"Cause baby, now we've got bad blood
You know it used to be mad love
So take a look what you've done
Cause baby, now we've got bad blood, hey!
Now we've got problems
And I don't think we can solve 'em
You made a really deep cut
And baby, now we've got bad blood, hey
Remember when you tried to write me off?
Remember when you thought I'd take a loss
Don't you remember? You thought that I would need yah

Follow procedure, remember? Oh wait you got amnesia
It was my season for battle wounds, battle scars
Body bumped, bruised
Stabbed in the back; brimstone, fire jumping through
Still, all my life, I got money and power
And you gotta live with the bad blood now" Taylor Swift - Bad Blood

Juro que não acreditei e tive de piscar três vezes, o que diabos Peter queria me oferecendo carona?
– Não, muito obrigada, prefiro caminhar – Respondi
– Não seja orgulhosa Jadeline! – Ele respondeu falando o meu nome completo e eu revirei os olhos.
– Não volte a me chamar assim! – Eu disse e voltei a caminhar, mas ouvi o barulho de uma porta se abrindo e logo Peter estava atrás de mim.
– Ou o quê? – Ele disse me virando para ele.
– Ou eu me irrito muito, e você não vai querer me ver irritada! – Eu respondi já irritada.
– Tudo bem, não te chamo mais de Jadeline, Jadeline! – Ele falou como um adolescente idiota e eu o mostrei o dedo do meio.
– Que falta de respeito Jadeline! – Ele me provocou mais uma vez e dessa vez não aguentei, dei um soco em sua barriga que parecia ser feita de aço, ele nem se moveu.
– Babaca! – Eu gritei e ele em um rápido movimento me pegou no colo.
– Me solte! – Eu continuei gritando, mas ele me ignorou e continuou me carregando
– Vou chamar a polícia! – Gritei mais alto e ele riu debochado.
– Eu sou a polícia! – Ele respondeu me jogando dentro de seu carro.
Eu bufei de raiva e me aconcheguei no carro, ele me olhou ainda sorrindo e deu a partida.
– A tentação de te levar para qualquer lugar e fazer coisas ilegais está muito alta – Ele disse em um sussurro e eu não pude deixar de sorrir com a ideia.
– E por que não faz isso? – Eu perguntei e ele me olhou por alguns segundos e balançou a cabeça em negação.
– Você não sabe com o que está mexendo, mocinha – Ele disse sem tirar os olhos do volante e eu fiquei tentada a beijá-lo, mas não o fiz.
Ele parou o carro em frente a minha casa e fiquei me olhando, seus olhares entregavam todo o seu desejo, mas ele não fez nada demais, apenas se aproximou e beijou de leve minha bochecha.
– Boa noite mocinha – Ele sussurrou no meu ouvido.
– Boa noite moção! – Eu respondi saindo do carro.
Entrei em casa com um meio sorriso no rosto, graças aos céus meus pais estavam dormindo e não perceberam a carona que recebi, então subi as escadas e fui para o meu quarto, não me lembro bem do que fiz antes, mas apaguei.
O despertador tocou com a música Anaconda da Nicki Minaj, música que eu escolhi devido ao fato de que teria de levantar para desligá-la, o sono ainda tomava conta de mim, mas mesmo assim fiz minha higiene pessoal e me vesti, nada demais, apenas uma calça legging preta e uma blusa grande branca seguida de um tênis da mesma cor, hoje não estava afim de me arrumar, desci as escadas correndo e dei de cara com a minha mãe.
– Não te vi chegando ontem, estava com alguém rapaz querida? – Minha mãe perguntou e eu não neguei.
– Não, com nenhum rapaz, estive na casa da Maria – Respondi mordendo a maçã que ela havia deixado em cima da mesa.
– Estou indo mãe! – Eu disse saindo pela porta.
– Não vai tomar café? Vá com Deus minha filha! – Ela gritou e eu acenei em resposta.
Caminhei até a escola e dessa vez cheguei atrasada, as pessoas continuaram me lançando olhares curiosos e eu resolvi não entrar em nenhuma sala, subi as escadas que levavam à laje da escola e me sentei no chão, peguei meu exemplar de Anna Karenina e comecei a ler o livro que já havia lido quinhentas vezes.
– Qualquer pessoa é capaz de se conservar horas sentada de pernas encolhidas, sem mudar de posição, desde que esteja certa de que nada a impedirá de o fazer. Mas, sabendo que é uma imposição, terá cãibras e as pernas, trémulas, acabarão por se estender... – Li esta parte em voz alta sem perceber e fui surpreendida quando alguém apareceu dizendo:
– Anna Karenina! É mais esperta que eu imaginava! – Diana disse retocando seu batom vermelho.
– O que está fazendo aqui? – Eu perguntei surpresa.
– Eu vim tirar algumas coisas do meu caminho – Ela disse sorrindo malévola e eu me levantei me encostando na parede atrás de mim.
– Do que você está falando? – Eu perguntei nervosa enquanto ela se aproximava de mim.
– Que se você se caísse daqui, dificilmente sairia com vida – Ela falou me puxando pelo braço, eu tentei me soltar, mas ela era mais forte.
– Isso é pra você aprender a não ser uma vadiazinha mirim! – Ela disse me dando um tapa no rosto que queimou muito, me senti irada, mas não tinha forças, o café da manhã estava fazendo falta.
– E isso é para você aprender a não mexer com o homem alheio! – Ela disse me dando outro tapa que queimou ainda mais.
Ela me levou até a ponta da laje e olhou em meus olhos.
– Você é tão nova e bonita... tão esperta, mas não esperta o suficiente... infelizmente! – Ela disse me fazendo caminhar mais um passo e eu senti a morte se aproximar de mim.
– Adeus projeto de piranha! – Ela disse me empurrando, mas dessa vez resisti e meu corpo não acatou sua ordem, continuei parada, até que alguém a puxou e eu pude ver quem era, Peter.
– O que você pensa que estava fazendo Diana? – Ele perguntou irado.
– Eu? Eu estava... – Ela respondeu nervosa e ele a ignorou completamente e veio até mim me puxando para si em um ato desesperado.
– Você está bem? O que ela fez com você? – Ele disse ainda me abraçando.
– Agora eu estou – Respondi ainda com medo e ele alisou meu rosto com as costas de suas mãos.
– Diana? Depois nós vamos ter uma conversinha ok? – Ele disse para a loira que sumiu em um piscar de olhos.
– Eu prometo que daqui em diante, não deixarei que ninguém te machuque, eu prometo – Ele disse beijando a minha testa.