Um, mais um escrita por Lola Carvalho


Capítulo 2
Coisas do passado


Notas iniciais do capítulo

Gênero: Romance, Angst.
Boa leitura!



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Patrick: Teresa?

Teresa: Jane, estamos na aula. Não podemos ficar trocando mensagens...

Patrick: Meh... Tudo o que ele está falando eu já sei. E por que você está me chamando de Jane?

Teresa: Te chamei de Jane porque esse é seu sobrenome. E eu não sei sobre o que o professor está falando, então me deixa prestar a atenção.

Patrick: Está bem, está bem... Só queria te falar uma coisa, mas deixa pra lá.

Teresa: Tá bom, fala.

Patrick: Não. É melhor você prestar a atenção na aula

Teresa: Não vou mais conseguir. Fala logo!

Patrick: Sabia que, como "recém namorados", você devia me tratar com mais amor?!

Teresa: Patrick se você não falar o que você tem pra me dizer, eu vou levantar daqui e arrancar as palavras da sua boca. Claro, com todo amor.

Patrick: Irônica até o último fio de cabelo, não é srta. Lisbon?

Teresa: Patrick. Não muda de assunto. Fala logo!

Patrick: Oh oh. Acabei de ver seu olhar fulminante. Vou parar de te irritar.

Teresa: Ótimo! E então, o que é?

Patrick: É uma pergunta, na verdade.

Teresa: Então pergunte!

Patrick: O que é isso roxo no seu pescoço?

Patrick: Não precisa mexer no cabelo. Não dá pra ver.

Teresa: E como você descobriu?

Patrick: Quando te cumprimentei hoje de manhã. Você não deixou eu colocar a minha mão na sua nuca e eu sei que você adora quando eu faço isso.

Teresa: Ah...

Patrick: Mas, então, o que é isso?

Teresa: Depois te conto. Isso não é assunto para o meio da aula.

............

– Oi!

– Oi... - ela respondeu tímida

– Olha, desculpe ter perguntado... Eu vi que você ficou chateada depois-

– Não. Está tudo bem - ela sorriu - Mas você tem que ter certeza de que quer saber...

– Tenho - ele segurou as mãos dela - Quem fez isso com você?

– Foi o meu... Pai.

– Como assim? Como isso aconteceu?

– É uma longa história...

– Vamos até aquela cafeteria nova, para ficarmos mais à vontade?

– Pode ser.

............

– Eu vou querer ovos mexidos com bacon, é uma xícara de chá.

– Eu quero um Muffin de chocolate, e uma xícara de café.

– Ok! Mais alguma coisa?

– Não, obrigado - e a garçonete saiu - E então... ?

– Então vamos lá - ela respirou fundo - Quando eu tinha 12 anos, minha mãe morreu. Acidente de carro.

– Sinto muito - ele acariciou a mão dela

– Obrigada - ela sorriu diante do carinho que recebera - Meu pai entrou em uma depressão profunda. Quase sempre estava bêbado, e não conseguia se controlar. Até que um dia ele chegou em casa, e...

– E...?

– E bateu em mim. Depois disso, parecia rotina. Toda vez que ele chegava em casa, e a gente ainda estava acordado, ele ficava agressivo. Então minha tia achou melhor colocar ele em uma clínica de reabilitação, e eu e meus irmãos fomos morar com ela.

– Foi por isso que você mudou de escola?

– Sim. A escola antiga fica muito longe daqui.

– Mas isso não explica esse roxo.

– Isso foi ontem. Meu pai recebeu um "dia de folga" para vir comemorar o aniversário dele conosco, e até que estava indo tudo bem... Só que ele teve uma recaída, e... Enfim, o resto você deve imaginar.

– E onde ele está agora?

– Já voltou para a clínica.

– Eu posso te ajudar a cuidar desse machucado, se quiser...

– Ajudar como?

– Tem um creme que pode ajudar. Na embalagem diz que tira esse roxo. Eu posso passar na minha casa pra pegar e depois vou pra sua casa.

– Eu agradeço.

– Sinto um "mas" vindo - ela riu

– Maaaas... Você está pronto para ser apresentado para meus tios e irmãos como meu namorado?

– Mais do que pronto! - ele respondeu sorrindo

– Então está bem - ela sorriu e o beijou.

– Aliás, seu irmão já me conhece como seu namorado - ele brincou, fazendo-a rir.

............

*ding dong*

– Entra Patrick - Teresa abriu a porta

– Olá - ele a cumprimentou com um beijo

– Bem, deixa eu te apresentar... Esse é o Patrick, meu namorado. E Patrick, esses são os meus tios, Virgil e May Minelli

– É um prazer finalmente conhecer você, Patrick - disse May

– O prazer é todo meu

– Teresa sempre nos fala muito sobre você

– Coisas boas, eu espero - brincou

– Ah, sabe como é... - todos riram

– É muito bom saber que Teresa está em boa companhia

– Bom, May, acho que as crianças querem ficar a sós - ele pisou um olho

– Claro, claro. Mas lembrem-se que estamos no cômodo ao lado, então tenham juízo! - alertou

– Sim - respondeu Patrick, apesar da vermelhidão nas bochechas de Teresa - Eu nunca ousaria desrespeitá-la.

– Bom saber disso - disse Virgil e se retirou da sala de estar junto à sua esposa

– Acho que eles gostaram de você - disse Teresa

– Claro que gostaram! Sou um excelente partido

– Convencido! - ela riu e o beijou

– Eu trouxe o creme. Vamos passar?

– Claro - ela virou, para ficar de costas para ele e afastou o cabelo de seu pescoço

– Meu Deus, Teresa!

– Tenha cuidado... Está doendo.

– Claro! - ele passou com delicadeza sobre a pele da morena - Se eu estiver te machucando, me avise - ele espalhou o creme por mais algum tempo - Pronto!

– Obrigada, Patrick!

– Não precisa agradecer…

– Ah não? Eu ia te dar um beijo de agradecimento, mas agora que voc-

– Sempre. Me. Agradeça - ele interrompeu-a, pontuando a frase com beijos molhados em sua boca, fazendo-a rir.


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Notas finais do capítulo

*-* Me deixem saber o que vocês acharam, ok?!

Beijinhos :*



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