para o aeroporto” eu fui arrumar minha mala “Para quantos dias?” eu gritei do meu quarto “Eu não sei” ele me respondeu.

Como papai tinha dito, ele me levou para a escola e um dos seguranças da vovó veio me buscar. Quando cheguei na casa da minha avó, ela veio me receber e desculpou-se por não ter ido me buscar pessoalmente, ela estava em uma pequena reunião, eu disse que não tinha problema, e na verdade não tinha, desde sempre eu aprendi a dividir meu espaço com o trabalho dos meus responsáveis.

Não demorou nem mesmo três dias, para que meu pai voltasse. Minha avó estava em seu escritório falando com alguém importante e meu vô tinha saído, eu estava na sala sozinha lendo um livro quando a campainha tocou, rapidamente eu gritei eu atendo, não era necessário ninguém para atender a porta, pois eu já estava ali, o que custava eu ir lá e abri? Quando eu abri a porta eu congelei. Não podia acreditar em quem eu vi, parada bem diante a porta com meu pai um pouco mais atrás “Mãe?” eu sussurrei, não sei se foi eu ou ela que foi abraçar primeiro, mas já estávamos abraçadas quando eu me recuperei. Nesse ponto minhas lagrimas já não podiam ser contidas e as dela também não. Durante aquele abraço tudo que senti foi conforto, saudade e amor. Sim era minha mãe que estava de volta, ela tinha comprido sua promessa, ela estava aqui agora.

Quando nos separamos de nosso abraço, eu os convidei para entrar, eu perguntei a ela como, ela apenas me respondeu que era uma longa história, foi então que eu voltei minha atenção para meu pai “Essa era a viajem a trabalho?” ele sorriu fazendo que sim com a cabeça, eu fui até ele abraça-lo foi quando mamãe falou que estava indo ver a vovó. “Obrigada” eu disse ao meu pai, ele sorriu “Disponha” Eu o abracei mais uma vez “Espero que isso não seja um sonho” ele me abraçou ainda mais “Eu também”.

Minha mãe demorou um pouco no escritório da minha vó, deu até mesmo tempo do vovô chegar e eu claro não pude deixar de divulgar a novidade, ele pareceu feliz, mas eu tenho a impressão de que talvez ele já soubesse disso. Quando mamãe e vovó apareceram, minha mãe me pediu para pegar as minhas coisas para irmos para casa, então claro eu fui imediatamente, quantas vezes nos últimos meses eu não desejei ouvir isso?

Foi decidido que papai nos levaria para casa. O caminho foi feito em silêncio, mas dessa vez eu senti um silencio acolhedor, era como se minha família estivesse unida de novo, porém infelizmente isso só durou até o papai nos ajudar a levar nossa bagagem para o nosso apartamento. Quando chegamos lá, mamãe foi guardar a suas malas, mas não antes de dizer um “Obrigada Aaron” ele murmurou algo como um sempre, ou talvez foi só impressão minha. Eu o levei até a porta e quando ele foi se despedir de mim eu o abracei “Te amo” eu disse e ele retribuiu com um “Eu também pestinha” nós dois sorrimos. Quando eu fechei a porta, por mais que eu estivesse feliz com tudo que aconteceu essa tarde, eu não pude deixar de sentir algo diferente, eu estava feliz por mamãe estar de volta, mas eu também estava triste por papai ter que ir, eu senti uma coisa que a certo tempo eu não sentia: a vontade de sermos uma família de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então concordam com o desejo de Amanda?
Bjss e até breve



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha menina" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.