Play! escrita por Cactus Stories


Capítulo 54
Segredo Revelado?


Notas iniciais do capítulo

Musse de Maracujá me deu a ideia MAIS ÉPICA DIWOSA KAWAII E TOPZÁSTICA DE TODAAS!

Esse capítulo foi ideia dela, agradeçam essa lida pelo que está escrito, foi lecau escrever *-*



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.P.O.V. Armin.

Estavamos nos aproximando do aniversário da Bianca, e como no aniversário da July e no meu/do Alex, nós iríamos passar a noite na casa dela (que era gigante, por sinal!), eu não sabia o endereço, então perguntei pro Kentin, que falou que ela era vizinha do Lysandre.

Eu continuei na mesma, porque não sabia onde o Lysandre morava, mas tudo bem, porque o Alexy já foi na casa da Bianca, e lembrava do endereço. Chegamos lá por volta das sete e meia da noite, e, como a profecia não deve ser quebrada, resolvemos passar pro Verdade ou Desafio.

Estávamos jogando de boa, e, sinceramente, acho que essa droga de garrafa me ama, porque resolveu girar e cair bem pra mim, o Alexy que lançava o desafio, e eu fiquei um pouco apreensivo, porque ele tem umas ideias bem maldosas.

Escolhi verdade e ele me olhou com uma cara de "agora eu vou me vingar de todas as vezes que perdi esquadrão da moda pra você jogar seus jogos!". Eu estava com vontade de rir, mas isso só ia atiçar mais a fera, então, fiz força pra prender a risada e continuei esperando a pergunta.

– Por que você fica o tempo todo usando essas pulseiras? - ele me perguntou, e eu podia ter certeza que tinha ficado mais branco que a parede atrás de mim.

.P.O.V. Alexy.

Assim que eu fiz a pergunta, tanto meu irmão quanto a July perderam a cor na hora, eles pareciam duas folhas de papel sulfite! Meu irmão começou a gaguejar antes de perguntar o mico, eu sorri ainda mais ao responder.

– Fica sem usar pulseiras até o final do jogo! - exclamei, fazendo ele me encarar, com os olhos arregalados.

– O-O quê?!

– Isso mesmo, tire as pulseiras, mocinho. - cutuquei ele. - É pra hojeee! - cantarolei.

Ele concordou, relutante, e tirou as pulseiras, enfiando as mãos nos bolsos do casaco assim que terminou, escondendo os pulsos totalmente. Eu comecei a ficar meio preocupado com o meu irmão, eu conheço ele, tinha alguma coisa errada ali, continuamos jogando por algum tempo, até que resolvemos nos trocar para dormir, a Melody tinha ido dormir na casa da Ambre, e os pais da Bianca estavam viajando, então, estávamos só nós, como sempre.

Estava voltando do banheiro, eu era um dos últimos, depois de mim era o Armin, o último, notei que ele ainda não tinha colocado as pulseiras, estava andando até o banheiro. Chequei se não havia mais ninguém no corredor, ninguém. Me aproximei dele e toquei seu ombro.

– O que tá acontecendo, Armin? - perguntei, sério. Eu nunca chamava ele de Armin.

– N-Nada, por quê?

– Me mostra seus pulsos, agora.

– C-Como assim? - ele gaguejou, assustado.

– Não se faça de idiota, Min, eu sei que tem alguma coisa errada com você!

Ele corou e tirou as mãos dos bolsos, ele me estendeu os pulsos, fechando os olhos logo depois. Examinei bem e, com alguma dificuldade, consegui enxergar várias cicatrizes de cortes, por todo o braço. Olhei para ele, espantado, ele ainda estava de olhos fechado, e estava tremendo um pouco.

– O que significa isso, Armin?! - sussurrei alto, tomando cuidado para os outros não escutarem.

Eu estava prestes a explodir, gritar com ele, gritar MUITO com ele. Mas parei assim que voltei a olhar para ele, o Armin tinha abaixado a cabeça e estava chorando baixinho, ele nunca chorava, nem quando se machucava quando éramos pequenos, nem quando aqueles caras zombavam dele. Era sempre eu que chorava por tudo, ele era uma das pessoas mais fortes que eu conhecia.

Se o que quer que tenha sido fez o Armin chorar, era alguma coisa muito séria. Instantaneamente, perdi a vontade de gritar com ele e me aproximei, dando um abraço apertado no meu irmão. Ele estava tremendo por causa do choro, parecia tão vulnerável que eu me senti mal por ele, apertei mais o abraço e andei com ele até o banheiro.

Entramos e eu fechei a porta, voltando a olhar para ele. Ele parecia triste, envergonhado, arrependido e, principalmente, MUITO desconfortável, segurei os ombros dele e levantei seu rosto, limpei as lágrimas dele e sorri fraco, olhando nos olhos do meu irmãozinho.

– Não sei o que levou você a fazer isso, não sei o que você tinha na cabeça pra fazer isso consigo mesmo, mas, eu sei de uma coisa. - apertei os ombros dele um pouquinho. - Você é meu irmão, eu amo você, não vou me afastar de você, ou parar de falar com você, por causa de uma besteira dessas.

Ele me abraçou, com um sorriso sincero no rosto, e eu o abracei de volta, ele sempre podia contar comigo, éramos melhores amigos, não? Na verdade, mais do que isso, somos irmãos, confiamos um no outro. Eu não me senti traído, se eu fizesse aquilo em algum momento da minha vida, eu também não falaria com ele a respeito, ele tinha esse direito.

Esperei ele parar de chorar e saí do banheiro, indo para a sala, ia me deitar, até que me lembrei de uma pessoa. July. Ela parecia saber de tudo, e eu precisava falar com ela. Me aproximei e puxei ela para um canto afastado, e comecei a explicar tudo.

– July, eu já sei do que aconteceu com o Min, e sei que você também sabe, não se faça de boba!

– Sim, eu sei de tudo, você não ficou bravo com ele, não é? - ela me perguntou. - Você é muito bonzinho, sei que entende o que ele passou.

– É, ele pode não perceber, mas eu via o que faziam com ele, eu tentava ajudar, mas ele não admitia para mim, então, eu resolvi ajudar a insistir pra nossos pais para sairmos daquela maldita escola, e então... ele conheceu você... - sorri fraco, dando um abraço nela. - Ele falava o tempo todo de você, desde que vocês voltaram da detenção, naquele dia. Ele parecia mais feliz a cada segundo, você não sabe quanto tempo eu esperei por isso!


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