Always, sister escrita por AlineEmilie


Capítulo 4
United By Love


Notas iniciais do capítulo

Evil Regals de plantão por favor não me matem....



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“No primeiro momento Regina pensou que tudo fora um sonho, que ela iria acordar em sua mansão, que os problemas não iriam incomodá-la, mas com um backe ela se tocou de tudo que havia ocorrido.Robin, Marian, a discussão, a tristeza, o choro até de madrugada comendo chocolates com Zelena.

– Zelena... – Ela murmurou abrindo lentamente os olhos, notou que sua irmã ainda dormia pesado com um dos braços em volta de sua cintura.A prefeita esfregou os olhos, os sentindo arder, e a cabeça latejar um pouco.

– Zelena. – Balançou o ombro da ruiva.

– Me deixa dormir praga. – Ela disse, sem abrir os olhos, a voz embargada de sono.

– Onde deixei meu celular? – Ergueu o corpo da pequena cama, vasculhando nas coisas que estavam no chão.

– Nem sei o que é isso... – A mulher se virou para o outro lado, o que resultou numa queda.

– AÍ... – Regina colocou a mão sobre a boca, mas foi impossível segurar a risada.A mulher mais velha se levantou com dificuldade, as mãos pousadas no quadril.

– Obrigada, eu realmente precisava de uma cena humorística logo pela manhã. – Zelena revirou os olhos, se virando para a janela e começou a erguer os braços para se espreguiçar.

– GINA! – Ela gritou e Regina se virou, as sobrancelhas franzidas.

– ESTÁ NEVANDO!!!! – A ruiva praticamente pulou na pequena janela.A outra mulher franziu a testa, não seria possível tal coisa, estavam no verão e apesar de estar muito frio não haveria como nevar.

– Sério? – Perguntou se aproximando da janela, e realmente, caíam flocos de gelo por todo canto, o pátio do hospital estava coberto por um pequeno tapete branco.

– Brincando que eu não estaria. – Demorou algum tempo para Regina entender que a arrogância era algo que fazia parte da personalidade de Zelena.

– Isso realmente é estranho. – Comentou vestindo o casaco, o mesmo que havia retirado ontem a noite.

– Neve não é estranho, é bonito, e agradável... – A prefeita sorriu ao perceber o olhar bobo da ruiva para a paisagem restrita ali.

– Tenho que ir. – Ela disse olhando para o visor do celular, que marcava ‘8:23’.

– Boa sorte. – Zelena desejou cruzando os braços se virando para a irmã, que torceu o lábio em uma careta.

– Sinceramente, a sorte nunca foi algo que contei. – Balançou a cabeça negativamente, claro que estava um pouco mais conformada com a situação, mas isso não diminuía o sentimento de indignação que crescia dentro da mesma.

– Assim que puder me traga notícias. – A morena consentiu, sem saber direito como se despedir de sua irmã, afinal aparentemente haviam se tornado amigas, mas ainda assim elas haviam se machucado muitas vezes, muitas delas feriram mais a si mesmas do que a “rival”.

Mas a mulher não teve tempo de concluir o pensamento, pois a ruiva envolveu os braços em torno de si, em um abraço rápido porém confortável.

– Lembre-se do que eu te disse....Esperança. – Regina permitiu-se suspirar contra o ombro de Zelena, como ela odiava se sentir fraca, e como adorava a forma como sua irmã conseguia lhe passar a segurança que precisava para se manter de pé.

– Obrigada. – Sussurrou e mesmo sem ver, ela sentiu o sorriso da bruxa, era realmente incrível que elas tivessem consertado a relação com tanta praticidade, o tempo que passaram brigando mais parecia uma lembrança perdida.

– Se cuida praga. – A mulher depositou um pequeno beijo no topo da cabeça de Regina, a mesma apertou um pouco mais o abraço, antes de se soltar, apesar de essa não ser sua vontade, enquanto estivesse ali na companhia de sua única família ela sentia que os problemas pareciam menores.

– Temos que ter um toque. – Ela disse, numa reflexão consigo mesma.

– Um o quê? – O rosto da bruxa se contorceu em dúvida.

– Uma coisa que vi João e Maria fazendo uma vez. – Pegando a mão da ruiva na sua, mais parecendo uma criança Regina começou uma longa explicação do que seria um “Toque”.

– Mas...Isso parece tão retardado.

– Eu sei, mas é isso que torna especial agora tenta... Primeiro você bate a palma na minha....Isso...Agora fecha o punho...Bate de novo....Vira pra cima e pshhh....

– Eu estou com vergonha de mim mesma.... – A mulher mais velha balançou a cabeça negativamente em um meio sorriso.

– Acredite é um bom sinal. – Dizendo isso a prefeita pegou o celular na cama, acenando para sua irmã desapareceu em uma nuvem de fumaça roxa, reaparecendo no Hall da mansão, que parecia mais vazia que o normal.Ignorando os pensamentos inquietantes Regina subiu para seu quarto, tomando talvez o banho mais demorado de sua vida, deixou um pouco de dúvidas e lágrimas irem embora com a água quente, de certa forma aquilo tirava parte do peso de seus ombros.

Se vestindo com um dos clássicos terninhos de prefeita, dessa vez branco, ela não gostava muito da cor, mas resolveu vestir assim mesmo.Já pronta pegou a bolsa e alguns documentos em seu escritório, a vida segue, pensou.E ela tinha muito trabalho pela frente.Estava bem frio, porém não nevava na rua do casarão, o que não impediu Regina de pegar o sobretudo antes de entrar em seu carro.

– Sra. Swan. – Disse em bom tom ao celular.

– É bom saber que não estou em sua lista negra. – Ela pôde ouvir um suspiro do outro lado da ligação.

– Não estou ligando por esses motivos Swan, preciso conversar muito seriamente com você sobre a situação de minha irmã.

– Achei que esse assunto já estava resolvido...

– Não está. – Cortou a prefeita, não iria permitir que Zelena permanecesse naquela cela, reconhecia que a mesma havia feito coisas nada boas, mas aquilo era quase desumano e se tudo corresse bem...E iria correr, aquela tarde ela e a ruiva iriam admirar a neve bem de perto, não da vista de uma janela.

– Vá ao gabinete, estarei lhe esperando. – E finalizou a ligação, já era muito difícil aceitar que seu amor verdadeiro possuía uma esposa, que a pouco tempo estava morta, ela ainda tinha de se conformar que Emma era xerife e que podia continuar mantendo sua irmã presa.Suspirando de tédio a prefeita acelerou com força, como se aquilo fosse espantar o nó que se formava em sua garganta.

Entrando em sua conhecida sala, que nunca saiu dos padrões de sua casa Regina depositou suas coisas numa mesa próxima, levando as mãos aos cabelos, aliviava um pouco da tensão que sentia, apesar de achar que não passava de superstição.

A morena se dirigiu a sua mesa, notando algumas coisas fora do lugar, talvez da última visita de Zelena, quando o pequeno boato de que ela havia conseguido produzir uma poção da memória.Naquela época ela nem sabia que tinha família viva, no mesmo momento sorriu sozinha ao notar que se referia a uma semana atrás como “Naquela época”, pois realmente as coisas em Storybrooke nunca permaneciam quietas, então era bem mais fácil contar o tempo pelos acontecimentos.Pensando nisso ela se lembrou de seu aniversário, o mesmo estava chegando, dia 2 de fevereiro, em que dia sua irmã fazia aniversário?Se questionou instantaneamente, ela se lembraria de perguntar na próxima vez que se encontrassem.

Pegando um porta-retrato médio na mesa de vidro ela se questionou por quê possuía fotos de si mesma em sua sala.Uma foto antiga, seu cabelo ainda pegava na nuca e os olhos ainda possuíam um certo brilho ameaçador.Pesquisando em suas lembranças a prefeita pensou em uma foto ideal para colocar ali, sorrindo com a conclusão de seus pensamentos.

Erguendo a mão brilhando em prata, deslizou pela foto e a viu se desfazer dando lugar a uma tarde alaranjada, duas garotas, uma mulher e uma árvore, a algum tempo Regina aprendera como transformar lembranças em fotografias, e de certa forma sonhos eram lembranças.

Depositando o porta-retrato ao lado do Fax, resolveu se concentrar, voltando-se para o mundo real, onde era a prefeita de uma pequena cidade no Maine.Os registros estavam uma bagunça, pudera, desde que saíram em missão na Terra do Nunca ela não tivera tempo para trabalhar.

Antes que pudesse mergulhar em mais um de seus pensamentos perdidos ouviu alguém bater a porta, não sabia que Emma costumava ser pontual, ironizou para si mesma enquanto se dirigia a superfície de madeira, a abrindo sem pestanejar.

– Olá Regina. – Não era Emma, não Henry, nem mesmo Mary Margaret, Regina tinha plena certeza que preferiria receber até mesmo Leroy do que a pessoa que estava ali, com um leve sorriso, os cabelos loiros bem penteados e os olhos...Olhos azuis, não como os de Zelena, eram os olhos de seu amor verdadeiro...Robin Hood.

– Robin? – A face sem expressão fez com que o loiro sentisse vontade de não ter vindo, porém era preciso.

– Pode me dar um minuto?...Quero conversar. – Ela sabia, sabia que a conversa iria ser dolorosa e que com certeza duraria mais que um minuto, mas permitiu que o mesmo entrasse, se sentando no sofá.Regina se juntou a ele, mantendo certa distância, a distância segura.

– Sinto muito. – Ele disse juntando as mãos frente ao corpo.Essas simples palavras lhe fizeram ter vontade de socar alguma coisa “Sinto muito”?Ele sabia o que ela havia passado, sinto muito não iria curar a ferida que se abrira em seu coração.

– Por que sente muito? – Ela tinha de reconhecer que Robin não possuía culpa, e que estaria sendo tola se o culpasse.

– Tudo o que Marian disse é verdade, eu sou um monstro. – Não conseguia convencer a si mesma de que estava errada.

– A mulher que conheço é a pessoa mais distante de um monstro.

– Talvez não me conheça tão bem quanto acha. – O peso em seu coração estava dando indícios de se esvair, Robin sabia fazer tal coisa, ele sabia fazer com que ela não se sentisse a pior pessoa do universo, mas mesmo assim ela foi dura, cortante, não podia baixar a guarda e deixar que as lágrimas lhe tomassem....Novamente.

O arqueiro comprimiu os lábios, tocando uma de suas mãos, a quentura que ele possuía era confortável de se sentir.

– Eu a conheço bem, pois você é como eu. – Ela tentou desviar os olhos, mas seu corpo não quis obedecer.

– Eu já fui, há muito tempo, bem diferente.Mas eu mudei... – Regina podia sentir a sinceridade em suas palavras.

– E deixei meu passado no passado, que é aonde ele pertence.Assim com você fez. – Podia sentir seus olhos marejando, e baixou os olhos, tamanha a ironia do destino.

– Então o que aconteceu conosco... – A ponta da esperança parecia estar voltando, lembrar das palavras de Zelena aplicou-se aquela situação.

– Foi verdadeiro. – O homem confirmou sorrindo, fazendo com que ela também sorrisse, seria possível?A esperança realmente era real?

– Sim. – Continuou o loiro. – Meus sentimentos por você eram....São verdadeiros. – Ele apertou a mão da prefeita entre os dedos, Regina deixaria as lágrimas rolarem, se não estivesse tão aliviada.

– Mas a Marian é minha esposa. – O sorriso da morena foi aos poucos diminuindo, voltando ao olhar sem expressão.

– Eu a amei e fiz uma promessa: “Até que a morte nos separe”.... E a morte o fez....E então desfez. – Era complicado, ele tinha razão, não poderia deixar Marian sozinha, não nesse mundo, não era honrado.

– Mas minha promessa permanece. – A morena engoliu em seco, seus olhos marejaram, como poderia alguém ir do céu para o inferno tantas vezes em menos de 2 dias.Não era justo com ela, a prefeita havia feito de tudo para ser boa, e o que recebeu em troca?Só mais um soco no estomago, se realmente havia uma força maior controlando tudo isso, ela odiava Regina com todas as suas forças, pois havia dado a ela a pior coisa que se pode dar a uma pessoa, esperança.

– Então você fez sua escolha. – Piscou, impedindo as lágrimas de caírem, novamente ela havia sido rejeitada e não iria chorar na frente de Robin, não iria se humilhar a esse ponto.

– Posso ser um ladrão, mas eu tenho um código, e preciso viver sob ele, se não que tipo de vida estarei vivendo? “Bobagens” pensou, ela também seguia seu código, secretamente, retribuir da mesma forma os sentimentos de alguém por ela, e fora por isso que ela se chateara tantas vezes, e naquele momento podia perceber a dimensão do problema que havia criado para si, estava apaixonada, apaixonada pelo homem sentado ao seu lado, e como sempre, estava impedida de amá-lo.

– Espero que você olhe para dentro de seu coração e entenda. – Ela ergueu os olhos, implorando mentalmente que ele deixasse sua sala e a permitisse chorar, e como se pudesse lhe entender Robin se levantou, e assim ela permitiu que uma única e dolorosa lágrima escorresse, ele não se virara e num impulso ela se levantou, iria atrás dele, se não soubesse o quanto errado era.Parou ali no meio da sala inquieta, pousando as mãos na cintura tentando controlar aquele sentimento tão ruim, ela não podia sentir tal coisa novamente, não poderia sentir ódio.Regina cerrou os dentes, por quê ela?E um espelho se estourou bem atrás de si, como que acordando de pensamentos nada agradáveis a mulher suavizou suas expressões se aproximando e pegando um dos cacos do espelho.A confirmação bem clara a sua mente, ela só precisava de um empurrãozinho para se tornar má novamente, olhando o reflexo, sentiu raiva por estar chorando, raiva de Emma, de Branca, de sua mãe, de Marian e até de Gold, nem sabia o por quê.

Eles haviam criado a Rainha Má, e agora teriam de agüentar as conseqüências.

Zelena se sentia mais como um fantoche, poucos apareciam para vê-la e os que apareciam tinham medo dela, a ruiva sinceramente gostaria de mostrar a todos que não queria a morte de ninguém, não depois de perceber o erro que cometera ao acusar sua irmã de todo seu sofrimento, que era bem estúpido perto do dela.

– Zelena. – Ouviu uma voz pouco conhecida e se virou do parapeito da janela, onde observava a neve já cobrindo todo o pátio e parecia que logo cobriria toda a cidade, a mulher franziu a testa ao perceber a xerife parada na porta da cela.

– Pegue suas coisas, temos que ir.

– Ãnh? – A expressão da bruxa foi de completa dúvida, Emma havia lhe colocado ali, ela a odiava por matar seu cavaleiro de armadura reluzente e agora queria retirá-la dali?

– Regina. – Disse simplesmente, e por seu olhar sério a ruiva pôde perceber que as coisas não estavam nada boas, então fez o que a loira pediu e logo estavam em seu fusca amarelo, em direção ao gabinete da prefeita.

– Regina. – Emma chamou, tentando abrir a porta, percebendo que estava trancada.

– Sei que você está aí.Posso ver as luzes acesas. – E ela realmente estava, encostada a porta, sentada ao chão, não fora capaz de deixar aquela mulher morrer, como poderia?Ela era simplesmente uma pessoa, Regina se sentia fraca, e até um pouco estúpida, se tivesse deixado Marian morreria nas mãos, ou...Patas daquele monstro de gelo e não seria sua culpa, não totalmente, mas ela não era assim, pelo ao menos não mais.Estava tão convicta enquanto falava com Sidney sobre voltar no tempo e matar a sangue frio a esposa de Robin, mas...Agora...Ela tinha plena certeza de que não conseguiria fazer tal coisa.

– Eu sei que tudo isso é complicado, mas você pode ser feliz. – A prefeita suspirou cruzando os braços sobre o colo, Swan era a última pessoa que queria ouvir naquele momento, a salvadora, a perfeita, a que iria possuir um final feliz mesmo se um meteoro atingisse o Maine, por que era uma heroína e Regina...Era uma vilã.

– Sei que não parece, mas você só tem que lutar. – Trazendo os joelhos para perto do corpo, a morena encostou a cabeça nos braços, sentindo tudo menos o que todos falavam, aquela droga de esperança.A loira do outro lado suspirou por não conseguir uma palavra se quer, olhou para a bruxa a seu lado, que fez gesto positivo, como se ela estivesse indo bem.

– Se você não vai ser feliz, eu serei. – Afirmou.

– Henry me trouxe á Storybrooke para os finais felizes voltarem. – Com o rosto nos joelhos Regina espremeu os olhos, ela nunca tivera um final feliz, como seria possível que ele “Voltasse”, não era algo que ela compreendesse.

– Meu trabalho não termina até que eu faça todos felizes, inclusive você. – Emma não sabia se dera conforto ou mais desespero a morena, mas estava tentando consertar as coisas, do seu jeito mas estava.Dando uma última olhada para a mulher ao seu lado que apenas consentiu a xerife deixou o gabinete, não satisfeita, mas conformada.

– Regina. – Bateu na porta levemente, não obtendo resposta.

– Regina Mills estou falando com você e se não abrir vou arrombar essa porta. – Na verdade ela não sabia se teria força o suficiente para quebrar a resistência daquela porta de madeira, mas tinha de tentar.

– REGINA. – Gritou.

– Quem é a agradável voz ali fora? – Sidney perguntou.

– Minha irmã... – Regina suspirou e um gesto de sua mão fez com que o homem desaparecesse de seu espelho em uma fumaça azul, pousando o livro de Henry em uma mesa, ela se dirigiu a porta, limpando o rastro de lágrimas e pensando melhor no que havia dito:”Está na hora dos vilões terem seus finais felizes”...Isso seria possível?Ela não tinha plena certeza, mas iria tentar, ou ela não seria Regina Mills, falando na família Mills...

– Fugiu do hospital foi? – Ironizou abrindo a porta para que Zelena entrasse, nunca iria confessar que gostava da companhia da ruiva.

– Sra. Swan me soltou. – A morena se virou, a testa franzida e os olhos perdidos, ela estava com aquele olhar desde....Desde que Robin havia saído da prefeitura.Mas....Por quê Emma soltaria sua irmã?

– Ela disse que você precisava de mim. – A bruxa sorriu ironicamente.

– Não deveria crer em tudo que lhe dizem Z. – Zelena se aproximou olhando nos olhos da prefeita.

– O que está fazendo? – Questionou se virando para a mesa com documentos que ela nem teve oportunidade de estudar.

– Apenas um truque que aprendi com a praga que apareceu em minha vida, você está mentindo. – Ela seguiu a morena, se sentando na mesa, percebendo o olhar indignado da mesma.

– Aprendo rápido. – Sorriu de canto, Regina apenas se sentou ao lado dela, soltando mais um longo suspiro.

– Eu já deveria estar acostumada com os socos que a vida me acerta.

– Eu estava assistindo uma coisa...Naquela caixa da sala de espera... – Zelena fez um coque nos cabelos, enquanto a prefeita lhe olhava com certo interesse.

– A Tv?

– É deve ser isso... – Torceu o lábio em dúvida, mas resolveu focar no que era importante, fazer com que sua irmã sentisse melhor, como Emma pedira, mas não só por isso.

– Achei uma coisa bem interessante...Eles chamaram de....Pacto de amizade. – A morena sorriu, balançando a cabeça negativamente, a bruxa com certeza fazia sentir-se uma adolescente.

– Isso não é pra nossa idade Zelena.

– Ah quer dizer que aquele troço esquisito que você me ensinou mais cedo é super adulto. – A cara indignada da ruiva fez com que Regina risse, pela primeira vez em várias horas.

– Ok, continue. – A mulher murmurou um “obrigada”, pegando um papel atrás de si e uma caneta.

– Escreva meu nome. – Entregou o papel para a morena, que normalmente diria que aquilo era ridículo e não faria, mas estava esgotada, e Zelena tinha a habilidade de fazer com que ela se sentisse melhor.

– ...Quando você nasceu? – Se lembrou de perguntar.

– ... 24 de abril de 1900. – Ao perceber o olhar espantado de Regina a ruiva franziu a testa.

– Você passou 28 anos sem envelhecer, além de que em Oz o tempo não passa como aqui, então não, não tenho 114 anos Regina.

– Eu sei... – Revirou os olhos, escrevendo no pequeno papel se apoiando nas costas da mais velha para isso.Permitindo que ela fizesse o mesmo.

– Agora nós guardamos o papel numa caixinha com alguma coisa especial, e daqui 5 anos nós temos que abrir de novo, juntas.

– Você está fazendo isso tudo só pra me enrolar não é?

– Cala a boca e usa a magia. – Regina nunca permitiu que ninguém lhe mandasse calar a boca, mas apenas deu de ombros e em uma névoa roxa uma pequena caixa apareceu em suas mãos, uma em que normalmente ela usaria para guardar um coração.Zelena a pegou com cuidado colocando o papel dentro.

– Agora só temos escolher o que é importante. – Regina já sabia o que iria colocar ali, se dirigiu rapidamente a outra mesa, pegando o porta-retrato com a foto que havia mudado um pouco mais cedo.

– Quem são essas com Cora?

– Não está se reconhecendo Zelena? – A prefeita retirou a moldura colocando a foto ali dentro.

– Mas... – Ela se tocou que fora feita com magia, pois não se lembrava de sorrir daquela forma quando era criança, ou que seus cabelos ficassem em ondas tão perfeitas.

– Tudo bem... – E retirando o pingente talhado em madeira do colar, o colocou ali, fechando a pequena caixa.Regina passou as mãos por ali, um feitiço de proteção nunca é demais.

– Repita comigo. – A ruiva puxou a mão de sua irmã para a sua, sobre a caixa.

– Eu Zelena Mills... – A mulher não controlou o sorriso, acompanhando o de Regina.

– Eu Regina Mills...

– Prometo nunca desistir de minha felicidade... – Ela percebeu que sua irmã retraiu os músculos e só depois de muita resistência repetiu.

– Esse pacto está selado, e nenhuma magia irá quebrá-lo. – Zelena não tinha dimensão daquele juramento, naquele momento era apenas uma forma de fazer Regina parar de pensar em besteiras e sorrir, mas sim ela estava certa, a felicidade nunca iria ser mútua mas com certeza aquele pacto teve muitas contribuições.

– Isso dá certo? – Perguntou a morena com uma sobrancelha erguida.

– Só se você acreditar.... – E as duas sorriram, selando o momento com seu novo “Toque”, e um abraço apertado, unidas por mais que o sangue, ou por um pacto, unidas por amor.”


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