O Assassino De Reis - Finais escrita por Lianou


Capítulo 4
F1 - Capítulo 3 : Efeito Borboleta




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Horas depois do ataque…

*

Local : Castelo de Arendelle – Quarto de Anna

Status : Dia nublado com chuva fraca

Dia : 11 de fevereiro

Hora : 10 : 23

Personagem : Elsa

*

– Terminei. - Disse o curandeiro se afastando. - Isso deve anemizar a dor.

– Foi muito grave ? - Perguntou Elsa preocupada.

– Nada que não possa ser curado. Ela se sentirá melhor em alguns dias. Até lá , ela não deve sair da cama.

– Tudo bem. Obrigada.

E então , o curandeiro se retirou.

– O que... - Disse Anna acordando em sua cama um pouco tonta. - Onde eu…

– Está em casa. - Respondeu Elsa sorrindo. - Nem pense em correr para o salão de festas , o curandeiro mandou você descansar.

– Já estamos em Arendelle ?? Mas...mas…

– Você desmaiou durante a viagem.

Depois da afirmação de Elsa , Anna notou que seu braço estava completamente enfaixado , cobrindo o ferimento em seu ombro que ainda a incomodava.

– E o Kristoff ? E Sophia ?! - Anna perguntou.

– Sophia está bem , Mary deve estar preparando uma sopa para ela neste instante. - Respondeu Elsa que terminou a frase sem mencionar Kristoff , temendo a reação de Anna. Mas ela não conseguiu esconder a verdade de sua irmã. - O Kristoff... - Ela respirou fundo antes de continuar. - Os curandeiros conseguiram salvá-lo , mas...ele não está nada bem…

– O que ?! Eu preciso vê-lo !

– Não , não , não , não ! - Disse Elsa impedindo que sua irmã levantasse. - Você precisa descansar. Não se preocupe , Kristoff vai ficar bem , eu prometo.

De repente , uma pessoa começou a bater na porta.

– Elsa ! - Chamou Roger. - Preciso falar com você !!

– Em um minuto ! - Ela respondeu já desviando o olhar para Anna. - Escute , preciso que você relaxe e fique aqui.

– Eu estou bem…

– Por favor , Anna ! Só fique aqui e durma um pouco !!

Anna se espantou com a resposta repulsiva de Elsa que imediatamente abaixou o tom de sua voz.

– Desculpe... - Disse Elsa. - Eu só quero que você fique melhor , só isso.

– Elsa !! - Chamou Roger novamente.

– Vá falar com ele. - Disse Anna puxando a coberta. - Traga a Sophia quando você voltar , por favor.

– Pode deixar. - Ela se levantou da cama. - Eu já volto.

Elsa deu uma última olhada para Anna e saiu do quarto , dando de cara com Roger muito agitado andando de um lado para o outro sem parar.

– O que foi ? - Ela perguntou.

– Rapunzel...Elinor... - Respondeu Roger quase entrando em pânico. - Todos que estavam em Solitude estão mortos…

– O QUE ?!

– Acabei de voltar de lá... Nada além de cinzas , corpos e ruínas...

– A cura... - Resmungou Elsa lembrando da praga que castigava o reino de Solitude. - Ah não... - Ela imediatamente lembrou de Flynn. - Vá até o quarto onde deixamos o Flynn , não deixe ele sair de lá !

– E o que pretende com isso ?! - Perguntou Roger num tom mais agressivo.

– Evitar que ele surte ! Vá ! Antes que ele acorde !! Estarei lá em alguns minutos !

Quando Elsa e Roger estavam prestes a seguir por corredores diferentes , um guarda veio correndo na direção dos dois.

– Rainha Elsa... - Disse o guarda extremamente exausto. - Navios...navios desconhecidos se aproximam do porto.

Elsa e Roger se encararam com olhares de preocupação.

– Faça o que eu disse. - Ordenou Elsa encarando Roger já acompanhando o guarda até o porto.

Passou pelos corredores e desceu as escadas de seu castelo com uma preocupação evidente. Ela não demorou muito para ouvir e sentir o medo de seu povo ao passar pelos portões do castelo.

Ao norte estavam três navios enormes e repletos de canhões nas laterais.

Temendo um ataque direto contra seu reino , Elsa congelou o mar que rodeava Arendelle , prendendo os navios e despertando o medo nos tripulantes.

– O que está acontecendo ?! - Perguntou Merida ao lado de Elsa.

Por um segundo , Elsa se assustou com a presença de Merida , temendo que ela já soubesse da morte de Elinor , sua mãe. Porém , ao que tudo indicava , ela parecia desconhecer o lamentável fato.

– Ei ! Elsa !! - Insistiu Merida estalando os dedos tentando chamar a atenção de Elsa. - O que está acontecendo ?!

– Vou descobrir. - Ela respondeu. - Fique aqui.

E então , Elsa pulou sobre o rio congelado e caminhou até os três navios. Ao se aproximar demais , Elsa foi surpreendida por vários marinheiros que preparavam arcos e bestas , mas uma voz impediu qualquer tipo de reação.

– Basta ! - Gritou o rei Luís erguendo a mão. - Guardem as armas e acalmem-se !!!

Depois da ordem , os marinheiros recuaram e Luís , com o auxílio de uma corda , pulou de seu navio e aterrissou suavemente no gelo. Logo em seguida , ele foi até Elsa aparentemente desarmado.

– Rainha Elsa... - Ele estendeu a mão para a mesma.

Elsa recusou o aperto de mãos e deu um passo para trás , esperando uma reação ofensiva de Luís. Na verdade , Elsa só esperava um motivo para congelá-lo.

– Suponho que você já me conheça. - Ele continuou com o mesmo tom calmo. - Mas caso não saiba , pode me chamar de Luís , O Rei Da Itália.

– Você já me conhece. - Respondeu Elsa. - Então , diga o motivo de sua...ousada chegada…

– Me perdoe se minha frota assustou você. Garanto que ela só servirá de enfeite. Porém , não hesitarei em ordenar que meu exército d…

– Você está falando com uma rainha com poderes de gelo. Me ameaçar não será uma boa ideia , não acha ?

Luís ficou em silêncio.

– Agora... - Continuou Elsa. - Diga os motivos de sua indesejável visita.

*

Personagem : Anna

*

Enquanto todos os olhares estavam focados em Elsa , Anna saiu de seu quarto sorrateiramente em busca de Kristoff que estaria em algum lugar do castelo. Ela decidiu seguir direto para o quarto de feridos que quase nunca foi usado.

Com dificuldades em se manter em pé , Anna andava apoiada nas paredes para não cair. Buscava forças para continuar , mas todas as dores pareciam falar mais alto. Quando ela estava prestes a desistir , Mary se aproximou preocupada.

– O que está fazendo aqui ?! - Ela perguntou espantada depois de ver o estado de Anna. - Você devia est...

De repente , Anna abraçou Mary com todas as suas forças que ainda restavam.

– Mary ! - Disse Anna muito feliz em revê-la depois de todo o terror em Anor Londo. - Como eu senti sua falta !!

Os olhos de Mary brilharam ao ver Anna feliz depois de muito tempo. Era como se todo o pesadelo acabasse em um piscar de olhos , em apenas um gesto de carinho.

– Você sabe onde está o Kristoff ? - Perguntou Anna encarando Mary depois do abraço.

– Venha comigo... - Respondeu Mary ainda surpresa com a alegria de Anna.

*

– Se eu soubesse que você voltaria nesse estado em que se encontra eu...não teria permitido a sua viagem. - Disse William.

– Não fale como se eu fosse uma mercadoria. - Ordenou Kristoff andando apoiado em uma das paredes. - E eu estou bem.

– Sério ? Então me diga... - Ele mostrou quatro dedos para Kristoff. - Quantos dedos eu estou mostrando ?

Graças aos inúmeros ferimentos em seu olho esquerdo , Kristoff não era capaz de dizer. Incapaz de enxergar com a mesma clareza de antes , Kristoff desviou o olhar para a parede.

– Foi o que pensei... - Disse William com um tom baixo de tristeza. - Olhe para você... Enfaixado do torso até o olho esquerdo... O que você fez em Anor Londo ? Brigou com um lobisomem ?

– Isso e outras coisas. - Respondeu Kristoff com um tom sarcástico. - Por favor , William... - Ele sentou na cama onde era tratado por vários curandeiros horas atrás. - Vamos falar disso outra hora.

– Eu quero ir embora desse reino ! Tenho negócios para tratar ! E não pense que você vai escapar do nosso trato só porque... - Ele parou ao ver que a porta do quarto estava abrindo.

Logo em seguida , Anna entrou enquanto Mary esperava pelo lado de fora.

Ao dar de cara com Kristoff , Anna ficou chocada com todos aqueles ferimentos , ainda mais ao ver que parte do rosto de Kristoff estava enfaixado , escondendo o olho esquerdo.

Aproveitando o silêncio , William se retirou e fechou a porta.

– Oi... - Disse Kristoff lamentando o olhar triste de Anna.

Ela se aproximou dele sem desviar o olhar e sem esconder sua expressão de chocada. Era muito difícil para Anna vê-lo daquele jeito. Ela não conseguiu falar uma palavra sequer , apenas ficou de frente para ele e o abraçou lentamente.

– Obrigada... - Sussurrou Anna deitando seu rosto no ombro de Kristoff. - Você...você... - Ela não teve chance de continuar , pois seus lábios estavam selados.

*

Personagem : Merida

*

– O que ela está fazendo...? - Resmungava Merida assistindo Elsa conversando com o rei Luís.

Por estar no porto de Arendelle , muito longe dos navios presos no gelo , Merida não conseguia ouvir e muito menos entender o que estava acontecendo. Assim como ela , quase todas as pessoas pararam para olhar , algumas já se trancavam em suas casas com medo.

– Aproveitando a vista ? - Perguntou Fergus assustando Merida.

– Pai ! - Respondeu Merida espantada.

– Sim , eu estou bem e voltaremos para casa ainda hoje. - Ele deu uma pausa após ver o mar congelado. - Assim que a Elsa estiver de bom humor…

Aliviada com o fato de seu pai estar bem depois de ser atingido por uma flecha disparada por Flynn , Merida não conseguiu conter o sorriso e a vontade de abraça-lo. Ela imediatamente correu para os braços do pai e o abraçou com força.

– Nossa... - Disse Fergus enquanto Merida o abraçava. - O que está acontecendo alí ? - Ele apontou na direção de Elsa.

– Aquilo ? - Perguntou Merida se afastando. - Parece mais uma conversa muito entediante com um marinheiro qualquer que assustou a Elsa.

– Tenha mais respeito , criança. - Disse William passando por eles. - Aquele é o rei Luís , da Itália.

– Hmm... - Resmungou Fergus. - Então ele é quem se acha o melhor ?! Que todos devemos fazer o que ele quer ? - Ele forçou a vista para analisar melhor o jovem rei. - Ah , qual é ! Ele não deve saber nem carregar um machado !!

– Ele acabou de incendiar todo o reino de Solitude. - Respondeu William silenciando Fergus e Merida.

Chocados , eles ficaram paralisados e em silêncio por alguns segundos , tentando acreditar nas duras palavras de William.

– Espera... O QUÊ ?!! - Gritou Merida.

– Você ouviu muito bem. - Respondeu William desviando o olhar para Fergus. - Se eu fosse você...eu teria mais cuidado. Caso contrário , o próximo reino que vai sofrer a irá de Luís será o seu.

Revoltado , Fergus empurrou William com força , provocando a queda do mesmo. Logo em seguida , ele se virou para o rio congelado e começou a andar na direção de Elsa e Luís , praticamente arrastando sua perna machucada.

– ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM !! - Gritou Fergus.

– Pai ! Espere !! - Disse Merida.

Mas logo depois , Merida também foi tomada pela raiva e se juntou à seu pai e , juntos , caminharam pelo mar congelado até chegarem até Elsa.

– Senhor !! - Gritou um marinheiro que estava em um dos navios percebendo a aproximação hostil de Fergus e Merida.

Elsa imediatamente olhou para trás , e imediatamente pensou que Fergus estava prestes a iniciar uma guerra caso ele conseguísse chegar até Luís.

– QUEM VOCÊ ACHA QUE É ??!! - Gritava Fergus sem medo dos inúmeros arqueiros posicionados e prontos para disparar contra ele.

– PARE AGORA OU NÓS VAMOS DISPARAR !! - Gritou um dos marinheiros.

– Controle seu amigo , rainha Elsa... - Disse Luís calmamente.

Ciente do perigo que seu pai corria , Merida precisou conter sua raiva para tentar impedir Fergus. Mas ela não teve a chance de fazer nada a respeito , nem Elsa.

– SALVEM O REI !! - Gritou um dos marinheiros disparando a primeira flecha contra Fergus.

Foi a primeira de inúmeras flechas disparadas contra Fergus e Merida , mas Elsa foi capaz de criar um círculo de gelo ao redor deles , salvando-os das flechas , mas ao mesmo tempo , eles estavam presos.

– NÃO !!! - Gritou Merida ao ver seu pai desabando sobre o gelo com uma flecha cravada em seu coração.

Fergus não reagiu desde então.

– O QUE VOCÊ FEZ ?! - Gritou Elsa furiosa.

– Ele ia causar uma guerra entre nós dois. Nós não queremos isso , queremos ? - Perguntou Luís com uma frieza assustadora.

– EU VOU MATAR VOCÊ !!! - Gritou Merida tentando quebrar o círculo de gelo criado por Elsa. - ELSA ! ACABE COM ESSE CRETINO !!!

– Faça isso e sua irmã , princesa Anna , nunca viverá em paz e com segurança.

– VOCÊ ESTÁ AMEAÇANDO MINHA IRMÃ ??!! - Gritou ela pronta para congelar o coração de Elsa.

– Se ela não for assassinada será enviada para a prisão e lá ficará para SEMPRE !! Você , bruxa de gelo , pode até me matar , mas meu exercício vai voltar e mandará você e seu reino para as profundezas assim como o reino de Solitude !!! Isso… - Ele apontou para os navios. - Isso não passa de uma amostra da grandeza do meu exército ! Enquanto vocês ficaram lutando contra a Ilhas Do Sul eu cresci e me fortaleci !!

– VOCÊ MATOU MEU PAI !!! - Gritou Merida. - VOCÊ MATOU A RAPUNZEL !!! VAI SE ARREPENDER !! VOCÊ E TODA A SUA FAMÍLIA !! - Ela desviou o olhar para Elsa. - MATE ELE !!

– E assine a sentença de morte da sua irmã e todo o seu reino. - Completou Luís. - Sim Elsa , vá em frente...

Com Merida gritando e dezenas de bestas apontadas para sua cabeça , Elsa estava entre a guerra e o trato de não agressão. Não era apenas sua vida que estava em jogo , mas também de sua irmã e todo o seu reino. Ela era responsável por cada um deles , e ela era quem devia escolher entre lutar , causando mais um pesadelo eterno para toda Arendelle , ou continuar "escondida".

– Vá embora... - Pediu Elsa. - Deixe o meu reino fora dessa sua "Era Dourada". Eu e Merida não vamos interferir...

– O QUE ?!! - Protestou Merida. - VAI DEIXAR ELE IR EMBORA ?! DEPOIS DE TUDO QUE...

Para evitar que Merida piorasse a situação , Elsa reforçou o círculo de gelo , impedindo que a voz de Merida pudesse ser ouvida.

– Ela não será um problema. - Disse Elsa.

– Você pretende matá-la ? - Perguntou Luís surpreso. - Interessante...

– Claro que não !! Só me dê um minuto.

E então , Elsa caminhou até o círculo , abriu uma passagem sobre o gelo e entrou , dando de cara com Merida de joelhos ao lado de Fergus.

– Merida... - Disse Elsa fechando a passagem do círculo para que Luís não escutasse a conversa. - Nós não...

– Isso está errado... - Interrompeu Merida sem desviar o olhar e sem largar a mão de seu pai. - Não podem fazer isso conosco...não podem...

– Eles já fizeram ! O que podemos fazer agora é parar esse massacre !! E você só está provocando a nossa destruição !!!!

– Eu o que ?!!! - Ela se levantou e imediatamente ficou de frente para Elsa. - PODEMOS ACABAR COM ELE AQUI E AGORA !!

– E DEPOIS ?! - Perguntou Elsa no mesmo tom. - ESPERAMOS QUE TODO O EXÉRCITO DELE BATA NA NOSSA PORTA ?! SABE QUANTAS PESSOAS DEPENDEM DE NÓS ?!

– SABE QUANTAS PESSOAS ELE MATOU HOJE ?!!! OLHE PARA O MEU PAI ! OLHE PARA SOLITUDE !! COMO EU VOU EXPLICAR PARA A MINHA MÃE ?! COMO EU DEVO CONFORTÁ-LA ?! ME RESPONDA ELSA !!

– SÓ FIQUE QUIETA E DEIXE ELE IR !! ISSO ACABARA COM NOSSOS PESADELOS DE UMA VEZ !!! PENSE NO SEU POVO !!

Merida ficou sem palavras para descrever sua frustração e decepção em relação à Elsa. Sua tristeza e sua raiva se misturavam enquanto suas lágrimas escorriam de seu rosto. Ela descordava totalmente de Elsa , mas sabia que não teria chances contra Luís naquele instante.

– Eu vou matá-lo... - Disse Merida. - Com ou sem a sua ajuda...eu vou vingar o meu pai e a Rapunzel , enquanto você finge que nada aconteceu...

– Não é assim...

– Cale a boca e mande ele ir embora... Faça ele se sentir seguro... Faça ele pensar que acabou... Eu não vou matá-lo aqui...

E então , Elsa desfez seu círculo de gelo , encarou Luís firmemente e se colocou na frente de Merida.

– Eu vou descongelar o mar ! - Disse ela. - Vá embora e nunca mais pense em voltar !!

– E como eu vou saber se essa pirralha não vai tentar nenhuma estupidez ? - Perguntou Luís. - Não que eu esteja preocupado , só não quero ver os irmãos dela sozinhos. Eu tenho um coração no final das contas.

– Vai ser um prazer arrancá-lo de seu peito... - Resmungou Merida.

– O que você acabou de dizer ?!

– Só suma da minha vista !

Ofendido , Luís ameaçou ordenar que seus homens disparassem em Merida , mas se conteve e sorriu para a mesma.

– Princesa Merida... - Disse ele. - Espero vê-la em breve...

– Garanto que não farei você esperar.

Depois de um breve silêncio , Luís reembarcou em seu navio esperando que o mar fosse descongelado por Elsa.

*

Personagem : Flynn

*

– Onde...eu estou...? - Perguntou Flynn acordando de seu sono profundo com uma dor de cabeça extrema.

– Olha só quem acordou. - Respondeu Roger acompanhado por dois curandeiros que limpavam a ferida na testa de Flynn. - Está em Arendelle.

– O que ? - Flynn se desesperou. - POR QUE NÃO ESTAMOS EM SOLITUDE ?! POR QUANTO TEMPO EU FIQUEI…

– Por favor , pare de se mexer. - Pediu o curandeiro.

– TIREM AS MÃOS DE MIM !!

Flynn começou a se debater na cama até conseguir acertar um soco em cada um dos curandeiros , até que Roger o segurou com força impedindo que ele levantasse.

– Calma ! - Gritou Roger. - Voc…

Antes que Roger pudesse pronunciar qualquer palavra , Flynn pegou uma argulha que caiu da mão de um dos curandeiros e a enfiou no braço de Roger e o chutou para trás.

Roger caiu sobre a mesa repleta de equipamentos medicinas. Foi o necessário para Flynn se levantar e sair da sala.

Ao abrir a porta , Flynn deu de cara com um corredor que levava até o saguão do castelo. Ele só queria sair e arrumar um jeito de chegar em sua casa o mais rápido possível.

Ele começou a andar lentamente , pois sentira uma forte dor em sua cabeça que tinha tudo para nocauteá-lo ali mesmo. Mas Flynn se manteve firme e começou a dar passos mais longos e rápidos. Ao chegar no final do corredor ele avistou o enorme saguão e o portão vigiado por dois guardas que estavam de costas para Flynn. Aproveitando a oportunidade , Flynn desceu as escadas lentamente , pegou um vaso de flores que estava em uma mesa e se aproximou dos guardas. E então , Flynn jogou o vaso de flores encima da cabeça de um dos guardas o nocauteando. Logo em seguida , o guarda que estava ao lado sacou a espada , mas Flynn , ainda se aproveitando do elemento surpresa , chutou o joelho do guarda e o derrubou com um soco no nariz.

– Flynn !! - Gritou Roger que descia as escadas sem mover o braço machucado. - GUARDAS !!!

Sem escolhas , Flynn começou a correr com dificuldade até chegar ao portão que estava aberto. Ele tropeçava por diversas vezes , mas sabia que Rapunzel estava em perigo , foi o suficiente para fazer com que ele ignorasse as dores.

Roger estava logo atrás , mas claramente estava mais lento devido ao machucado recente. Não demorou muito e ele se ajoelhou no chão totalmente exausto e fraco por causa da perda de sangue.

Flynn alcançou o estábulo que ficava ao lado do castelo e imediatamente montou no primeiro cavalo que viu. O dono do estábulo tentou impedi-lo , mas já era tarde , Flynn já estava longe demais.

– Ladrão !!! - Gritou o comerciante.

*

Cavalgando a toda velocidade , Flynn não notou a enorme distância que ele estava do reino de Arendelle. Agora seu destino era Solitude e nada poderia atrasá-lo. Ele estava cheio de preocupação , não pelo fato de Roger provavelmente estar seguindo seu rastro , ele temia ver Solitude em ruínas ou mergulhado em caos e desespero. A cura estava perdida , Flynn chorou pelo seu fracasso quando pensou nas coisas terríveis que poderiam acontecer.

– MAIS RÁPIDO !! - Gritou ele.

Horas começaram a pensar como segundos , ele perdera totalmente o senso de tempo. Não importava pois , depois de tanto cavalgar , ele chegou ao reino de Solitude , ou o que havia sobrado dele.

Ele lentamente desceu do cavalo e andou lentamente na direção de sua casa , seu reino.

– Não... - Disse ele não acreditando no que via.

Ele passou pelos portões de entrada que estava completamente destruídos. Logo em seguida ele parou na praça central e olhou ao redor enquanto suas lágrimas caiam nas cinzas que eram parte das ruas. Ele olhava para casas totalmente destroçadas , sangue espalhado pelas ruas , torres de vigia caídas e uma enorme número de corvos voando sobre o reino.

Flynn começou a andar pelas ruas tentando reconhecer o antigo caminho que ele trilhava até chegar ao castelo , mas era impossível , tudo que um dia foi grandioso não se tornara nada além de cinzas. O reino estava deserto , Flynn só ouvia pequenos focos de incêndio nas poucas casas que ainda tinham paredes.

– Rapunzel !!! - Chamou ele desesperadamente.

Ele só conseguiu ouvir o eco de sua voz , nenhuma resposta e nenhum sinal de vida.

A destruição se tornava cada vez mais chocante a cada passo de Flynn , era inacreditável e triste ao mesmo tempo. Flynn era apenas um homem em meio as ruínas de um reino que um dia ele chamara de casa , mas tudo estava perdido…

– Flynn ! - Disse Frosty saltando de uma casa que ainda tinha um telhado.

Frosty caiu bem ao lado de Flynn que o ignorou.

– Ei ! - Chamou Frosty segurando o ombro de Flynn. - Eles se foram , Flynn ! Todos se foram !! Eu tentei , mas não encontrei ninguém !

E então , Flynn parou de andar e encarou Frosty com o rosto coberto pelas lágrimas.

– Quem...fez...isso ? - Perguntou Flynn com o tom de sua voz muito fraco.

– Itália. - Respondeu Frosty. - Eles apareceram com uma frota de navios e...bom…

– Diga...por favor…

Frosty hesitou em continuar , mas ele tinha em mente que Flynn precisava saber a verdade.

– Eles dispararam sem parar...os canhões acabaram com as torres de vigia , desse jeito abrindo espaço para os soldados italianos que esperavam do lado de fora. Eles entraram e...executaram todos os que estavam ou poderiam estar infectados pela praga... Foi um genocídio...

– E Rapunzel ? E meu filho ?! Onde ?!

– Lamento muito…

Inconsolado , Flynn deu as costas para Frosty e olhou para o céu. Ele estava sozinho novamente.

– A rainha Elinor não foi poupada. - Continuou Frosty. - Merida não sabe... - Ele se aproximou de Flynn e estendeu a mão para o mesmo. - Vamos sair daqui.

– Eu vou caçar todos os responsáveis... - Resmungou Flynn com um tom de raiva. - Os culpados conhecerão a agonia...

Inicialmente , três nomes começaram a assombrar a mente de Flynn a partir daquele momento. Esses eram Kristoff , Anna e Katherine , os três responsáveis pela destruição da cura.


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