Há quatro anos uma tragédia aconteceu,uma coisa tão desesperadora que fez a humanidade enlouquecer e se desmanchar até ser morta pela própria espécie.

Uma doença poderosa afetou a população mundial transformando a maioria das pessoas que ali vivam em mortos-vivos desesperados por carne fresca.Mas havia alguma coisa antes disso tudo,algo que uma menininha nunca mais pode ver.

O governo dos Estado Unidos ficou sabendo sobre a doença muito antes das pessoas,é claro,e a omitiu por algum tempo tentando achar a cura ou um tratamento,mas para isso eles tiveram que chegar a uma conclusão drástica:precisavam de uma cobaia não infectada.

Eu era uma criança na época em que eles chegaram no orfanato procurando por uma,olharam para várias crianças e não acharam o que precisavam pois a criança tinha que já estar crescida.Foi aí que me acharam,malditos,e me levaram para a cede em Atlanta;me disseram que tudo iria ficar bem,que logo eu iria ver minha família e ficar feliz para sempre com ela,que eu estava fazendo o mundo feliz assim.

Me trancaram no subsolo de um hospital psiquiátrico,e começaram a testar coisas em mim.Eu não entendia ao certo o que estava acontecendo,achava que me dariam uma injeção ou algo assim e me deixariam ir para casa,para o orfanato ou qualquer lugar...eu estava muito errada por pensar aquilo.

Alguns meses se passaram e eu ainda estava trancada lá naquele lugar mórbido que cheirava a desespero e sangue de animal,as possibilidades de pensar em sair de lá já estavam descartadas ficaria presa ali até que esquecessem de me alimentar e eu morresse de fome ou sede;mas o destino não foi gentil assim comigo.

Um dia,como qualquer outro naquele inferno,eles injetaram algumas coisas em mim como faziam diariamente, e retiraram um pouco de sangue esperando algum resultado para aquela doença incurável;eles mal sabiam o que tinham acabado de fazer a mim,foi a única coisa que eles me fizeram que eu consegui usar para ajudar outras pessoas:me deram uma habilidade.Eles conseguiram fazer algo comigo,com tantas injeções e remédios diários,eles fizeram uma mutação em meu DNA,ou algo do tipo.No dia em que adquiri isso eu simplesmente pensei que iria morrer,muita febre , dor nos olhos e cabeça;parecia que a mesma ia ter um pani e eu ia cair morta bem ali,mas não tive tanta sorte.No dia seguinte eu estava bem,mas ainda com um pouco de dor de cabeça mas isso não me incomodava,até eu começar a ver borrões azulados por entre as paredes,eu pensei estar ficando louca com todos os experimentos e marcas,mas era uma coisa bem real.Eu agora podia ver as pessoas através das coisas,pareciam borrões de tinta em um quadro veraneio e andavam para lá e para cá apresadas;via armas e facas em um tom avermelhado que pareciam flutuar a minha frente;via uma coisa amarelada,que se movia sem parar livremente pelos corredores do hospital e parecia atacar os cientistas que ali estavam,eu escutava “O infectado fugiu!O infectado fugiu!” por entre as paredes.

Algo acabara de acontecer,algo sério e eu parecia não entender ao certo,via pessoas morrendo e se estendo pelo chão dos corredores,e depois de algum tempo levantando com alguma coisa na vermelha no que parecia ser o cérebro por entre as paredes;até que finalmente nada mais havia a não ser borrões amarelados e vermelhos saindo pelas portas do hospital.Um deles estava a vir em direção ao corredor das celas,e eu estava em uma delas,a coisa se movia com dificuldade procurando algo,eu o chamei,e foi a coisa mais estúpida que eu já tentei fazer.

Era um homem de jaleco branco,parecia ser o homem que colheu meu sangue da ultima vez ele parecia ser uma pessoa simpática,mas agora estava coberto de sangue com um ferimento gigante no braço esquerdo,parecendo uma mordida,e estava com a cara arranhada,era um monstro que procurava por comida,ele avançou em mim e eu pulei para trás me jogando instantaneamente para o chão.Ele tentava chegar até mim,mas as grades da cela não o deixavam por isso ele ficava estapeando-a como se quisesse derruba-la apenas para em pegar.

Foi um dos piores momentos da minha vida,o monstro ficava estapeando a grade e eu me encolhia no canto da cela com meus cabelos louros na parede.

Por algumas horas aquelas coisas ficaram tentando me pegar,sim o monstro tinha amigos,até saírem da cela onde eu estava,me dando a chance de finalmente sair daquele inferno.Eu consegui abrir a porta com um grampo de cabelo que tinha nos mesmos,demorou mas consegui,e sai em disparada pelos corredores até ser barrada por um grupo daqueles monstros,e mais haviam no andar de cima.Congelei e não consegui correr por minha vida,eles se aproximavam tentando chegar até mim,e um até que conseguiu e estava prestes a me atacar com uma mordida quando um som ecoou pelos corredores...uma arma disparando.