Always, sister escrita por AlineEmilie


Capítulo 5
We Are a Family...Imperfect


Notas iniciais do capítulo

Eu pretendia atualizar a fic na segunda ou na terça, por que amanhã tenho trabalho, e duas provas no colégio, mas quando entrei no Nyah e vi que uma pessoa recomendou minha fanfic, caramba acho que só não tive um ataque do coração por que muitas pessoas me amam...kkkk sqn.
Então anajulia001 obrigada pela recomendação, você não sabe o quanto me deixou feliz, esse capítulo vai em homenagem a você e todas as minhas leitoras fofas *-*
Galera eu adoro vocês



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" Zelena acordou em um solavanco, sentada totalmente ereta na cama ela suspirou sentindo o sangue correr mais devagar por suas veias, estava ensopada de suor, aquele havia sido um pesadelo bem horrível, sussurrou para si mesma enquanto contornava a nuca com os dedos.Olhou para o lado da cabeceira, tomando um generoso gole de água do copo ali pousado.A ruiva se levantou tendo dificuldade em manter os pés firmes no chão.Com dificuldade se dirigiu ao banheiro, batendo em algumas coisas do quarto mergulhado na penumbra.Se debruçando sobre o vaso sanitário a mulher deixou retirar toda aquela sensação ruim de seu estomago, junto com o jantar a pouco degustado.Acionando a descarga se levantou e escovou os dentes.E assim saiu, notando que não conseguiria voltar pra cama, não naquela noite.

– Regina, Gina... – Zelena sussurrou batendo na porta da irmã, estava muito envergonhada por fazer aquilo, mas o pesadelo com...Trevas a havia assustado muito.Então a ruiva lentamente abriu a porta do quarto, encontrando a irmã adormecida na enorme cama de casal.

– Gina. – Disse baixo tocando o ombro da morena.

– Sis? – Perguntou a prefeita confusa, mas principalmente preocupada ao olhar o relógio que marcava '1:43'.

– Aconteceu alguma coisa? – Questionou esfregando os olhos enquanto olhava na íris azul, aparentemente assustada de sua irmã.

–É que...Eu-eu tive um...Pesadelo. – A bruxa disse de cabeça baixa, para esconder seu rubor.

–Será que eu... – A voz de Zelena quase não saía.

–Dormir aqui? – Questionou Regina achando graça do embaraço da irmã.

–É.

–Claro Z. – Ela se afastou um pouco e a ruiva soltou um meio sorriso corado, se deitando o mais longe possível da irmã, envergonhada e se sentindo uma criança.

–Eu não mordo sis. – A morena brincou e viu a bruxa rir falsamente.

–Eu sei que não. – Porém continuou longe.

–Ah vem cá maninha deixa de frescura. – E puxou a ruiva pelo braço para perto de si, a abraçando.

–Eu só fico infantil quando bebo. – Zelena disse aceitando reclamando o abraço mesmo que estivesse adorando.

–Sshhh hora de dormir. – Beijou a testa da ruiva.

–Isso foi bem ridículo.A bruxa riu e a morena a acompanhou.

–Eu sei.

'Estava em Oz?Olhei para meus pés tocando uma trilha de tijolos dourados, com certeza estava em Oz.Comecei a andar, por que estava naquele reino?Me dirigi ao castelo, onde costumava comandar, os guardas abriram sem pestanejar ao me verem, percebi algo de errado em suas expressões, parecia que queriam me dizer algo, mas tinham medo de que eu os transformasse em macacos, ignorando tal pensamento entrei no salão principal, onde meu antigo quarto mantinha-se da forma que eu havia deixado, no meio de grandes cortinas em tons de verde e dourado.Me dirigindo a mesa de cabeceira percebi algumas coisas bem peculiares, bombons de cereja, um espelho talhado em ouro e até mesmo um novo chapéu pontudo que nunca tivera a oportunidade de usar, estranhamente havia um bilhete grudado a ponta negra de couro.

Estranhando retirei o papel de pergaminho, uma caligrafia rústica que demorei a decifrar trazia poucas frases.

'Espero que goste senhora...Chapeleiro Real do País das Maravilhas', franzi a testa em uma careta, o que aquilo queria dizer?'

Zelena abriu os olhos com dificuldade, estranhado o fato de o relógio marcar '8:32' ela geralmente não costumava acordar cedo, porém tinha completa certeza que não possuía mais sono.Jogando os pés para fora da cama, ela suspirou ajeitando da melhor forma os cabelos rebeldes se dirigindo a porta do quarto, a abrindo, caminhando para o cômodo ao lado, era bom ter mais espaço para se movimentar e ter a liberdade de ir e vir aonde quisesse.Depois de um banho rápido e já vestida devidamente a bruxa fez sua cama, coisa que fazia desde pequena, quase uma mania.Terminando a tarefa saiu do quarto, percebendo o aposento principal vazio a ruiva desceu as escadas para procurar a irmã.

Com passos lentos a mulher se direcionou a cozinha, primeiro lugar óbvio para se procurar, não a encontrando ali, nem na copa então caminhou para a sala, já ouvindo o barulho da Tv.

Ela esperava tudo, menos o que encontrou, Regina estava embrulhada em uma manta felpuda azul bebê, tinha uma panela em mãos e uma caixa de lenços de papel ao lado do corpo.

– O que...? – Zelena logo percebeu que entender Regina seria bem mais difícil do que pensava.

– Estou assistindo Titanic. – Percebendo a face sem expressão da irmã mais velha a morena se corrigiu.

– Um romance super meloso que faz chorar. – Internamente a ruiva se perguntou por que alguém assistiria algo para chorar?Devia fazer parte da recuperação pelo coração partido ou sabe-se lá o que.Caminhando até onde Regina permanecia deitada, ela se ajeitou ao lado da irmã no grande sofá, onde a alguns dias atrás elas discutiam apenas para Zelena dar tempo a Rumple de pegar o coração da morena...Era hora de esquecer o passado, e criar novas lembranças.

– Prova... – Ela entregou a panela a bruxa, onde continha grande quantidade de uma pasta marrom.

– Brigadeiro de panela... Faz um tempo que não faço, se estiver ruim não é minha culpa. – A prefeita se defendeu antes mesmo da mulher levar a colher a boca.E quando o fez se deliciou com a pasta grudenta, quente e doce.

– Esplêndido! – Exclamou percebendo que Regina não dava atenção a ela e sim a um rapaz loiro que gritava ser o rei do mundo numa estranha superfície de metal.

A ruiva decidiu não interromper, retirando as pantufas de macaco ela se enfiou junto da irmã na manta felpuda.

– Para de chorar Zelena. – A prefeita riu da ruiva, que agora entendia o por quê de se assistir um filme triste.

– Por que o Jack tinha que morrer é injusto. – Limpando os olhos com um dos lencinhos Zelena tentou se recompor.

– Isso que traz a beleza, é trágico.Agora levanta, não vou fazer o almoço sozinha. – A morena pegou a panela das mãos da irmã, desligando o aparelho de DVD.

– Injustiça.... – Murmurou a mulher se levantando do sofá.

– Vou te fazer assistir "A vida é bela" aí vai entender o que é chorar pra valer. – A bruxa seguiu a irmã mais nova, só aí notando que ela ainda usava pijamas.

– Não vai para a prefeitura hoje? – Questionou quando entraram na cozinha.

– Eu renunciei ao cargo.

– O QUÊ? – Regina disse tão simplesmente que qualquer um estranharia o espanto de Zelena.

– Por que fez isso? – A ruiva parou frente a bancada, as mãos na cintura, e um olhar indignado, sabia perfeitamente que Regina precisava de um tempo para se recuperar do amor que perdera, mas renunciar ao cargo da prefeitura...Isso não, até por quê seria bem mais fácil para a morena se ocupar com algo.

– Eu só que me toquei que todos querem Mary Margaret no meu lugar. – Dava para se perceber que ela realmente estava chateada com as próprias conclusões.

– E Z...Eu preciso um tempo longe de todos... – A palavra “Todos” ficou no ar, a bruxa sabia que ela se referia a Robin Hood, Marian, e até ao garotinho que ela não sabia qual o nome.

– O amor já matou mais que qualquer doença. – Ela disse debruçando-se sobre a bancada, enquanto a sua irmã se dirigia a geladeira.

– Agora você falou exatamente como a mamãe, e isso não foi um elogio, bom...Não totalmente. – Ao se virar notou as sobrancelhas franzidas da ruiva.

– Ah nada contra você falar como nossa mãe, só que ela vivia me repreendo... – Torceu o lábio, em um meio sorriso.

– Apesar de que ela aprontava mais do que...Eu. – Regina balançou a cabeça negativamente retirando uma mecha de cabelo que insistia em cair em seus olhos.Estava necessitando desesperadamente de um novo corte, mas a mulher sabia que quando chegasse a hora não teria coragem.

– E então qual o prato do dia chef Regina? – O olhar irônico que veio de sua irmã a fez rir.

– Hoje você vai provar da minha especialidade, minha deliciosa lasanha. – Zelena sabia que Regina cozinhava muito bem, seus dons nessa área eram inquestionáveis, ela gostaria de questionar o por quê, seria bem mais simples para a morena fazer tudo com magia, por quê ela se dedicava tanto a aquela atividade?E a bruxa mais nova tinha essa resposta na ponta da língua, um pequeno garotinho que atravessara seu caminho anos atrás, o que levou-a a adotar Henry alguns meses depois, e a menos de um ano ele tentou matá-la, não seria inspirador?

– Pesando em algo agora....Zelena você nunca se apaixonou? – A pergunta pegou a mulher de surpresa, o rosto empalideceu quando se deu conta de que nunca havia realmente se apaixonado, o que tivera com Rumple era mais para uma relação que nunca tivera com seu pai.

– Nenhum, nenhum mesmo? – A ruiva apenas balançou a cabeça negativamente, como poderia ser possível, ela nunca se apaixonara, nunca sentira a dor da perda de um amor, e já era uma mulher adulta.

– Por que? – Questionou a morena enquanto abria uma garrafa de vinho, servindo duas taças.

– Se você não notou eu sou a bruxa má, e a pouco tempo eu era verde.

– O Papai Smurf não ligaria pra isso.

– QUÊ? – Regina segurou a risada, era bem óbvio que ainda se sentia mal, não estava em um se seus melhores dias, acabara de renunciar da carreira que fora sua única companheira em muitos anos, além do pequeno bilhete que enviara a Henry....Este ela gostaria de esquecer, doía saber que o melhor nesse momento era se afastar de seu filho.

– Nada... – Desdenhou com um gesto se voltando para o que estava fazendo.A preparação do prato foi bem fácil, apesar das novas tecnologias Zelena aparentemente tinha um dom nato, assim como a irmã.

– O que será que está acontecendo com essa cidade? – Regina perguntou mais para si mesma, enquanto tentava fechar a janela, ao ver os pequenos flocos caírem, grudando na mesma.

– Aparentemente está nevando. – A mulher mais velha se aproximou de onde a morena permanecia em pé.

– Não estou falando disso...Ontem eu impedi que um boneco de neve gigante matasse Marian. – Zelena a olhou surpresa, Emma não havia lhe dito o que causara a recaída de sua irmã no poço da tristeza e choro, mas...A ruiva percebeu que aquele não era uma conversa boa para se levar.

– Eu deixaria... – A morena a olhou, porém a mulher mantinha o olhar na taça de vinho frente ao seu corpo, enquanto permanecia com as costas encostadas na bancada.

– Você não seria capaz... – A mesma sorriu balançando o líquido presente ali.

– Eu matei aquele rapaz...Neal. – Por seu tom de voz Regina percebeu que ela não estava apenas arrependida, havia algo naquele olhar, mágoa talvez, ela não conseguia decifrar o que se passava na cabeça da mulher ao seu lado.

– Seu pesadelo... – Regina viu sua irmã se ajeitar desconfortável, não era apenas a morena que possuía alguns problemas para dormir.

– Se sente culpada? – Questionou com cuidado, apesar de tudo a bruxa tinha uma certa fama de imprevisível.

– Um pouco... – Sussurrou dando um gole no líquido, sentindo-o esquentar por dentro, apenas por dentro, sua irmã tinha razão, ela não conseguia dormir direito desde o dia que tirara a vida do jovem filho de Rumple, Zelena nunca havia matado ninguém, vontade não lhe faltara, mas ela nunca chegara a estes extremos, mas o ódio falou mais alto e agora esses pensamentos lhe invadiam a mente, ela tirara a vida de uma pessoa inocente, pai de Henry, filho do Senhor das Trevas...Uma pessoa que havia muito ainda para viver.

– Quer um conselho? – A ruiva franziu a testa, aquilo soava engraçado, afinal ela era a mais velha ali, ela devia estar dando conselhos e não recebendo.

– Matei e torturei milhares... Mas aquela não era a pessoa que sou agora, e sim a Evil Queen.

– Então...Você quer que eu esqueça? – Regina balançou a cabeça para o lado em um gesto que indicava “De certa forma, sim”.

– As coisas ficam mais fáceis com o tempo, o caminho é longo. – Percebendo o suspiro da bruxa, a morena segurou-lhe a mão vazia, apertando compreensivamente.

– Mas irei te ajudar, isso é uma boa notícia. – Não estava aliviada, mas Zelena sorriu, sorriu por que gostava de sua irmã, gostava da forma que ela tentava lhe fazer sentir melhor, mesmo quando estava quase caindo num abismo de desespero.Ela possuía um coração enorme, e não importava o que as pessoas dissessem, para a ruiva ela não era nem um pouco má, arrogante e extremamente chata as vezes, mas não má.

– Temos meia hora até a lasanha ficar pronta...O que acha de um pouco de neve? – Ela nunca respondera a aquela pergunta, pois antes que tivesse chance estava caída no meio do gramado coberto de branco, na parte de trás da casa, vestida com casacos extremamente grossos e botas.

– Você tem que parar com essa mania de teletransportar sem me avisar. – Com dificuldade a bruxa se levantou, só para cair de novo com uma bola na cara, ouviu os risos de sua irmã, e ajeitou a touca ao redor dos cachos.Regina ainda se contorcia em risos quando levou uma bolada na cabeça, que quase lhe desequilibrou.As duas se distanciaram para construir seus fortes, e o que era pra ser uma atividade divertida e amigável virara uma verdadeira guerra, com Regina como vencedora.

– Foi injusto. – Zelena disse se sentando na escada da varanda, limpando o rastro de neve dos cabelos.

– Você usou magia.

– Isso é desculpa de perdedor. – A ruiva estirou a língua para sua irmã, que a ajudou a se levantar, para que pudessem entrar.Retirando as luvas e os casacos Regina caminhou até o forno, retirando a lasanha já totalmente dourada.Enquanto o prato esfriava a morena trocou suas roupas, apesar de tudo ela ainda era uma mulher vaidosa e não iria continuar de pijama pelo resto do dia.

O almoço foi feito em meio a uma conversa sobre os reinos em que viviam, a bruxa contava para a irmã como Oz era agradável no outono, pois as várias árvores deixavam que suas folhas caíssem, e tudo ficava num estranho tom de laranja e marrom.Já Regina relatava como era viver com Cora, antes da realeza, de Daniel e todos os outros problemas, e que algumas vezes sua mãe havia até mesmo saído para cavalgar com a morena.Eram épocas que não iriam voltar, mas que deixaram lembranças boas, para ambas, antes do mal e das futilidades que as levaram a se odiarem.

– Acho que poderíamos procurar sua alma gêmea. – Zelena quase cuspiu todo líquido que bebia, o ar faltou para a ruiva, e a mesma engasgou, colocando as mãos sobre a boca para tossir dramaticamente.

– Está louca Regina, eu não possuo uma “Alma Gêmea”. – Disse o nome com receio, como se possuísse medo das duas pequenas palavras, e talvez possuísse mesmo.

– Todos temos uma alma gêmea, ninguém escolhe ter ou não. – A morena fez gesto para si mesma, Regina não se arrependia de ter encontrado Robin Hood, o pouco tempo que passaram juntos lhe fez bem, mas também lhe trouxe dor, isso ela não podia negar, mesmo assim ela não conseguia parar de pensar no ladrão, era uma coisa que ela não possuía controle.

– Eu não quero uma alma gêmea. – Revirou os olhos irritada com o rumo que a conversa tinha tomado.

– Ah qual é sis, tem alguém por aí só esperando por você, isso é egoísmo sabia? – Zelena se perguntou se sua irmã era insistente com tudo o que queria.Egoísmo?Não fora uma palavra que a mulher cogitaria para este assunto.

– Da forma como você fala é como se eu estivesse cometendo um crime.

– E está. – Concordou Regina, percebendo uma sobrancelha ruiva se arquear em sua direção.

– Você está privando você e a outra pessoa de receber amor, isso é um crime muito grave Zelena. – Soltando um longo suspiro a bruxa olhou nos olhos de sua irmã mais nova, podia perceber o brilho melancólico que emanava dali...Ela sabia perfeitamente bem o por quê não se apaixonara por ninguém todos aqueles anos, por que as pessoas se aproveitavam dela, de sua vulnerabilidade para depois pisar em seus sentimentos sem pestanejar.

– Tinker Bell me ajudou, dizia que eu precisava de amor, você já deu o primeiro passo, mana.Agora precisa achar a pessoa certa.

– E quem seria essa pessoa? – Mesmo não concordando com 99% das coisas que sua irmã dizia a mulher questionou, quem seria a pessoa que lhe amaria, mesmo sabendo todas as coisas que fizera, mesmo ela sendo a bruxa má.

–Não sei... – Regina se levantou da mesa, indicando que a ruiva deveria fazer o mesmo, e ela não teve opção a não ser seguir a mais nova até a sala.

– Quando você fecha os olhos o que imagina? – As duas caíram no sofá, uma ao lado da outra.A bruxa não sabia o por quê de ter tocado nesse assunto com sua irmã afinal, toda aquela atmosfera lembrava o arqueiro que havia lhe deixado sozinha, mas com Zelena sempre fora assim, ela nunca escolhia o que iriam conversar, só permitia que fluísse.

– Essa pergunta não fez muito sentido.Quando eu fecho os olhos só vejo o...Escuro.

– E é por isso que você precisa de amor...Quando fecho os olhos...Eu imagino uma festa de família, todos nós reunidos, Robin, Roland, Henry, Emma, Mary, eu, você...Trocando presentes e...Sei lá as vezes minha imaginação é fértil...Até demais. – Sua irmã mais velha compreendia o que Regina queria dizer, era mais fácil sonhar com o impossível do que viver num mundo em que a felicidade é praticamente extinta.

E por um momento o silêncio reinou, as duas permaneceram deitadas, uma em cada direção e dimensão do sofá, as cabeças uma ao lado da outra mas sem se olhar, os olhos fixos no teto, cada qual com seus pensamentos conturbados.

Foi quando uma batida veio da porta, as duas viraram as cabeças uma para a outra na mesma hora, quem iria vir a casa de Regina sabendo seu estado?A mulher se levantou com um suspiro triste implorando que não fosse Robin, ela se dirigiu ao Hall de entrada.

– Sei que você está aí. – Ela pensou duas vezes antes de descer a escada, era a voz de Henry.

– Você pode desistir de si... – A mulher sentiu a cabeça latejar e os olhos marejarem, se ele soubesse o quanto lhe fazia bem apenas ouvir sua voz, parecia que um peso enorme saía de suas costas.Seu pequeno garoto estava ali, estava procurando por ela, ele sentia sua falta.

– Mas eu não desistirei de você. – Uma ponta de sorriso queria lhe escapar, mas ao mesmo tempo queria chorar.

– Eu não vou embora só porque você mandou. – Ela não esperava que ele fizesse isso, ele nunca obedeceu suas ordens mais simples, ele era assim, o menino amoroso que seu coração havia adotado para amar a quase 14 anos atrás.

– Este é meu lugar e voltarei todos os dias, porque moro aqui.E sinto falta do meu quarto. – Ela não deu por si quando abriu a porta.

– Henry. – Murmurou segurando as lágrimas que já queriam escorrer por seu rosto, ele estava ali, realmente estava ali.

– Mãe. – Estendendo os braços Regina permitiu que seu filho se aconchegasse em seu ombro, notando novamente o quanto ele estava grande, seu pequeno principezinho se fora, e no calor do corpo de seu garoto ela permitiu-se deixar que algumas lágrimas escorressem.Naquele momento pôde perceber que não poderia desistir, não tinha mais Robin em sua companhia, ou Roland.Mas Henry estaria ali para segurar sua mão, e Zelena com certeza seguraria a outra, eles não eram uma família grande, nem perfeita, mas para Regina era sim, a melhor de todas.Simplesmente porque não desistiram dela.”


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