There is Something Ahead... escrita por Vicky


Capítulo 14
Doubtful Anxiety


Notas iniciais do capítulo

Hey Gente!!!!!!!!
Aí vai o capítulo 13!!Mais um narrado pelo nosso ídolo Carl Grimes!!!~aplausos~
Pretendo,mas adiante,fazer um capítulo narrado pelo Jim,para variar um pouco e contar a história dele,para manter vocês informados!haha
Espero que gostem!!!!!!
Boa leitura meus unicórnios!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/620559/chapter/14

–Capítulo narrado por Carl Grimes.

Aquela manhã tinha sido...inacreditável.Não sabia o que tinha acontecido comigo,eu apenas queria olhar para ela,por um bom tempo.

Ela olhava tão fixamente o nascer do sol que eu não consegui me conter,quando vi já estava segurando sua mão e quando ela me olhou senti meu estômago ficar estranho,parecia uma ansiedade estranha ou algo do tipo.Não era uma coisa ruim aquilo tudo,muito pelo contrário,era muito reconfortante.Eu pude sentir o mundo novamente,foi um momento muito especial,ela tinha trazido a beleza do mundo de volta para mim por alguns minutos.Mas aquele momento foi totalmente interrompido por ninguém menos que Mika.

Eu não queria soltar a mão dela,mas tive que fazê-lo.Meu pai e Jimmy olhavam em nossa direção,e isso fez meu sangue subir a cabeça.Por quê Mika?!Eu e Lissandra ficamos sem palavras,eu estava explodindo por dentro,eles deveriam respeitar pelo menos!

Corremos e fomos cada um para um canto,pude ver que no último instante nós trocamos um olhar,mas não passou disso pois logo seguimos nosso caminho de cabeça baixa.Ela parecia ser muito mais forte,internamente,que eu;nunca parecia ter medo de coisas como essa ou até vergonha,mas acho que só parecia pois se fosse o contrário ela não teria corrido na mesma velocidade que eu corri.

Fui em direção de meu quarto e fechei a porta do bloco,segui até a mesa cheia de HQ’s e me apoiei.Respirei fundo e fiquei lá por alguns instantes,o que tinha acabado de acontecer?Tudo aconteceu tão rápido,eu quase não acreditei quando ela disse que confiava em mim,ela parecia o tipo de pessoa que nunca confiava.Ainda apoiado eu respirava,meu coração batia rápido e eu não entendia o por que,aquilo acontecia quando eu estava muito ansioso.Então,para que eu estava tão ansioso?Eu apenas não entendia,e não parava de pensar no sorriso dela.

Meu pai e os outros saíram para investigar a explosão,eu estava cuidando de Judith quando ele foi,mas ele já tinha se despedido de mim antes e o que eu achei desnecessário.Judith acabou pegando no sono e eu acabei ficando sem ter o que fazer,fui até meu quarto e tentei ler na cama um pouco,todas aquelas HQ’s que Michonne tinha achado eu já tinha terminado mas tentei ler mais de uma vez.Não adiantou,eu não conseguia ler,minha mente estava em outro lugar,eu não parava de pensar naquela manhã.Deixei a HQ de lado,passei mãos para trás da cabeça e me deitei tentando focar o pensamento,o rosto dela estava a vir na minha cabeça a todo tempo,eu não conseguia pensar em outra coisa e isso me irritava um pouco.Como a leitura não estava funcionando resolvi fazer algum trabalho braçal ou alguma coisa do tipo.A primeira coisa que veio em minha cabeça foi concertar algumas armas,mas depois a horta surgiu e eu optei pelo segundo.Peguei meu chapéu e sai.

Passei pela saída dos blocos e fui em direção a horta,pude ver o que os outros,que ainda estavam na hidrelétrica,faziam.Vi Mika brincando com uma boneca bem pequena,Lizzie que segurava uma caixa de sapatos e se afastava de todos e vi Carol na cozinha.Quando cheguei respirei fundo,peguei uma pá grande e algumas sementes e comecei o trabalho.Fiz do jeito que meu pai tinha me ensinado,e do jeito que Hershell tinha ensinado a ele.Consegui esfriar um pouco a cabeça,aquilo realmente ajudava,mas eu ainda não entendia o que tinha dado em mim,foi como agir por impulso...eu estava em total pânico naquela hora.Tentando entender eu me sentei,a minha cabeça estava a mil por hora até alguém me tirar de meus devaneios.Lissandra.

–Eu trouxe uma coisa pra você,Carol mandou.-disse ela dando um pequeno sorriso,eu me surpreendi.

–Obrigado,agradeça a ela por mim.-disse tentando não olhar para ela,eu só estava tentando parar de pensar nela e ela apareceu bem na hora.Acho que não era pra ser.

–Certo....eu vou indo então.-disse ela se virando para sair,eu não queria que ela fosse então a parei.Queria concertar as coisas.

–Espera.-me levantei.-sobre hoje...-três fortes batidas no portão me cortaram,meu pai tinha chegado.

Eu olhava atento para o mesmo,esperando ver todos lá,eu vi mais do que queria ver.Um grupo de homens,grande,entrou e isso me fez ficar com um pé atrás.Todos que tinham ido investigar estavam presos e não demorou muito para isso acontecer com o resto que estava dentro,tirando eu e Lissandra.Notei que Michonne tentava dizer algo para nós,logo entendi e fiz.Peguei a garota pelo pulso e procurei um lugar para servir de esconderijo e logo achei.Um pequeno compartimento bem ao lado da horta,fui até ele e retirei,cuidadosamente,as prateleiras;entrei e a puxei para junto de mim fechando a portinha.Aquilo era minúsculo e eu estava ficando grande demais para aquilo,mas por alguma razão deu certo.

Um homem,parecia indiano,vinha em nossa direção,vi que Lissandra estava tensa.

–Calma,vai ficar tudo bem,eu prometo.-disse segurando sua mão firmemente.

Não adiantou muita coisa se espremer naquele lugarzinho,o cara acabou achando a gente e conseguiu nos pegar.Eu tinha crescido,sim,mas aquele cara era muito grande e eu,mesmo sendo mais alto que Lissandra,não consegui fazer muita coisa.Vi que o cara se dirigia a um homem de cabelos grisalhos como “Chefe” e o encarei,ele tinha cara de psicopata.O cara indiano segurava,com força,os cabelos de Lissandra e quando ela soltou um grito e não me contive.

–Larga ela!-gritei,logo o cara me jogou no chão,antes eu do que ela.

Ele a jogou logo depois,por sorte,consegui enfraquecer o impacto dela com meu corpo,doeu um pouco mas isso pouco importava.

Ela tremia,aquilo a tinha machucado e agi por impulso.Envolvi a cabeça da mesma com minha mão e a trouxe para perto.

–Nós vamos sair dessa,eu não vou deixar eles machucarem você.-disse ao ouvido dela,isso pareceu acalmá-la.

Aqueles caras eram mesmo perigosos,meu pai ficou rijo todo o tempo,o que já era normal nele e isso pareceu irritar o cara mais velho.O mesmo deu uma ordem ao indiano,para que me desse uma lição,o cara ia me espancar,mas quando ele me levantou com toda a força o surpreendi com um soco no meio da face.Ele cambaleou,o que me surpreendeu,mas logo voltou a me olhar e me deu um soco com muita força.Eu não agüentei e caí,minha boca doía muito,eu não consegui me levantar,ele era realmente mais forte que eu.Eu estava para apagar quando escutei uma voz feminina,ela pedia para parar,gritava na verdade.

O sujeito parou de me bater e eu fiquei ali estirado no chão como uma coisa inútil,vi alguém correndo até mim mas não consegui identificar quem,a única coisa que consegui ver foi Lissandra,ela apontava a arma para o indiano e logo atirou.Escutei um tiroteio e estava prestes a apagar de vez,mas eu queria muito ver se ela estava realmente bem então resisti.Consegui falar com ela,ela parecia uma heroína de uma de minha HQ’s,ela era incrível,e com isso eu apaguei.

Acordei eu meu quarto,meu rosto doía pra caramba mas uma coisa chamou a minha atenção.Cabelos dourado-escuros,longos,brilhando a luz do sol que batia em minha janela,Lissandra parecia muito distraída mas eu podia ficar o dia todo a observando que eu não me cansaria.Ela pareceu não notar que eu tinha acordado e eu resolvi não alertá-la,fingi estar dormindo quando ela me olhou.Os olhos dela brilhavam,pude notar por trás dos cílios,ela parecia triste quando tocou meu chapéu,eu não me contive e acabei alertando ela.

–Tem alguma coisa errada com meu chapéu?-disse tentando me sentar,meu corpo doía um pouco

–Não tem nada de errado,estava apenas olhando.Tente não se esforçar muito,está bem machucado...

–Já sofri coisa pior,tipo,o tiro doía mais.

–Você levou um tiro?!-ela parecia surpresa,eu resolvi contar sobre.

–Pois é,faz um tempinho já,foi aí que meu pai me deu o chapéu.Achei que ficaria feliz de saber como ganhei.-dei um sorriso torto.

–Nossa...eu na fazia ideia sobre isso,sério,não tinha passado pela minha cabeça.Mas mesmo assim,você está machucado então fiquei quieto e não seja teimoso.

–Mas aconteceu,pode acreditar.Não se preocupe,estou melhor do que eu estava no começo,graça a você.

Ela começou a me contrariar,eu sabia que ela ia fazer isso,ela tinha pouca fé em si mesma.Quando ela disse que eu podia chamá-la de Lis meu coração começou a acelerar,algo naquilo me fazia ficar ansioso.Eu não tinha imaginado que ela deixaria eu chamá-la daquele jeito,mas eu fui contrariado.

–Tem certeza que está bem?

–Ta tranquilo,mas eu ficaria melhor com o chapéu,pode pegá-lo pra mim?-disse apontando para ele.

Ela assentiu e o pegou,quando ela se aproximou tentei pegar o mesmo com minha próprias mãos,mas ela me impediu e tentou colocá-lo em mim,ela mesma.Aquilo era estranho,muito estranho,mas por alguma razão eu gostei e senti meu rosto esquentar,não consegui ver o rosto dela pois o chapéu me impedia,ela parecia se divertir,e fiquei feliz com o sorriso interno que ela parecia dar.

Depois que ela o colocou em mim e se afastou notei um ponto preto em seu pescoço,no começo dei de ombros,mas quando ela se virou pude ver.Um número nove gravado do lado esquerdo,perguntei o que era mas ela pareceu não querer tocar no assunto.Aquilo não parecia um tipo de tatuagem,parecia uma marca e isso me incomodou.Tentei não tocar no assunto novamente.

Vi que a mão da mesma repousava sobre minha cama,eu apenas agi sem pensar,a peguei.Queria conversar com ela sobre aquela manhã,o que tinha acontecido era....inexplicável.Ia começar mas fui interrompido por batidas na porta,logo pude ver uma garota,era bronzeada e tinha cabelos bem cumpridos e negros,tinha olhos bem verdes,ela era bonita.

–Desculpe-me,não estou interrompendo nada,não é?-disse ela logo entrando e olhando diretamente para mim,parecia a mesma voz que gritara quando aquele cara me batia.

–Na verdade...-disse Lis,ela parecia incomodada

–Mil desculpas!Mas é que queria ver o Carl,você está melhor?

–Desculpe,mas quem é você?-disse tentando me lembrar,ela era familiar.Lis tentou se soltar mas eu a segurei,não deixaria ela escapar mais uma vez.

–Você não se lembra?Sou Tiffane,Tiffane Welingston.Éramos vizinhos antes de toda essa bagunça,brincávamos muito quando crianças.

–Aquela Tiffane?Nunca pensei que te veria de novo!-minha mente clareou,ela tinha mudado um pouco,mas me lembro,ela sempre andava comigo,parecia um chiclete.

–Bem,estou aqui.E estou muito feliz que te reencontrei,muito mesmo,Carl.

Dei um sorriso,aquilo era inesperado,ela era uma amiga de infância,nunca mais pensei que iria vêla.Conversamos por alguns minutos e pude perceber que Lis não se sentiu a vontade.

–Bom...acho que vou indo,vocês tem bastante coisa para conversar.

–Sim,por favor.-disse Tiffane,não entendi muito bem.

Ela ia sair,mas eu a impedi,segurei a mão dela com firmeza para que não fosse.

–Você fica.Tenho que conversar com você.

–Podemos conversar depois,agora tente dar um pouco de atenção para ela.Ela estava esperando isso,eu não vou me meter.-disse ela se soltando e indo em direção a porta.

Eu a observei sair,os cabelos dela balançavam e aquilo me fez sorrir.

–Ela é a sua namorada?-disse Tiffane,logo de sentando na cadeira ao lado de minha cama.

–Não...-disse ainda olhado para a porta,por alguma razão eu não queria dizer não.

–Ah!Certo,isso é bom,acho que ela não faz o seu tipo.

–E você sabe o meu tipo,Tiffane?-quando disse isso ela se calou.

–Não...apenas acho ela um pouco sem graça,mesmo não a conhecendo.

Eu e ela conversamos por alguns minutos,até sermos chamados para o jantar.Eu ia me levantar quando ela me impediu dizendo que me ajudaria,eu recusei mas ela insistiu.Eu conseguia andar,não precisava daquilo tudo,mas eu não pude evitar.

Ela me levou até lá e se sentou ao meu lado,eu me lembrava dela,os meninos da vizinhança achavam ela uma menina menos nojenta e isso era uma forma de dizer que gostavam dela.Mas por alguma razão ela apenas andava atrás de mim,sempre e isso me incomodava um pouco.Notei que Lis olhava para mim,eu fixei o olhar nela sinalizei para que fossemos conversa,eu precisava muito falar com ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A conversa ia acontecer.Carl simplesmente não conseguia explicar o que estava sentindo,apenas que estava sentindo aquilo.Lis não confiava em Tiffane,será que ela tinha razão?
Não perca no capítulo 14!!!