There is Something Ahead... escrita por Vicky


Capítulo 26
Stupid


Notas iniciais do capítulo

OIEEEE!!♥333~desvia dos tiros de fuzil~
Meu Deus Odyn,fiquei mais de dois meses sem postar!It's to late to say Sorry?~apanha~
Tá,eu entendi!Eu sinto muitíssimo!
Sério,vida de terceirão é uma desgraça!E ainda mais com bloqueios criativos pra ajudar,lindo não?
Enfim,vocês pediram e eu trouce!Capítulo do Carl!Yay!~solta confete metalizado~
Ah,eu não coloquei imagem em todos os capítulo,por uma questão de simples preguiça e falta de vergonha na cara,mas eu vou colocar quando tiver o devido tempo ♥
Boa Leitura meus chuchucos ♥33



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—Capítulo Narrado por Carl Grimes.

— Se importaria se eu gravasse a nossa corversa? - perguntou Deanna,mexendo em uma câmera de vídeo apoiada em um tripé.

— Faça como quiser. - disse,fanzindo o cenho,por que diabos ela queria gravar?Eu não sabia dizer.

— E então?Como era a situação de vocês do lado de fora? - perguntara Deanna,cruzando os braços sobre o peito.

— Como você acha que seria?É muito mais difícil do que ficar vigiando portões como vocês fazem. - eu respondi,com Judith nos braços. - Sem ofensas.

— Não ofendeu,de jeito algum.

A chegada do nosso grupo em Alexandria ocorrera pacificamente,isso significa que meu pai não precisava ter dado um soco,bem em cheio,no nariz de Aaron.Ele,em si,não pareceu ligar muito para isso pois acho que Aaron tinha entendido o nosso modo de vida.

Aquele lugar era assustadoramente limpo,organizado e calmo;apenas de primeira vista eu pude notar que as pessoas dali eram fracas pois o olhar que elas nos deram foi como:O que aconteceu com eles?!Alguém ajude essas pessoas!A surpresa parecia imensa,alguém tinha dito a elas que o mundo tinha se transformado em uma grande merda?

Logo depois que entramos fomos recebidos por uma senhora,ela parecia ser extremamente calma e isso me assustou um pouco.Por algum motivo ela queria conversar com cada um de nós,a sós.Meu pai foi o primeiro a ir com Deanna para dentro de uma casa enorme,depois nós seguimos o mesmo caminho.

Eu não sabia o por quê de estar segurando,tão firmemente, a mão de Lis naquele momento.Ela não parecia preocupada,mas eu conhecia aqueles olhos acinzentados mais do que muitos por isso sabia que a garota estava apavorada,pois os mesmo brilhavam muito.Fiquei me perguntando o que tinha acontecido,exatamente, umas horas antes;o que tinha dado em minha cabeça?!Que diabos eu estava tentando fazer?!Eu só sabia que o que tinha acontecido me pegou muito desprevenido ,como,imagino,tenha a pegado também.

Segurei a mão pálida e pequena de Lis por mais tempo que eu consegui,mas evitei olhar para ela pois minha cabeça estava uma completa bagunça,como meu estômago parecia estar com uma agitação inexplicável subindo até a ponta das minhas orelhas.

Não demorou para a tal Deanna chamar a minha atenção e me convidar para entrar em uma sala,a qual tinha um piano.

— E seu pai?Rick,se eu estiver errada me corrija, acha que ele...os lidera com sabedoria? -continuou a senhora,ainda conferindo a câmera.

—Sim,ele sempre dá um jeito em tudo,nos mantêm vivos.- respondi,a encarando.

— Certo,eu já esperava por isso.- ela sorria – Agora que estou vendo-lhe melhor,você tem o mesmo olhar de,como posso dizer...coragem,na face.

Deve ser porque eu sou o filho dele,pensei.Judith parecia muito cansada em meus braços, acho que eu deveria tê-la devolvido a Beth antes de entrar; arrumei a posição da bebê a frente de mim e isso parecia faze-la confortável.

— Carl,certo?Bem,a quanto tempo está junto dessas pessoas?

Assenti com a cabeça quando ela perguntara o nome.

— A mais tempo do que possa me lembrar. - a muito tempo mesmo,pensei,menos a Lis mas isso não a faz menos importante,pelo contrário.

— Então você concorda que são como uma família?

Assenti com a cabeça,o que aquela mulher queria saber afinal?Eu já estava ficando sem paciência pra responder aquele tipo de coisa.

— Compreendo,então vocês não são nada diferentes de nós. - ela sorria.

Eu descordo completamente,pensei.Como eles não poderiam ser diferentes de nós?Haviam muitas coisas que nos diferenciavam deles,coisas que nenhum de nós deveria se orgulhar.

Depois de mais algumas perguntas um tanto obvias, ela perguntara sobre Judith também, acho que a mulher já tinha o que procurava.

— Acho que isso é tudo que eu preciso saber. - disse Deanna,descruzando as pernas e se levantando.

A olhei da cabeça aos pés,ela tinha uma simpatia muito suspeita e isso me fazia duvidar de muitas coisas,afinal aquele era o mundo em que vivíamos.Me levantei e fui em direção a porta.

— Ah,e Carl? - chamou Deanna - Poderia chamar sua namorada,por gentileza?

Naquele mesmo instante eu congelei,a sala entrou em um silêncio desconfortante,tudo que eu podia ouvir eram as palavras sem sentido que saiam da boca de Judith.Pude sentir meu peito palpitando,eu odiava aquilo.

O rosto pálido de Lis apareceu em minha mente,como um flash,eu estava prestes a dizer aquelas palavras,as palavras que continham um “não é”...mas eu resolvi não dizer.Eu não queria dizer aquilo de qualquer maneira ,eu queria afirmar e afirmar bem alto:eu,Carl Grimes,posso chama-la pois estou apaixonado por aquela garota,Lissandra Sainor.Tudo que saiu de minha boca foi:

— Claro. - rapidamente girei a maçaneta e sai,fechando a porta atrás de mim.

Judith tinha parado de se mexer e parecia pronta para dormir mas eu não lhe dei muita atenção,me encostei na madeira escura da porta, pela qual eu tinha acabado de passar.Meu peito subia e descia rapidamente pela minha descoberta mais que recente, como eu não tinha notado essa atração toda antes?Sempre que olhava pra ela um calafrio muito irritante subia pela minha espinha,minhas mãos ficavam molhadas de suor e minha garganta ficava seca.Foi aí que eu percebi a merda que eu tinha feito antes de nós chegarmos,eu só estava tentando sentir aquele cheio de baunilha que ela tinha e fui me aproximando...quando eu vi já tinha feito.

— Eu sou um idiota. – suspirei a mim mesmo, aquela descoberta tinha me atingido como um tiro

Me obriguei a parar e pensar por um momento movi meus pés para a entrada da casa,não demorou muito para mim atravessar o grande corredor que levava até o primeiro cômodo daquela casa onde,no caso,todos estavam.Quando abri a porta todas as cabeças cansadas se voltaram para mim e Judith,logo meu pai veio ao nosso encontro.

— Tudo bem? - perguntou ele,repousando uma das mãos em meu ombro e a outra na cabeça da Judith adormecida.

— Sim. - menti,para mim não estava nada bem.

Ele me observou por alguns instantes,parecia desconfiado, o que me deixou um pouco mais nervoso do que eu já estava.Segundos depois ele se afastou um pouco, parecia que ele sabia o que eu queria naquele momento: me jogar na frente de um trem em movimento.Logo me lembrei que teria de chamar a garota causadora de tal confusão em minha cabeça.

— Você é a próxima...Lis. - minha voz estava estranhamente rouca,o que me deixou muito mais confuso.

Lis levantou em um pulo,ela parecia um pouco assustada e surpresa.Quando ela levantou os olhos acinzentados em minha direção pude sentir aquele calafrio irritante mais uma vez, com isso desviei o olhar, rapidamente, para o piso.Qual é o meu problema?!Olha pra ela seu imbecíl,pensei.

Eu não consegui levantar o olhar,se eu não estivesse com Judith nos braços me daria um soco, mas pude sentir a garota passando próxima a mim.O leve aroma de baunilha invadia minhas narinas e com ele um calor muito estranho subia até a ponta de minhas orelhas.Ouvi a porta atrás de mim bater e soltei o ar, que não sabia estar segurando.

Minha cabeça já estava uma bagunça antes de eu fazer mais uma idiotice, aquilo só piorou a minha situação.Ótimo agora ela vai me odiar,pensei,parabéns cabeção.Pude ouvir a voz de meu pai ao longe,como se ele estivesse do outro lado da casa.Aos poucos a voz dele foi ficando mais audível.

— Carl!Você está bem,filho?-perguntou ele,tirando Judith de meus braços.

Demorei alguns minutos para responder a pergunta.

— Tá...tudo certo - Carl você é um mentiroso descarado — eu só sou um estúpido completo.

—____ _____

Demorou um pouco para nós sairmos da casa de Deanna.Eles disseram para nós deixarmos as armas com eles,eu não gostei nada daquela atitude,mas consegui manter a minha faca.Aaron tinha nos dado duas casas ,ou melhor mini mansões, para dividirmos o grupo.Meu pai não gostou nem um pouco da ideia de nos dividirmos,nem eu;no final ele decidiu que ficaríamos todos em uma casa só por hora.

Eles tinham água quente,energia,ar condicionado e doces;o que deixou Michonne feliz da vida.Aquilo tudo era insano, ainda existiam pessoas vivendo com aquelas coisas como se o mundo não tivesse caído sobre nossas cabeças.

Nós revisamos o banheiro,era tão estranho sentir a água quente depois de tanto tempo;me ver limpo daquele jeito no espelho era muito estranho também ,com isso eu decidi tirar o chapéu por um tempo,afinal ele estava mais sujo que eu.Mas isso tudo não conseguia substituir aqueles pensamentos sobre a Lis e minha idiotice.

— Você vai me dizer o que está acontecendo agora? - meu pai aparecera do nada,como um ninja.

— Não tem nada acontecendo. – Pare de mentir,já não basta o que está fazendo com a Lis.

— Carl,eu te conheço,sou seu pai e não nasci ontem então pare de mentir.No que está pensando?

A quem eu estava enganando?Ele era assistente de xerife,antes de tudo ,não dava pra mentir pra ele.

— Em como eu sou fraco. – respondi,apoiando a cabeça nas mãos.

— De todas as pessoas que conheço você é o último que eu chamaria de fraco,filho. – ele se juntou a mim no sofá fofo e limpo,vê-lo limpo e sem aquela barba gigante era estranho.

— Acho que você está um pouco enganado,eu nem consigo lidar com coisas simples como ela! – soltei,não percebendo o que tinha dito.

— Então é isso mesmo,a Lis é a causadora dessa desatenção toda.

Droga!Eu disse e ele sabia,pensei,perfeito.Não tinha mais o que eu fazer,apenas assenti com a cabeça,sentindo a mesma queimar nas bochechas.

— Eu estava me perguntando se iria demorar muito pra você soltar isso,e demorou mais do que eu pensava. – ele riu,por que ele riu?!

— H-há quanto tempo você sabe? - perguntei tirando a cabeça das mãos e me virando para ele.

— Já faz um tempo,acho que desde aquele incidente com o nascer do sol.Depois disso você não desgrudou dela,e nem ela de você.

Ah,legal,meu pai sabia a um século e eu a algumas horas.

“Isso não é uma coisa ruim,e acho que você sabe disso.Mas hoje...você não está bem e ela também não parece,estão saindo das órbitas e parecem se evitar.Eu vejo como você olha pra ela, seus olhos cintilam e você fica agitado;o que aconteceu?”

— Não importa, só importa o fato de eu não conseguir mais olhar para ela sem...sem ficar estranho...com vontade de correr pra longe,mas ao mesmo tempo...sei lá.

Meu pai estava com um sorriso muito suspeito no rosto,isso fez com que eu quisesse me jogar na frente do trem,mais uma vez.Isso não é engraçado!

— Isso é normal,mas você deveria dizer isso a ela e não a mim. – Mas foi você quem perguntou agora quer que eu diga a ela?! — Você não quer me dizer o que aconteceu,eu não vou fazer você falar mas eu meio que já tenho ideia.

Isso me fez arregalar os olhos e prender a respiração,como assim?Ele tinha alguma bola de cristal ou talento de vidência que se pronunciou recentemente?Eu não sabia dizer,só sabia que estava a ponto de explodir,então resolvi mudar o rumo da conversa.

— Porque nós estamos tendo conversa de mulher? – perguntei olhando para tudo menos para ele,aquele olhar paterno estava me matando.

— Todo mundo tem esse papo de mulher,mas...acho que a sua mãe faria um papel materno melhor do que eu estou fazendo.

— Acho que...seria pior ter essa conversa com a mamãe,ela já iria sair correndo atrás da Lis para trazê-la aqui bem a minha frente.

Meu pai riu,mais uma vez,até ser interrompido por uma batida na porta.Até eu tinha esquecido da nossa situação,agora minha cabeça só pensava em como a mamãe iria encarar essa situação;acho que ela diria:”o que você está esperando Carl?!Você é meu filho e filho de seu pai,respira fundo,toma coragem e fala isso pra ela!”

Me levantei,lentamente,e olhei pela sala procurando aqueles cabelos claros em algum lugar.Fui em alguns cômodos do primeiro andar mas não achei quem eu queria achar,estava pronto para subir as escadas quando olhei para a porta.Uma mulher loira com uma blusa xadrez estava conversando com meu pai,ela tinha uma caixa em mãos,mas eu não dei muita atenção.Subi as escadas.

Olhei em volta do corredor do segundo andar,eu não conhecia nada naquela casa e isso me deixou um pouco tenso e com isso me lembrei dos dias depois da prisão,quando meu pai estava muito machucado e eu quase fui morto por um errante em uma casa parecida com aquela.

Onde aquela garota tinha se metido?Daquele jeito eu ia perder toda aquela motivação que estava sentindo de conversar com ela.Foi aí que eu escutei um barulho,parecia de algo atingindo o chão e vinha de algum lugar...acima de mim.Um sótão?Olhei para cima,já tirando a faca escondida na bota;havia uma pequena porta com um puxador,típica de sótãos.Puxei a cordinha.

Quando a escada de madeira desceu eu logo comecei a subir,com uma agitação imensa.Quando tive visão do interior do cômodo meu coração saltou.Os cabelos pouco escuros de Lis brilhavam com a luz que entrava pela pequena janela a frente dela,os mesmo estavam pendendo para o lado esquerdo,deixando o número nove,que ela tinha no pescoço ,à mostra.Tinha algo na mão dela,parecia uma HQ mas não consegui prestar atenção nisso.

Coloquei os pés no chão do sótão,estava tentando me aproximar dela sem fazer barulho algum pois eu poderia observá-la o dia todo sem me cansar.Logo me lembrei o que tinha acontecido e parei,seria melhor não repetir a situação,por isso a chamei.

— Lis...?

Ela pareceu congelar pois seus ombros ficaram tensos.Eu estava com uma vontade muito grande de abraça-la naquela hora,mas consegui me conter.Lis colocou a revistinha de lado e se virou para mim,ela estava me observando.Sustente esse olhar,sustente Carl.De repente ela se moveu e parecia querer sair do cômodo,eu não queria que ela fosse embora por isso quando ela passou ao meu lado segurei seu braço.

Ficamos parados daquele jeito por alguns minutos,eu estava muito disposto a segurá-la se fosse preciso.Minha mão deslizou do ante braço da garota para a mão fria,apertando-a com força.

— Desculpe...

Otis,se você estiver me ouvindo me dê outro tiro pois eu mereço,pensei,por que diabos eu pedi desculpas?!Era a última coisa que eu queria fazer!


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Notas finais do capítulo

A cabeça de Carl só pensava em uma coisa:A recém descoberta da atração que ele sentia por Lis.Tudo parecia estar dando errado para ele,nunca estando em uma situação como essa o colocava em desvantagem.Mas ele irá descobrir,de verdade,essa coragem que a garota lhe desperta?Iria ele revelar tudo que estava sentindo?
Ele só sabia de uma coisa,queria protegê-la do mundo ao seu redor.
Não perca no capítulo 26!



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