A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 33
Capítulo 32 - Nova casa


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiii!
Quero dizer uma coisa: A história está acabando.
bjjjjjjjjjjjjjx



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– Obrigado por trazer ela até em casa. - Falou Jonhy, sarcástico, puxando o braço de Ermina, para trazê-la para si.
– Me solta, Johny! - Falou Ermina, tentando puxar seu braço. Porém, o namorado exercia uma força maior que a dela, e impossibilitava a ruiva de completar a ação pretendida.
– Você sumiu, Isaac. - Falou Juk, ainda sarcástico. - Senti sua falta, sabia? Acho que você também deve sentir falta do Patrick. Ermina olhou confusa para Isaac. Como Isaac conhecia Patrick, e Jonhy conhecia Isaac?
–Eu acho melhor ir. Bem, cuide bem dela, porque ela merece - Falou Isaac, dando as costas para os dois, descendo as escadinhas que deram acesso à casa de Ermina e Jonhy.
O rapaz que segurava a garota ruiva, a puxou para dentro de casa, e bateu a porta com violência. Ermina foi para o quarto, e Juk a seguiu.
– O que estava fazendo com ele? Hã? Me responde? Conseguiu algum dinheiro hoje?
– Não conseguiu não. - Respondeu Ermina, cruzando os braços.
– Como assim não conseguiu? O que fez esse tempo todo que esteve sumida, hein? - Perguntou Jonhy.
– Transando. Estive transando loucamente com o Isaac. E ele não foi um simples cliente, foi espontaneo, e o melhor sexo que eu já fiz na minha vida! - Falou Ermina. Juk não se conteve e partiu pra cima da mulher, dando socos no rosto e puxando o cabelo dela com agressividade. Ermina tentava se desvencilhar, mas não conseguia.
– Me solta! - Gritou Ermina. Johny esmurrava o rosto da garota incessantemente, até que ele decidiu tomar uma atitude mais radical em relação à garota. Retirou a calça da ruiva, e a estuprou. Ermina parou de gritar para chorar baixinho, enquanto seu companheiro estocava agressivamente dentro dela. Doía bastante, mas ela não revidou. Seu rosto estava machucado e dolorido, e havia sangue escorrendo de seu nariz.
Quando Jonhy terminou o que fazia, saiu de perto da moça e sentou em um banco que estava na cozinha. Ermina manteve-se deitada por um tempo. Mas, quando resolveu levantar, viu que havia sangue no lençol e uma cólica horrenda invadiu seu corpo. Ela até pensou em pedir alguma ajuda para Jonhy, mas desistiu, era orgulhosa demais.
Juk, por sua vez repensou no que havia acabado de fazer, e começou a chorar. Chorou por ter machucado sua namorada e provavelmente seu filho. Mas ela havia se deitado com outro homem sem nenhuma inteção monetária, e sim por vontade própria, sendo que ele sempre achou que fosse o único para ela. Mas, já que não era, o único jeito era acabar com Isaac, assim mantinha a vontade de Patrick, ainda mais agora que ele tinha grandes motivos.
O rapaz ficou de pé e secou suas lágrimas, indo até o quarto. Lá estava Ermina, com as calças abaixadas, sangrando e chorando baixo. Juk deitou-se ao lado dela e a abraçou forte, apoiando seu queixo em cima da cabeleira vermelha da namorada.
– Me perdoa?
– Eu vou embora, Jonhy. - Falou Ermina, dando um rápido soluço.
– Não vai, por favor. - Jonhy sentou e pegou as mãos da garota, olhando dentro dos olhos dela. - Não me deixa. Eu sei que eu fui um idiota, mas por favor, me perdoa. - Falou Jonhy, começando a chorar novamente. Ermina era a única pessoa que ele tinha, e não podia perde-la.
– Tá bom, eu fico. - Falou Ermina, sentando com cuidado.
– Me deixa cuidar do seu rosto. - Falou Jonhy, destribuindo beijinhos nas feridas que ele mesmo provocou na face da garota.
– Mas eu quero que você saiba que eu não te amo. - Aquilo cortou Jonhy por dentro, e doeu bastante.
– Mas fica comigo, por favor. Não me deixa. - Ermina se soltou de Jonhy e foi para o banheiro, caminhando com dificuldade por conta da cólica terrível que sentia.
Jonhy se pra trás na cama e começou a chorar alto. Ele era mau e já havia cometido atrocidades, mas infelizmente era sentimental e quando se tratava de alguém que ele amava, ele não se intimidava em chorar. Mas uma coisa era certa, ele iria acabar com a raça de Isaac.

Inácio e Yasmim estavam assistindo um filme na casa da garota, quando o celular do rapaz começou a tocar.
– Se incomoda se eu atender? - Perguntou Inácio.
– Não amor, pode ir lá. - Inácio deu um sorriso, e antes de sair de perto da garota, deu um selinho nela.
– Alô?
– Alô, Sou eu. - Era Isaac.
–Caralho, esqueci que tinhamos algumas coisas pra resolver. Como você tá?
– Bem. Quer dizer, ótimo! -Mentiu Isaac.
– Hm, isso é bom de se ouvir.
– Temos um trabalho pra fazer.
– O Cristiano não te dá descanço, né? - Falou Inácio, dando uma risadinha rápida.
–Esse trabalho não tem nada a ver com o Cristiano. É um trabalho meu mesmo.
– Hm... Quem é a próxima vítima? - Ironizou Inácio.
–O outro cara que estuprou a minha irmã.
–Aquele que você mandou eu vigiar aquela vez?
– Esse mesmo. Agora tá tarde e eu sei que você tá com a Yasmim agora, mas amanhã, depois da sua faculdade, podemos nos encontrar.
– Onde?
– Na praça do metrô. Depois da faculdade.
– Tá certo. Aline tá bem?
– Tá sim. Então até amanhã. - Isaac desligou a ligação.


Isaac estava sentado em uma praça qualquer que também era ponto de ônibus. Ele aguardava algum ônibus que passasse perto da casa de Cristiano, quando um carro parou e um homem que Isaac conhecia muito bem saiu do veículo, caminhando em direção ao rapaz.
– Quanto tempo, hein? - Perguntou Gilberto, sentando-se ao lado de Isaac no banco.
– Digo o mesmo, seu Gilberto. Eu estava falando com seu filho agora pouco pelo telefone.
– Não vai dormir em casa essa noite? - Isaac riu.
– Não moro mais lá. Sua mulher me colocou pra fora de casa depois que me viu transando com o namorado dela, que por ventura é meu ex-namorado.
– Você está desabrigado? - Perguntou Gilberto preocupado.
– Estou na casa do Cristiano. É amigo do seu filho, não sei se o conhece.
– Ele é amigo da Denise também. Bem, deve ser muito ruim não ter um lugar fixo pra ficar.
– É péssimo. O pior é que eu já tinha me adaptado a viver na sua antiga casa, mas fazer o quê, eu fiz merda, mereço ser castigado.
– Você está com pressa? Porque nós podemos dar uma volta. Que tal? - Isaac pensou e resolveu aceitar a proposta.
– Vamos! - Isaac caminhou junto com Gilberto até o veículo dele e os dois foram dar uma volta pela cidade durante a noite.
Gilberto dirigiu até seu apartamento novo, que ficava em um bairro caro da cidade. Quando chegaram lá, Isaac presupos que o pai de Inácio estava interessado em sexo.
Os dois sairam do carro e foram para o apartamento, que nem Inácio conhecia.
– Essa é a minha casa nova. - Falou Gilberto, abrindo a porta e acendendo o interruptor.
– É pequeno, mas aconchegante, né? - Comentou Isaac.
– Sim. Mas pra mim parece gigante. Estou sozinho, e infelizmente sou uma pessoa carente.
– Por que não traz o Inácio pra morar com você?
– Na verdade eu já chamei, mas ele não quis. Parece que está namorando né?
– Sim.
– Tá bom, vou ser direto com você, Isaac. Topa vir morar aqui comigo? - Perguntou Gilberto, sendo tão direto a ponto de assustar Isaac.
– Mas por que você quer que eu more aqui?
– Porque você não tem um lar fixo, e eu sei que você gostaria de ter uma casa pra poder morar, não gostaria? Uma casa sem aquele peso na consciência de ter que sair a qualquer momento.
–Você sabe que se eu viesse a minha irmã também teria que vir, não sabe?
– Sei. Tem um quarto pra vocês em frente ao meu. O que acha?
– Talvez o Inácio fique chateado de me ver morando aqui com você.
– Ele não precisa saber. Ninguém precisa saber. Você vem pra cá com a sua irmã, e pronto.
– Quando nós podemos vir pra cá?
–Acredito eu que já está tarde demais pra você voltar pra onde está, então vai dormir aqui. E amanhã de manhã você e sua irmã vem pra cá de manhã.
– Posso tomar banho? Eu tenho esse costume antes de dormir. - Gilberto sorriu.
– Pode. O banheiro fica ao lado do meu quarto.
– Lá tem alguma toalha que eu posso usar pra me secar?
– Pode usar a que está pendurada no Box. Eu vou pegar umas roupas minhas pra te emprestar.
Isaac foi para o banheiro tomar banho e Gilberto foi buscar suas roupas para emprestar ao rapaz. Ele queria alguém, e sabia que com o tempo, a convivência dele com Isaac naquela casa iria acabar rendendo um relacionamento. E sabia também que Isaac era a pessoa perfeita para tal.


Inácio saiu da casa de Yasmim quase meia-noite, e aquele era um péssimo horário para chegar em casa, visto que no dia seguinte ele teria uma prova importante, e sono era fundamental.
Assim que chegou em casa, Inácio viu que sala e cozinha estavam apagados, e que a casa inteira estava escura. Talvez sua mãe estivesse passando a noite com alguém, pensou ele, e trancou a porta da sala, subindo rapidamente as escadas para ir até seu quarto. Mas, ao passar pelo quarto de sua mãe, viu que apenas a luz do banheiro dela estava acesa, e a porta aberta. Inácio gritou ''Mãe, já cheguei'', mas não obteve resposta. Então, foi conferir o que sua mãe estava fazendo.
Quando chegou no banheiro, sentiu seu corpo gelar ao ver sua mãe nua deitada no chão, com uma caixa de remédios de pressão alta e uma garrafa de vodca.
– Mãe, acorda! Acorda, pelo amor de Deus. - Falou Inácio, cutucando a mãe. - Ele puxou o celular do bolso e ligou para ambulância. Não queria que sua mãe morresse assim.
Enquanto esperava os socorros, Inácio tentou provocar vômito em sua mãe, enfiando os dedos dentro da garganta dela, na esperança que ela cuspisse as drogas que a estavam intoxicando.
Na 3º tentativa, ele obteve sucesso e Denise vomitou, voltando aos poucos a consciência.
– Calma, os médicos já estão vindo te buscar. Não morre. - Falou Inácio, às lágrimas.
Quando Inácio ouviu o barulho da sirene da ambulância, enrolou sua mãe em uma toalha e a segurou até a cama, colocando-a sentada, para ir abrir a porta para os socorristas. Denise estava tendo lapsos de consciência, e só se sentiu sendo carregada e posta em uma maca. Depois, tudo ficou escuro outra vez.
Ao chegarem no hospital, Denise foi encaminhada à ala de envenenamentos, enquanto Inácio ficou esperando, sentado. O rapaz de cabelos claros chorava, porque tinha medo de que sua mãe morresse. Foi nesse momento que ele reconheceu a importancia de sua mãe em sua vida, e lembrou-se de Isaac, e de quando ele fala da mãe falecida. Inácio resolveu então ligar para o amigo, mas o celular do mesmo estava na caixa postal. Então, ligou para Aline, precisava de algum apoio.

– Alô? - Atendeu Aline.
– Você já tá dormindo?
– Inácio? Que voz péssima é essa?
– Tem como você vir pro mesmo hospital onde o Isaac ficou internado? Urgente.
– O Isaac tá aí? Aconteceu alguma coisa com ele?
– Não, vem aqui. - Inácio soluçou - Por favor.
– Tá, tô indo aí. - A garota desligou a ligação. Inácio nem se quer pensou em ligar para Yasmim, e quando lembrou dela, achou melhor não incomodá-la com seu problema.
Vinte minutos depois, Inácio viu Aline entrar pela porta e procurar por ele com os olhos. Ao achá-lo, lhe abraçou forte, sentando ao lado dele.
– Me fala, por que tá chorando?
– Minha mãe... Ela tentou se matar. - Aline arregalou os olhos.
– Onde ela está?
– Parece que vão fazer uma lavagem estomacal nela. Mas não me sai da cabeça a imagem dela jogada no chão, cheia de...
– Calma, vai ficar tudo bem. - Inácio deitou com a cabeça no ombro de Aline, e acabou adormecendo.
Depois de algumas horas, quando tanto Inácio, tanto Aline já estavam cochilando, um médico apareceu para dar notícias de Denise. Ao notarem a presença do doutor, tanto Aline, tanto Inácio acordaram.
– Fizemos uma lavagem nela, e retiramos os remédios que não saíram no vômito dela. Parece que ela também ingeriu álcool, não foi? - Inácio afirmou, balançando a cabeça.
– Ela está tomando glicose para poder diminuir o álcool no sangue dela. Se quiserem vê-la... - Inácio olhou para Aline e a garota balançou a cabeça negativamente. Não iria encarar Denise depois do que havia acontecido.
–Vamos lá, você veio porque se importa comigo. Acho que isso agradaria ela.
– Minha presença pode piorar o estado dela, Inácio.
– Vamos logo lá. - Inácio ficou de pé, e pegou Aline pelo pulso, caminhando até a ala de envenenamentos.
Inácio abriu a porta do quarto onde estava sua mãe, e a viu assistindo Tv, concentrada. Seu rosto estava pálido, e seus lábios estavam completamente sem cor.
– Trouxe uma pessoa pra te ver, mãe. - Falou Inácio.
– Quem? - Perguntou Denise, com a voz fraca. Aline saiu de trás da porta, e o rosto de Denise enrigeceu.


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