There is Something Ahead... escrita por Vicky


Capítulo 5
The Girl Who Irritated Me


Notas iniciais do capítulo

Olá marcianos do planeta "I love TWD"!!!
Aí vai o capítulo 4!!!Estou muito feliz,acho que vocês já cansaram de ler isso!XD
E como faço todos os dias:Obrigadinhaaaa!Vocês mudam a minha vida!!!
Bem aí vai o que vcs me pediram;um capítulo narrado pelo lindo Carl Grimes!!!Vou começar a fazer isso mais vezes,colocar narrações de outros personagens!
Boa leitura bolinhos de morango!!!!!



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—Capítulo narrado por Carl Grimes.

Aquela manhã estava agradável, céu nublado e bastante vento, um dia perfeito para relaxar e ler quadrinhos.Mas atualmente eu não posso ter esse luxo, ninguém pode, em meio a toda essa bagunça.

Acho que já se passam quatro anos desde que isso começou, eu era um menininho, já faz tempo mas eu nunca imaginaria que isso fosse acontecer algum dia, acho que todos fomos pegos de surpresa.No começo eu, meu pai e minha mãe conseguimos ficar juntos pelo menos, mas parece que o destino é mesmo cruel, conseguiu tirá-la de nós como tirou a felicidade do mundo.Eu ainda me lembro dela, dói um pouco pensar que ela não vai mais voltar mas penso nela mesmo assim pois não quero esquecer das poucas lembranças que me restam.

Passamos por vários lugares e todos acabaram caindo, as vezes levando amigos, e acabamos por achar uma hidrelétrica.Quando a achamos estávamos simplesmente sem nada, suprimentos zero, alguns acham que foi um milagre e particularmente acho que foi sorte, e acho que já esgotamos o estoque da mesma para o ano, ou seja, sem sorte o resto do ano.Haviam poucos errantes dentro dela, o que foi bom para a gente, e não deu muito trabalho pra limpá-la internamente.Acho que dessa vez vai durar um pouco mais, até mais do que a prisão durou, e também que vamos conseguir viver tranquilos aqui por um tempo.O governador não é mais um problema, pelo menos acho, não sabemos se ainda está vivo, apenas que não o vimos mais, o que me deixa um pouco aliviado, adeus psicopata.

Já faz alguns meses que estamos instalados na hidrelétrica, os muros que ela tem ajudam bastante a limpar o lado de fora por dentro, ter muros assim pra te proteger da um pouco de esperança de sobrevivência.Mas estava a ficar complicado pois tinha muitos dos desmiolados do lado de fora, muitos mesmo.Conseguimos acabar com a maioria ainda estando do lado de dentro, mas ainda haviam muitos do lado de fora.Meu pai achou melhor sair e limpar a área, com cobertura do lado de dentro.E eu teimei em ir junto com ele e o mesmo acabou cedendo.

Eu, meu pai, Daryl, Michonne e Tyreese saímos.Maggie, Beth e Carol deram cobertura por dentro da hidrelétrica.Peguei minha espingarda e sai bem atrás de meu pai, seguimos por dentro da floresta chamando a atenção dos que permaneciam parados em frente aos muros.Não demorou muito pra limpar a área, Michonne e Daryl ajudaram bastante, eram bem fortes e meu pai era um bom atirador, ainda tenho um pouco de dificuldade em manusear armas muito grandes mas nada que eu não possa dar um jeito.Depois de acabarmos com a limpeza senti minha cabeça ficar mais leve, achei que a preocupação tinha ido embora e dei de ombros.Adentramos nosso novo lar.

Por um instante Maggie me olhou e franziu o cenho, achei que a mesma estava brava ou algo do tipo mas logo Michonne e meu pai me olharam do mesmo jeito, me deixando confuso.Até meu pai quebrar o silêncio.

—Carl, você não estava com seu chapéu antes de sair?

—Sim, eu estou usando ele, por quê?

—Ah, acho que não está mais não. - Disse Michonne mordendo o lábio.

Dei um sorriso irônico e toquei o topo de minha cabeça, quando notei que minha cabeça tinha ficado mas leve ela literalmente tinha ficado mais leve.Toquei diversas vezes mas não havia mais nada lá além de minha cabeleira castanha.Fiquei em desespero, olhei para todos os cantos e não vi o mesmo em nenhum lugar, meu chapéu havia sumido, e tinha se escondido muito bem.

—M-mas eu estava com ele agora pouco!Senti que algo em minha cabeça tinha ficado leve, pensei que fosse uma sensação sem importância!Eu preciso dele!

Vi que Tyreese queria rir e lancei-lhe um olhar assassino, até ele desviar a atenção e disfarçar a situação.

—Faz tempo que teve essa sensação? - Meu pai perguntou, com as mãos na cintura.

—Não, foi agora pouco, um pouco antes de entrarmos.

—Certo, eu vou procurar, você fica aqui. - Disse ele já andando, até eu pará-lo.

—Eu vou junto, eu o perdi e agora eu quero encontrá-lo.

Ele me deu aquele olhar paterno, que me deu calafrios na espinha, mas acabou deixando, ele sabia o quanto aquele chapéu significava pra mim, afinal, ele quem me dera.

Procuramos em volta da hidrelétrica algumas vezes, olhando diversas vezes para o chão, cheio de folhas pintadas de todo tipo de laranja e vermelho, e nada.Fomos um pouco mais adiante e nada também, mas meu pai não desistiu e eu também não, procuramos muito.Fomos para perto da represa, eu tinha uma sensação estranha, sentia uma presença estranha, mas dei de ombros, eu nunca perceberia que isso mudaria o rumo de minha história.

Entre árvores nós andávamos e andávamos, até ouvirmos um barulho.

—Fique alerta, Carl.

Lhe dei um sinal positivo e continuei, sorrateiro e cuidadoso como sempre, até que paramos drasticamente.Eu, sinceramente, levei um susto, eu não esperava por aquilo, mas não demonstrei qualquer sinal de surpresa apenas continuei sério.Um homem, parecia ter a idade de meu pai ou até um pouco mais, segurava uma Magnum quase como a Pyton do meu pai e parecia um pouco cansado, tinha cabelos pretos e uma barba mal feita, apontava a arma para meu pai, o que me deixou um pouco tenso.Havia também uma garota, parecíamos ter a mesma idade, tinha cabelos loiros um pouco escuros e olhos azuis apagados, eram um pouco cinzas, eram curiosos.Vi que a mesma tinha em suas mãos meu chapéu e fiquei um pouco ansioso.

Eu olhava para ela, e ela para mim, ela tinha um olhar triste e ao mesmo tempo curioso o que me deixou um pouco animado, mas não poderia demonstrar isso; ainda olhava para os olhos da mesma e estava começando a me perder em meio dos mesmos, até meu pai dizer algo.Ele parecia conhecer o homem, pois abaixou a arma de imediato e sorriu um pouco, a tempos não fazia isso, o homem também fizera o mesmo e parecia se chamar Jimmy, o que não me era estranho mas não me lembrava nitidamente.

Ele me fez um cumprimento, que logo retribui passando a espingarda para minhas costas.

Parecia que o tal Jimmy também tinha perdido a família, como todo mundo, e estava acompanhando a garota que, por sinal, se chamava Lissandra, o que me chamou a atenção.Olhei mais uma vez para o chapéu nas mãos dela eu ia pedir de volta, mas ela foi mais rápida.

—Estavam procurando isso certo?Pegue.

—Sim, nós estávamos.Obrigado... - Disse quase soltando um suspiro de alívio, eu o tinha encontrado, bem, eles tinham encontrado pra mim mas ainda contava como minha descoberta.

—Não agradeça, eu apenas te devolvi, é seu, guarde bem - Disse ela logo desviando o olhar, parecia desconfortável ou algo do tipo, apenas a observei.Eu não conseguia ler o rosto dela, ela era....misteriosa.

Logo meu pai lhes ofereceu abrigo, o que achei bem a cara dele, ainda mais para um conhecido e eles acabaram aceitando, pelo menos o Jimmy.Fomos em direção ao portão que Maggie guardava e enquanto andávamos peguei a tal Lissandra balançando a cabeça de um lado para o outro, parecia que tinha algo a incomodando, apenas resolvi perguntar.O fiz, mas ela não parecia a fim de conversar.

Além de tentar roubar meu chapéu ela ainda é grossa,bela garota essa.

Tudo o que eu tinha pensado tinha ido por água a baixo, ela era uma pessoa que tinha o típico olhar de “Eu me viro bem sozinha, não tenho ninguém e não preciso de ninguém” na face, o que me irritava, pois eu também era teimoso daquele jeito.

Chegamos ao lar e Maggie abriu o portão, logo notando meu chapéu, eu apenas dei dois tapinhas no mesmo e  um pequeno sorriso forçado, aquela menina tinha de deixado irritado.Michonne veio em nossa direção e sorriu com meu ar irritadiço mas ainda sim aliviado.Ela tentou bagunçar meu cabelo, mas o chapéu não deixava e eu agradecia por isso, não estava no clima.Perguntou quantos anos a garota tinha e logo a mesma respondeu “quinze” o que me surpreendeu, eu estava certo, ela tinha a mesma idade que eu e Michonne não perdeu a chance de fazer uma brincadeira com isso.

—Olha lá Carl, uma amiguinha pra você. - Disse ela.

Eu senti meu sangue subindo a minha cabeça e meu rosto começar a queimar, eu não sabia o por quê daquela sensação.Apenas fiquei mais irritado, olhei para Lissandra e para Michonne, e tentei parecer um pouco calmo, uma coisa que eu não estava.

—Não diga isso por mim. - Disse e logo me retirei, se não fizesse isso eu explodiria perto daquela garota que, ainda por cima, ficou me olhando feio.

Fui em direção a uma cadeira que havia ali perto, onde Mika brincava quieta.Por quê meu pai tinha que ser tão legal e prestativo com todos?!Eu não entendia isso.

—O que foi Carl?Parece bravo. - Perguntou Mika, deixando de lado sua distração.

Eu queria ignorá-la, mas parecia muita maldade com a menininha.

—Não estou bravo Mika, apenas...um pouco cansado, só isso.

—Hum... - Disse ela logo me deixando sozinho com meus pensamentos.

Meu pai já tinha guiado eles para os blocos, o que me fez esfriar a cabeça, primeiramente eu não entendi muito bem a minha raiva, por quê estava tão bravo por causa uma garota grossa, muita gente é grossa comigo, tipo o Daryl eu não fico com essa raiva dele.

—Carl? - Meu pai logo quebrou minha linha de raciocínio.

—O quê?

—Por quê você está irritado?Não queria que eu os trouxesse pra cá, né?

—Não é isso...eu só não fui com a cara daquela garota, só isso.

—Eu também não a conheço, mas Jim diz que ela é muito legal, impediu que ele fizesse muitas coisas.Talvez você vire amigo dela.

—Acho que isso não vai acontecer, ela é teimosa, ou pelo menos parece ser e isso me irrita.

—Não entendo, desde quando você fica irritado desse jeito com grosserias?

—Ah sei lá, só fiquei...olha pai, vou tentar tá?Mas não vou prometer nada.

—É isso que gosto de ouvir Carl. - Disse ele ajeitando o chapéu em minha cabeça.

Era quase impossível a possibilidade de eu e aquele ser misterioso virarmos amigos, mas disse que tentaria ao meu pai, e odeio vê-lo triste.Tentaria por ele, mas se ela me irritasse daquele jeito mais uma vez eu colocaria um fim no assunto.Acho que eu estava um pouco exaltado quando pensei sobre o assunto.


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Notas finais do capítulo

Carl, como Lis, não quer amizade com estranhos.Por alguma razão ela causou muita confusão no espírito do garoto, o que o irritou.Será que o que disseram que iam fazer vai mesmo funcionar?
Não perca no capítulo 5!