Doutor Estranho: O Diário de Agamotto escrita por Larenu


Capítulo 3
Motoqueiro Fantasma


Notas iniciais do capítulo

Se bem me lembro, em um dos primeiros capítulos de "Marvel: Os Maiores Heróis da Terra", eu tinha dito que aceitava sugestões de personagens para aparecerem na fic. Se não me engano, foi o autor/leitor JDrew quem sugeriu o Motoqueiro Fantasma. Então aqui está, JDrew, o Motoqueiro Fantasma (Johnny Blaze) introduzido ao Universo-199383.



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Em uma esquina de uma rua de Nova York, uma moto em chamas jazia estacionada. Seu piloto, um homem de face peculiar, estava encostado na parede da academia que havia na esquina (a Fogwell's Gym). Seu rosto, escondido por um chapéu preto estilo "três mosqueteiros", dava a impressão de chamas bruxuleantes a quem passasse e o visse.

Parece que não vem ninguém – concluiu com sua voz grossa e seca.

– Espere! –gritou a voz de um homem.

O homem de chapéu (cujo nome um dia fora Johnny Blaze) se virou para a parede. Um círculo brilhante se formara nela, a marca de um portal. Uma mão saiu para fora. Ela pertencia ao homem que pedira para que Johnny esperasse. Vestido com uma roupa azul, longas botas pretas e uma capa vermelha e amarela, o Mago Supremo saiu da parede. Atrás dele vinham uma mulher (vestida como enfermeira, exceto por uma máscara branca) e um mordomo calvo.

Strange.

– Olá, Blaze.

Sem enrolar, Doutor Estranho. Seja breve.

– Sabe porque eu estou aqui, não sabe?

Sim, eu sei. Sei que certo Mago foi incompetente em sua tarefa de aprisionar um ser maligno, que agora está livre no mundo.

O mordomo, Wong, se Blaze se lembrava, avançou. A enfermeira mascarada o seguiu. Strange, porém, pediu que parassem, o que fizeram.

Stephen Strange, não vou fazer seu trabalho por você.

A enfermeira atirou algo semelhante a uma seringa no chapéu de Blaze, que caiu no chão. Ela, horrorizada, cambaleou para trás. O rosto que agora encarava era um crânio flamejante.

– Senhorita Enfermeira Noturna, lhe apresento o Motoqueiro Fantasma.

Johnny se virou a tempo de ver o mordomo terminar a frase. Furioso, o Motoqueiro Fantasma tentou avançar. Por algum motivo, porém, parou antes mesmo de invocar suas tradicionais correntes flamejantes.

– Quanto vai ser, Johnny? – perguntou Strange. – Quanto quer para encontrar o Pesadelo.

Já que está oferecendo de forma tão agradável, vou cobrar pouco. Eu quero ela.

– Eu? – perguntou a Enfermeira Noturna.

– Não, minha cara, não é você. E Strange sabe disso. Estou me referindo a uma velha amiga minha... Satanna Hellstrom.

– Blaze, você sabe que não posso te dar Satanna Hellstrom. Não que eu não queira, é claro... Mas não está a meu alcance.

Na verdade, você não sabe. Logo seus interesses (seus e dos Hellstrom) vão se cruzar. Vou lhe acompanhar até Pesadelo. Mas, ao final de sua jornada, você vai, preste atenção, você vai me entregar Satanna.

–Mas, afinal, onde ele está?

Ironicamente, onde eu cresci. No circo.




– Espere... Você está me dizendo que Pesadelo virou um artista circense? – perguntou Stephen Strange, incrédulo, enquanto encarava o rosto flamejante do Motoqueiro Fantasma.

Não, Mago Supremo. Creio que você me entendeu.

– Espere – começou Linda, que até agora apenas observava a conversa. – Fiquei sabendo que há um circo em Nova York. No Central Park.

Bingo! Sabe, Strange, essa enfermeira é mais esperta do que você!

– Estamos indo para o circo, então?

Na verdade, ainda não estamos indo para lugar algum. Mas, sim, vamos para o circo!

Blaze pulou em sua moto. As chamas da moto e de sua cabeça se espalharam por seu corpo, sem queimar as roupas.

Te vejo no circo, Doutor!

Stephen se virou para Linda.

– Onde mesmo que é esse circo?

Linda explicou exatamente onde estava o circo no Central Park: uma área perto do lago, onde as pessoas costumavam fazer piqueniques em família. A simples menção a uma área verde com pessoas sorrindo em meio às árvores fez Wong se afastar deles por um tempo. Ele só voltou quando Stephen preparou o portal.




O portal de Stephen os levou direto para o Central Park. Caminharam por alguns minutos e finalmente chegaram ao circo, onde o Motoqueiro fantasma os aguardava, irritado.

Por que demoraram tanto? Alguém poderia ter me visto!

–Me desculpe, Johnny. Não quis expô-lo.

Sorte a sua que ninguém me viu. Senão....

Está bem, o senhor Stephen já entendeu. Pode nos guiar até Pesadelo? – pediu Wong.

Está bem, mordomo mandão.

Linda não pôde deixar de sorrir. Stephen percebeu, mas não disse nada. Acompanhando o Motoqueiro Fantasma, os três entraram na tenda vermelha e branca do circo. Lá dentro, no centro do círculo que a tenta formava, havia um tanque circular com água. Duas rampas estavam posicionadas, uma de cada lado do tanque, para alguém saltar por elas.

Chegamos.

Ela só havia ido a um circo uma vez na vida, quando era pequena. Sua tia Peggy a levara com sua irmã para ver um grupo de acrobatas que viera para Nova York. Linda não gostara do circo em si, mas sim da companhia da tia que sempre a alegrava. Se ao menos Peggy ainda estivesse sã...

Strange caminhava a frente, como se estivesse desconfortável por estar ali, exatamente como fizera no Monastério do Ancião. Blaze conversava com Wong, deixando Linda sozinha em um canto.

O Doutor Estranho já estava quase dentro do tanque, quando freou. Olhou para Blaze, passando por Wong e então parando em Linda. Ele parecia assustado.

– Estão prontos? Pesadelo vai proporcionar visões de seu passado misturadas com o futuro e ainda com ilusões. Não acreditem em nada do que virem.

Eu estou – disse o Motoqueiro Fantasma, parecendo esboçar um sorriso.

– Também – disse Wong, com um pouco de receio.

Só faltava Linda.

– É... Acho que eu também.

Relutante, Stephen Strange virou-se para o tanque e chamou:

– Pesadelo? – Nada. – Você está aí?

De repente, uma risada histérica e aguda se fez ouvir. As luzes começaram a se acender em sentido horário. Logo o circo inteiro estava iluminado. Uma fumaça verde começou a sair do tanque no centro, entrando nos pulmões deles.

Olá, senhoras e senhores! – disse uma voz aguda e irônica – Sejam bem-vindos à atração principal da noite... Vocês!

Risos e aplausos começaram a vir da arquibancada vazia. Era como se estivessem em uma apresentação circense... Onde os palhaços, os mágicos, os acrobatas e os trapezistas eram eles.

Tudo começou a girar em volta deles. A visão deles começou a ficar distorcida, e sons distintos vinham de lugar algum. Linda então se viu no asilo de sua tia, Stephen se viu no Monastério do Ancião, Wong em um bosque e Johnny em um circo.

E seus piores pesadelos e lembranças se fundiram em uma coisa só. A versão maligna da Dimensão dos Sonhos... a Dimensão dos Pesadelos.


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Notas finais do capítulo

Peço perdão por estar postando mais aqui do que na cronologia principal... É que estou com um pequeno bloqueio criativo, e como eu já tinha algumas coisas planejadas para esta fic, as coisas são um pouco mais simples do que na cronologia principal.

Ah, esqueci de avisar... Pensem no Pesadelo como um Coringa espectral.



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