Um Belo Errado escrita por Mila Karenina


Capítulo 8
E o herói vira vilão


Notas iniciais do capítulo

Então, aqui está mais um capítulo! Espero que curtam muito, com certeza a maioria vai odiar, mas tudo bem kkk
Kisses!



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"As soon as we forget how we felt

Dealing with emotions that never left

Playing with the hand that we were dealt in this game

Maybe I'm the sinner, and not a saint

Gotta stop pretending what we ain't

Why we pointing fingers anyway?

We're all the same

Break up, make up

Total waste of time

Can we please make up our minds?

And stop acting like we're blind

Cause if the water dries up

And the moon stops shining

Stars fall, and the world goes blind

Boy you know I'll be savin' my love for you, for you" Ariana Grande - Best Mistake

Algum tempo se passou e a escola inteira ficou sabendo que sofri um atentado, Peter contou para todos e ficou sendo o herói do dia, eu ainda não entendia como ele tinha chegado no momento exato e com certeza iria perguntar, mas achei que tudo que eu precisava naquela hora era de seu abraço, vários policiais rondavam o lugar e me enchiam de perguntas, eu estava me sentindo cansada e também sentia raiva por Peter saber exatamente quem havia feito aquilo e não entregá-la, por um lado eu entendia que seu receio era Maria, mas por outro isso fez eu achar que ele ainda gostava dela.
– Jade? – Maria me chamou, a coitadinha não quis desgrudar de mim por nada.
– Oi! – Eu respondi.
– Meu pai já ligou para sua mãe e ela também acha melhor que durma em minha casa – Ela disse e eu pisquei algumas vezes.
– O que? – Eu falei alto e ela me olhou confusa.
– O que foi? Não quer dormir lá? – Ela perguntou e eu balancei a cabeça em negação.
– Não é isso, é só... olha eu ainda estou assustada é só isso! – Eu tentei disfarçar e nesse momento percebi que Peter vinha em nossa direção.
– Como você está Jade? – Ele perguntou frio como se não nutrisse nenhum sentimento por mim já que Maria estava ao meu lado.
– Muito bem, obrigada pela preocupação! – Eu respondi educada e com a mesma frieza.
– Não agradeça, sou o delegado da cidade, então é esse o meu dever! – Ele disse voltando a conversar com a policial ruiva que o lançava vários olhares maliciosos, estava na cara que gostava dele.
Senti um ciúme incontrolável e resolvi ir ao banheiro, caminhei até o banheiro lentamente e quando eu cheguei lá dei de cara com Kelly que sorriu sem graça ao me ver, como se estivesse com vergonha de algo.
– Oi Kelly! – Cumprimentei a menina que continuava pálida.
– Oi Jade! – Ela disse saiu do banheiro apressada, mas deixou um papel cair que eu peguei e li:
“ Muito obrigada pela informação, não consegui o que queria, mas no fundo foi bom não o fazer, isso pioraria as coisas, ninguém merece homem de luto...
Foi bom fazer negócios com você,
H.D”
Meu Deus! Quem havia escrito aquilo? E por que diabos esse papel estava com Kelly? De qualquer forma eu forma guardei o papel em minha mochila e saí apressada do banheiro.
– Onde estava? Meu pai estava te procurando, nós já vamos! – Maria disse me puxando para fora da escola.
– Aí está você! – Peter exclamou passando a mão pelos cabelos castanhos, eu o observei alguns segundos antes de entrar no carro e ele retribuiu meu olhar, o que eu mais queria era 5 minutos sozinha com ele, para abraçá-lo e dizer o quanto gosto dele.
Maria me olhava com uma ternura profunda enquanto íamos para sua casa, seus olhos demonstravam o quanto gostava e se preocupava comigo.
– Chegamos! – Peter anunciou e Maria abriu a porta do quarto e me puxou em direção a sua casa, entramos e subimos as escadas em direção ao seu quarto.
Maria tirou toda a sua roupa e ficou nuazinha na minha frente eu fingi tapar os olhos enquanto ela entrava no banheiro de seu quarto.
Saí de quarto e logo vi Peter com seu uniforme de delegado, eu tinha que admitir que ele ficava ainda mais bonito assim, me aproximei devagar sem que ele percebesse e o abracei, ele se assustou e virou para mim com uma expressão confusa.
– Oi Jade... – Ele disse um pouco sem graça e eu não pude entender o motivo.
– O que foi? – Eu perguntei e ele novamente passou a mão em seus cabelos.
– Não sei como te dizer isso... mas não podemos continuar com isso, você estava certa, veja o que quase lhe aconteceu por minha culpa! – Ele disse acariciando meu rosto, mas eu afastei a sua mão.
– A culpa não é sua se sua ex mulher é uma louca! – Eu falei em voz alta.
– Jade, eu gosto de você de verdade, pode até não parecer mas eu gosto, eu sei que isso é completamente estranho, mas é a verdade, se fosse por mim... nós ficaríamos juntos, mas isso nunca será bem visto pela sociedade e se seus pais descobrirem isso? Meu Deus! Eu sou um delegado! Tenho que dar o exemplo! – Ele continuou dizendo e quando percebi eu estava chorando.
– Não chore baby... – Ele disse fazendo carinho em meus cabelos, mas eu afastei suas mãos.
– Não toque em mim, sabe, eu acho que no fundo a Diana estava mesmo certa, você só me usou mesmo! – Eu disse por fim e voltei a subir as escadas sem dar tempo para ele argumentar, me joguei na cama de Maria e continuei chorando, mas assim que ouvi que o chuveiro desligar, me recompus e fingi estar bem.
– O chuveiro está livre! – Maria cantarolou e eu entrei rapidamente no banheiro.
A água escorrendo pelo meu corpo era incrivelmente relaxante, enquanto me ensaboava lembrei de como havia sido meu primeiro beijo com Peter quente o definia, então depois lembrei do nosso segundo beijo, este havia sido doce, quando percebi as lágrimas voltaram aos meus olhos e eu estava chorando novamente, talvez ele estivesse certo, o que eu deveria fazer agora era tentar superar.
Saí do banho com o rosto vermelho, sequei meus cabelos e vesti um vestido fresco já que a casa de Maria era terrivelmente quente.
– Onde está minha bolsa? – Maria entrou no quarto desesperada e eu a olhei confusa.
– Jade, problema de última hora, mamãe está na cidade e precisa urgentemente me ver! – Ela disse penteando os cabelos louros rapidamente.
– Aconteceu algo com ela? – Perguntei fingindo interesse.
– Não sei, provavelmente irei dormir no hotel com ela, espero que não se importe de ficar aqui com o papai, se sua mãe não estivesse viajando eu te levaria em casa, mas como não está... – Ela disse e eu assenti.
– Tudo bem, eu vou ficar – Respondi e comecei a repensar sobre Peter não tocar em mim.


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Notas finais do capítulo

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