Enquanto houver nós. escrita por sahendy


Capítulo 19
Vergonha Alheia.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Obrigada a todos que acompanham, obrigada a todos que leem e comentem. Eu amo vocês. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe sempre.



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– Sério? Você vai amar o Brasil, amanhã passo na sua casa para irmos. - Carlos Daniel termina sua conversa por ali e vai embora, liga o seu carro entra e vai embora. Viviana corre para me abraçar, olho para as passagens, vamos viajar a noite, meu Deus. Minha primeira viagem. Estou tão feliz!

– Mas, como eu irei. Não tenho roupas o suficientes. - Eu digo a Viviana num momento desesperador.

– Não se preocupe Paulina, vamos achar alguma coisa para você usar até lá. Venha vamos para a minha casa e ver se eu tenho algo que você possa usar.

Saímos da floricultura e ela fecha me levando para a sua casa, no caminho vamos conversando sobre o nosso relacionamento, entre eu e Carlos Daniel, conto tudo para ela e peço que guarde como segredo tudo o que disse. Em sua casa, ela me empresta alguns bíquinis.

– Viviana eu agradeço a sua ajuda, mas eu não vou conseguir usar isso. Na verdade eu nunca usei. - Assim que digo a ela. Viviana para por um momento me encarando indignada. E me pergunta como eu nunca usei um biquíni na vida. - Eu não sei. Na verdade não vou a praia há muitos anos. Sempre trabalhei, você sabe. Ela pede para que eu experimente os biquínis e ela avalia qual fica melhor em mim, era como se ela tivesse me ignorado, mas como eu queria agradar Carlos Daniel aceito. Experimento todos os 19 biquínis de Viviana. Dona Abigail sua mãe, adorava costurar e como morávamos perto do litoral, Viviana vivia de biquíni. Acabo levando 10 biquínis apenas por precaução.

Volto para casa a noite e me encontro com Célia me esperando para jantar, dou a notícia e logo ela vem me abraçar, vibrando comigo. Estou nervosa e feliz ao mesmo tempo. Nem nos preocupamos com a janta, logo ela me empresta uma mala, que a dela é bem maior do que a minha, começamos arrumando a mala enquanto ríamos sem parar.

– Amiga, estou muito feliz por você, nossa nem imagina. Você merece Lina. Aproveita viu?

– Muito obrigada Célia por tudo amiga. - Eu respondo a ela.

Depois de arrumarmos as malas, tomo um banho e vou para a cama, como dividíamos o quarto, nem conseguiamos dormir direito. Parecíamos duas adolescentes. 3...2...1... Puff, vinte minutos depois caí ao sono.

No dia seguinte...

A noite foi muito demorada, estava tão nervosa para essa viagem, acordo mais cedo que a Célia preparo o café dela e o da mãe de Célia que ainda dorme tranquilamente em seu quarto. Mais tarde, vou ao cemitério onde minha mãe foi enterrada e levo algumas flores para ela, me agacho perante seu túmulo e "converso com ela" pedindo que ela, Deus e a Virgem de Guadalupe me abençoe nessa viagem. Logo me levanto e vou embora, volto para a casa de Célia, arrumo todas as minhas demais coisas, limpo a casa de Célia, e a noite me arrumo pronta para ir viajar com Carlos Daniel.

Deu oito horas da noite, e Carlos Daniel chegou com Pedro na casa de Célia. Carlos Daniel bate na porta dela e eu abro a porta, ele me observa dos pés a cabeça.

– O que foi? - Eu pergunto dando um sorriso disfarçado com vergonha, coloco meus cabelos por trás da orelha, Carlos Daniel morde seu lábio inferior e se curva perante a mim, num cumprimento como fazem os demais perante rainhas, princesas.

– Madame. - Ele me diz, e me dá um beijo em minha mão.

– Bobo.

– Se me permite dizer, o quanto está absurdamente linda.

– Ih Carlos Daniel, eu já usei esse vestido mais de uma vez. Mas, agradeço pelo elogio.

– Hoje é diferente. Você está mais radiante.

– Obrigada Carlos Daniel. Você também está muito... elegante.

Ouvimos um som de tosse, olho para trás e Célia está encostada na parede com os braços cruzados.

– Boa noite Célia. - Carlos Daniel diz se aproximando de Célia a cumprimentando num aperto de mãos. Os dois conversam por alguns minutos, e logo eu me despeço da mãe de Célia e dela. Entro no carro, cumprimento Pedro dando um boa noite a ele e vamos direto para o aeroporto.

A princípio no carro conversamos muito, mas sem beijos ou algo do tipo. Eu havia feito meu passaporte há um tempo atrás e pela primeira vez iria viajar. Do México para o Rio de Janeiro direto eram 10 horas de viagem.

– Como vamos nos comunicar no Brasil? - Eu digo a ele.

– Bom, eu aprendi a falar português a última vez que fui para lá.

– Você já foi ao Brasil? Meu Deus.

– Sim. Mas, é a primeira vez que vou ao Rio de Janeiro, das vezes que fui, conheci São Paulo e como é mesmo o nome... Santa Catarina.

– Entendi. - Assim que respondo, depois de 45 minutos de viagem de carro, chegamos ao aeroporto, estava me dando um frio na barriga já, Carlos Daniel viu meu medo e deu uma leve risada, pegou em minha mão no carro e me disse "Eu estou aqui com você. Não se preocupe." com ele eu tive muito mais coragem. Fizemos tudo o que tinha de ser feito, nos sentamos ouvindo a moça falar o nome dos vôos, enquanto isso Carlos Daniel ainda segurava em minha mão.

– Voô 460 destino Rio de Janeiro - Brasil. Portão 06.

Nos levantamos e nos despedimos de Pedro, apertei a mão de Carlos Daniel, sabia que havia apertado bem forte. - Me perdoe Carlos Daniel, estou muito nervosa.

– Não se preocupe, relaxa. Respire, daqui há algumas horas estaremos em solo brasileiro.

Quando fomos para a fila da revistagem, aquilo me incomodou demais mas não falei nada, porque eu tive de tirar meus brincos, colares tudo o que havia me produzido para ficar bonita para Carlos Daniel e a moça pedindo que eu tirasse tudo. Assim que comentei com Carlos Daniel, ele deu uma risada.

– Não ria de mim. É sério, parece que não tem o que fazer, pede para retirar tudo. Eu entendo o emprego dela, mas que bobagem viu, olha a minha cara de quem vai transportar drogas ou armas. - Carlos Daniel dava mais risada ainda. Pegou em minha mão, dando um beijo nela e logo que vi o avião, mais apavorada fiquei. Minhas mãos suavam muito, prendi meu cabelo fazendo um coque nele, estava muito agitada. Demorou um tempo para que eu encarasse a realidade daquilo. Subi as escadas tremendo, olhamos os número da poltrona. Classe A e o número da poltrona 6 e 7. Nos sentamos e enquanto todos iam se arrumando Carlos Daniel conversava comigo para aliviar um pouco a tensão que eu sentia naquele momento.

20 minutos depois, sinto o avião andar, aperto a mão de Carlos Daniel, estou olhando em seus olhos, ele me dá um beijo em minha testa, e me diz "Olhe para a janela agora Lina." assim que viro sinto o avião deixar o chão, meu Deus estou voando.

– Acho lindo o jeito que você tem medo. - Ele me diz enquanto isso ainda seguro em sua mão.

– Não deveria, é constrangedor. Ainda nem consigo soltar sua mão.

– Não solte então, gosto de saber que confia em mim. E se você me soltasse eu te seguraria de novo inventando uma desculpa.

– Eu não largaria porque simplesmente não quero. Me sinto mais segura quando estou com você. Sei que jamais me decepcionaria. - Eu respondo a ele. E dou um selinho nele. Encaro seus olhos negros e novamente olho para a janela. - Isso é muito lindo, meu Deus.

A aeromoça nos oferece um champanhe, e eu acabo aceitando, tomo junto com Carlos Daniel e mesmo assim seguro em sua mão. Não consigo comer, estou ansiosa demais, ele opta por comer uns amendoins. Puff, apaguei.

8 horas da manhã...

Assim que acordo, olho para o lado e Carlos Daniel está ainda adormecido, segurando em minha mão. Como ele é lindo dormindo, meu Deus. A aeromoça passa pelos corredores nos acordando. - Bom dia. - Eu digo a ele.

– Bom dia. Como dormiu? - Ele me pergunta.

– Ainda cansada, mas muito bem. Sério. Finalmente chegamos. Não demora muito e o avião pousa, pegamos nossas malas e saímos do avião, meu Deus o Brasil é muito quente mesmo. Carlos Daniel pede um táxi e ficamos em frente ao aeroporto esperando algum vazio, entramos no carro e Carlos Daniel diz a ele o hotel em que ficaremos.

– Por favor, nos leve até Miramar Hotel. - Carlos Daniel diz a ele.

Observo atentamente tudo que passa, como é movimentado, os calçadões, as mulheres lindas com os corpos maravilhosos. Não demora muito e logo chegamos ao hotel, muito luxuoso, meu Deus aquilo parece um palácio...


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Obrigada a todos que leram e comentem por favor. Eu amo vocês.