Always, sister escrita por AlineEmilie


Capítulo 6
The Rabbit Hole


Notas iniciais do capítulo

My god, demorei muito, mas minha vida está uma bagunça...Então digam o que acharam



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“ Zelena não sabia o que fazer quando o garoto entrou na sala, com certeza Henry a considerava um monstro.E ela não tirava a razão do mesmo, havia feito coisas muito ruins, e matar o pai daquela criança fora uma das que se arrependeria para o resto da vida.

– Então...Posso chamar você de tia? – A ruiva franziu a testa, percebendo uma ponta de sorriso nas expressões do garoto, ela não compreendia o que estava acontecendo.

– Ãnh...Acho que temos algumas pendências primeiro. – Disse e fez gesto para o sofá, indicando que Henry deveria se sentar, o menino concordou, retirando o casaco e se sentando.Regina percebeu que aquela conversa era à dois e se retirou para o quarto.

A bruxa suspirou fechando os olhos, olhando para o moreno sentado à sua frente, ela se sentia mal, aparentemente Henry era um garoto incrível, e ela retirara parte de sua família, além de ter cogitado matá-lo também.

– Sinto muito. – Soltou todo o ar que prendia, abaixando os olhos para as próprias mãos, era difícil encarar alguém que você magoou, ela já passara por isso, com seu pai adotivo.

– Eu, você...Não deve me perdoar. – A mulher engoliu em seco e levantou a cabeça, encarando os olhos castanhos do garoto.

– Eu lhe fiz mal Henry, mesmo que indiretamente. – Ele consentiu podendo perceber que a ruiva estava sendo sincera, e ela realmente estava, não estava acostumada e talvez sempre se incomodasse com o fato de precisar pedir o perdão de alguém, mas sim ela estava sendo sincera.

– Mas quero que saiba que sinto muito, fui levada por rancor e ódio e são coisas que quando transbordam não possuímos controle. – Henry sentia falta do pai, Neal não fora o pai do ano, mas era um cara legal, e que faria falta, mas ele também compreendia que todos merecem uma segunda chance, assim como Mr. Gold ou até mesmo sua mãe.

– Todos merecem uma segunda chance. – Disse e viu Zelena sorrir, ela possuía um belo sorriso, deveria fazer aquilo mais vezes, pensou.

– Então...Ficamos bem? – Perguntou o garoto se levantando.

– Ótimos. – Concordou a mulher também se levantando, e tomando um grande susto quando o Henry envolveu sua cintura com os braços, ela ficou rígida, se perguntando mentalmente se todos naquela cidade tinham um fraco por abraços.Depois de alguns segundos em sua bolha interna, a bruxa conseguiu retribuir o abraço do garoto, suspirando um pouco mais aliviada, ainda não era muito tarde para conseguir a amizade das pessoas.

– Ahh... – Regina entre abriu a boca, havia trocado de roupa e agora o cabelo estava preso em um curto rabo de cavalo.

– Eu...Quero um chocolate quente do Granny’s alguém me acompanha? – Sorriu a morena, feliz ao perceber que sua irmã e seu filho estavam finalmente se dando bem.

– Eu me habilito. – O garoto se separou um pouco e pegou o casaco caído no outro canto do sofá.

– Você vem tia Z? – A risada de Regina cortou o ambiente, levando também a risada de Zelena.

– Deixem apenas que eu me troque. – Levantou os braços em sinal de rendição e acenou para as escadas, passando pela irmã para ir ao quarto.

– Não sabia quais você estava lendo... – Regina depositou algumas revistas de quadrinhos no balcão, enquanto Zelena fazia uma careta ao tomar o Milk Shake e Henry levava a caneca de chocolate aos lábios.

– Elas são ótimas!Bem melhores que álgebra!Obrigado. – Disse o garoto, fazendo com que sua mãe sorrisse ao se sentar ao seu lado.Deixando o caderno de lado Henry pegou uma das revistas.

– Mas não precisava fazer isso.

– Eu queria. – Ela sabia que ele não se referia as revistas e sim ao fato de sair de casa e encarar o mundo com seu melhor sorriso e disposição.

– Mas não se acostume. – Fez com que ambos soltassem sorrisos largos.

– Olhe Zelena esse homem é verde. – A morena riu do olhar de sua irmã para si, pegando em mãos a revista com o título “O incrível Hulk”.

– Não é engraçado que elas são só tinta e papel, mas tudo no seu livro de contos é real? – Correndo os olhos por algumas páginas, ela pôde ver os personagens em discussões e lutas, heróis e vilões, como sua vida, mas com certeza bem menos complicado.

– Isso nos faz indagar quem o escreveu, não é? – Regina poderia não conseguir matar Marian, ou mudar seu destino com as próprias mãos, mas o autor podia, na verdade ela não sabia se podia, só acreditava e esperava que tivesse razão.

– O livro de contos? – Henry torceu o lábio, sorrindo de canto com as caretas indignadas da ruiva ao lado, que parecia muito entretida com os quadrinhos do homem gigante e verde.

– Ninguém sabe. – Completou não estranhando o questionamento da mãe.

– Qual é... – Regina baixou a revista sorrindo.

– Você é um especialista nele.Você o leu de cabo a rabo, não há nada que dê...Nem uma pista?

– O que você quer? – O garoto conhecia muito bem sua mãe, e apesar de na maioria das vezes disfarçar, ele sabia reconhecer cada expressão.A mulher pensou por um minuto, o que ela realmente queria...Isso nem ela sabia direito, queria parar de sofrer, talvez...Mas principalmente queria a felicidade, aquela que tanto havia sonhado.E para isso precisava da ajuda de seu filho, ele poderia entendê-la.

– Essas histórias sobre mim no livro... – Seu filho concentrou-se em si, enquanto Zelena parecia bem alheia a tudo, mas a prefeita sabia que ela estava prestando atenção.

– Eu fui escrita como uma vilã. – Afirmou Regina com um certo tom de frustração em sua voz.

– E as coisas nunca dão certo para os vilões, então eu....Quero descobrir quem escreveu o livro e fazê-lo...

– Como pretende fazer isso, bater na cabeça dele com um taco e enfiá-lo num saco? – Questionou a ruiva abaixando a revista e se juntando a conversa, recebendo um olhar nada amigável de sua irmã.Henry apenas sorriu das duas.

– Pedi-lo... – Corrigiu a mulher, vendo um certo vestígio de decepção nas expressões da bruxa, talvez ela realmente sentisse prazer em ensacar pessoas “Más”, mas isso não vinha ao caso.

– Para escrever um final feliz para mim. – Regina convencia-se das próprias palavras, aquilo seria mesmo possível?Ela já perdera as contas de quantas vezes se fizera essa pergunta, mas só tinha um jeito de se descobrir, tentando.

– E claro, você e Zelena fazem parte desse final. – A outra mulher sorriu. – Você não vive sem mim, sou uma pessoa muito amável.

– E convencida. – Suspirou a morena, balançando a cabeça negativamente, a alguns dias atrás se encontrasse Zelena em seu caminho certamente lhe acertaria outro tapa bem dado, ou arrancaria cacho por cacho todo aquele cabelo ruivo, mas agora ela via sua irmã mais como uma parte de si, seria impossível, ver sua vida sem aquele pesadelo ruivo...Onde ela ouvira isso?Com certeza em algum livro...

– Isso é insano? – Finalizou os pensamentos com uma pergunta para o garoto a sua frente.

– Essa é a melhor idéia que você já teve! – O menino exclamou animado e sorrindo, não saberia descrever a felicidade que enchia seu coração ao saber que dessa vez Regina iria tomar os caminhos certos, não iria sucumbir ao mal, seria a heroína em que ele sempre acreditou.

– Você precisa mudar o livro, pois ele está errado sobre você. – As irmãs o olharam com curiosidade.

– Nós só precisamos encontrar....

– Pistas....Ando vendo o programa policial. – Completou a mais velha, fazendo com que todos sorrissem.

– Nós...Você me ajudará? – A pergunta pareceu bem óbvia para a ruiva, mas resolveu que isso não era relevante, era bonito poder observar de perto a relação forte que Henry e Regina partilhavam, e algum dia ela esperava ter algo assim, uma cumplicidade mútua que acalentava seu coração.

– Será a nossa própria missão secreta. – Ele olhou de Zelena para Regina, a ex-bruxa má parecia perdida, mas a morena sorriu compreendendo.

– Como aquela “Operação Víbora” que você teve com a Emma?

– Cobra, mas, sim.A nossa se chamará Operação... – Ele pareceu pensar por um momento, comprimindo os lábios e pousando a mão sobre o queixo.

– Mongoose. – Sorriu a mulher.

– Perfeito...Então será operação Mongoose.

– Nome ridículo. – Disse a outra levando o copo de Milk Shake a boca, feliz por não perceber nem um par de olhos sobre si, as pessoas talvez se acostumassem com sua presença, e quem sabe ela poderia fazer amigos?

– Operação Mongoosto no 3. – Henry pousou a mão sobre a mesa, Regina fez o mesmo colocando a sua sobre a dele, Zelena franziu a testa ela estava mesmo no meio daquilo, numa “Operação” para encontrar um final feliz, que consequentemente lhe traria a felicidade, talvez até mesmo o “Aquilo” que sua irmã havia chamado de Alma Gêmea.

– O objetivo é você colocar suas mãos aqui Zelena. – A morena fez gesto com a mão livre.

– Vocês tem costumes muito estranhos. – Revirando os olhos a mulher fez o que sua irmã mais nova sugeria, pousando a mão sobre a dela, o garoto levou a outra, depois a vez de Regina e logo a da ruiva.

– 1... – Contou Henry.

– 2...3... – E juntos jogaram as mãos pro alto. – OPERAÇÃO MONGOOSE. – Disseram em sussurros gritados, afinal a operação continuava sendo secreta.

– Regina. – Claro, o nome chamado fora o da ex-prefeita, mas os 3 olharam em direção a porta, Robin Hood estava parado ali, estava ofegante?Bom...Era o que parecia e tinha um olhar extremamente preocupado.Internamente Regina implorou que ele estivesse apenas atrás do casaco que deixara em sua casa, mas ela era azarada demais para ser apenas isso.

– Podemos conversar? – Questionou o loiro, sua voz denunciava que estava implorando não pedindo.A morena olhou para sua irmã mais velha que apenas consentiu pegando uma das revistas e questionando algo a Henry, as duas já haviam desenvolvido uma linguagem visual e essa dizia “Me dê cobertura”.

– O que você está fazendo aqui? – Sua pergunta foi no mínimo boba.

– É a Marian, aconteceu algo a ela. – “E você veio procurar logo a mim?”, se questionou a mulher, apenas internamente.

– E eu não sabia a quem recorrer. – Regina baixou os olhos, era nessas horas que ela odiava ser bruxa.

– Preciso de sua ajuda. – Afirmou o arqueiro e ao olhar nos olhos do mesmo ela percebeu que não poderia negar, ela estava chateada, mas aqueles olhos saberiam lhe convencer...Sempre.

– Como ela está? – Os 4 adentraram o gabinete mais rápido do que as pernas permitiam, Mary Margaret deu alguns passos para trás ao perceber Zelena ao lado da morena, isso fez com que a bruxa se sentisse completa e totalmente envergonhada de suas ações passadas, Mary e David eram mais duas pessoas a quem ela devia desculpas, mas sabia que aquele momento não era o ideal.

– Não está bem....Ela está ficando mais fria. – Mary disse acolhendo o pequeno Neal em seus braços.

– Regina obrigada por vir. – Mesmo não sendo uma especialista em sentimentos a morena sabia que estar ali ajudando a pessoa que “Destruíra” sua felicidade não era nada fácil.

– Não me agradeça até ter feito algo. – Zelena se sentou em uma das mesas, não a mesma em que ela e Regina partilharam um pacto...Se sentia inútil, sem sua magia nada poderia fazer para ajudar aquela mulher, espere....Ela queria ajudar aquela mulher?A quem ela nem conhecia e que talvez fosse a mesma que causara dor a uma das únicas pessoas com que a ruiva se importava...Por que?Talvez a bruxa estivesse realmente mudando, nem ela mesmo acreditava em tal coisa, ninguém muda assim, de uma hora para a outra...Mas ao olhar para Regina observando totalmente sem mágoa a mulher desacordada ela pôde compreender....O amor verdadeiro poderia curar qualquer coisa, claro, ela nunca iria admitir que mudara por causa de sua irmã mais nova, o que só deixava os sentimentos mais evidentes.

– De quem foi essa idéia? – A mulher acordou de seus pensamentos quando a morena apontou para um quadro colorido, desenhando pássaros, estava pendurado acima de uma estante.

– Pensei em dar meu toque especial ao escritório. – Sorrindo a professora se virou para o local.

– Bem...Você conseguiu...Horrivelmente. – O rosto repulsivo de Regina fez com que Zelena risse baixo.

– Há algo que possa fazer? – A bagunça de pensamentos da ex-prefeita foi interrompida por Robin, avaliando a esposa de seu amor verdadeiro, ela não sabia direito o que sentir, ódio?Tristeza?Não...Não era hora para isso, ela tinha de focar no que era importante.

– Essa magia é forte. – Ela pôde sentir, as vibrações geladas que vinham do corpo de Marian, era como uma nevasca de natal, fria, clara e perceptível.

– Não posso detê-la, mas talvez possa retardá-la... – O ‘Talvez” brincou em sua língua, porém antes que tivesse a chance de fazer algo Emma adentrou o escritório, acompanhada por uma garota loira vestindo um longo vestido azul e o pirata de apenas uma mão.

– O que aconteceu? – A xerife se aproximou, o olhar duro para a morena, sabia do que Regina era capaz por amor, ela havia lido o livro de Henry, dessa vez sabia que era diferente, mas isso não a impediu de reforçar um pouco sua voz.

– Talvez devesse perguntar a sua nova amiga. – Sorriu erguendo os olhos para a moça, que se não se enganava, chamava-se Elsa, pelos boatos que ouvira...Cidades pequenas...Notícias importantes correm rápido.

– Afinal, foi o monstro dela que atacou Marian. – Zelena entendia parcialmente a história, sua irmã não lhe dera muitos detalhes, mas aquela garota irradiava poder, mesmo sem magia a ruiva conseguia perceber, e num gesto não pensado ela se aproximou de Regina, ela era a única em quem confiava verdadeiramente naquela sala.

– Bem para ser justo nós provocamos a fera. – Hook disse, com sua voz embargada, como se sempre passasse o dia bebendo rum.

– Mas essa não é minha magia, outra pessoa fez isso. – Elsa olhou para a morena desacordada no sofá, ela não seria capaz de fazer algo como aquilo, nem mesmo quando seus poderes se descontrolavam, ela nunca fora capaz de tal coisa.

– E nós devemos confiar em você? – Regina ergueu uma sobrancelha ironicamente.

– Confie em mim.Se ela diz que foi outro, então foi. – Ah claro, pensou a ex-prefeita, ela deveria confiar em uma heroína, na maior das heroínas, na salvadora, que sempre via o bem em tudo e todos e blá, blá, blá.

– Então como quebramos o feitiço? – Perguntou Henry tentando quebrar o gelo que se instalara, rindo internamente com seu próprio trocadilho, posteriormente se repreendendo.

– A única forma de curar um feitiço de congelamento é um ato de amor verdadeiro. – A princesa da neve se lembrava de toda a bagunça que ocorrera quando fora coroada rainha, ela quase retirara a vida da própria irmã e agora ela havia desaparecido, era doloroso.

– O beijo de amor verdadeiro. – Murmurou Regina, compreendendo o que aquilo significava.Robin a olhou, porém ela não sustentou seu olhar, desviou para a janela, quanto mais rápido aquilo acontecesse melhor.

– Então, não há tempo a perder. – O loiro se abaixou e Zelena percebeu que sua irmã mais nova segurava as lágrimas com força, ela não iria se permitir chorar na frente de todas aquelas pessoas, ela queria possuir tal forçar, queria ser como Regina, e isso não era inveja como consideraria a alguns dias, ela se orgulhava de sua irmã.

Robin tocou os lábios de Marian com um suave beijo, a bruxa apertou os olhos com força, ele fizera isso com ela, a menos de um dia, era quase impossível controlar o sentimento inquietador que crescia dentro de si.

Porém Marian não abriu os olhos, nem se quer se mexeu, e Zelena pensou em uma música que ouvira em um canal brasileiro...Qual era o nome mesmo? “Ritmo Ragatanga”...Sabia que não devia pensar em coisas alegres, afinal a mulher poderia morrer, mas isso queria dizer que Marian não era o amor verdadeiro de Robin e ela podia perceber o alívio nos olhos de sua irmã.

– O que deu errado?Por que não está funcionando? – A ruiva se perguntou se aquele homem era estúpido, mas...

– Já vi isso acontecer antes, quando Frederick virou ouro. – Disse David.

– Quem diabos é Frederick? – A pergunta de uma das pessoas da sala definiu os pensamentos de Zelena.

– Longa história. – Murmurou Henry.

– O frio está agindo como uma barreira? – Questionou Robin se levantando.

– Não há nada que possamos fazer? – Ele olhou para Regina, suplicante, a morena suspirou se aproximando.

– Toda maldição é diferente.Preciso de mais tempo para estudar essa. – Ela nunca vira algo como aquilo, e surpreendentemente queria ajudar aquela mulher.

– Encontrarei quem fez isso antes que faça de novo. – Como sempre sem esperar que ninguém consentisse Emma saiu do gabinete.

– Espero que leve reforço. – Regina disse em bom tom analisando o rosto pálido de Marian.

– O que diabos isso quis dizer? – A morena ergueu os olhos para a xerife que voltou, o olhar parado na bruxa.

– Entre o monstro de neve e o desmoronamento....Parece que a salvadora precisa ser salva ultimamente. – A ex-prefeita sabia que estava sendo quase implicante com a loira, pelo fato de tudo aquilo de certa forma ser culpa de Emma.Com certeza era infantil, mas ela não ligava.

– Acho que está amarga e descontando na pessoa errada....Vou ficar bem. – E dessa vez saiu sem olhar para trás.

– Gostei desse plano de batalha, então estou contigo. – Todos sabiam que não era esse o motivo de Hook seguir a xerife.

– Podia ter dormido sem essa. – Regina quase teria se esquecido da presença de Zelena, se esta não cutucasse seu ombro.

– Cale a boca. – Murmurou, ela se surpreendia como sua irmã conseguia passar de adorável para irritante em um piscar de olhos.

– Acho que vocês precisam conversar. – A ruiva torceu o lábio, e sem que Regina tivesse a chance de lhe impedir ela saiu pela porta, onde a bruxa iria ela não sabia, mas a morena não ligou, ao menos não naquele momento.

Regina encarava o corpo congelado de Marian, ela já possuía certa idéia amadurecida em sua mente, mas não sabia se era a melhor ou a mais inteligente.

– Roland está com pequeno Jhon, agora. – Robin adentrou a porta, parando ao lado da ex-prefeita, ela suspirou com as mãos pousadas na cintura.

– Eu gostaria de dizer a ele que fiz o possível. – A voz do homem estava quase embargada, e ela queria negar para si mesma, mas estava tentando controlar a vontade de abraçá-lo.

– Até o beijo de amor verdadeiro não soluciona tudo. – Deu de ombros, ele não possuía culpa pelo o que havia acontecido a mulher.

– Há uma razão pela qual o beijo não funcionou.E não é o que todos pensam. – A mulher franziu a testa, o beijo não havia funcionado por causa do gelo, era bem óbvio, mas olhando nos olhos azuis do homem a sua frente, pôde perceber que não era isso que ele pensava.

– Estou apaixonado por outra pessoa. – Sussurrou, Regina sentiu que um sorriso queria brotar em seus lábios, e o deixou aparecer.

– Está? – Questionou, seu peito foi perdendo um pouco do peso, Robin estava apaixonado por ela...Ele não havia dito com aquelas palavras, mas sim, era isso.

– Sim, mas...

– Eu sei. – Ela suspirou novamente, compreendia que Marian era esposa do ladrão, e ele possuía uma honra inquebrável, naquela cabeça loira o certo era ficar ao lado daquela mulher.E realmente era.

– Sei que você...Tem que voltar pra ela. – Murmurou, os olhos baixos.

– Ela ainda é sua esposa. – Afirmou, a convicção brincando em seus lábios vermelhos, Robin sentia vontade de beijar aquela mulher naquele momento, pegá-la no colo e sair por aí num mundo desconhecido, mas as coisas não eram tão simples assim.

– Desculpe-me por ter te arrastado para isso. – Ela iria dizer algo, mas Henry e Zelena entraram correndo, a ruiva estava totalmente arrumada, com uma saía arrochada preta, uma blusa de seda verde, meias calças e saltos.

– Você realmente precisa limpar aquele depósito.Mas eu achei. – Disse Henry retirando a mochila das costas.

– Ainda quer que eu faça isso? – A idéia perambulava pelos pensamentos de ambos.

– Sim. – Robin afirmou.Henry abriu a caixinha, e a morena engoliu em seco antes de enfiar a mão na grossa camada de gelo que cobria a mulher.Com grande dificuldade arrancou o coração vermelho, ignorando o pensamento de esmagá-lo, sorriu.

– O gelo não chegou ao coração dela...Ainda.Podemos mantê-la viva. – Zelena sorriu quando sua irmã colocou o órgão na caixinha que seu sobrinho segurava.

– Então ela vai ficar simplesmente assim?...Viva, porém....Congelada? – Questionou o loiro.

– Até acharmos uma cura. – Concordou Regina.

– E acharei uma. – Disse, não sabia se poderia, mas não iria desistir, nunca.

– Olhe desculpe, se estou interrompendo. – A ruiva se aproximou sorrindo e passou o braço pelo da morena.

– Mas...Ruby está nos esperando lá fora. – A mais nova a olhou franzindo a testa.

– Vamos ao The Rabbit Hole. – A expressão da ex-prefeita foi “Erro 404 not found”.

– Nem adianta negar, Emma vai ficar com Henry e nós vamos sair. – Antes que Regina pudesse negar Zelena saiu a puxando pela porta, a morena não permitiria tal coisa, a não ser que precisasse muito, e realmente ela precisava”.


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