Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 4
The Queen


Notas iniciais do capítulo

Olá. (nossa que olá sem graça, né? tsc, tsc)
OLÁAA! (melhor, melhor)
Quanto tempo tem que não apareço por aqui? Um ano, dois? Talvez um século...
Mas como vocês sabem estudei tanto que quase morri (literalmente).
Pra quem não sabe (ou não visitou meu perfil nesses dias), peguei uma bactéria maldita enquanto estava de viagem com a escola e estou exausta praticamente todos os dias. Mas, pelo milagre assim clamado, as férias chegaram.
Consegui escrever esse humilde capítulo só pra deixá-los com meu simples sorriso maléfico já que nossa mágica, sedutora e cheia de mistérios história tem início.
Antes de mais nada quero agradecer publicamente a todas as mensagens privadas de preocupação. Eu meio que chorei de emoção com cada comentário (tô meio sensível e um tanto carente também {risos}).
Só pra constar: ONTEM ESTREIOU ANT-MAAN! Só que só irei assistir segunda-feira.
Obrigada por ler tudo isso, amo vocês (sério, eu amo mesmo!)



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Todos no salão desfilavam de um lado para o outro, usando suas melhores roupas e cumprimentando uns aos outros com sorriso sinceros no rosto.

Não conhecia ninguém ali, se não minha recente família, Thor e o poderoso Odin.

Era estranho ter que caminhar ao lado de Semha ─ a mamãe bruxa que me obrigava a cumprimentar todos os convidados do Sarau ─ entre as pessoas, utilizando um sorriso falso que devia parecer mais uma cara de espanto.

Thor estava ao nosso lado também e, sempre que alguém exigia uma palavra conosco, eu era obrigada a cutucar Thor e perguntar o nome da pessoa e nosso grau de intimidade. Para minha sorte, a maioria das pessoas ali era apenas conhecidas.

No fim de nosso passeio pelo salão, pude finalmente fazer uma pausa com os sorrisos falsos e me esconder em uma das sacadas disponíveis pelo espaço dourado reluzente.

Tudo aquilo era informação demais para mim. Eu não conseguia assimilar nada, estava confusa e me sentindo traída. Sempre que perguntava a Thor: "Quando é que poderei falar com Ignis", ele mudava de assunto e começava a zanzar pelo salão me re-apresentando a pessoas.

Mas, entre todas as coisas desagradáveis, a pior delas era Semha e a conversa de casamento. Eu não sabia, a princípio, suas intenções comigo. Entretanto, no momento em que coloquei os pés no salão e ouvi o comentário de Thor sobre minha roupa, eu tive certeza de que aquela mulher não prestava. Nem um pouco.

A peça de roupas que ela havia me escolhido era, na verdade, um vestido de casamento feito sob encomenda para a união de Ignis ─ no caso: eu ─ e Thor.

Eram raras as vezes que sentia medo na vida, mas nunca senti aquele tipo de medo. Eu realmente temia pelas ações de Semha. Pelo pouco tempo que estive em Asgard, ela já me submetera a situações confusas demais para serem chamadas de atos maternos. Quase que me arrependi de ter aceitado aquela oportunidade maluca de me livrar dos poderes de fênix e preferi a morte calorosa à passar mais cinco minutos ao lado daquela bruxa.

─ Então, ouvi falar que aqui é que está acontecendo o ponto alto da festa. ─ uma voz feminina soou logo atrás de mim e despertou-me da minha fuga mental.

Havia uma mulher de cabelos loiros e olhar gentil que me encarava sem desviar o olhar e parecia me lançar pequenos flancos de energia positiva que, ao entrarem em contato com minha pele, sentia todo meu ser relaxar e a tensão me abandonar.

─ Acho que não fomos apresentadas devidamente. ─ ela sorriu sinceramente e pôs-se a se esconder nas cortinas ao meu lado ─ Me chamo Frigga. Sou mãe de Thor e Loki.

Por um segundo o ar me faltou e eu quase perdi a compostura e deixei escapar uma pequena reverência.

─ Por favor, Ellizabeth. Não é necessário. ─ tocou em meu braço e mais um jato tranquilizante pareceu passear por meu corpo.

Deixei escapar um rápido suspiro enquanto voltava-me novamente em direção ao horizonte arrebatador que me aguardava. Tudo ali em Asgard era dourado, brilhante, havia uma beleza rústica e fora do normal em cada coisa, em cada um ali presente.

─ O que tem achado de Asgard até agora? ─ ela deu alguns passos só para ficar ao meu lado e pousou um dos braços na sacada de mármore.

─ Dourada. ─ ela deixou escapar uma leve risada que pareceu mais um sino quando respondi a sua pergunta.

─ Essa é, com certeza, a melhor definição que ouvi em anos.

Assenti, brevemente, enquanto voltava a sentir o peso real de meu corpo e toda a tensão.

─ A primeira vez que você entrou neste castelo, sua definição de Asgard foi arrebatadora. No início eu não compreendia muito bem, mas com o passar dos anos ficou cada vez mais claro que Asgard era mais um exílio para você do que outra coisa. ─ a rainha contou com um tom um tanto quanto maternal ─ Até, claro, você e Loki ficarem amigos. ─ suspirou ─ Cada canto do castelo que você e ele contemplavam com suas presenças parecia possuir uma magia de luz sem fim. Era incrível como a risada dos dois, as conversas abertas e as brincadeiras infantis alegravam a todos, até mesmo seus pais. Foi o que mais senti falta quando você partiu. Da luz que emitia quando estava confortável. Dos seus sorrisos e olhares iluminados... Da forma como tudo parecia fácil, simples ao seu ver, e ao mesmo tempo elegante e um desafio memorável. ─ um sorriso brilhante surgiu nos lábios da rainha, seguido por uma fina lágrima que escapou de seu olhar.

─ A senhora está bem? ─ franzi o cenho, totalmente surpresa com a reação da mulher a minha frente.

─ Thor chegou a contar a você como tudo ficou quando partiu? ─ ela indagou, com a voz um pouco falha, mas já recuperando o fôlego quando simplesmente neguei com a cabeça ─ Uma escuridão sem fim. Foi o que Loki disse no momento em que você partiu acompanhada de sua mãe. As cores, de repente perderam o brilho, a comida não possuía o mesmo gosto... Thor naquela época não se importara muito com sua partida, pois era outra pessoa. Já Loki... Foi o que mais sofreu. Mas sofreu em silêncio, se fez de forte... Dizia a todos que já havia superado seu amor, que sabia que era o certo a se fazer, já que você deveria ser a rainha. Mas eu sabia que ele estava sofrendo. O coração de mãe não pode ser enganado, Ellizabeth... Acredito que com o passar do tempo, todo o sofrimento foi incontrolável demais para Loki... Então, há um ano... ele explodiu. ─ dessa vez ela soltou um suspiro pesado, longo e totalmente afetado ─ Loki fez coisas terríveis em nome do poder, ele acabou descobrindo que era adotado e... piorou ainda mais a situação. Quase dizimou uma raça inteira achando que aquilo poderia honrar o nome do pai e ele perdoar os pecados da amada... Foi nesta mesma época que Thor foi exilado em Midgard. E, se ele não voltasse a tempo, Loki teria destruído uma nação somente para tomar o poder e trazê-la de volta. Como foi vencido por Thor, ele escapou, fingindo sua morte, e foi buscá-la entre os mundos. E o resto da história você já tem conhecimento.

Ela me deu um momento para absorver toda a história que acabou me desequilibrando um pouco. Precisei de uns bons minutos para colocar a cabeça no lugar e começar a enxergar as coisas com mais clareza.

─ Então Loki é o que é, porque Odin o privou de quase tudo. ─ finalmente consegui dizer.

─ Não, Ellizabeth, você não compreendeu. Odin salvou a vida de Loki. Ele seria morto se o Pai de todos não o salvasse.

─ Tá, mas sempre deixou o filho em segundo plano. Thor sempre teve tudo, Thor sempre pôde tudo. Até a mulher que ele amou, lhe foi negado porque era de Thor. ─ rebati, e acabei me surpreendendo com minhas palavras de defesa à Loki. Eu realmente estou defendendo o cara? É. Estou. ─ Se Odin não tivesse permitido meu... quer dizer... o casamento de Ignis com Loki, nada disso seria necessário. A Terra estaria intacta, Thor já seria rei ou sei lá o que...

─ Você nunca teria ido à Midgard, nunca teria conhecido as pessoas boas que conheceu por lá, Thor seria um rei tirano, Loki nunca estaria satisfeito, Ellizabeth. Porque o problema de Loki não é o que lhe foi tirado e sim o que não lhe é permitido. Loki anseia apenas pelo que não pode ter... Você realmente não compreende as coisas querida... Não ainda.

─ Eu não quero compreender. Eu quero acabar com essa coisa de Ignis logo e ir pra casa. ─ tive que me segurar para não gritar com a rainha ─ Não sei o que querem de mim, mas eu sei o que quero. E eu quero viver o mais longe possível de toda essa gente. Quero ir para casa.

─ E se essa for a sua casa?

↜❁↝

A rainha me deixou plantada naquela sacada sem palavras para responder a sua pergunta. Pergunta que, preciso dizer, bagunçou todo o meu ser e me deixou em inércia por um bom, bom tempo.

Já estava me cansando de tudo aquilo. De ser a que menos sabia das coisas, de passar por corredores que até mesmo os guardas que estavam mais para segurança de parede sabiam mais que eu.

Na Terra, todo o plano parecia perfeito. Eu viria a Asgard, arrancaria fora toda aquela coisa de Ignis de dentro de mim ─ mesmo que custasse as habilidades que já estava acostumada a possuir ─, voltaria para casa e viveria uma vida normal ao lado de Steve, Stark, Fury e os outros. Eu pensava até mesmo em passar as férias de verão em Miami, na casa de Tony, tomando um bom Whisky e ouvindo as reclamações de Happy em relação as zombarias só porque já foi segurança do Homem de Ferro.

Mas agora, a única certeza que eu tinha era que Ignis parece ser importante demais para simplesmente ser enviada de volta a seu exílio na Terra. E, infelizmente, eu era a Ilidia.

Depois do Sarau, eu pude me recolher aos meus aposentos e ficar lá até segunda ordem.

As empregadas puderam ser dispensadas e eu passei o resto da noite jogada na cama, lançando ao ar um cilindro cristalizado que possuía uma pequena bola de fogo em seu interior que crescia de intensidade toda vez que eu o tocava.

─ Se você deixar cair, a luz de seu quarto irá se apagar. ─ uma voz surgiu no interior do quarto e me fez quase pular da cama.

Era Ilidia.

Para minha eterna surpresa, já que eu não a esperava tão cedo.

Seu cabelo loiro invejável brilhava como diamantes sobre as luzes douradas do quarto. Ela havia retirado o vestido do Sarau e agora usava uma túnica simples cor de pele com pequenos detalhes em azul e prata.

Ficamos um bom tempo nos avaliando, o que surtiu um clima pesado. De um lado tínhamos a irmã que sabia de tudo e que parecia ter comido algo que não gostava, enquanto do outro lado havia a que possuía uma amnésia causado por seu quase-sogro e que não tinha certeza de absolutamente nada.

Fiquei totalmente incomodada com aquele clima e resolvi falar alguma coisa.

─ Então você é minha irmã... ─ minha afirmação soou mais como uma pergunta e foi tão estúpida que tive vontade de me socar.

─ Sim. Muito mais do que uma simples curandeira. Sou princesa da antiga e perdida terra de Muspelheim. ─ era óbvio que ela se sentiu ofendida quando eu a chamei de curandeira mais cedo.

─ O que quer comigo? Não acho que tenha vindo aqui só pra me ensinar como se apagar a luz do quarto. ─ deixei o cilindro sob a cama e resolvi me levantar. O chão era frio e maciço demais para meus pés descalços o que me trouxe um milhão de piadinhas sobre a minha nova sensibilidade na pele. Que coisa de mocinha. Aposto que Stark estaria zombando de mim agora.

─ Não. A rainha me mandou até aqui... Eu só esto um pouco reclusa com a ideia de que você é capaz de realizar o que ela irá lhe pedir.

Cruzei meus braços e dessa vez deixei claro que fui eu quem se sentiu ofendida ali. Quem é ela pra determinar o que sou ou não capaz de fazer?

─ Você realmente não se lembra de nada? ─ Ilidia perguntou, parecendo tão cética quanto a mãe.

─ Algo me diz que se eu realmente lembrasse de alguma coisa, não teria voltado. ─ ironizei descaradamente.

Finalmente ela relaxou os ombros e deu um leve sorriso.

─ Não. Não mesmo. ─ um brilho estranho surgiu em seu olhar e ela deu alguns passos em minha direção ─ Mesmo que você não se lembre... Quero me desculpar, Ignis... Falhei com você. Não consegui controlá-la. Ela mudou... Mudou tanto que assusta até mesmo Iuel...

─ Espera! ─ eu a cortei ─ De quem exatamente está falando?

Algo no meu interior me dizia que eu já sabia a resposta.

─ Nossa mãe. Estou falando de nossa mãe. ─ suspirou ─ Mas não foi isso que vim fazer aqui ─ endireitou a postura mais uma vez em assentiu para mim ─ Vim levá-la até a rainha. Ela deseja vê-la.

Preparei-me para calçar o sapato, mas Ilidia ergueu a saia de sua túnica, mostrando que não era necessário.

─ Será melhor e mais silencioso se formos descalças.

Segui minha irmã e possível amiga por corredores tão escuros que não seria capaz de enxergar se não fosse por minha visão apurada. Desci degraus extensos, subi ladeiras que não pareciam ter fim, por um segundo achei que teria de escalar paredes e adentrar em salas secretas, mas finalmente chegamos a um salão que seria vazio se não estivesse acobertando uma mulher que horas antes se apresentara como Frigga.

─ Muito obrigada, Ilidia. ─ disse a rainha minutos depois da loira curvar-se em reverência ─ Olá Ellizabeth. ─ sorriu para mim e ergueu uma das mãos pedindo que eu me aproximasse.

─ Ilidia disse que a senhora quer que eu faça algo. ─ franzi o cenho deixando a disposição dela toda minha dúvida.

─ Sim. Mas antes quero avisá-la de que... ninguém poderá saber o que você fará agora. E... Preciso explicá-la do porquê estou fazendo isso.

─ Tudo bem... ─ assenti, deixando uma fração do meu ego subir e me fazer sentir importante.

─ Um dia antes do conselho decidir se você seria exilada ou não, seu pai, Haz, veio a falecer. Todos pensaram na época que fora sua saúde que faltou-lhe, mas... Algo me diz que há mais nesta história do que realmente pensamos. E que... existe alguém que pode saber tão bem desta história quanto seu próprio falecido pai.

─ E quem seria essa pessoa?

─ Loki.


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Notas finais do capítulo

HAHAHAHAHAHAHAHAHA
Espero que tenham gostado desse humilde e (terrível?) capítulo.
Deixo vocês com um beijo de uma doente, um saquinho de jujubas e umas gotinhas de remédio pra dor (risos).

Até o próximo capítulo (ou talvez eu os veja nos comentários {sorriso ultra Colgate})



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