Existence escrita por FranMary


Capítulo 7
Voltando à Tokyo


Notas iniciais do capítulo

A música que coloquei neste capítulo se chama Answer e é a main theme do jogo de FF XIV composta por Nobuo Uematsu (Ele é o cara!). Motivo: foi o que achei mais apropriado.
Não sei se o título é o mais apropriado para o texto, em todo caso retrata a "volta" do Kuroko (Spoilers).



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Ouvia-se de longe, passos e o som da bola quicando no chão. Os jogadores da Seirin treinavam em equipes no momento para um campeonato de basquete de última hora. Não se sabia exatamente quem era o patrocinador do campeonato, só sabiam que tudo ocorreria no mesmo dia.

No silêncio entre os jogadores ao passar a bola, alguém segurou a bola com tamanha destreza e lançou contra a cesta fazendo um ponto.

— O que?! – se perguntaram todos ali presentes.

— Parece que ainda não enferrujei – disse uma voz conhecida para eles, mais sua presença estava neutra.

— Es-sa voz? – perguntou-se Kagami, surpreso. — Kuroko...

Todos ficaram perplexos e muito felizes mais com muita raiva também, pois ele não deu noticias. Mesmo assim, sua presença estava muito mais fraca que antes – como se isto fosse imaginação da mente deles.

— Kuroko, apareça! – ordenou Aida, a técnica do time, séria.

— Não tenho muito tempo – disse Kuroko, sem dar sinal de presença. — Eles estão me esperando, tchau.

— Eles? – se perguntou Hyuuga, o capitão do time, sério e preocupado. — Eles quem? Foram eles que quiseram nos fazer de bobos sobre sua morte?! Responda!

Foram palavras inúteis. Kuroko já não estava presente no momento. Aquele sentimento de nostalgia ficou em aberto. Mesmo assim, Kagami decidiu avisar a todos que o Tetsuya estava vivo. No dia seguinte, todos os times de basquete partiram para o campeonato patrocinado por um importante empresário – dizia os comentários de terceiros. O estádio de basquete era gigantesco, maior que dos outros campeonatos que trazia glória aos jogadores e a escola. Estava lotada de jogadores e de torcedores.

Kagami avistou o pessoal da geração dos milagres e foi dar uma palavrinha com eles. Logo se juntou o time completo e falaram do Kuroko.

— Tem certeza que era mesmo o Tetsuya? – perguntou Akashi, desconfiado.

— Sim, mesmo que não desse pra ver seu rosto, a voz correspondia – disse Aida, com muita certeza do que dissera.

— Ele disse que não tinha tempo – comentou Izuki, fazendo com que todos ficassem preocupados e curiosos.

— E disse também que “Eles estavam o esperando” – disse Koganei, continuando o comentário de Izuki.

Esse momento foi decisivo para todos. Ficaram pensando no que podiam fazer, a resposta veio: nada! Nada podiam fazer se o próprio Kuroko não pediu ajuda e, simplesmente, decidiu desaparecer sem dar noticias. Depois de algum tempo, desistiram e entraram no estádio. Ao entrarem, Momoi viu as costas de Kuroko em sua frente, indo até o garoto, parou-o só que era apenas um estudante de colegial normal.

— O que foi Sakuya? – perguntou Aomine, com as mãos dentro do bolso.

— Pensei em ter visto o Tetsu-kun – disse Momoi, com um olhar triste.

— Acredito que ele dará as caras logo – disse Aomine, coçando sua cabeça. — Vamos!

— Sim.

...

Os jogadores do time de basquete da Seirin, Kaijo, Rakuzan, estavam se preparando para o jogo em um local próprio. De repente, ouviram a voz do Kuroko conversando com alguém do lado de fora da sala. Nenhum deles ousou abri-la, simplesmente, ficaram a escutar a conversa.

— Eles estão aqui – disse Emi, enquanto preparava-se. — Eles irão até você primeiro.

— Serei a isca, não é mesmo?

— Não morra! – disse Emi, encarando-o fixamente. — Todos nós estaremos esperando por você... Pela sua volta.

— Não irei morrer.

Os jovens no vestiário perceberam que a conversa tinha parado então decidiram abrir a porta para saber quem estava lá fora mais ao abrir não havia ninguém. Mesmo assim, tinham certeza que o Kuroko estava lá.Na plateia havia várias pessoas e dentre eles os jogadores que iam competir – não se sabia ao certo o porquê deles serem proibidos de entrarem na quadra para se prepararem mais sabiam que ia ter uma apresentação. As luzes foram apagadas, uma voz fora escutada.

— E aí pessoal! Está tão escuro aqui – disse uma voz alegre. — Não assuste a plateia... – disse uma voz tediosa.

— Eh? Não estou assustando ninguém, Mika – disse o jovem, constrangido.

— Está sim, Miko – disse Mika, firme.

— Deixe quieto – resmungou Miko. De repente, ele “viveu” de novo. — Estão preparados! Que comece o torneio de “Basketball Stage” o melhor e o mais temido torneio de todos os tempos.

— Aff Hoje teremos a abertura da modalidade basquete estudantil e de rua, além das outras modalidades de basquete que muitos de vocês já conhecem.

— Se divirtam bastantes! – disseram Miko e Mika, juntos. Deixando todos na plateia com um ar de “O que esses doidos estão falando?”

A plateia estava escura e silenciosa. Um coro foi ouvido na escuridão Cantando uma música:

I close my eyes, tell us why must we suffer

Release your hands, for your will runs asunder

My legs long tired, tell us where must we wander

How can we carry on with redemption beyond us

Logo deu inicio aos instrumentos musicais e uma voz feminina se fez presente. A jovem garota, de cabelos loiros, olhos castanhos e que usava um longo vestido branco, foi a única a ser iluminada. Todos na plateia ficaram surpresos e acharam a apresentação magnifica e surpreendente. Kise ficou nervoso e se mostrou inquieto ao ver a jovem no meio da quadra.

— O que foi Kise?

— Minha irmã mais nova – sussurrou Kise, nervoso.

Todos seus amigos e colegas ouviram e ficaram surpresos com a novidade. Voltaram a olhar para a jovem que caminhara um pouco e começara a soltar a voz em um canto estridente

To all of my children in whom life flows abundant.

To all of my children to whom death hath passed its judgment.

The soul yearns for honor and the flesh, the hereafter.

Look to those who walked before, to lead those who walk after.

Shining is the land's light of justice,

Ever flows the land's well of purpose.

Walk free! Walk free! Walk free! Believe.

The land's alive, so believe!

A voz acalmou um pouco e todos na plateia ficaram sem quaisquer reações. Alguns perceberam que havia umas pessoas em pé com a mão no peito como se fosse uma saudação mesmo assim não entenderam nada do que estava acontecendo no momento.

Mais ao fundo, estava o Kuroko vendo a apresentação de abertura enquanto não recebia o sinal para agir. Os sons dos instrumentos musicais se ficaram mais altos e o coro fora ouvido junto com a voz da garota, ao mesmo tempo ascenderam às luzes centrais iluminando o coral e os instrumentalistas na quadra tendo apoio da jovem garota no centro.

Suffer (me) Lonely (me) Weakness (me) Evil (me)

Although (me) One must (me) Stumble (me) Listen (me)

Although (we) We (might) Them (we must) Them (land of) hope

(Mother) hope (father) with (every) wish (has a) home

(we must go) go (listen) go (suffer) home(sanctum) leap

(And as) we (wander) sleep (answer) sleep on (on)

A garota atuava conforme a música seguia, colocando os sentimentos que a música queria passar. Todos da plateia receberam o recado mesmo que em outro idioma, no entanto, a tela aparecerá à tradução para todos - mesmo que muitos não estavam nem aí para a tradução e só queriam aproveitar aquele momento. No final da música, todos da plateia que conheciam a música, cantaram junto com o coro e a cantora.

Thy life is a river to bear rapture and sorrow.

(Tua vida é um rio para suportar êxtase e tristeza.)

To listen, to suffer, to entrust until tomorrow.

(Para escutar, para sofrer, para confiar até amanhã.)

In one fleeting moment, from the land doth life flow

(Em um momento fugaz, a vida flui da terra)

Yet in one fleeting moment for the new leaf doth grow

(No entanto, em um momento fugaz cresce a nova folha)

In the same fleeting moment one must live, die and know.

(No mesmo instante efêmero, deve-se viver, morrer e conhecer.)

O final da apresentação foi recebido por vários aplausos. Kuroko já havia saído no momento e toda a plateia foi iluminada. A cantora curvou-se para a plateia e ficou a olhá-los.

— Bem vindos, a Basketball Stage – disse a jovem garota, para todos da plateia. — Me chamo Maya, uma das pétalas da banda liberdade distorcida e cantora principal para este evento. Por favor, os jogadores de basquete prossigam para a sala de espera enquanto a quadra é preparada para o jogo que começara em instantes.


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