Todos estavam esperando na sala de espera – que era enorme por sinal. Uma figura estranha aparecera na sala deixando todos ali desconfortáveis. Era uma garota toda de veste preto e com piercing no nariz, usava uma capa com um símbolo de asa prateada. Ela ficara na porta, parada, observando-os. Logo após ela, chegaram mais outros jovens e até crianças e adultos contendo símbolos um tanto góticos.

― Eles devem jogar na outra modalidade de basquete – disse Koganei, sentindo calafrios.

― Como posso dizer... Eles são estranhos - comentou Furihata, sem graça.

― E além do mais que tipo de modalidade de basquete é essa? - perguntou Hyuuga, olhando para aquele pessoal estranho.

― Sim – confirmou Aida, encarando-os. ― Só sei que coisa boa não deve ser.

― Satsuki – disse Aomine, preocupado com seu estado emocional. ― Acho melhor...

― Tetsu-kun! – gritou Momoi, ao veê-lo ao lado da porta junto com os “esquisitões” mais ele não dera bola para ela.

Todos na hora, todos os seus amigos e conhecidos olharam direto para ele. Ele estava diferente. Usava uma jaqueta negra, uma camisa e calça negra, suas mãos estavam escondidas no bolso frontal da jaqueta, ele estava usando um brinco e seu cabelo havia crescido um pouco. Muitos o acharam elegante e outros o acharam uma pessoa totalmente diferente. Momoi correu até ele e o abraçou, enquanto ele olhava-a friamente.

― Momoi-san, você está bem? – perguntou Kuroko, acariciando sua cabeça com “certo” carinho.

― Idiota! Como pôde sumir assim – esbravejou Momoi, chorando de raiva e de alegria. ― Seu nome apareceu dentro das vítimas daquele bombardeio, eu... - Kuroko abraçou-a forte tentando acalmá-la, ignorando a todos.

― Então, aquela mulher pode fazer isso também – disse uma jovem de cabelos vermelhos escarlates, com uma roupa bem radical para alguém de sua idade.

Kuroko afastou-se de Momoi, deixando uma distância entre os dois. Olhou para a jovem que estava encarando-o. Mais preferiu não dizer nada para comprometê-lo.

― Pensei que havia se afastado deles e que continuaria a amar aquela garota – disse a jovem, esperando uma reação do Kuroko.

― Não se intrometa em minha vida, Ruka – disse Kuroko, friamente.

― Significa que você não a esqueceu, não é? – mencionou Ruka, testando sua paciência.

― Ela está morta – disse Kuroko, sério.

― É claro que sim, a propósito, foi você que a matou há muito tempo – disse Ruka, se aproximando dele. ― Se lembra?

Kuroko abaixou sua cabeça e caminhou até ela, repousando sua mão em seu ombro. Todos ali ficaram sem saber o que fazer. Momoi não sabia do que estavam falando, mais sabia que era algo importante para o seu Tetsu-kun.

― Você está certa, não tem como eu esquecer aquele dia – disse Kuroko, sussurrando. ― Mais estou tentando esquecer – disse antes de sair da sala.

Momoi correu até a porta, colocando sua cabeça para fora mesmo assim não vira nenhum sinal do Kuroko. Entristeceu-se e entrou novamente na sala de espera sendo acolhida por seus amigos.

O jogo já havia começado. Cada time fora chamado de dois em dois. Na plateia se encontrava o pessoal que estava de preto, encarando-os. A garota de cabelos escarlates, Ruka, observava-os com olhos afiados.De repente, Kuroko aparecera na quadra onde o time da Seirin jogava contra outro time escolar desconhecido.

― Você já se decidiu, não é Alex? – sussurrou Ruka, se retirando da plateia logo em seguida.

Kuroko andava até o banco de reservas quando fora parado por uns fiscais da partida. Ao tirar de seu bolso um envelope negro, os fiscais pediram desculpas e o deixaram ir. Todos os jogadores que estavam jogando no momento, ao perceber o jovem garoto à espreita da quadra, ficaram apreensivos.

Koganei avisou a Aida da aparição repentina do Kuroko sem o seu uniforme do time. A ajudante do time da Seirin, com medo, se levantara do banco após ver uma movimentação estranha na plateia. Deixando todos do time apavorados, não porque ele se levantara mais sim pela sua situação em se encontrava no momento.

― Você está bem, Mira? – perguntou Aida, tentando acalmá-la.

― Devemos fugir... – disse Mira, apavorada.

― Fugir do quê? - disse Koganei falando pelo Mitobe.

― Este lugar é bem seguro e... - disse Tsuchida.

― Além do mais tem vários seguranças ao redor - disse Kawahara, interrompendo Tsuchida.

O jogo fora suspenso de uma hora para outra sem nenhum aviso decorrente. Kagami fora até o juiz perguntar o porquê, mas fora pego de surpreso pelo capitão Hyuuga pelo pescoço levando-o a força para onde estavam os outros, ou seja, no banco de reservas.

― Kuroko, por que... – disse Kagami, após avistá-lo.

― Fuja... – disse Mira, após visualizar alguém com a arma na plateia. ― Fuja!

Todos se assustaram pela sua reação. Kuroko deu atenção à garota como todos os outros, indo até ela sem pensar. Um tiro fora ouvido.