A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 20
Capítulo 19 - O fim de um novo começo.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite a todos os leitores que estão acompanhando. Desejo a vocês uma boa leitura, e se puderem, deixem um review pra dizer o que você estão achando da história, o que precisa ser melhorado.
KISSES



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Aline passou todo o fim do dia molhando o rosto com água molhada para aliviar a queimadura. Havia uma grande mancha vermelha na parte direita da face e no queixo. Por quê ela tinha que ser tão mal tratada desse jeito.
A garota estava sentada em sua cama, quando ouviu batidas na porta, e gritou ''entra'', para que a outra pessoa pudesse entrar. Achou que era seu irmão.
– Aline? Eu vim saber... você está chorando? - Perguntou Gilberto, o patrão, se aproximando da garota.
– Não é nada... - Gilberto pegou o queixo da garota, que gemeu de dor pelo contato.
– O que houve no seu rosto? - Aline mordeu os lábios, e pensou no que iria dizer para seu patrão. Por um momento, ela pensou em dedurar Cleusa, mas no final das contas, achou mais digno inventar uma desculpa.
– Foi... -ela engoliu seco antes de responder - A panela que caiu com água quente no meu rosto. Eu sou desastrada demais... - Gilberto olhou cético para a garota, e avaliou mais uma vez o rosto dela.
– Como isso aconteceu, exatamente?
– Eu... abaixei para pegar um anel que eu usava, e me apoiei no braço da panela e ela acabou caindo no meu rosto. Nada de mais...
– Você estava chorando! E chorando de dor. Anda, levanta que eu vou te levar para um médico.
– Não se preocupe, seu Gilberto.
– Que não se preocupe o quê! Levanta, vou te levar para um médico agora! - Aline foi puxada pelo braço pelo homem, que saiu arrastando-a até seu carro. Ela queria relutar, mas sentia muita dor.

Denise chegou em casa e observou que não havia ninguém lá. Estava tudo escuro, e até mesmo sua empregada mais antiga, que sempre ia embora quando ela a dispensava, havia ido para casa. Então, ligou o interrupitor da sala e se jogou no sofá. Pensou logo em ir até o quarto de Aline, e levantou rapidamente do sofá, indo até o local que ficava nos fundos da casa. Mas, quando chegou lá, viu as luzes desligadas e a porta aberta, nem a garota estava em casa, o que era estranho. Voltou para a sala e foi assistir Tv, até que alguém chegasse.
Observou as fotos que estavam sobre a estante. Fotos de Inácio pequeno, de seu casamento, entre outras imagens. Levantou do sofá e caminhou até as fotografias, pegando a que ela e Gilberto estavam na disney, dois anos antes do nascimento de Inácio. Ela sabia que seu casamento estava esgotado, e não haveria outra saída, a não ser o divórcio. Mas ela encontraria alguém melhor, tinha certeza.


Aline foi levada até um hospital de ponta da cidade. Logo foi atendida pelo médico, que receitou analgésicos e pomadas para que ela pudesse passar no rosto, por algumas semanas. Gilberto tentava puxar assunto com Aline, mas ela se mantia calada. Pensava onde estaria Isaac e Inácio, se eles haviam feito alguma coisa com o tal Patrick.
– Ainda dói? - Perguntou Gilberto, ligando o carro.
– O quê? - Perguntou Aline, distraída.
– Perguntei se ainda está doendo suas queimaduras?
– Um pouco.
– Você é bem quietinha, né? - Perguntou Gilberto.
– Um pouco... - Aline riu rápidamente, o que fez a dor voltar por ela ter movimentado o rosto. Os dois ficaram em silêncio a partir daquele momento. Aline estava preparada caso o patrão tentasse algo com ela, e o patrão apenas pensava em se separar logo da mulher e se mudar para o apartamento que ele havia acabado de comprar sem que ninguém soubesse. Queria liberdade.

Denise, que assistia ao telejornal, e comia miojo de copinho, levantou rapidamente do sofá quando ouviu o barulho do carro do marido. Ela já havia chorado tudo o que tinha pra chorar, e estava preparada para viver a vida sem ele, depois de 20 e tantos anos juntos.
– Boa noite - Cumprimentou Gilberto, assim que viu a mulher encostada no portal da porta da sala. Denise achou estranho ver Aline saindo do carro do marido, e automáticamente sua cabeça começou a fazer analogias ruins sobre a presença da garota naquele veículo.
– Aline? Onde esteve? - Perguntou Denise, indiscretamente, assim que a garota apareceu em seu quintal.
– Deixa que eu respondo - Falou Gilberto - Ela sofreu um acidente aqui em casa hoje, e queimou o rosto. Mostra para ela as pomadas e os remédios, porque a Denise é neurótica, e eu não quero que ela pense coisas ruins sobre você. - Denise engoliu seco após a declaração do marido e balançou a cabeça negativamente, fechando a porta da sala na cara de Aline.
– Como assim eu sou neurótica, Gilberto? - Perguntou Denise, com a voz exaltada.
– É neurótica sim! - Gilberto subiu as escadas indo até seu quarto, e foi seguido pela esposa.
– O que te deu para começar a me acusar a esta hora da noite? Espere seu filho chegar e me ofenda na frente dele.
– Por favor, Denise! Eu já providenciei um advogado, e assim que ele me retornar ele vai agir o nosso divórcio. - Denise sentiu as palavras frias de Gilberto as atingirem como facas afiadas bem no peito, e não aguentou segurar as lágrimas.
– Ótimo! Mas, você vai pegar essas roupas e todas as suas coisas e sair da minha casa agora! Não quero saber se você não tem lugar para ficar, mas não vai mais ficar no mesmo lugar que eu.
– Ok, eu vou! - Gilberto juntou todas as roupas e colocou em uma mala que estava quardada em seu quarda-roupas. Denise saiu correndo dali e pegou seu carro, indo sem rumo para qualquer lugar, ela apenas queria encher a cara, e transar com alguém que ela não conhecia, apenas para amadurecer o fato de que estava sendo deixada por seu marido.


Fábio estava jogando sinuca com dois clientes do bar, que ele havia acabado de conhecer. Por um instante, ele esqueceu que teria que voltar até a casa de sua mãe dormir com Carolina. Segurava o taco de sinuca com uma mão, e a outra um copo de cerveja cheio. Ele não tinha dinheiro para pagar o dono do bar, mas tinha feito alguns favores para ele, e agora ela a vez dele ser retribuído.
– Quem perder paga um maço de cigarro pro vencedor - Sugeriu um dos clientes.
– Eu topo! - Falou Fábio, tomando um gole de sua cerveja, e se preparando para acertar a bola de bilhar.
De repente, uma mulher de meia idade, cabelos loiros e pele clara entrou no bar. Fábio, que havia acabado de acertar a última bola na cassapa, reconheceu a mulher, que sentou-se em uma mesa de metal que estampava a marca de uma cerveja. Ele aproximou aos poucos da mulher, que estava distraída, desligando seu celular Iphone.
– O que uma mulher como você faz que essa hora? - Perguntou Fábio, puxando uma cadeira para sentar de frente à mulher. Denise riu.
–Beber... acho que todos nós temos esse direito, não temos?
– Temos... - Denise não iria embora sem ter transado com Fábio novamente. Era para isso que ela estava ali, para beber e transar.
– Nelson! - Chamou Fábio. Nelson era o nome do dono do bar.
– Fala meu peixe! - Falou o homem, que tinha um pano de prato no ombro e um copo de vidro na mão direita.
– Me trás uma gelada pra madame.
– Pra já! - Nelson entrou dentro de um quartinho onde possivelmente havia uma geladeira onde ficavam as bebidas.
Fábio sabia as intenções de Denise, e ele estava afim de transar com alguém, já que não podia com quem queria, iria fazer isso com qualquer pessoa. Mesmo que ela fosse mulher.
– Aqui madame - O dono do bar colocou um copo em cima da mesa e uma garrafa de cerveja ao lado do copo.
– Obrigado. - Denise agradeceu.
Ela e Fábio ficaram conversando sobre vários assuntos aleatórios, e nisso aproveitaram para se conhecer melhor.


Patrick abriu a porta do apartamento de Fábio e antes que proferisse qualquer palavra, Isaac disparou um tiro na direção do pênis do homem, que caiu de dor. Mesmo assim, ele resolveu pegar sua arma e atirou na direção de Isaac, mas a bala atingiu a porta do quarto de Fábio. Isaac chegou mais perto e posicionou sua arma na direção do rosto do ferido.
– Você estava procurando por mim, não estava? - Perguntou Isaac. Inácio, por sua vez, estava apenas ouvindo os diálogos, se borrando de medo.
– Ai! Sim... eu estava pra poder acabar... com você! - Respondeu Patrick.
– Parece que o jogo virou, não é mesmo? Foi bem aí que você estuprou a minha irmão, não foi? - Patrick riu sarcástico.
– Foi... aquela gostosa... ai! - Isaac sentiu seu sangue esquentar.
– Chama a minha irmã de gostosa de novo - Isaac colocou seu pé em cima do pênis ferido de Patrick, que começou a berrar de dor. - ANDA, FALA QUE ELA É GOSTOSA!
– GOSTO...sa - Patrick estava quase desmaiando de dor.
Isaac posicionou a arma na direção da testa de Patrick e atirou sem exitar. Miolos e sangue voaram no rosto do rapaz que portava a arma. Agora ele tinha certeza que havia matado Patrick.
– Caralho cara! - Falou Inácio, ainda assustado.
– Eu sei... ele morreu. - Isaac passou as costas do braço no rosto para limpar o sangue que respingou em sua face.
– Vai deixar o corpo aí? - Perguntou Inácio.
– Óbvio! Pra quê você acha que eu trouxe esse cara pra cá? Eu queria que ele morresse no mesmo chão que ele estuprou a minha irmã.
–Acho que nós devemos aproveitar que a missão já foi cumprida, e sair daqui rápido antes que o bicho pegue pra gente.
Isaac retirou a camiseta que usava e foi até o guarda-roupa de Fábio pegar alguma roupa dele. Não resistiu em olhar para a cama onde ele e o outro se amavam a todo tempo. Foi uma pena ele ter conhecido o lado obscuro de Fábio.
– Vamos logo... - Falou Inácio, que olhava abestalhado para o cadáver.
O outro então, pegou uma blusa azul marinho e vestiu. Era a blusa de Fábio que ele mais gostava que ele usasse.
Isaac olhou mais uma vez para a cama e respirou fundo, afastando as lembranças, indo embora rápidamente junto com Inácio.


– Você quer terminar essa história na minha casa? - Perguntou Fábio. Denise riu. Já havia tomado 3 copos de cerveja, e se sentia mais desinibida.
– Pode ser... -Ela levantou e o outro também. Denise retirou uma nota de 20 reais e colocou em cima da mesa, embaixo do copo. Pegou sua bolsa e colocou no ombro. - Vamos no meu carro. - Sugeriu ela.
– Tem certeza? É melhor você deixar seu carro aí, e amanhã você pega ele. - Sugeriu Fábio.
– Pode ser... - Os dois deram as mãos e caminharam em direção à casa de Fábio.
O rapaz sequer lembrou do que havia prometido para Carolina, ele apenas se importava com o desejo carnal de se relacionar com aquela mulher igualmente carente como ele. Mas, ele não fazia a menor ideia que haveria um pequeno presente deixado por seu ex- namorado.


Ermina se preparava para ir ''trabalhar'', quando sentiu uma pontada no peito. Juk, fumava um cigarro de maconha, enquanto assistia a qualquer telejornal que estava passando no momento.
– Algo me diz para você não ir, Jonhy - Falou Ermina, que abotoava seu short curto.
– Hã? - Jonhy estava completamente relaxado pelo efeito da droga em seu organismo.
– Eu estou dizendo para você não ir hoje.
– Desde quando você manda em mim, mina? - A garota ruiva bufou e revirou os olhos, vestindo uma blusa de oncinha decotada.
– Desde o momento que eu estou grávida de um filho seu. - Na verdade, Ermina não tinha tanta certeza se o filho era de Juk.
– Grávida de um filho meu... - Jonhy ficou de pé, e agarrou a mulher pela cintura - Então, a mãe de um filho meu não deve sair daqui pra vender o rabo pelas esquinas.
– É o quê? Fala direito do meu trabalho. - Falou Ermina, tentando se soltar dos braços de Juk.
– Então não se intrometa nos meus assuntos. E traga dinheiro para casa, por favor - Ermina respirou fundo, pegou sua bolsa que estava pedurada na fechadura da porta e saiu. Algo dizia à ela que havia acontecido alguma coisa, ou alguma coisa iria possivelmente acontecer, mas ela ignorou aquela pontada chata em seu peito e foi conseguir dinheiro para fazer seu aborto.


Fábio e Denise começaram a se beijar ainda na escada. As mãos de Fábio deslisavam por todo o corpo maduro da mulher, o que acelerava os desejos impuros de Denise.
– Por quê não entramos logo? - Sugeriu a mulher. Fábio balançou a cabeça afirmando, e procurou as chaves em seu bolso. Mas assim que colocou a chave na fechadura, percebeu que a porta estava aberta, provavelmente ele tinha deixado a porta aberta. Empurrou a porta e entrou no apartamento completamente escuro acompanhado de Denise, que fechou a porta. Os dois iniciaram mais beijos, e quando já iam trilhar caminho até o quarto, Denise e Fábio tropeçaram em alguma coisa que estava no chão, e acabaram caindo. Parecia que ali havia outra pessoa, o que era muito esquisito. Rapidamente, Fábio levantou e acendeu a luz, o que fez Denise gritar histérica.


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