The New Age escrita por FairyTales


Capítulo 4
Um prisioneiro bondoso.


Notas iniciais do capítulo

Eai o que estão achando ?



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Otávio levantara Tânia do chão e em seguida servindo um copo de água, ele pôde perceber que ela olhava aquele líquido como se seu corpo estivesse ali mas sua cabeça em um lugar totalmente diferente.

– Ei, você não quer me dizer o que houve enquanto eu estive fora?– o príncipe estava aflito e impaciente.

Tânia levantou, colocou o copo na mesa, se virou, deu um abraço forte em Otávio e com toda a determinação que uma pessoa pode ter, começou a falar em seu ouvido:

Vossa Alteza, nunca me terá como sua esposa– Ele olhou assustado e começava a ficar pálido - eu te odeio, nunca que existirá uma única possibilidade do meu coração criar laços com o seu.

Otávio sentou-se na cama e não sabia o que dizer, o seu coração estava partido, a sua mente confusa não sabia o que pensar, a única garota do reino que ele achava que valeria a pena estava lhe dizendo palavras tão horríveis. De repente dois guardas entram e pegam Tânia pelo braço, dizem ao príncipe "Que foram ordens do rei" e a levam embora dali, a última coisa que ela viu, foi Otávio se deitando triste como se aquela notícia fosse a pior de todas. A plebeia foi arremessada em sua cela para dormir, os guardas saíram e apagaram todas as luzes. Tânia se encolheu no canto mais escuro, botou os joelho entre os braços e começou a chorar, não sabia o que fazer, até que pegou no sono.

Naquela noite ela sonhara com a morte da mãe, com a voz daquela mulher de armadura sentada em seu cavalo dizendo que deixassem aquela pequena garotinha viva, pois a floresta a mataria, quando ela ouve uma voz.

Camponesa.– Ela nunca ouvira aquela voz - Ei, psiu, Camponesa!

Tânia estava com a cara toda amarrotada, meio tonta, mas abriu os olhos.

Finalmente você acordou!

Tânia não tinha reparado, mas existia um outro prisioneiro em uma cela em frente a dela, ele era pequeno, tinha o cabelo metade loiro e metade moreno, os olhos eram roxos, usava umas roupas antigas, sujas e rasgadas e era jovem, devia ter em torno de 18 anos.

Quem é você?– perguntou Tânia se levantando rapidamente - o que quer comigo?

O garoto tirou do bolso um molho de chaves, abriu a cela dele e correu para abrir a dela.

Porque está me ajudando?– ela estava meio tonta ainda, afinal era madrugada - Não tenho nada para te pagar, nem uma moeda se quer.

Digamos que sou muito bonzinho– Ele piscou para ela e sorriu.

Ela tentou sorrir, mas a preocupação com Otávio era maior. O rapaz fez sinal para que ela o seguisse e andasse com calma e devagar, antes de sair Tânia leu um pequeno aviso que tinha naquela área "Dormitório para prisioneiros especiais", ela sabia que não era uma escrava qualquer mas passar a noite numa cela? "Quem eles pensam que são?" pensou ela. Eles passaram por inúmeros corredores, uns com 3 guardas, outros com 5, vários com 2, em um dos corredores o rapaz quase foi visto, por sorte, a camponesa o puxou pela camisa. Chegando no pátio principal do reino o jovem segurou a mão dela e piscou.

Finja bem ou estamos ferrados.

Eles foram andando de mãos dadas em direção a saída do reino, até que um dos guardas estranhou, Tânia percebendo o olhar do rapaz, agarrou o braço do rapaz ao seu lado e deitou-se em seu ombro. Assim que passaram pelo portão do reino, ouviram uma sirene no castelo, porém já era tarde demais os dois já estavam correndo para o meio da floresta, correram por alguns minutos até pararem em um rio para descansar. Depois de algum tempo em silêncio, Tânia quebra o gelo:

– Então, eu acho que deveria saber o seu nome – ela sorriu tentando parecer gentil.

O rapaz sorriu, levou uma das mãos a cabeça e uma nuvem roxa apareceu em seus pés e foi subindo até contornar o seu corpo todo, no lugar do rapaz agora estava uma garota de vestido preto, joias, uma linda coroa de ouro. Na hora que Tânia a vira, a garota sorri.

Bom acho que já nos conhecemos, minha querida– Natália continua - pronto cumpri minha parte do nosso acordo, você está livre, mas acho que melhor você não ficar parada ai por muito tempo, o exército do rei logo virá atrás de você.

Tânia agarrou uma pedra e com toda sua força, arremessou contra Natália que a parou no ar com magia.

Querida, mas como você é tolinha – Natália sorriu em deboche da tentativa falha de Tânia - acho melhor você ir embora, os soldados do rei já estão chegando.

Vai ter volta– Tânia chegou perto de Natália, olhou em seus olhos e disse - Você se prepare bruxa.

Tânia se virou e saiu correndo floresta a dentro.

E eu estarei ansiosa, te esperando– Natália sorriu - Pode acreditar!

Quando Natália sumiu sua risada permaneceu no ar, alguns instantes depois a cavalaria real chegou ao rio e continuaram sua busca pela prisioneira, Tânia conhecia a floresta mais do qualquer um, afinal tinha morado e crescido ali sozinha, existia um vilarejo próximo dali onde ela sabia que ninguém procuraria por ela lá e era para essa vila que ela iria. Enquanto isso no castelo, Otávio ainda estava deitado triste, passara a manha toda pensando no que aquela camponesa bela, que não saia de sua cabeça, havia dito.

3 dias depois

Otávio estava com seu pai, o rei Drest e Natália decidindo os últimos detalhes do casamento dos futuros reis. O príncipe não parava de pensar em Tânia, não estava nem ai para esse casamento, passara os últimos dias pensando no porque daquelas palavras, Otávio não tinha falado nada de casar com ela, nem ter relacionamento, porque ela dissera aquilo se eles não planejaram nada? isso estava muito mal explicado. Depois da pequena reunião, o príncipe tiraria o dia para encontra Tânia, ele precisava tirar isso tudo a limpo, precisava conversar com ela. Otávio foi direto a última pessoa que havia falado com Tânia, Natália.

Chegando ao reino de Drest, Otávio tratou logo de ir diretamente a princesa. Ela estava na biblioteca sentada lendo alguns livros quando o príncipe abriu as portas e entrou.

Natália precisamos conversar.

Precisamos mesmo, o nosso casamento será em dois dias– Natália pulou nos braços dele e sorriu - Você não está feliz?

Na verdade– Ele parecia nervoso - Eu não quero me casar com você, nem nunca quis, diga ao meu pai e ao seu pai que o casamento acabou! Me desculpe.

Otávio você não pode fazer isso comigo!– Ela estava com raiva - É por causa daquela camponesa inútil e insignificante, não é!?

O que você sabe sobre a Tânia?– Ele a encarava com uma cara confusa.

Mais do que você pensa, príncipe– ela agora sorria - Aquela rata nunca mais irá voltar para você! HAHAHAHAHA...

Então foi voce?– Otávio apontava sua espada para a bruxa - Porque fez isso? para onde você mandou Tânia sua bruxa!?

– Sabe Otávio, como pode ser tão tolo para não perceber que ela estava louca por você?

Tânia Gostava de mim?– O príncipe sorriu e se virou - Preciso encontra-la!

Ah, meu querido, que pena...– com um simples movimento das mão ela os trancou na biblioteca e num segundo movimento jogou Otávio para longe, onde bateu o corpo na parede e desmaiou - Mas você não vai a lugar algum...


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Notas finais do capítulo

Continuo com ela? :) Caso queira ver fotos da história temos uma página no face dedicada a ela.

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