Stay Alive Loki escrita por HomeFiction


Capítulo 18
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Então o Epílogo, mas estou realmente feliz por terminar, é como um projeto que deu muito certo, começo, meio e fim, e graças e todo esse carinho eu considero um fim de grande sucesso... é coisa de comemoração!

Agora vou poder me dedicar às novas fics e tenho muitas ideias pecaminosas em mente!

Valeu tudo mundo! E vamos partir para o próximo projeto, depois é claro de curtir o Epílogo.
Beijos!



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Os dias que se seguiram foram mágicos e serviram para Loki e sua família reatarem alguns laços antigos. Mas uma semana após a reconciliação Thor e Odin tiveram que voltar para Nova Iorque, havia muita coisa a ser resolvida na Borson.

Thor havia dito a Loki ao menos umas 30 vezes que o amava, Loki revirava os olhos impaciente, mas adorava a atenção do irmão. Era como se eles tivessem voltado à infância e Loki sentia muita falta disso, só era ruim que tiveram que quase se perder para se reencontrar.

Odin viu os filhos conversando animadamente em uma das mesinhas em frente ao apartamento alugado de Loki, onde a família estava ficando nessa estadia na Dinamarca. Ele se aproximou lentamente, ainda levaria algum tempo para reconquistar a confiança do filho mais novo, mas Loki não o evitava e isso era um grande progresso. –Stark fez um grande trabalho exaltando suas qualidades profissionais. – ele falou quando se sentou na cadeira vazia do lado de Loki. –Como eu já não soubesse rapaz arrogante esse seu amigo.

–Ele me contou. – Loki respondeu.

–Vamos falar de negócios? Então eu aproveito para fazer um importante comunicado. – disse Thor solenemente. –Pai, Loki. Eu vou sair da empresa. – disse de uma vez. Na verdade era um peso que lhe saia das costas, já que no fundo ele nunca quis a Borson.

–Thor? – Odin se surpreendeu.

–Desculpe pai. Mas eu vou seguir o meu caminho. – iniciou firmemente. –Tudo isso que aconteceu com o meu irmão, – disse ele apertando suavemente o ombro de Loki. – acho que se me serviu de alguma lição é que a vida pode passar rapidamente, então devemos fazer o melhor que pudermos para ser feliz. E eu vou atrás do que me faz feliz e você vai ter que pensar em outra pessoa. E no mais todos nós sabemos que não daria certo comigo. É preciso um talento que eu não tenho. – admitiu.

–Tudo bem, Thor. Eu não tenho o direito de obrigá-lo a fazer algo que te deixa tão infeliz... – disse Odin triste. –Eu vou retomar a presidência da Borson. Mas eu realmente estou cansado, por isso será interinamente. – avisou o velho. –E eu não vou precisar pensar em outra pessoa. A Borson já tem um presidente. – nisso ele sorriu para Loki. –Ele só não vai poder assumir agora devido a estar enfrentando uns “contratempos” de saúde.

Thor sorriu aquele seu sorriso iluminado apertando ainda mais o ombro do irmão e Odin o encarando expectante. –Desculpe Odin. Eu ainda não sei que rumo tomar na vida depois de me curar completamente. Eu sinto muito, mas minha resposta é não.

–Loki, você ama o que faz e a Borson precisa de você. – rebateu Odin pacientemente.

–Eu não posso! – Loki o encarou. –Eu não posso deixar Laufey aqui sozinho e voltar para Nova Iorque como se nada disso tivesse acontecido. Ele é meu pai também.

–Irmão, você não quer mais voltar? Está mesmo pensando em ficar aqui? – Thor sabia que isso esmagaria o coração de Frigga e na verdade o seu também, mas se Loki quisesse realmente ficar era uma opção sua e todos o apoiariam.

–Eu não sei Thor. – disse Loki.

–Loki, você é o presidente da Borson, não tenho dúvidas disso! – Odin tocou o rosto pálido do filho erguendo o queixo dele para que seus olhos se encarassem. –Haverá um cargo vago na sua diretoria, mandei o senhor Rogers embora antes de vir para cá, ele não dava conta do recado. Então estamos precisando de um diretor financeiro, estava pensando em alguém com bastante experiência para o cargo. Alguém que teve sua carreira bruscamente interrompida... – Odin sugeriu.

O semblante de Loki se alterou de surpreso para um de contentamento. Era como se ele tivesse vislumbrado o futuro, seus olhos se marejaram quando ele sorriu. –Desde que recebi o diagnóstico é a primeira vez que consegui pensar no futuro. – disse baixinho. Seria bom voltar para casa e para a Borson e ainda por cima ter Laufey ao seu lado. Isso seria um sonho, quase utópico.

Loki não deu uma resposta a Odin de imediato. Ele precisaria pensar... E de qualquer forma ele não sabia se Laufey aceitaria um acordo com Odin depois de tudo que aconteceu.

(******)

Em alguns dias partiram Thor e Odin. O loiro com o jeitão amistoso dera um abraço apertado e demorado no irmão. Já com Odin, foi apenas um cumprimento de cabeça.

Loki suspirou dando o braço para Frigga. Eles ainda tinham uma luta a ser travada na Dinamarca antes que ele pudesse pensar sobre aquele futuro.

Mas a presença de Frigga parecia tornar tudo mais simples. E dois meses depois Frigga, Laufey e Loki comemoraram a fase de remissão com um almoço, com direito a nabos e alface colhidos da horta. Mais um mês Loki se submeteu ao transplante haploidêntico, onde não havia 100% de compatibilidade, mas uma prática já muito normatizada na Europa. Laufey foi o doador, como esperado.

E mais uma vez eles comemoraram. O transplante foi um sucesso total e Loki, a partir dali, foi apenas melhorando gradativamente, para a alegria de Laufey e Frigga, e também dos demais Odinson em Nova Iorque.

Entrementes Frigga teve que retornar para os Estados Unidos por fim do prazo do visto de turismo. Ela ficaria indo e voltando sempre que possível até Loki finalizar o tratamento e poder definitivamente retornar com ela para casa.

Enquanto seguia com o tratamento Loki começou a cuidar dos investimentos das indústrias Stark e também dava consultoria à Borson, à distância, ajudando Odin a reerguer a empresa.

Mas o tempo passou, tornando os dias em meses e os meses logo correram para a casa dos anos. E numa consulta, dois anos depois da primeira, Doutora Lucent, chorou ao dar alta de Loki. A leucemia havia sido vencida.

–Parabéns! – foi o que ela, muito emocionada disse. Era difícil não se apegar a alguém que tinha lutado com unhas e dentes contra todos os prognósticos negativos, e vencido. –Você é um lutador. Agora, garoto, Agarre sua vida saudável e vá ser feliz! – disse dando um forte abraço em Loki.

Laufey o estava esperando na saída do Hospital Herlev. Eles se abraçaram num choro de desabafo e soluçaram juntos. –Conseguimos pai... – Loki disse de quando em vez no meio das lágrimas. Ele olhou para a bela fachada do hospital, muitas histórias haviam sido contadas ali dentro, umas de sucesso, outras não. Loki se considerava um sortudo, pois ele próprio contaria sua história vivida dentro de Helev, e nem todos poderiam fazer isso.

Então o pesadelo havia acabado. Mas ele jamais seria o mesmo, nada, nunca mais seria como antes. Contudo, Loki saía muito mais fortalecido.

(******)

Dias depois Laufey e Loki estavam no aeroporto em Copenhague. Loki estava fazendo o caminho de volta para casa.

–Bom, se não fosse por todos os sustos eu poderia dizer que foram os dois melhores anos da minha vida. – disse Laufey no portão de embarque.

–Apesar dos sustos, esses foram meus melhores dois anos. – respondeu Loki.

–Então é isso... Estão chamando seu vôo. – Laufey falou e os dois se olharam. O pai querendo tanto implorar para o filho ficar, mas ele não teria esse direito. Lá em Nova Iorque estava a família de Loki, o emprego, a vida. E como pai, Laufey estaria feliz em seguir Loki de longe, se contentaria em saber que ele estava bem.

–Pai, eu queria tanto... – Loki começou, mas Laufey o abraçou, não queria mais tocar naquele assunto. Então restou ao rapaz aceitar a decisão de seu pai. –Obrigado por tudo! – Loki devolveu o abraço entendendo que Nova Iorque deixara de ser o lugar de Laufey há muitos anos.

–Obrigado a você... – respondeu o homem.

Loki acenou um adeus antes de sumir pelo corredor de embarque para nunca mais voltar. E Laufey chorou silenciosamente. Quando o rapaz chegou a sua casa naquela terça-feira, há dois anos, ele nunca imaginou que iam viver tudo que viveram.

***

Quando o avião decolou Loki sorriu entre lágrimas, deixava Laufey para trás, mas ele sempre seria seu pai. O jovem queria muito que ele tivesse aceitado o convite de Odin, mas era demais para um homem como Laufey Nál. E Loki não tinha o direito de lhe pedir isso. Então decidiu que viveria sua vida da melhor forma possível

(*****)

Um ano depois

–Loki, seu pai ligou. Ele e sua mãe estão chegando de viagem e vão direto para a festa de entrega do prêmio da Borson. Stark virá mais tarde à festa, ele vai aproveitar para tratar daquele investimento...

–Andrezza! – Loki ergueu a cabeça, estava afundado em suas planilhas. –Porque está repassando os recados? Isso não é papel para a gerente de comunicação. Não vou lhe pagar extra por isso. – disse ele sorrindo.

–Chefinho, aqui na Borson a pessoa tem que atuar em várias áreas. – ela piscou. Loki a promovera assim que a empresa voltou a crescer. –É que sua secretária, a “doce” Sigyn está com Thor tratando os últimos preparativos para a festa. – explicou vendo que o rapaz voltara a atenção aos documentos. –Loki! Porque você ainda está aqui? Você é o homenageado.

–Estou no expediente do diretor financeiro, ainda não temos ninguém a altura. Atuar em várias áreas, não é? – ele sorriu.

–Algumas coisas realmente não mudam. Não se atrase! – falou ela saindo da imponente sala da presidência. –Algo me diz que ele não vai acumular as duas funções por mais tempo. – ela sorriu aquele riso de quem sempre sabia alguma coisa a mais que os outros.

***

Mais tarde naquela noite todos se encontraram no evento, o local estava belíssimo. Stark se impressionou ao chegar. Thor caprichou na decoração dessa vez.


–Amigo Stark! Pela sua expressão está gostando? – o loiro em pessoa recepcionou o bilionário.

–Olha! O grande Thor, nada mal, até para você. Mas ainda deixa a desejar. – ele sorriu.

–Vamos tomar uma bebida, precisamos conversar sobre o próximo evento das suas empresas. Eu estava pensando em algo grande, o que acha de fechar a Times Square, o que acha?

–Eu aceito a bebida, mas quanto às indústrias Stark eleger a Thor Eventos para suas festas, meu amigo, você terá que se esforçar mais. Loki se esforçou muito mais que isso para me convencer a vir para a Borson... – Tony comentou e os dois foram sorridentes para o bar. No final das contas os dois haviam firmado uma amizade.

Perto da pista de dança estavam Andrezza e a nova secretária, estagiária, assistente, na verdade Sigyn também acumulava algumas funções ali na empresa e era tão apaixonada pelo trabalho quanto Loki.

–Então? – Andrezza perguntou. –Ele te convidou para jantar? Que evolução...

–Bem, não foi um jantar, a gente ficou na empresa até tarde, “normal” para o Loki e lanchamos juntos. E antes que você pense alguma besteira, nada aconteceu. – a moça explicou.

–Nada? Querida eu não nasci ontem, e modéstia a parte, é realmente difícil esconder algo de mim. Vi o jeito que estavam se olhado hoje de manhã. Por favor, não digo a ninguém, só me responda se ele beija bem? – Andrezza sorriu dando pulinhos. Ela na verdade era uma grande fã de Loki e torcia muito pela felicidade dele, se incentivava Sigyn era porque acreditava que aquela moça poderia fazê-lo feliz.

–Eu não vou te dizer isso! – Sigyn acabou sorrindo.

–Malvada! Mas pelo seu sorrisinho nosso Loki é um beijoqueiro de primeira categoria. Mas, vamos pegar uma bebida, eu vou lhe dar uns conselhos. – e elas saíram para o bar com Andrezza divagando para a amiga o quanto Loki era um bom partido e coisas do tipo.

Odin e Frigga não poderiam estar mais felizes. Eles agora podiam viajar em românticos cruzeiros a dois, aproveitando uma calma e merecida aposentadoria. É claro que Frigga ainda tinha que brigar com Odin de vez em quando para evitar que ele se metesse muito na gestão da Borson, onde agora era consultor. Mas Loki dava conta do recado como presidente, ele havia nascido para isso.

A empresa era de novo uma referência, principalmente após anexar as contas das indústrias Stark definitivamente. E Tony era só sorriso, ele e Loki costumavam jantar ao menos uma vez por semana, onde falavam sobre todos os tipos de assuntos que os dois não conseguiam falar com mais ninguém por não serem compreendidos. Essas coisas de gênio.

Thor parecia que finalmente encontrara algo que lhe dava prazer. Ele havia aberto uma empresa de eventos. Foi ele quem organizou a festa de comemoração para a da Borson, e a festa estava ótima por sinal, definitivamente o loiro tinha talento para alguma coisa. Mesmo que Stark ainda dissesse que ele precisava contratar alguém para ajudá-lo a amarrar os cadarços.

***

No auge do evento Odin, todo pomposo, subiu ao palco.

–Como fundador eu quero dizer algumas palavras. – Odin falou. –Todos sabem que nossa empresa voltou a transitar no topo. Queria agradecer a todos os presentes. Aqueles que nunca deixaram de acreditar que seria possível. Nós Todos aqui somos vencedores, mas vou chamar ao palco o nosso presidente e maior orgulho, meu filho Loki, para receber nosso carinho e o prêmio de revelação de empresa do ano. – disse ele e uma forte salva de aplausos explodiu no salão. –Ele está seguindo os passos do pai. – Odin comentou orgulhoso.

Então Loki subiu ao palco. Agradecendo a todos e apertando a mão de Odin, mas o velho o puxou para um abraço meio sem jeito, mas sincero, eles ainda estavam caminhando quanto a Loki o perdoar.

–Odin! – o prêmio! – Frigga alertou o marido.

–Ahh, sim. O prêmio... – ele sorriu apertando o ombro de Loki carinhosamente. –O prêmio será entregue pelo nosso novo diretor financeiro. Laufey Nál!

–Pai! – Loki piscou os olhos verdes sorrindo quando viu aquele homem que tanto significava em sua vida bem ali.

Laufey se aproximou. –Soube que você estava com dificuldades para arrumar um diretor financeiro, resolvi dar uma mãozinha!

Eles se abraçaram apertado e Loki nem acreditava que aquilo estava realmente acontecendo.

–Você veio. – disse o filho tão emocionado.

–Eu achei que conseguiria ficar longe de você, mas acho que não dá mais. – sorriu Laufey avaliando o filho. – Olhe para você, rapaz! Está ótimo! – Laufey o abraçou novamente.

Odin, Frigga e Thor se juntaram aquele abraço. Podia ser só aquela noite, mas valia esquecer as mágoas, eles agora eram uma grande e torta família, mas ainda assim uma família.

****

Naquela noite quando tudo ia ficando mais calmo e a música alta e dançante foi trocada por uma lenta e suave melodia, que cantava sobre vitórias e derrotas, perdas e ganhos, Loki observou as estrelas nos jardins da casa de shows onde havia ocorrido o evento.

Ele estava feliz. Não se achava um vencedor e sim um sobrevivente. Vencer significava que havia um perdedor e aquela doença havia levado muito dele e de tantas outras pessoas para ser chamada de perdedora. Ele ainda teria que tomar os remédios, cuidar da alimentação e manter um nível de vida saudável, periodicamente repetir os exames e cada vez que estivesse livre do câncer seria mais uma batalha.

Loki era um sobrevivente em muitos sentidos. Ele não sabia como seria o futuro, nem quanto tempo viveria dali pela frente, só que viveria um dia de cada vez e faria o possível para ser feliz. Sem muito planejamento, apenas viveria.


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Notas finais do capítulo

Beijos e até a próxima fanfic!