DEAN

Estou sentado na cama do quarto, esperando ela sair do chuveiro. Nem sei como reagir a presença dela, sabendo o que a mesma fez. Ela poderia ter morrido. Percebo que o barulho do chuveiro parou, e começo a me preparar para uma possível discussão. Depois de alguns minutos, ela sai do banheiro. Está usando um short e uma camiseta regata preta.

– Meu tornozelo está doendo muito. Os pontos que você tinha feito soltaram.

– Senta aqui que eu faço outro.

Ela se senta na cama e aperta o lençol. Provavelmente está esperando uma briga, assim como eu.

– Então...- Ela começa a falar com calma- Como ela está ?

– Nervosa. -Ela ri. Eu pego as coias pra fazer outro curativo no tornozelo, e vejo ela me olhando querendo rir.- Qual a piada ?- Eu pergunto.

– Nada. É proibido rir ?

Eu limpo o machucado ela enquanto ela aperta o lençol.

– Olha, eu sei que foi perigoso o que eu fiz mas eu tive de fazer ! Era isso ou ficar de refém...

– Mas eu não falei nada !

Ela tira o pé do meu colo e sai andando pelo quarto com o pé sangrando, aparentemente ela não se importa mais com a dor.

– Eu estou tão cansada de você me tratar como se eu ainda fosse aquela garota de treze anos que se fazia de forte. Dean, eu cresci e você sabe, já que, eu acho, qu nós temos algo.Eu sei me cuidar, tanto é que eu que me dei bem nessa briga! Pare de pensar que você tem que cuidar de mim. Nessa história não tem nenhuma donzela em perigo !

– Não posso deixar você se machucar, Giovanna. Você é a minha responsabilidade! Tem noção de como é difícil ficar sem você?...

– Não foi o que pareceu quando você ficou 3 anos sem dar noticias...

– Não complica mais as coisas!

– Não to complicando nada.

– Entendo que você consegue ser tão teimosa! Só não quero que você morra. Você não merece viver assim.

– Eu amo a minha vida. Não quero ter uma casa normal, uma família normal ou um emprego normal. Eu quero isso, meu carro, caçar, dormir em hotéis baratos e comer comida de lanchonete todos os dias. Essa é a vida que eu sempre quis. Eu tenho tudo o que eu preciso, eu tenho Ingrid, Sam... Tenho você. Não pense que eu não sabia onde estava me metendo quando comecei a caçar. Não preciso da proteção de ninguém.

Ela dá um passo em minha direção e geme de dor. Nós olhamos para o seu tornozelo e ela ri quando vê uma pequena poça de sangue ao lado de seu pé.

– Tá, mas agora eu preciso de sua ajuda.

– Senta aqui.

Ela se deita ao meu lado e coloca seu pé no meu colo. Logo termino de costurar o machucado e ela se levanta, ainda mancando um pouco.

– Pronto- eu digo- Vamos descer, eles estão nos esperando.

– Eles quem ?

– Todos.

– Quando você ligou pra eles ?

– Você estava no banho.

– Claro.

Nós descemos e encontramos eles na sala. Todos conversando e Katerine estava deitada no sofá. Quando percebem nossa chegada, ficam todos quietos.

– Então você venceu a Katerine ?- Damon pergunta.

– Parece que sim.

– Você é boa...

Ela concorda com a cabeça.

– Olha, temos coisas importantes para conversar – Ela diz- Vamos tentar resolver isso como pessoas... ou sei lá. Temos que resolver os problemas sem começar a sequestrar uns aos outros !

– Exatamente – Elena diz.

– Então, temos o sangue de Klaus ? – Damon concorda com a cabeça - Como?

– Longa história, outra hora eu te digo- Caroline diz vermelha.

– Sangue de Rebekah ? – Matt concorda- Ótimo, agora só falta o sangue do Anjo.

– Você conseguiu falar com ele? – Pergunto. Ele não responde a nós a muito tempo.

Então um barulho nos interrompe na sala.

–Olá, Dean.