A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 15
Capítulo 14 - Plano.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii!
Quem gosta do Isaac com o Fábio vai gostar desse capítulo, ou não. haha
Esse capítulo é um daqueles capítulos informativos, que os detalhes são peças fundamentais no futuro da história, então.... BOA LEITURA, LEITORES LINDOS! Vocês me fazem felizzzzzz
bjxxxxxxx



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Patrick era um ''comerciante'' experiente. Começou no ramo levando drogas de um ponto à outro, o que é vulgarmente chamado de ''aviãozinho''. Depois, foi convidado para trabalhar na confecção dos entorpecentes. Mas havia um diferencial em Patrick. Ele vivia em uma comunidade pequena, que não tinha muita pressão da polícia sobre ela. O homem não era um traficante ignorante, estudou e se formou em administração, mas não deixou o ''1º trabalho'' de lado, contratou outros rapazes para vender seus entorpecentes e assim foi ganhando mais e mais dinheiro.
– Patrick? - Chamou Juk, que estava do lado de fora da casa do ''chefe''.
– Entra. - Falou Patrick, que usava um óculos de grau, e calculava os lucros. Juk entrou e sentou-se ao lado do amigo.
– Aqui está o que deu ontem. - O rapaz entregou um bolo de dinheiro para Patrick - O da Ermina também está aí. Pode conferir.
– Eu confio em você - Patrick passou as mãos pelos fios lisos do cabelo de Juk e fez um afago. - Só que tem uma pessoa que ainda não me apareceu com os lucros. E isso tá me irritando. - Patrick fez uma carreirinha de cocaína na mesa, enrolou uma nota de 10 reais e começou a cheirar o pó. Juk pegou outra nota, e sem verificar o valor, fez o mesmo que o amigo.
– O que eu posso fazer com ele? - Perguntou Juk.
– Eu vou esperar pra ver se ele vai aparecer aqui até às 9 da noite, que seria o horário de venda de vocês. Se o filho da puta não vier, eu quero os dentes dele dentro de um saco plástico. Tá bom pra você? - Patrick encostou as costas na cadeira reclinável e jogou a cabeça para trás.
– Tá ótimo. - Juk levantou e caminhou até a porta, e antes de abri a mesma, ouviu o chefe dizer: - Passe aqui às 8 e meia. Sem atraso.
– Tá bom! - E saiu.
Jonhy Krüger caminhou em direção sua casa. Quando abriu a porta, viu Ermina subindo as escadas que dariam em sua casa. Ele a esperou com um sorriso estampado no rosto, ficar com ela era muito bom.
– O que te deu pra aparecer aqui tão cedo?- Perguntou Jonhy.
– Precisamos conversar, Juk. - Falou a garota de cabelos vermelhos cor de pimenta. Juk não gostava dessa frase, então se precaveu mentalmente para o que a menina possivelmente iria falar.
– Entra - Ele deu espaço para ela passar, e depois entrou, fechando a porta.

Aline cozinhava o almoço da família. Denise, Gilberto e Inácio estavam em casa, e Cleusa havia ido trabalhar. Isaac tinha saído para distraír a cabeça, o que ela também queria fazer, mas não podia, agora estava trabalhando.
– Cleusa? - Chamou Aline.
– O que foi? - Perguntou a mulher, que passava as roupas da família na área de serviços, que dava visão para a cozinha.
– Você acha melhor que você venha cozinhar e eu passe as roupas para você? - Cleusa pensou, e desligou o ferro, indo até a cozinha. A garota fritava frangos empanados e fazia arroz. Gilberto entrou na cozinha e pegou um frango que já havia sido frito.
– Hmmm, tá muito bom! Empanou com algo especial, Aline? - A garota sorriu satisfeita e balançou a cabeça negativando. - Cleusa, você nunca fritou um frango tão gostoso. Ainda bem que agora quem cozinha é você. - A menina sentiu-se sem graça pela comparação, e decidiu reparar o que ele havia dito.
– Ela cozinha melhor que eu! E faz coisas aqui dentro melhor do que eu, também. - Cleusa encostou-se na parede e fuzilou aline com o olhar.
–Não sei... Vamos esperar o almoço ficar pronto. Vai demorar muito?
– Não, senhor. - Gilberto pegou mais um frango e saiu. Cleusa aproximou-se de Aline e pôs as mãos sobre os ombros da garota.
– Pode ir lá passar as roupas. - Falou com a voz sarcástica. - Afinal, você deve cozinhar melhor do que eu.
– Não leve esse comentário a sério, ele estava brincando.
– Acredito eu que não. Anda, vai terminar o serviço que eu faço tão mal. - Aline tirou o avental e foi até a área de serviços. Sabia que aquele comentário infeliz iria piorar ainda mais a situação entre ela e a outra empregada. Maldito seja esse homem.


Quando Isaac cruzou a esquina para voltar para a casa onde estava residindo nesses dias, assustou-se ao ver Fábio sentando no meio fio da primeira casa da rua. Ele tentou passar direto, mas o outro segurou seu braço, o impedindo de prosseguir.
– Me solta! - Esbravejou Isaac.
– Não depois de ouvir o que eu tenho pra falar com você.
– Ouvir o quê, Fábio? Você nem merece ser chamado de humano. Sabe que eu sou soro positivo, que eu e minha irmã comíamos o pão que o diabo amassou, mas mesmo assim, vendo tudo o que nós dois passávamos, você decidiu foder com a gente. Seus amigos estupraram minha irmã, e a agrediram. Eu sei que eles querem me matar, mas... - Fábio puxou Isaac para perto, e iniciou um beijo cálido. Ele sabia que corria o risco de ser visto por alguém, mas não perdeu a oportunidade. Isaac tentou resistir no inicio, mas se rendeu àquele beijo, que há tempos ele esperava, intimamente.
– Seu desgraçado! - Falou Isaac, limpando os lábios com as costas da mão direita.
– Você gostou, que eu sei. Agora tá morando com a delegada, né? Ótima estratégia de salvar sua vida.
– Fábio, eu não perdoei o que você me fez. Eu quero que atenda meu pedido: SOME DA MINHA VIDA! Se eu te ver de novo, eu entrego você pra polícia. - Fábio riu.
– Sabia que eu deveria estar preso agora? Mas sabe o que eu fiz? Transei com a delegada, sua patroa. - Isaac arregalou os olhos.
– Não sabia que ela era tão sem índole. - Falou ele, ainda surpreso.
– É... - Fábio pôs as mãos sobre o rosto de Isaac, mas o outro retirou as mãos brancas rapidamente.
– Eu vou embora. Te peço que me deixe em paz, e já que a polícia não resolve, eu mesmo vou resolver.
– Do que está falando, Isaac?
– Cuidado por onde anda, seu maior inimigo pode estar mais próximo de você, do que imagina. - Falou Isaac, dando as costas para Fábio, indo em direção a casa onde ele estava morando.


– Chegou na hora certa! - Falou Inácio, ao ver Isaac entrando na casa - Vamos almoçar! - Falou o rapaz que jogava vídeo game. Isaac acompanhou Inácio até a mesa, e os dois se sentaram. Denise desceu as escadas e sentou-se a mesa junto com os rapazes.
– Boa tarde, filho - Cumprimentou a mulher.
Cleusa apareceu na sala de jantar, e colocou a comida sobre a mesa.
– Cadê a Aline? - Perguntou Denise - Não é ela quem cozinha?
– Nós trocamos de lugar. Ela não estava disposta à fazer o almoço hoje.
– Chame ela aqui. - Cleusa rolou os olhos e foi até Aline, que passava a última peça de roupa.
– Vai lá, tão chamando você. - Aline desligou o ferro, e foi até a cozinha.
–Pois não, senhora? - Falou Aline, aparecendo no local onde seu irmão e seus patrões estavam almoçando.
– Sente-se conosco. - Falou Denise. A garota sentou-se a mesa e eles começaram a refeição, mesmo que ainda Gilberto não tivesse descido para almoçar com eles.
Cleusa se mordia de raiva, ela nunca foi convidada para sentar na mesa com os patrões, e a garota que estava lá a pouquíssimo tempo comia com eles, e era vista como hóspede. Mas ela iria ter o que merece.


Fábio deitou em seu sofá surrado, e refletiu sobre a vida. Não era mais considerado filho de sua mãe, sua filha não podia vê-lo, ele tinha que sobreviver vendendo drogas, e o pior de tudo: o cara que ele gostava sentia ódio dele. Ficou de pé, e pegou um cigarro, acendeu e enquanto tragava, se resolveu: Não iria mais trabalhar para Patrick.
Já que estava de pé, pegou o molho de chaves e saiu de casa, ia pagar ao outro o que havia ganhado e encerraria o ''trabalho''. A partir dali ele ia poder ser o pai de Carolina, o filho de Marli e namorado de Isaac. Mas nada é como parece ser.

Ao chegar na residência de Patrick, achou o outro fabricando suas drogas para que fossem vendidas à noite. O dono da casa, que não viu Fábio entrar, assustou-se quando viu o rapaz sentado no sofá de sua sala.
– Ora, vejam só. Trouxe meu dinheiro, não é? - Perguntou Patrick, acendendo um cigarro.
– Trouxe. Mas vim falar sobre outra coisa. Acho que não vou mais trabalhar pra você. - Patrick engasgou-se com a fumaça do cigarro que fumava, mas manteve-se calmo para ditar suas condições para o ''funcionário''.
– Está certo disso? - Perguntou Patrick.
– Sim, estou completamente certo disso.
– Eu aceito que você pare de trabalhar comigo, mas com uma condição.
– Qual? - Perguntou Fábio, disposto a fazer o que tivesse que fazer para voltar as coisas como eram antes.
– Matar o Isaac. Quero ver o cadáver esfriar perto de mim. Quando isso acontecer, pode deixar de trabalhar - Fábio engoliu seco. Era uma condição indecente.
– Não há outra coisa que eu possa fazer?
– Não! Ou você mata ele, ou vai continuar trabalhando pra mim. Temos um acordo, e você não cumpriu. Disse que ia me entregá-lo, mas não o vi até hoje.
– Eu topo então. Eu mato o Isaac pra você. - Fábio tinha um plano, mas tinha que estudar esse plano, pois de 99.9% desse errado, ele e Isaac iriam morrer.

Ermina estava chorando bastante, e Jonhy não sabia o que fazer para acalmá-la. Tentou beijá-la, tratá-la de forma carinhosa, mas ela não conseguia parar de chorar e dizer o que tinha pra dizer para Juk.
– Eu... Eu tô grávida, Juk! - E a garota voltou a chorar copiosamente. O rapaz sentou-se na cama ao lado de Ermina, e passou o braço pelo corpo da garota.
– Calma... para de chorar. -Juk beijou a cabeça vermelha da garota.
– Eu vou tirar esse filho, Juk, eu não quero. - Ermina chorava e soluçava. Sentia-se mal por ter se descuidado a ponto de engravidar.
Jonhy ficou em silêncio. Ele concordava com a opção da garota para abortar o bebê, mas algo nele dizia que não era para fazer isso. Ele precisava de um tempo para pensar.


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