A lua estava cheia, as nuvens davam um tom de terror no céu, enquanto isso Kohaku estava no quarto de Rin a esperando, porém percebeu que ela estava se atrasando de mais, então resolveu ligar para ela para saber o porquê do atraso logo ele lembra que Rin estava trabalhado até tarde e resolve esperar mais um pouco. Mas dentro do quarto de Sesshoumaru, a mesma estava aterrorizada, sem saber o que fazer para fugir enquanto o outro passo a passo se aproximava dela quase como se quisesse acalmá-la.

– O – que vai fazer? S – se tentar algo eu juro que te mato! – Exclamou ela com um tom de medo em sua voz. O outro deu uma leve risada e então rapidamente se aproximou dela e a jogou na cama ali perto. – E – ei! – Disse ela e logo percebeu que Sesshoumaru estava zonzo, e num piscar de olhos ele desmaiou, Rin pensou que ela poderia escapar naquela hora, porem ela sempre queria ajudar os outros e tentou colocar ele em cima da cama. Depois de varias tentativas finalmente ela conseguiu o ajeitar na cama, então um pouco corada colocou a mão em sua testa e percebeu que ele estava com uma baita febre. – N – nossa! Melhor eu pegar um termômetro e preparar algo para ele... Já sei! Uma sopa! Sempre funcionou comigo quando era pequena!

Ao ver a chave do quarto jogado no chão abriu a porta e foi diretamente para cozinha, preparar a sopa que havia aprendido com sua mãe, então ao chegar ao local seu celular que estava no bolso da saia começou a vibrar e logo ela atendeu pensando que ela era uma idiota por não usar o celular, e por ter acreditado nas palavras de Sesshoumaru naquela ora de desespero.

– Alo?

– Como alo? Você está aonde Rin – sama? Esta muito tarde e eu ainda estou aqui no seu apartamento. – Exclamou Kohaku.

– Há? Kohaku é você! Nossa nem percebi, bom eu estou ótima e se quiser pode voltar para casa porque eu tenho que cuidar de um amigo que esta muito doente. Desculpe-me por ter me atrasado, mas aproveitando que estamos no telefone me conte o que você queria me dizer que era de estrema importância? – Indagou curiosa, procurando uma panela.

– N – nada de mais, eu te falo amanha... – Disse baixo Kohaku corando um pouco. – Pra compensar seu atraso... Q – quer sair comigo?

– Tudo bem, mas só porque eu me atrasei eu pago ok? Bom eu tenho que ir desculpa mesmo...

– Tchau... Te amo... – Disse baixo.

– Hm? O que você disse? Eu não ouvi direito...

– N – nada! Tchau! – Exclamou ele desligando o telefone rápido. – Droga por que fui dizer aquilo! Ainda bem que ela não ouviu...

Rin estava rindo muito da conversa, pois nunca havia ouvido a voz de seu amigo tão tremula antes, mas estava feliz por ele se preocupar com ela alem do trabalho e depois desse pensamento ela encontrou a panela perfeita para fazer a sopa, então ao abrir a geladeira para pegar alguns legumes ouviu passos descendo a escada e percebeu que era Sesshoumaru, meio sonolento querendo ir ao encontro dela. Ao se virar, percebeu que o mesmo estava vermelho, um pouco suado e parecia que iria desmoronar a qualquer momento.

– Ei! O Que faz fora da cama? Vai tentar me matar? – Disse sarcasticamente ela rindo do outro. – Eu vou te ajudar a sentar e depois pego um cobertor para você... – Ela disse puxando uma cadeira e segurando Sesshoumaru para não cair, o fazendo sentar naquela cadeira e depois disso sorriu e rapidamente foi para o quarto do outro e pegou um cobertor que estava em cima da cama, e rapidamente desceu as escadas. – Achei o cobertor!

Sesshoumaru estava dormindo com o rosto em cima da mesa, até parecia uma pequena criança e no mesmo momento Rin corou tanto que parecia um pimentão e ao mesmo tempo pensava ‘’ E – ele... É tão fofo! Mas melhor eu cobri-lo de uma vez ou então passará frio’’. Ao cobrir o outro a jovem começou a acariciar os longos cabelos brancos de Sesshoumaru, e aos poucos aproximava seus lábios dos dele, porem ela não percebera que naquela mesma hora ele havia acordado e então rapidamente fechou os olhos para receber o beijo.

– O – o que estou fazendo? E – ele pode até ser fofo mais eu não posso fazer isso... – Sussurrou ela se distanciando um pouco dele. Ao ouvir aquelas palavras ele ficou um tanto intrigado, pois queria aquele beijo de um jeito ou de outro e então fingiu estar sonhando com ela repetindo o nome dela varias e varias vezes.

– Rin... Rin – Sussurrava ele corando um pouco.

– Hm? M – me chamou? – Indagou ela se aproximando de novo dele. Ao perceber que ela estava perto, então abriu seus olhos e puxou a outra a fazendo cair em sem colo sentada. – E - ei! N – Não encoste em mim!

– Você é tão linda... – Disse ele com uma mão a segurando pela cintura, e com a outra acariciando o rosto dela. Isso fez Rin ficar com raiva por fora, porem por dentro ela sentia que seu coração iria sair pela boca a qualquer momento e em seus pensamentos ela queria que aquilo continuasse, ela queria aproveitar o momento então aos poucos foi aproximando sua face perto do outro até que eles se beijaram, Sesshoumaru ficou surpreso por ela dar o beijo e não ele, porem ficou feliz e devolveu o beijo para ela.

– M – melhor pararmos... E – e também você esta namorando com a Cris e eu não quero trair minha amiga...

– Eu não estou namorando ninguém... E também, depois que a febre passar eu vou me esquecer de tudo mesmo...

– Q – quer saber! Fique quieto e me deixe trabalhar! – Exclamou.

A jovem se levantou e colocou a uma panela com água no fogo. Depois de um tempo, a sopa já estava pronta, então colocou em um prato para o mais velho, então deu um leve sorriso e ficou olhando ele.

– Se você vai mesmo esquecer só vou esperar você terminar de comer e então vou pra casa assim que arrumar as coisas...

– Por que você me ajuda tanto?

– Eu tenho agonia de deixar os outros sozinhos, daí eu me sinto culpada por não ajudar... Mas se não se importar eu vou dormir aqui, só agora eu percebi que esta muito tarde desculpe por isso, se eu sair agora não vou poder entrar em casa porque o hotel sempre fecha as portas dos quartos à meia noite, porque da ultima vez assaltaram a moça do 412.

– Bom... Pode sim, mas primeiro eu vou terminar de comer depois pode dormir no outro quarto.

– E tem outro quarto?

– Tenho dois para as visitas...

– Bom... Obrigada. – Disse ela sorrindo e guardando a panela na geladeira.

. Alguns minutos depois.

Madrugada de frio as árvores batiam nas janelas que as alcançavam, o som era como um estalar de dedos TAC, TAC e uma dessas janelas era a do quarto de Sesshoumaru isso fez com que ele abordasse de seu profundo sonho com Rin, o jovem não conseguia para de pensar naquele beijo e ficou pensando, pensando até que não agüentou mais e foi até o quarto que Rin estava e não se preocupou pois sabia que ela estava dormindo, então aos poucos foi entrando e ao ver a outra ali deitada, percebeu que ela era muito mais linda dormindo.

Passo a passo ele se aproximava da outra e então se ajoelhou a frente da cama da outra, seu peito estava acelerado, as batidas ficavam cada vez mais altas para ele, até que Sesshoumaru não agüentou e beijou-a enquanto acariciava sua face. Suas ações não correspondiam mais aos mandamentos de sua mente, em sua mente ele queria parar porem seus pensamentos permaneciam apenas lembrando-se do primeiro beijo dos dois, e seu coração estava dominado pelo desejo de te - La em seus braços e de abraçá-la eternamente. Sem perceber Rin acordou e então ela se levantou, fazendo o outro ficar com um medo tremendo por dentro de ser rejeitado.

– É apenas um sonho... O melhor de todos... – Sussurrava ela em seu ouvido, depois devolvendo o beijo para ele. Sesshoumaru começou a entrelaçar seus braços na cintura dela, e os dois ficaram um bom tempo naquela bela pose. Rin achava ser apenas um sonho e resolveu aproveitar aquela ilusão, Sesshoumaru se levantou e começou a falar belas palavras de amor para a outra.

((Continua...))