Enquanto houver nós. escrita por sahendy


Capítulo 29
Brincadeiras do destino...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! O que estão achando da fic? Obrigada a todos que leem e comentam. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês.



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Assim que viro me deparo com Douglas ao chão, e logo Edmundo se curva para tentar ajudar seu irmão, não penso dois segundos e corro para perto dele apoiando sua cabeça em minha perna enquanto Edmundo rasga sua camisa e lhe dá uma injeção na sua veia, Douglas está desacordado eu ouço os batimentos cardíacos dele, estão 130 por minuto, Edmundo pega seu irmão ao colo e o coloca no sofá.

– Paulina, me faça um favor chame um médico, fale com Bráulio ele sabe qual é o médico da família. - Edmundo me pede se afastando do irmão com os joelhos ao chão, respondo que sim e logo chamo Bráulio que desesperadamente liga para o doutor Montesinos e então vamos para a sala ficar perto de Douglas Maldonado.

Estávamos assustados com o que houvera, eu ainda mais por ser a primeira vez que presenciei aqui e gostaria que fosse a última não queria ver o meu chefe, meu amigo sofrer daquele jeito, Bráulio me disse que ele estava indo bem e um dia desses Edmundo comentou que ele estava bem melhor, não era justo um homem tão novo sofrer desse jeito. Edmundo e Bráulio foram ao jardim esperar pelo doutor Montesinos e eu fiquei ali na sala esperando e orando para que Douglas se salvasse, acordasse daquele pesadelo e tudo não passou de um susto.

Passados vinte minutos, eu estava entrando em neura de preocupação, Douglas foi atendido pelo doutor Montesinos que entrou rapidamente a sala me desejando uma boa tarde, logo começa a examinar o Douglas.

– Há algo errado, doutor? - Eu pergunto a ele com minhas mãos suando de preocupação.

– Eu preciso que você fique aqui com ele enquanto eu falo com o irmão. Edmundo podemos? - O doutor aponta para a porta da biblioteca caminhando até lá, e Bráulio fica comigo ali na sala enquanto Edmundo caminha atrás do doutor.

Douglas abre os olhos com muita ênfase tenta se levantar mas é detido por mim e Bráulio. "Não, volte a dormir, descanse senhor. Por favor" eu peço a ele enquanto ele coloca sua cabeça novamente nas almofadas. "Senhor, agora você precisa descansar mesmo, vou me retirar e deixar Paulina com você. Mas, ela está de olho" Bráulio diz a ele, e Douglas dá um sorriso de canto, coloca sua mão na cabeça reclamando de dor.

– Vou buscar o doutor. - Eu digo a ele. Me levanto indo a biblioteca, bato na porta e abro ela lentamente, logo digo ao Edmundo e ao doutor Montesinos "Desculpe interromper, mas o senhor Douglas acordou e está reclamando de dor" os dois saem da sala correndo até ele e eu vou atrás.

– Está tudo bem irmão? - Edmundo pergunta a ele.

– Preciso ir para a minha cama, me leve até lá. - Douglas pede e Edmundo e o doutor o levam para cima, acompanho eles subindo as escadas e me afasto depois para colocarem ele na cama. - Doutor, por favor sem teatro me diga, o que eu tenho?

– Sinto muito Douglas, mas o que você tem está se agravando para um doença hepática alcoólica. Você anda muito desidratado.

– Essa doença... você pode me curar?

– Só depende de você. - O doutor afirma a Douglas. - Douglas, eu preciso lhe fazer umas perguntas.

– Pode falar doutor.

– Eu preciso que todos me deem licença, se quiser seu irmão pode ficar.

– Edmundo agradeço a preocupação, mas eu gostaria que a Paulina ficasse, ela me transmite paz. Se incomoda Paulina?

– Não senhor. Desculpe, não Douglas.

– Tudo bem, eu ligo mais tarde, até, se cuide. - Edmundo responde, se despede do médico e logo me dá um beijo em minhas mãos saindo do quarto.

– Bom Douglas, primeiro quando os sintomas começaram?

– Nunca tive conhecimento dos sintomas, achava que era apenas descuido meu, nunca fui de ficar doente doutor. Só percebia que ás vezes minha pele ficava amarelada.

– Os sintomas são contínuos ou ocasionais?

– Com certeza, ocasionais.

– Quantas vezes você bebe álcool, e quais bebidas você costuma consumir?

– Não bebo vai fazer 1 ano, mas eu costumava beber cerveja rubia, como Corona, Negra Modelo e XX dos Esquis, Miquelada, Tequila, Mezcal e bebia muita vodca e ás vezes uísque. - Uísque, a bebida favorita de Carlos Daniel, logo me vem a cabeça os beijos de amores que nós tinhamos e o gosto de uísque em sua boca.

– Você usa alguma outra droga além do álcool?

– Eu fumava muito charuto por causa de meu pai e uma vez apenas fumei maconha.

– Douglas, isso pode gerar todos os fatores para um transplante de fígado num caso muito grave, e por mais que eu tenha dito que isto seja a doença hepática alcoólica espero você amanhã cedo no meu consultório para mais exames. Qualquer coisa se sentir dores tome um remédio apenas para isso, dores. Coma muitas verduras e beba muita água, amanhã cedo terá exame de sangue e outros, então Paulina, certo? - O doutor se virá para mim. - Sim? - Eu pergunto a ele. - Certifique que Douglas deve comer até um certo horário para ficar um tempo sem comer, está em suas mãos. Nos vemos amanhã ás 10 horas no meu consultório. Passar bem. - O doutor me diz saindo do quarto, eu fecho a porta e fico ali parada de frente a cama e Douglas com a camisa ainda rasgada.

– Douglas, posso pedir um favor? - Eu pergunto a ele me aproximando da cama.

– Diga.

– Cuide-se, não por mim nem pelo seu irmão, por você. - Douglas dá um sorriso e se vira para mim encarando meus olhos verdes. - Prometo!

Carlos Daniel.

– Amanhã eu e você vamos ao consultório do doutor Montesinos. Estephanie está com muita dor de cabeça ultimamente e reclamando de inchaço nas pernas. - Elizabeth me diz se sentando ao meu lado no sofá. Lentamente ela pega meu braço e se aproxima de meu rosto. Eu me afasto e pergunto.

– Mas por que eu tenho de ir? Nada me interessa vindo de vocês.

– Nem mesmo seu filho?

– O que tem ele?

– Amanhã eu vou fazer mais exames e exijo que você vá comigo, tem de ser um bom pai para ele ou ela... Você não quer saber o sexo?

– Quero.

– Então, amanhã cedo iremos ao consultório do doutor Montesinos e no meu ginecologista Larry.

Paulina.

A noite depois de fazer Douglas comer verduras vou jantar e lá encontro Clementina falando de mim, mas ela ainda não se dá conta que estou ali e continua falando de mim.

– O patrão está apaixonado pela morta de fome, é os dois se comunicam pelo primeiro nome e ele faz tudo que ela pede.

– Está enganada Clementina! - Eu respondo a ela que se vira para mim com muita raiva. - Douglas e eu somos amigos apenas, e ele tem sido muito amável comigo desde sempre e porquê Edmundo quem nos apresentou, sendo assim...

– Olha ai "Douglas e eu" pare com isso e diz logo que são amantes. - Apesar da barbaridade que Clementina diz e Dóris concorda com ela mantenho a calma e me aproximo ainda mais. - Não somos e agradeço se parar com esses comentários infelizes. - Clementina dá uma risada e saí da cozinha, depois eu me sento para jantar e todas ficam me encarando não digo nada também me levantando e saindo da cozinha sem jantar.

No dia seguinte...

Depois de me arrumar para acompanhar Douglas ao hospital, vou ver como ele está e ainda está se arrumando, desço para pegar o jornal e ouço uma voz gritar meu nome, assim que me viro eu vejo de longe Julio, os cachorros de Douglas começam a latir e então me aproximo do portão para ver o que ele deseja.

– Só queria ver como está. - Julio me diz.

– Estou bem. Como você me achou? - Eu pergunto a ele colocando o jornal embaixo de um dos meus braços estendendo a mão a ele.

– Falei com Edmundo que é um amigo de Rodrigo, e ele me disse que você estava aqui. Paulina, eu preciso terminar de concluir a minha história sobre Carlos Daniel.

– Eu não posso sair agora e não estou querendo saber o que ele me fez. Já sofro demais e o amo ainda mais do mesmo jeito.

– Mas eu direi assim mesmo, preciso de uma calma na minha consciência. Paulina, Carlos Daniel ele disse que se sentia envergonhado por você ser assim tão humilde... - Na hora uma lágrima escorre de meu rosto, eu me afasto do portão e agradeço que Julio tenha me falado aquilo e então eu corro para dentro da mansão, assim que fecho a porta coloco a mão em minha boca segurando o choro, mas é inevitável e então começo a chorar demais. Ouço passos do Douglas descendo as escadas, passo a mão em meu rosto limpando o choro e então eu entrego os jornais a ele.

– Por que estava chorando? - Douglas me pergunta segurando em minha mão se aproximando de mim.

– Não quero falar sobre isso, por favor. Não ligue e me perdoe. Vamos para a consulta agora?

– Sim, iremos. O motorista está nos esperando, venha. Ele pega em minha mão e me leva até o carro, fomos num silêncio absurdo eu encarava a paisagem que se passava, até que Douglas quebra o silêncio e tenta me animar. - Paulina, quer ouvir uma piada? - Eu me viro para ele dando um sorriso e digo que sim.

Certo dia um brasileiro, um japonês e um mexicano, estavam em cima de um prédio alto e resolveram fazer uma aposta. Quem pularia do prédio e ficasse vivo ganharia a aposta. O primeiro a pular foi o japonês:

– Pelo Japão!!!!!!! Puum! Caiu no chão e morreu. O segundo a pular foi o brasileiro - Pelo Brasil!!!!!!! Puum! Também morreu. E o terceiro e último foi mexicano - Pelo elevador!!!!!!!!! - Na hora comecei a dar gargalhadas junto com Douglas, eu não tinha achado muita graça, mas na forma que ele contou não me contive.

– Obrigada por tentar me alegrar Douglas.

– Não chore por quem não merece.

– Eu nunca mais vou chorar por Carlos Daniel. - Eu respondi a ele, mas logo pensei "Vou me vingar de Carlos Daniel"

Carlos Daniel.

Depois de sairmos da sala do consultório de doutor Montesinos o médico que nos atendia, fomos falar com Larry o ginecologista de Elizabeth, ela se deita e então o doutor começa a fazer o ultrassom. Por mais que as circunstâncias me obrigassem a ficar com Elizabeth, queria que fosse a Paulina, nem tive a chance ainda de me reencontrar com ela e tentar falar com ela novamente.

– Então doutor, eu e meu marido queremos saber o sexo do bebê.

– Parabéns, vocês terão um menino. - O médico responde. Meus olhos se enchem de lágrimas, mas aguento firme para não chorar, vou ser pai de um menino.

Paulina.

Depois que saí do consultório do doutor Montesinos, eu me deparo com Estephanie e Willy, olho para o Douglas e digo "Vamos embora, por outro lado?" ele estranha meu pedido mas mesmo assim aceita, mas não deu certo pois na mesma hora Estephanie vem falar comigo.

– Você? - Ela grita vindo em minha direção. - Nossa, esqueceu Carlos Daniel rápido.

– Não diga besteiras Estephanie.

– Está mais bela que nunca. - Willy me diz e Estephanie dá um tapa em seu braço.

– Quem é você? - Estephanie pergunta se direcionando ao Douglas Maldonado.

– Douglas Maldonado. - Ele responde.

– O milionário? - Ela pergunta assustada.

– Estephanie, para com isso. Bom, Carlos Daniel está aqui? - Eu pergunto a ela.

– Está louca para ver ele, não está? Mas, se quer saber sim ele está aqui com a minha prima Elizabeth, parece que hoje eles vão saber o sexo do bebê. - Estephanie responde, logo dou as costas e eu e Douglas vamos embora. Assim que saímos e entramos ao carro começo a chorar novamente e Douglas me abraça bem forte. "Não chore. Ele é um babaca e aquela mulher a tal de Estephanie é uma mulher egocêntrica."

Carlos Daniel.

Assim que saí do consultório de Larry, Estephanie chama Elizabeth para conversar num canto e logo assim do nado, ela aparece e me dá um enorme beijo, eu a afasto de mim olhando ao redor para ver quem estava olhando e peço para que ela pare.

– Deveria deixar... - Willy diz e dá um sorriso segurando a cintura de Estephanie.

– Cale a boca. - Eu digo a ele.

– Vai atrás da Paulina? - Elizabeth me pergunta com um olhar malicioso e misterioso.

– O que ela tem a ver com isso? - Eu pergunto irritado.

– Ela acabou de sair do hospital acompanhada. Estephanie quem me contou.

– O que? - Rapidamente eu entro no elevador que estava aberto com umas pessoas para entrar e desço indo direto para fora do hospital, não vejo ninguém por lá. Depois quando Elizabeth e sua prima aparecem lá fora eu pergunto por onde ela saiu.

– Saiu por aqui também, vamos entrar no carro agora, está muito calor. - Perdi uma chance, eu preciso muito ver Paulina.

Paulina.

Depois que Douglas pede para tomar um banho vou para o meu quarto e então começo a me lembrar do que Julio me disse pela manhã. Paro em frente ao espelho encarando meu reflexo, não quero mais chorar por ele.

Desço para ter minha última aula de etiqueta com Laura, depois de uma hora ela vai embora e eu subo para o quarto de Douglas para atendê-lo.

– Paulina, chame um escrivão. - Ele me diz.

– Sim. - Eu respondo.

– Vou arrumar meu testamento, além de deixar para o meu irmão e centros de caridade, deixarei para mais uma pessoa...


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Será que Douglas vai deixar o dinheiro para Paulina? Obrigada por ler, comentem por favor.