Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 5
Our feelings are connected?


Notas iniciais do capítulo

Acho que dessa vez nem deu pra sentir saudades, né?
Preciso dizer que os comentários me motivaram a tomar café loucamente (apesar da minha mãe dizer que a combinação de remédio e café não é legal). Então se eu morrer, a culpa é de vocês.
Enfim.
Espero que gostem do capítulo :)



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─ E... O que exatamente eu tenho haver com toda essa história? ─ resolvi perguntar depois de praticamente ser estapiada com as informações recentes que a rainha me entregou.

─ Preciso que descubra o que Loki sabe.

─ Mas ele não vai confiar em mim... Se ele souber realmente de alguma coisa, porque iria me falar?

─ Precisamos tentar, Ellizabeth. ─ ela insistiu de forma tão meiga e maternal que meu coração encolheu um pouquinho com seu olhar pidão ─ Por favor.

Bufei e revirei os olhos.

Não estava afim de me fazer de difícil para a rainha, mas me sentia irritada em relação a toda aquela situação.

E, logo em seguida, me repreendi mentalmente um milhão de vezes quando percebi que estava parecendo uma criancinha mimada prestes a entrar na sala do dentista. Eu estava fazendo aquilo por um bem maior. Não tem porque me sentir superior a todos esses. Uma pessoa morreu. Loki deve saber. Eu preciso tentar.

─ Tá, tá. Tudo bem. ─ assenti e dei um passo em direção a rainha me censurando mentalmente mais uma vez por odiar todo aquele vestido engomado que arrastava ao chão e me causava uma sensação estranha no corpo ─ Como vamos fazer isso?

A rainha aproximou-se ainda mais de mim, acenou com a cabeça para Ilidia que em silêncio se retirou do salão, deixando-nos a sós.

─ Preciso que confie em mim, querida, e deixe que eu entre em sua mente. ─ a rainha deixou as palavras soarem tranquilas e tão naturais que eu quase não estranhei, mas meu lado coerente venceu a meiguice de Frigga e dei um passo para trás e olhei-a da forma mais assustada que pude ─ Não, não é da mesma forma que meu filho fez com você... Não vou obrigá-la a fazer nada que eu quero... Preciso nos conectar, para fazer uma imagem sua se projetar na cela de meu filho.

Fingi que deixei passar o medo e dei um passo a frente, mas hesitei por longos segundos quando ela ofereceu sua mão e esperou que eu oferecesse a minha.

─ Não sinta medo, Ellizabeth. Por favor, precisa confiar em mim ou a conexão pode ser perdida.

─ Já fez isso antes? ─ resolvi perguntar para conseguir mais tempo até criar coragem.

─ Inúmeras vezes. Fui eu quem ensinou a Loki... bem... ─ ela sorriu fraco ─ tentei ensinar, mas acho que ele já possuía o dom inato dentro de si.

Soltei um longo suspiro e fiquei encarando a mão firme da rainha que ainda me aguardava pacientemente.

─ Eu gostaria de poder ajudar a vencer seu medo, mas só poderei fazer isso se permitir. ─ ela sorriu ─ Se preferir, peço que Ilidia volte e fique ao seu lado durante a sua projeção, mas Loki só poderá ver a você.

Neguei rapidamente. Não tinha medo de ficar ao lado de Loki. Tinha medo da rainha entrar em minha mente e encontrar alguma coisa que fizesse com que ela perdesse a confiança em mim. Ela parecia pura demais, coerente demais, correta demais para ficar sabendo das minhas várias faces passadas.

─ Você vai... poder ver meus pensamentos? ─ indaguei antes de erguer a mão.

─ Sim, mas não sua memória. Só vou ter acesso a tudo que você pensar agora. ─ ela sorriu, condescendente e quase conseguindo esconder a curiosidade que brotou em si naquela hora.

─ Tá, tudo bem. ─ suspirei ─ Vamos fazer isso.

O que pensei durar muito tempo, não levou mais que dois segundos.

Em um segundo estava olhando para um sorriso gentil de Frigga enquanto apertava minha mão e no outro a face de Loki espelhada na parede de sua cela enquanto ele contemplava o vazio da cela a sua frente.

Não sei o que mais lhe surpreendeu: o fato de eu ter surgido ali, de repente, ou o fato de eu ter surgido ali.

─ Ora, ora. Vejam só, se não é a rainha dos humanos. ─ ele virou-se em minha direção com suas feições moldadas em uma surpresa eminente ─ A que devo a honra?

Ao invés de prestar atenção no indivíduo a minha frente, resolvi dar uma olhada a minha volta para checar ─ inutilmente ─ se estávamos realmente sozinhos.

─ E então? Está gostando dos meus aposentos? ─ puxou de volta minha atenção à ele e ficou me encarando a espera de uma resposta. Como eu não disse nada, ele voltou a tagarelar ─ O que veio fazer aqui, Ellizabeth?

Franzi o cenho por um momento, até que decidi como iria agir naquela situação.

─ Estou em busca de respostas. ─ dei alguns passos pelo lugar até parar de frente para uma pilha de livros que se quer foram tocados.

─ Acho que você deve ter uma fila de seguidores agora. Eles devem fazer o serviço. ─ seu tom afetado era óbvio, mas a curiosidade também rondava sua fala. E foi essa curiosidade que me deu forças para continuar com a farsa.

─ Não confio neles. ─ quando soltei as palavras, pude ouvir uma riso vindo de Loki.

─ E... confia em mim? ─ foi só então que percebi que aquele encontro para ele nada mais era que um jogo, um entretenimento fácil.

─ Não. ─ virei-me em sua direção e o olhei repreensora ─ Mas... Até agora foi o único que me pareceu sincero. Desde que você me revelou aquelas coisas na torre Stark, tenho pensado muito em você.

Ele riu e revirou os olhos.

─ Acha mesmo que vou cair nesse seu joguinho, Ellizabeth? Se pensa que é capaz de me fazer de-

─ Sonhei com você. ─ cortei-o, pretendendo o deixar surpreso e foi o que aconteceu ─ Na verdade... me pareceu mais uma lembrança. ─ suspirei, deixando parecer que me sentia derrotada ─ Eu não compreendo o que essas lembranças querem me dizer...

─ Isso é fácil. Procure uma semelhança entre elas e... vá atrás dessa semelhança. ─ apesar da desdenhosidade de Loki, percebi que ele estava jogando verde comigo para ver até onde eu havia conseguido chegar com minhas lembranças para procurá-lo. E foi que resolvi usar para continuar.

─ Eu sei, pensei nisso. ─ falei como se fosse óbvio ─ E é por isso que estou aqui, Loki. Todas as lembranças me trazem até você.

E lá estava o olhar de surpresa e uma pitada de satisfação que ele se quer quis esconder.

─ Fiquei pensando durante horas nessas lembranças e... percebi que estava, nada mais, nada menos, revivendo momentos com você na minha cabeça e... acho que isso deve ter algum sentido... Por isso vim até aqui. Preciso saber o que isso significa... Por que venho pensado tanto em você?

Ele soltou uma risada ampla, que se estendeu até tornar-se um simples sopro. Deu alguns passos em minha direção e, então, seu sorriso desapareceu aos poucos até seus lábios formarem uma fina linha tensa e seus olhos transbordarem sentimentos incompreensíveis. Ele ficou me fitando daquela forma por um longo momento, até que soltou um suspiro de descontentamento e se afastou.

─ Isso deve significar que você está sentindo culpada por ser a causa da minha prisão. Se você não tivesse cometido tantos erros, agora estaríamos governando Midgard e...

─ Loki, por favor! ─ quando grunhi as palavras, finalmente consegui sua absoluta atenção ─ Não vim aqui para brigar ou ficar cutucando o passado, juro. Não o passado recente. Eu estou tão cansada, me sentindo acuada, traída, assustada, deslocada... ─ enquanto eu falava, percebi que o olhar de Loki ganhava um brilho intenso, como se ele compreendesse cada palavra que eu dizia ─ E por um momento eu cheguei a pensar que... que você... ─ suspirei, revirei os olhos e mordi o lábio inferior deixando a frase surtir efeito.

─ Que eu... ─ ele esperou que eu completasse.

─ Que me entenderia. ─ finalizei, por fim ─ Quer dizer... ─ mais um suspiro ─ Como é que alguém aqui pode compreender isso? ─ revirei os olhos e coloquei minhas mãos na cintura ─ Estou me sentindo ridícula agora... Deixa pra lá. Vou deixar você em paz e... me virar sozinha. ─ quando voltei-me novamente para a parede, ouvi um movimento rápido atrás de mim.

─ Espere. ─ ele disse tão rápido que quase pensei ter ficado maluca e ouvido coisas ─ Eu entendo. ─ virei-me lentamente em sua direção e lancei-lhe meu olhar de descrença ─ Na verdade... Você já sentiu isso antes.

─ Quando?

─ Quando esteve aqui pela primeira vez. ─ ele achando que estava me entregando uma nova revelação, continuou a falar com um tom neutro e até mesmo um pouco calmo ─ Quando a corte de seu pai se instalou aqui permanentemente depois da guerra, você ainda não estava adaptada a nossa vida. Então, em um jantar em que você deveria contar sobre sua experiência aqui, acabou deixando escapar o óbvio. Ninguém de seu planeta estava se sentindo bem acomodado. Você contou que se sentia estranha, assustada, um pouco excluída e temerosa. E ainda falou que não sabia se algum dia seria capaz de ser a rainha de Asgard.

Ok... Essa é uma nova revelação.

─ E o que minha família achou disso tudo? ─ dei um passo em direção ao meu ponto alvo e fitei Loki a procura de alguma desconfiança. Como não encontrei nada, esperei por uma resposta ao invés de dar outro passo.

─ Sua mãe, apesar de não ter dito nada na hora, concordou com cada palavra, assim como seus irmãos, mas... Seu pai... Ficou muito magoado. Ele esperava mais de você. Sempre esperou mais.

─ Meu pai? Ele... Onde ele está? Não fui apresentada a ele ainda.

─ Foi morto. ─ ele cortou-me logo

─ Como assim? ─ insisti na expectativa de que ele revelasse algo a mais.

─ Sua saúde estava debilitada, porque nossas condições climáticas são diferentes da de seu antigo planeta e ele não conseguiu se adaptar muito bem. Então acabou pegando alguma doença desconhecida que não possuía nenhum tipo de sintoma e morreu dias antes do seu veredito de exílio em Midgard.

─ Tem certeza disso Loki? Quer dizer... O cara devia ser um deus. Não é possível que uma simples doença tenha o matado. ─ e lá se foi toda minha tática de me transformar em Viúva Negra por alguns minutos. Eu havia entregado de bandeja à ele meus objetivos ali.

Ele me encarou por poucos segundos parecendo assimilar suas palavras, mas para minha surpresa ele franziu o cenho e me olhou curioso enquanto perguntou:

─ Como foi que chegou aqui? ─ eu não tive tempo para procurar por uma desculpa ou modo de fugir do assunto, pois ele logo continuou a falar ─ Frigga. ─ revirou os olhos ─ Preciso admitir, Ellizabeth. Você quase conseguiu me enganar e se passar por sozinha. Mas veja só, está óbvio que não está isolada. Agora aprendeu a fazer amigos mais depressa, não é mesmo? Acho melhor você ir embora.

─ Não antes que me diga quem foi me matou meu pai. ─ rebati, erguendo o nariz e já superada da burrice que havia cometido.

─ Olhem só, cheia de pose, já os considerando como sua família. Imagino que Semha esteja adorando toda essa situação e já tenha se recuperado da maluquice. ─ ele sorriu friamente.

Cogitei a ideia de mudar de assunto e perguntar sobre Semha, mas voltei a mim e lembrei-me de que estava falando com Loki - O envenenador de cabeças.

─ Loki, é sério. Diga quem foi o assassin-

─ Eu não vou falar. ─ ele cortou-me calmamente ─ Não sei porque perdeu seu tempo vindo até mim. Se não falei há 25 anos, por que falaria agora? ─ seu sorriso cresceu e transformou-se em um deboche perceptível.

─ Odin irá saber disso e, sinceramente, acho que ele irá conseguir arrancar de você respostas.

Loki começou a gargalhar e desfilar pelo quarto como se fugisse de mim.

─ Por favor, não faça mais piadas assim ou posso acabar morrendo de tanto rir. ─ ele riu mais um pouco antes de fitar-me e rebater-me ─ Acha mesmo que Odin fará alguma coisa quanto a morte de Haz, Ellizabeth? Acha que Frigga, sua própria esposa, já não tentou convencê-lo a buscar por respostas? Como você é tola. Mais tola do que eu pensava, preciso dizer. Na verdade está competindo com minha mãe. Duas tolas, idiotas, que pensam ser capazes de descobrir algo que nem mesmo sabem se é verdade.

─ Como você tem coragem de falar assim da sua mãe? ─ senti meus braços arderem e pinicarem, mas não tentei controlar as chamas que viriam a seguir ─ Ela cuidou de você como um filho durante anos, dedicou a vida dela à você é assim que retribui? ─ e as chamas vieram e arderam de formas calorosas por meus braços.

Não muito longe de nós, ouvi um grito de pânico e alguém implorar para que eu parasse com aquilo, mas não compreendi quem era, então voltei-me para Loki que me encarava surpreso.

─ Parece que você está aprendendo a controlar, finalmente. Mas... Me diga uma coisa, Ellizabeth: Se você está aqui e é apenas um reflexo da sua imagem real, e está pegando fogo... Como é que você está do outr-

O discurso de Loki foi interrompido, pois a situação mudou completamente e logo eu havia voltado para o salão vazio ao lado de Frigga que já desvinculava nossa ligação e dava passos para trás.

─ Céus! ─ ela gritou enfurecida ─ Quase que me mata, menina! ─ ela encarou-me pasma e olhou para meus braços que já perdiam o brilho alaranjado.

─ Sinto muito, eu... ─ mordi o lábio enquanto fitava a mão da rainha chamuscada ─ Posso fazer alguma coisa para ajudar?

─ Não me machucou, criança. Fique tranquila. Só estou... surpresa. Não esperava que Loki a tirasse tanto do sério.

Levamos, ambas, um tempo para nos recuperar em silêncio de todo o momento com Loki. Apesar de seus olhos apresentarem uma curiosidade insaciável, a rainha se manteve em uma pose impecável enquanto eu decidi me sentar ao chão, com as pernas cruzadas e encarando minhas mãos que há pouco pegava fogo, na tentativa de tentar compreender o que tudo aquilo ─ tudo mesmo ─ significava.

─ O que Loki disse sobre mim não deveria assustá-la tanto assim, Ellizabeth. Não era para atingi-la ao todo. Em parte, Loki me culpa por estar preso.

─ Loki culpa a todos, por tudo. ─ falei apenas.

─ Sim. Ele culpa. ─ Frigga soltou um suspiro pesado e fitou o fim da sala escurecida.

─ Acho que ele sabe quem matou meu pai, mas não quer dizer. Acho que vai querer jogar conosco e até trocar sua liberdade pela informação. ─ resolvi voltar ao foco principal.

─ Sinceramente, era o que eu esperava que ele fizesse com você. Achei que o abordaria de outra maneira, mas acabei me surpreendendo. Conseguiu mudar o foco de tudo e arrancar algo dele. Mesmo que não tenha nos ajudado muito.

─ Você o ama? ─ ela me encarou, sabendo que eu iria complementar a pergunta e esperando pelas palavras ─ Como filho, quero dizer. Consegue fazer isso, apesar de tudo?

─ E você consegue amar seu pai mortal, apesar de saber que ele não é seu pai de verdade?

Só depois daquelas palavras que consegui compreender em parte o sentimento materno de Frigga por Loki. Compreendi em parte, porque era meio absurdo comparar Nick Fury, um dos maiores ─ se não o maior ─ agente secreto de toda a Terra, com Loki. Um deus nórdico idiota e sem coração.

─ Sei o que pensa dele, Ellizabeth. Sei o que todos pensam dele. Mas se esquecem de quem Loki já foi um dia. Se esquecem dos bons momentos.

─ Talvez porque as coisas ruins que ele já fez, superam as boas. ─ acabei deixando escapar e recebi um olhar afetado da rainha ─ Me desculpe, mas é a verdade. Loki não é uma boa pessoa e, apesar de seu amor de mãe te dizer o contrário, precisa encarar os fatos. Ele é mau.

─ E quem não é? ─ ela me pegou com sua pergunta ─ Quem não possuí erros, falhas? Quem não fez escolhas erradas? Quem nunca enganou, mentiu, trapaceou em benefício próprio?

Precisei de segundos para recuperar a compostura e rebater a rainha.

─ Mas às vezes as mentiras, escolhas erradas, trapaças foram por boas causas. ─ franzi o cenho enquanto falei.

─ E só por isso elas deixam de ser o que são? Deixam de ser coisas erradas? ─ a rainha me pegou mais uma vez ─ Ellizabeth, você ainda é muito nova nesta sua vida. Mesmo em sua vida de Ignis, ainda era muito jovem. Não compreende muitas coisas e, apesar de ser uma boa pessoa, não consegue se controlar muito bem. Precisa pesar as coisas antes de tomar decisões, querida. Ou pode acabar se magoando.

E foi com aquele tapa que a rainha se despediu de mim e cada uma seguiu para seu aposento ─ eu, certamente, com a ajuda de Ilidia que me aguardava na saída do salão.

Fiquei refletindo sobre o que a rainha quis dizer e me deixei levar pelos sentimentos até Steve. Será que eu estava pesando as coisas com Steve? Será que estava pesando meus sentimentos ou simplesmente agindo à moda Ellizabeth de ser? Por impulso e vivendo o momento, sem pensar no futuro? Nossa! Eu tenho um futuro com Steve? Será que sou a pessoa ideal para Steve Rogers? Merda. Eu preciso começar a pesar as coisas.


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Notas finais do capítulo

Essa é a terceira vez que tento postar o capítulo, acreditam? Toda vez que clico pra enviar, minha internet cai. Que vergonha (risos).

Bom, na expectativa de que o capítulo vá agora, deixo vocês com beijos, jujubas, uma paçoca pra cada um e um até breve. õ/



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